TÓPICOS TEÓRICOS DE ANATOMIA DO PESCÇO Arquivo

Propaganda
ANATOMIA DO PESCOÇO
TÓPICOS TEÓRICOS 2016
AULA II – ANATOMIA DO PESCOÇO
TÓPICO 1
A raiz do pescoço ou base é a área de junção entre o tórax e o pescoço.
Começa na abertura torácica superior, através do qual todas as estruturas vão da
cabeça para o tórax e vice-versa. A raiz é limitada: lateralmente pelo 10 par de
costelas e suas respectivas cartilagens costais; anteriormente pelo manúbrio do
esterno (incisura jugular); e posteriormente pelo corpo da vértebra T1.
A
abertura
superior
do
tórax
é
atravessada
por
vasos
(tronco
braquiocefálico e a. carótida comum esquerda, a. subclávia esquerda e as duas
aa. torácicas internas); nn. frênicos, nn. vagos (X par craniano), nn. laríngeos
recorrentes (ramos do nervo vago) e troncos simpáticos, traquéia, esôfago, cúpula
pleural e ápice dos pulmões e timo. O pescoço comunica-se com a região axilar
pelo ápice da axila, limitado pela margem superior da escápula, margem externa
da 1a costela e a superfície posterior da clavícula.
TÓPICO 2
O Esqueleto do pescoço é formado pelas vértebras cervicais (C1 a C7) e
o osso hióide (osso arqueado); além dos limites inferiores deste segmento pelas
clavículas e o manúbrio do esterno (incisura jugular). Dentre os ossos citados,
apenas as clavículas fazem parte do esqueleto apendicular, os demais ossos
pertencem ao esqueleto axial.
Destaca-se o osso hioide, osso arqueado localizado na região anterior do
pescoço, anteriormente à C3 e entre a margem inferior da mandíbula e a
cartilagem tireóide da laringe. Encontra-se suspenso pelos mm. que o conectam a
mandíbula (gênio-hióideo e milo-hióideo), aos processos estilóides (estilohióideos), à língua (hioglosso), à cartilagem tireóide (tíreo-hióideo), ao manúbrio
do esterno (esterno-hióideo) e ás escápulas (omo-hióideo). É suspenso a partir
dos processos estilóides pelos ligamentos estilo-hióideos e está firmemente ligado
à cartilagem tireóide pela membrana tireo-hióidea e pelos ligamentos tíreohióideos mediano e laterais e à cartilagem epiglote pelo ligamento hio-epiglótico.
Funcionalmente serve como fixação para os mm. anteriores do pescoço e um
amparo para manter a via aerífera aberta. Ele possui um corpo (+ ou menos
2,5cm) e quatro cornos: dois menores (com disposição súpero-posterior), podendo
ser parcial ou completamente cartilaginosos em alguns adultos
TÓPICO 3
Fáscia cervical = de Colli: é o tecido fibroareolar entre os mm., vísceras,
vasos e nervos do pescoço. É formada por 3 lâminas: superficial, pré-traqueal e
pré-vertebral. Importância: 1) As três lâminas sustentam as vísceras, mm., vasos e
linfonodos profundos; 2) Se condensa em torno da a.carótida comum, v. jugular
interna e nervo vago, para formar a bainha carótica; 3) Os mm. do pescoço e as
fáscias que os envolvem circunscrevem certo número de espaços, que são planos
de clivagem naturais utilizáveis em dissecções (anatômicas e cirúrgicas) e que
limitam a disseminação de abcessos (acúmulos de pus) resultantes de infecções e
constituem vias de comunicação com regiões vizinhas: mediastino (inferiormente),
membros superiores (lateralmente), face e base do crânio (superiormente) e
região dorsal (posteriormente); 4) Propiciam a condição escorregadia que permite
às estruturas situadas no pescoço de se moverem e passarem umas sobre as
outras sem dificuldade, como ao engolir ou girar a cabeça e o pescoço.
A fáscia cervical é subdividida em 3 lâminas: superficial, pré-traqueal e prévertebral. Os planos fasciais ou suas lâminas formam planos de clivagem naturais
que limitam a disseminação de abcessos.
TÓPICO 4
Espaços fasciais: são planos de clivagem e vias de comunicações com
regiões vizinhas e possui tecido conjuntivo frouxo.
1. Espaço subcutâneo ou pré-fascial (superficial): contém tecido
conjuntivo frouxo, vv. e nn. superficiais e o m. platisma. A lâmina superficial ajuda
a evitar a disseminação de abcessos (exsudado purulento produzido pela
destruição de tecido).
2. Espaço médio (entre as lâminas superficial e pré-traqueal). É muito
delgada e comunica-se com o plano profundo acima do m. omo-hióideo. Uma
infecção entre a lâmina superficial e a que envolve os mm. infra-hióideos (parte
muscular da lâmina pré-traqueal), a infecção não se disseminará além da margem
superior do manúbrio. Se ocorrer uma cavidade torácica anterior até o pericárdio.
No plano profundo:
3. Espaço Visceral: no interior da lâmina pré-traqueal e contém as gls.
teireóide e paratireóides, a laringe e a traquéia, o esôfago e a faringe e os nn.
laríngeos recorrentes. Comunica-se inferiormente com o mediastino superior, à
frente da traquéia ou posterior ao esôfago.
4. Espaço Retrofaríngeo: é o maior e mais importante espaço interfacial
do pescoço. É um espaço potencial que consiste em tecido conjuntivo frouxo entre
a lâmina pré-vertebral e a fáscia bucofaríngea que envolve superficialmente a
faringe. Inferiormente é contínua com a lâmina pré-traqueal. O espaço
retrofaríngeo permite o movimento da faringe, esôfago, laringe e traquéia, em
relação à coluna vertebral, durante a deglutição. Este espaço é fechado acima
pela base do crânio e de cada lado pela bainha carótica. Abre-se abaixo no
mediastino superior.
5. Espaço Vascular: contém o eixo vásculo nervoso júgulo-carotídeo e o n.
vago (X), linfonodos, a raiz superior da alça cervical e os nn. cardíacos.
Comunica-se com o mediastino inferiormente.
TÓPICOS TEÓRICOS 2016
AULA I – ANATOMIA DO PESCOÇO
TÓPICO 1
As artérias carótidas comuns e as artérias subclávias são as principais aa.
Que irrigam a cabeça e o pescoço. As aa. carótidas comuns se dividem em
externas (que irrigam estruturas externas do crânio assim como a face e grande
parte do pescoço) e a interna (que irriga as estruturas no interior do crânio e da
órbita).
A ACE se estende da margem superior da cartilagem tireóide (C4) até um
ponto localizado posterior ao colo da mandíbula (entre o processo mastóideo e o
ângulo da mandíbula). Divide-se em artérias temporal superficial e a. maxilar no
interior da gl. parótida e emite antes disso, alguns ramos com irrigação cervical:
1. A. faríngea ascendente: pode ter origem da a. occipital. Tem trajeto
ascendente medialmente à a.carótida interna, para irrigar parte da faringe,
músculos pré-vertebrais e a orelha média.
2. A. tireóidea superior: primeiro ramo anterior da ACE tem trajeto
descendente em direção à gl. tireóide. Emite no seu início, a artéria laríngea
superior (que penetra na membrana tíreo-hióidea) para irrigar este órgão. Além da
gl. tireóide e a laringe, irriga o m. esternocleidomastóideo e os mm. infra-hióideos,
passando profundamente a eles.
3. A. lingual: origem pouco acima da a. tireóidea superior, tem trajeto curto
no pescoço, junto ao corno maior do hióide, onde se relaciona com o m. hioglosso
(posterior, profundo e anterior ao mesmo), constituindo suas 3 divisões. Emite as
aa. dorsal da língua, sublingual, profunda da língua (3a divisão) e supra-hióidea (1a
divisão). Irriga a língua e mm. adjacentes.
A a. occipital emite um ramo descendente que se divide em superficial e
profundo para se anastomosar com ramos da a. subclávia (circulação colateral).
TÓPICO 2
As artérias subclávias: tem origem no antímero direito, normalmente do
tronco braquiocefálico, enquanto a esquerda tem sua origem diretamente do arco
aórtico, com um pequeno trajeto na cavidade torácica, sendo, portanto maior que
a a. subclávia direita. Embora com origens diferentes, o trajeto começa posterior
às articulações esternoclaviculares. Suprem os membros superiores, parede
torácica e diafragma, além do pescoço e encéfalo.
É dividida em 3 porções em relação ao m. escaleno anterior: medialmente a
este m. (1a porção), posteriormente a este m. (2a porção) e lateralmente a este m.
(3a porção), que termina na margem externa da 1a costela, como a. axilar.
Ramos da sua 1a porção:
1. A. vertebral; 2. A. torácica interna; 3. Tronco tireocervical: origem
ântero-superior dando origem a 3 aa.: tireóidea inferior, cervical transversa e
supra-escapular.
Ramos da sua 2a porção:
1. Tronco costocervical: com origem posterior, emite os ramos: a.
intercostal suprema (para os 2 primeiros espaços intercostais) e a a. cervical
profunda.
Ramo da sua 3a porção:
A. dorsal da escápula: pode ter origem desta 3a porção da a. subclávia
(passando entre os troncos do plexo braquial e profundamente ao m.
levantador da escápula) ou da a. cervical transversa (tronco tireocervical).
TÓPICO 3
Anastomoses entre os ramos das aa. carótida externa e subclávia:
1.
Entre as aa. tireóideas superior (a. carótida externa) e tireóidea
inferior (tronco tireocervical da a. subclávia).
2.
Entre a a. cervical superficial (a. cervical transversa do tronco
tireocervical da a. subclávia) e o ramo descendente superficial da
a. occipital (a. carótida externa).
3.
Entre a a. cervical profunda (tronco costocervical da a. subclávia)
e o ramo descendente profuno da a. occipital (a. carótida externa).
TÓPICO 4
O plexo cervical.
Formado pela junção dos ramos ventrais dos nervos espinhais cervicais de
C1 a C4, este plexo é responsável pela inervação sensitiva da parte ântero-lateral
do pescoço e parte do escalpo, além de auxiliar na movimentação dos mm. infrahióideos e m. diafragma e também de parte da inervação sensitiva das 3 lâminas
serosas.
Ramos cutâneos ou sensitivos com origem de C2; C2 e C3 ou C3-C4.
Todos têm origem da parte média da face posterior do m. esternocleidomastóideo
(ponto nervoso do pescoço):
1. N. occipital menor (C2): trajeto ascendente e posterior para a parte
posterior do escalpo, atrás do pavilhão auricular.
2. N. auricular magno (C2-C3): se dirige superiormente para dar ramos
terminais a frente do pavilhão auditivo (junto a face anterior da gl. parótida) e
posterior a ele, até o processo mastóideo.
3. N. cervical transverso (C2-C3): tem direção horizontal para a pele do
trígono anterior do pescoço até a linha mediana.
4. Nn. supra-claviculares (C3-C4): direção ínfero-lateral sobre a pele da
parte inferior do pescoço e clavícula (ramos laterais, intermédios e laterais).
Ramos motores e mistos (C3-C5):
1. Alça cervical: tem origem dos ramos ventrais de C1 (raiz superior) e de
C2 e C3 (raiz inferior). Estas duas raízes se unem junto à face anterior da bainha
carótica e emitem ramos para os mm. infra-hióideos. O ramo ventral de C1
apresenta um trajeto inicial junto com fibras do nervo hipoglosso (XII), constituindo
a alça do hipoglosso. Depois se destacam desta alça fibras para os mm.
tireohióideo e geniohióideo.
2. N. frênico (C3-C5): nervo misto que é responsável pela inervação
motora do m. diafragma e sensitiva de parte das 3 lâminas serosas.
TÓPICOS TEÓRICOS 2016
AULA III – ANATOMIA DO PESCOÇO
TÓPICO 1
Laringe
Constituída por cartilagens, membranas, ligamentos e músculos, é um
órgão tubular situado no plano mediano e anterior do pescoço, inferiormente ao
osso hióide, que, além de via aerífera, é o órgão da fonação, ou seja, da produção
do som. Coloca-se anteriormente à faringe e é continuada diretamente pela
traquéia. Situa-se na altura das vértebras cervicais inferiores (C3 a C6) e
comunica-se superiormente com a laringofaringe (ádito à laringe) e inferiormente
com a traquéia. Funciona também como um esfíncter por ocasião da deglutição.
Cartilagens:
Pares: aritenóides (2), corniculadas (2) e cuneiformes (2).
Ímpares: epiglote, tireóide e cricóide.
Pode apresentar ainda (inconstante), a ou as cartilagens tritíceas
(localizadas no interior dos ligamentos tireo-hióideos laterais).
Ligamentos e membranas:
Membrana tíreo-hióidea: é perfurada lateralmente pelo ramos interno do n.
laríngeo superior e pelos vasos laríngeos superiores. Sua parte mediana é
espessa e constitui o ligamento tíreo-hióideo mediano. Também lateralmente é
espessa, formando os 2 ligamentos tíreo-hióideos laterais, onde podem, na sua
margem posterior, ser encontradas as cartilagens tritíceas. Esta membrana
também é considerada uma sindesmose.
Ligamento cricotireóideo: se estende do arco da cricóide até a tireóide e
com os processos vocais das aritenóides.
Ligamentos da epiglote: presa ao osso hióide (ligamento hio-epiglótico), ao
dorso da língua (prega glosso-epiglótica mediana), à face lateral (prega glossoepiglótica lateral) e à cartilagem tireóide (ligamento tíreo-epiglótico).
TÓPICO 2
Cavidade da laringe:
A cavidade laríngea pode ser dividida em 3 regiões ou segmentos: o
vestíbulo, os ventrículos e a cavidade infra-glótica. No epitélio dessas 3 regiões há
muitas glândulas mucosas.
Vestíbulo da laringe: se estende do orifício de entrada da laringe, o ádito à
laringe, até 2 dobras, direita e esquerda, de direção sagital, as pregas vestibulares
(= cordas vocais falsas), constituídas pelos ligamentos vestibulares revestidos pela
mucosa.
Os ventrículos da laringe: segmento médio localizado entre as pregas
vestibulares e pregas vocais de cada lado. Se comunicam por meio da porção
mediana da cavidade laríngea, denominada de glote (região entre as rimas
vestibular e vocal). Estas 2 cavidades permitem movimentos livres das pregas
vocais. Contém glândulas mistas que lubrificam as cordas vocais.
Cavidade infra-glótica: segmento inferior que se estende da rima da glote,
ou abaixo das pregas vocais até a margem inferior da cricóide (ou até a traquéia
com a qual se continua).
TÓPICO 3
Faringe
Conduto muscular ímpar e mediano e comum ao sistema respiratório e
digestório, situado posteriormente às cavidades nasal, oral e laríngea. Se estende
da base do crânio até o nível da sexta vértebra cervical, onde se continua com o
esôfago, terminando na margem inferior da cartilagem cricóide da laringe.
Divisão:
É dividida em 3 segmentos: partes nasal, oral (bucal) e laríngea.
1) Nasofaringe: É superior e comunica-se com a cavidade nasal pelas
coanas. O limite entre as partes nasal e oral considera-se um plano horizontal que
corresponde ao véu palatino (palato mole), ou seja, o seu limite inferior.
Comunica-se com a orofaringe pelo istmo faríngeo, limitado pelo palato mole,
arcos palatofaríngeos e parede posterior da faringe. Está fechado por ação
muscular durante a deglutição. As coanas são a junção entre a cavidade nasal e a
nasofaringe.
Teto e parede posterior. Tonsila faríngea ou nasofaríngea: está junto à
membrana mucosa da parede posterior. Parede lateral: cada uma delas apresenta
um óstio faríngeo da tuba auditiva, canal cartilagíneo e ósseo que comunica a
orelha média (cavidade timpânica) com a nasofaringe. A abertura da tuba auditiva
está limitada acima e posteriormente pela elevação dela, o tórus tubal, produzida
pela cartilagem da tuba. Pregas da membrana mucosa descem a partir da
elevação para o palato (prega salpingopalatina) e para o lado da parede lateral da
faringe (prega salpingofaríngea). Uma outra prega, o tórus do levantador (m.
levantador do véu palatino) desce em direção ao palato mole.
Recesso faríngeo: cavidade faríngea atrás da elevação da tuba. Apresenta
aí a tonsila tubal ou tubárica.
2) Orofaringe (bucofaringe): média, comunica-se anteriormente com a
cavidade bucal propriamente dita por uma abertura denominada istmo das fauces,
istmo da garganta ou istmo orofaríngico. Este por sua vez, é limitado
superiormente pelo palato mole, lateralmente pelos arcos palatoglossos e
inferiormente pela raiz da língua. Esta região apresenta um anel linfático
composto: a) pela tonsila faríngea (acima); b) pelas tonsilas palatinas
(lateralmente); pela tonsila lingual (inferiormente); pelas tonsilas tubáricas (acima)
e e) pelas tonsilas laríngeas (inferiormente), além de pequenos e numerosos
linfonodos da mucosa faríngea e palatina. Este anel linfático desempenha
importante função de defesa do organismo. São tecidos que funcionam como
barreira à disseminação de infecções. Se estende da margem inferior do palato
mole até a margem superior da cartilagem epiglote, correspondendo às vértebras
C2 e C3.
A parede posterior da orofaringe se relaciona com C2 e C3; as paredes
laterais com os arcos palatoglossos e palatofaríngeos, produzidos pelos
respectivos músculos. O recesso entre eles é denominado de fossa tonsilar, que
aloja de cada lado, a tonsila palatina ou amígdala. Imediatamente após a
puberdade, estas tonsilas dão início a uma involução
3) Laringofaringe: se estende da margem superior da epiglote até a
margem inferior da cricóide, continuando-se inferiormente com o esôfago. Se abre
anteriormente por meio do ádito da laringe ou à laringe, com o início da cavidade
laríngea. Posteriormente se relaciona com as vértebras C4 à C6. O recesso
piriforme situa-se lateralmente a cada lado do ádito à laringe.
TÓPICO 4
Trígonos do pescoço
A face ântero-lateral do pescoço ou área quadrilátera é dividida em cada
antímero, pelo músculo esternocleidomastóideo, em dois trígonos: anterior e
lateral ou posterior, ambos recobertos pela lâmina superficial e pré-vertebral da
fáscia cervical.
Limites do trígono posterior ou lateral do pescoço:
Inferiormente: face superior do terço médio da clavícula;
Anteriormente: margem posterior do m. esternocleidomastóideo;
Posteriormente: margem anterior do trapézio.
Ele é cruzado pelo ventre inferior do m. omo-hióideo que o divide em:
trígono occipital e trígono supraclavicular ou omoclavicular. O assoalho é revestido
pelos mm. esplênio da cabeça, levantador da escápula e escalenos anterior,
médio e posterior, cobertos pela lâmina pré-vertebral da fáscia cervical.
2.1. Trígono supraclavicular: entre a face superior do terço médio da
clavícula, margem posterior do m. esternocleidomastóideo e a margem inferior do
ventre inferior do m. omo- hióideo; possui como conteúdo a 3a parte da artéria
subclávia, parte da veia subclávia, a artéria supra-escapular e linfonodos
supraclaviculares.
2.2. Trígono occipital: entre a margem anterior do m. trapézio, a margem
posterior do m. esternocleidomastóideo e a margem superior do ventre inferior do
m. omo-hióideo; possui como conteúdo
parte da veia jugular externa, ramos
posteriores do plexo cervical, nervo acessório (XI), troncos do plexo braquial,
artéria cervical transversa e linfonodos cervicais.
TÓPICO 5
Limites do trígono anterior do pescoço:
Superiormente: margem inferior da mandíbula e do seu ângulo até o
processo mastóideo; Anteriormente: linha mediana do pescoço;
Posteriormente:
margem anterior do m. esternocleidomastóideo.
Seu assoalho é revestido pelos mm. infra-hióideos, constrictor inferior da
faringe, milo-hióideo, hioglosso, constrictor médio da faringe e longo do pescoço.
Este trígono é cruzado pelo m. digástrico e estilohióideo e pelo ventre
superior do m. omo-hióideo. É dividido em 4 trígonos: digástrico ou submandibular;
submentual ou supra-hióideo; carótico e muscular.
3.1. Trígono digástrico = submandibular: limitado pela margem inferior da
mandíbula e pelos dois ventres do m. digástrico. Seu assoalho é formado pelos
mm. milo-hióideo, hioglosso e constrictor médio da faringe e possui como
conteúdo a glândula submandibular, a artéria e a veia facial, o nervo m. milohióideo (V3), e linfonodos submandibulares.
3.2. Trígono submentual = supra-hióideo: limitado pelo corpo do osso hióide
inferiormente e pelos dois ventres anteriores do m. digástrico, tem os mm. milohióideos como assoalho e é ocupado principalmente por linfonodos submentuais e
por pequenas veias que confluem para formar as veias jugulares anteriores.
3.3. Trígono carótico: é limitado pelo ventre posterior do m. digástrico, pelo
ventre
superior
do
m.
omo-hióideo
e
pela
margem
anterior
do
m.
esternocleidomastóideo. Possui no seu assoalho os mm. tíreo-hióideo, hioglosso
e constrictor inferior e médio da faringe e como conteúdo as artérias carótidas
comum (pulso palpado), externa e interna, seio carótico (barorreceptor) e glomo
carótico (quimiorreceptor) veia jugular interna, nervo vago (X), nervo hipoglosso
(XII), raiz superior da alça cervical e alguns ramos da artéria carótida externa
(artéria tireóidea superior, lingual e facial) e tributárias da veia jugular interna
(tireóidea superior), glândula tireóide, faringe e laringe.
3.4. Trígono muscular: é limitado pelo ventre superior do omo-hióideo,
margem anterior do m. esternocleidomastóideo e linha mediana do pescoço.
Conteúdo: mm. esterno-hióideo e esterno-tireóideo, gls. tireóide e paratireóides.
Download