PELO USO DO .ODF! Leonardo Leite 2o ano, GA Glétrica Quando escrevemos um texto no Microsoft Word, esse texto é salvo em um arquivo e para isso o editor de texto se utiliza de uma codificação de formatação, algo similar às “tags” do html. Acontece que no caso de arquivos do Microsoft Office, essa codificação é fechada, ou seja, se no html < b > representa o negrito, a princípio não é possívle saber o correspondente no formato “.doc”, por exemplo. A codificação gerada por esse programa é toda bagunçada e desorganizada de propósito para que se evite o acesso à tabela de codificação. Apesar de a Microsoft ter se empenhado nessa camuflagem, os desenvolvedores do Open Offfice, uma suíte de aplicações para escritório, consgeuiram desvendar a codificação, o que nos permite ler e editar arquivos “.doc” no Open Office. Mas como tal resultado foi obtido por engenharia reversa e a Microsoft altera o sistema de codificação a cada versão, a compatibilidade não é 100%, o que traz alguns problemas para a leitura de arquivos que utilizem recursos mais sofisticados. Com todos esse inconvenientes desse tipo de arquivo, foi criado o Open Document Format, (ODF), que é um conjunto de formatos de arquivos inteiramente aberto, com sua codificação documentada e livre para ser implementado em qualquer software, por qualquer desenvolvedor que se interesse. Para tentar evitar a concorrência, a Microsoft simplesmente se recusa a fazer com que suas aplicações editem ou visualizem arquivos “.ODF”, não obstante lagumas cortes dos EUA já tentaram impor liminares que forçassem a empresa a isso. Essas tentativas se devem ao fato de que o ODF é padrão isso (Internacional Standards Organization) reconhecido internacionalmente (coisa que o formato MsOffice não é!), e que quando alguém gera um documento através de um arquivo “.doc”, esse alguém está forçando as pessoas que quiserem ler seu documento a também possuírem o mesmo programa. Oras, se eu disponibilizo um arquivo na internet, é bastante plausível querer que qualquer pessoa possa lê-lo sem nenhum transtorno, e isso só é possível com um formato de arquivo aberto, que pode ser aplicado em programas gratuitos, como o Open Office. Pense agora em um órgão público que disponibiliza informação através de um arquivo do MsOffice. Este ato está forçando o cidadão a possuir um determinado produto, ocasionando assim um favorecimento a uma determinada empresa, o que poderia ser evitado. Pense agora no papel que a Universidade tem me produzir conhecimento e transmiti-lo livremente. Da mesma forma, essa livre distribuição só pode se efetivar com arquivos do tipo ODF. Portanto percebemos que qualquer pessoa pode ter motivos para adotar o ODF na produção de seus documentos, mas me parece claro que órgãos públicos e universidades deveriam ter a obrigação de darem o primeiro passo para a plena utilização desse formato, que, lembro mais uma vez, já é reconhecido como padrão de codificação pela ISO.