INSTITUTO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS ROTEIRO DE ESTUDOS – SOCIOLOGIA PROFESSOR: ANDRÉ AULA DO DIA 19/03/2010 PARÂMETROS DA SOCIOLOGIA 1.1 - PSICOLOGIA - A psicologia pode ser definida como o estudo científico do comportamento e processos mentais, Freud, pai da Psicanálise e Lacan com a Teoria do aprendizado. A diversidade de objetos da Psicologia é explicada pelo fato de este campo do conhecimento ter-se constituído como área do conhecimento científico só muito recentemente (final do século 19). Também porque a concepção de homem que o pesquisador traz consigo “contamina” a sua pesquisa em Psicologia. Conforme a definição de homem adotada, teremos uma concepção de objeto que combine com ela. Como há vários concepções de homem, diríamos simplificadamente que a Psicologia é a ciência que estuda os “diversos homens” concebidos pelo conjunto social. Assim a Psicologia se caracteriza por uma diversidade de objetos de estudo e Ana Bock e col. (1999) chegam a postular que no momento não existe uma psicologia, mas ciências psicológicas embrionárias e em desenvolvimento. 1.2 - DIREITO - O direito é um fenômeno social e é objeto de estudo de uma ciência cultural, a ciência do direito, d’entre os muitos métodos científicos possíveis vislumbramos a teoria pura do direito, que consideramos adequada como mero instrumento de análise lógica do direito positivo numa perspectiva auto-referente, entretanto, tal postura é insuficiente, pois a auto-referência do texto legal não é uma garantia de que os direitos humanos serão protegidos segundo os valores e ideais que informam a idéia de justiça. Propomos a solução desta insuficiência ética mediante a adoção novos conceitos a respeito de princípios jurídicos estruturados hierarquicamente: princípios, princípios-norma e princípio-limite; tudo com fundamento num conceito físico-bio-racional de direitos humanos, partindo de uma acepção de senso comum a respeito do direito enquanto fenômeno social. ÉTICA/MORAL - A ética, a moral e o direito estão interligados. A ética consiste num conjunto de princípios morais, a moral consiste em conjunto de regras, só que a moral atua de uma forma interna, ou seja, só tem um alto valor dentro das pessoas, ela se diferencia de uma pessoa para outra e o direito tem vários significados, ele pode ser aquilo que é justo perante a lei e a justiça, aquilo que você pode reclamar que é seu. A ética tem uma relação maior com as profissões. Ela seria como uma regra a ser seguida, um dever que profissional tem com aquele que contrata o seu serviço. A partir do momento em que se começa a exercer uma profissão, deve-se começar a praticar a ética. A moral e o direito tem a seguinte base: a moral tem efeito dentro da pessoa, ela atua como um valor, aquilo que se aprendeu como certo e o direito tem uma relação com a sociedade, o direito é aquilo que a pessoa pode exigir perante seus semelhantes, desde que esteja de acordo com a lei, aquilo imposto pela sociedade. COSTUMES - A realidade é que o costume é o verdadeiro direito, pois é a primeira manifestação da ética de um povo, uma espécie de ética natural. O direito nada mais é, que a expressão genuína da consciência de uma sociedade e não um produto do legislador. O legislador não cria o direito, apenas o traduz em normas escritas existentes no espírito do povo (costume). Por este prisma, o direito deve ser o espelho do costume. DEVERES E DIREITOS GARANTIDOS PELA CONSTITUIÇÃO FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988. 1.3 - FILOSOFIA - Desde o seu nascimento, na Grécia, a Filosofia procura criar e definir conceitos gerais sobre as coisas. Busca dar significação aos conceitos procurando dar-lhes a maior amplitude de compreensão para o uso mais amplo possível nas relações humanas. Finalmente, para responder "Para que estudar Filosofia?", exige de nós uma atitude de distanciamento em relação a vida cotidiana, fazendo abstração, refletindo sobre coisas que nos parecem evidentes, que depois de pensadas a partir de hipóteses, percebemos que não são tão evidentes como imaginávamos. O tratamento filosófico da natureza, como fez Galileu, por exemplo, nos evidenciou que de fato, a Terra não era fixa e que se movia em torno do Sol, contestando a visão geocêntrica. A Ciência nos coloca, hoje, a questão sobre "qual clonagem, a reprodutiva ou a terapêutica?". Vemos que a questão não é mais "contra ou a favor" e sim qual delas é a mais eticamente aceitável. Vê-se que esta questão deixou de ser científica para se tornar filosófica e política. Filosófica por que trata sobre a vida dos humanos como um todo e política porque exige que se tome uma decisão e que se aprove leis para o seu controle, e principalmente porque é de interesse de toda a humanidade. A Filosofia ao se estabelecer como "história das idéias" desde, aproximadamente, 450 a.C., pode nos fornecer a linguagem, as hipóteses, os métodos, os debates, os argumentos, as visões de mundo, em fim várias ferramentas que nos auxiliem a responder questões que ultrapassam as disciplinas específicas. ÉTICA/MORAL A ÉTICA Diferença entre ética e moral: Ética é o principio, moral são aspectos de condutas especificas; Ética é temporal, moral é temporária; Ética é universal, moral é cultural; Ética é a pratica, moral é a Teoria. A Ética é a “vida mora pensada”, pois, reflecte criticamente o que a moral estabelece. A moral é o conjunto de regras concretas. A ética é a disciplina filosófica onde reflecti criticamente a moral, para assim por em pratica se for o correcto. A ética é importante por que respeita os outros e a dignidade humana, ética é o que todos temos só falta desenvolver e acreditar no bem, a ética nos orienta e nos ajuda para uma vida boa; Mas boa em que sentido? No sentido do bem, fazer o bem para com as pesosoas, ajudar, orientar e pensar em outros e pensar neles também para podermos ser felizes, atingir a felicidade está também em atingir a felicidade do outro. A ética é practicada sem nenhum tipo de determinação vem de dentro, do consciente. Valores: Normas Morais: Verdade: Não Mentirás Vida: Não Matarás A MORAL Afinal o que é a moral? A moral é o conjunto de regras, normas de uma sociedade ou região, é importante porque há muitas pessoas que desrespeitam as leis e são de um instinto mal. A Moral é importante por que não temos piloto automático e nossa sociedade é muito cruel. A moral é um conjunto de conduta, A moral é o ” TU DEVES”. A Moral e a ética são temporais, ou seja, ao longo do tempo se vai modificando, evoluindo, por que estão abertos a novos conceitos e criticas. A moral não pensa na Liberdade e na dignidade do individuo, e a ética tem como ponto de partida esses dois valores. MITOS/LOGOS - O mito se opõe ao logos como a fantasia à razão, como a palavra que narra à palavra que demonstra. Logos e mito são as duas metades da linguagem, duas funções igualmente fundamentais da vida do espírito. O logo, sendo uma argumentação, pretende convencer. O logos é verdadeiro, no caso de ser justo e conforme à "lógica"; é falso quando dissimula alguma burla secreta (sofisma). Mas o mito tem por finalidade apenas a si mesmo. Acredita-se ou não nele, conforme a própria vontade, mediante um ato de fé, caso pareça "belo" ou verossímil, ou simplesmente porque se quer acreditar. O mito, assim, atrai em torno de si toda a parcela do irracional existente no pensamento humano; por sua própria natureza, é aparentado à arte, em todas as suas criações. HISTÓRIA VS ESTÓRIA - História, s. f., evolução da humanidade; narração crítica e pormenorizada de factos sociais, políticos, económicos, militares, culturais ou religiosos que fazem parte do passado de um ou mais países ou povos; sucessão natural desses mesmos acontecimentos; ramo do conhecimento que se ocupa do estudo do passado, da sua análise e interpretação; estudo da origem e do progresso de uma ciência, arte, ou área de conhecimento; narrativa; conto; biografia. Estória, s. f., história de carácter ficcional ou popular; conto; narração curta. 1.4 - COMUNICAÇÃO SOCIAL - Um panorama do desenvolvimento das Ciências Humanas nos revela que, num curto espaço de tempo, o centro de gravidade dessas ciências se deslocou para a problemática da comunicação. Paralelamente, nós assistimos ao aparecimento de uma nova disciplina científica, cujo objeto seriam os processos de comunicação. Produção - meios. Circulação - contexto Consumo - público Pela sua natureza interdisciplinar, ela exige a definição de seu objeto, pois este tende a se confundir com o objeto de outras ciências. Os processos comunicativos atravessam praticamente toda a extensão das Ciências. A comunicação é uma espécie de encruzilhada pela qual muitos passam e onde poucos permanecem - Wilbur Schramm .Uma visão retrospectiva revela a oscilação do objeto da Comunicação entre os meios de comunicação e a cultura de massa. Observação 01: O objeto aqui em questão são os fenômenos comunicativos restritos à dimensão humana e mediatizados por dispositivos técnicos, isto é, exclui-se a comunicação em nível de animais irracionais e aquela direta entre duas pessoas. Observação 02: É importante que o objeto da comunicação seja uma leitura do social realizada a partir dos meios de comunicação, o que equivale a dizer que meios de comunicação e cultura de massa não se opõem nem podem ser reduzidos um ao outro, ao contrário, eles exigem uma relação de reciprocidade e complementação. Em linhas gerais, isto já seria suficiente para caracterizar o objeto da comunicação; entretanto, é possível aprofundarmos no assunto.Questão histórica: A organização social sofreu profundas alterações por volta do século XVIII transformando a natureza das organizações coletivas e o modo de inserção do indivíduo na coletividade. Em um primeiro momento, são os laços de sangue e os valores da tradição que determinam a inserção do indivíduo no espaço coletivo da simples Comunidade. Em um segundo momento, o engajamento do homem é espontâneo, pois trata-se de um problema que depende da vontade racional de inserir-se na diversidade das formas coletivas de agrupamento da estrutura mais complexa que á a Sociedade. Esta é um aglomerado de comunidades mais ou menos efêmeras, que refletem as múltiplas associações circunstanciais que o indivíduo estabelece com grupos locais (trabalho, escola, vizinhança...) no processo de formação de sua identidade. As mudanças históricas transformaram o processo comunicativo em estratégia racional de inserção do indivíduo na coletividade. Deste modo, a comunicação ganha autonomia quando passa a ter sentido de uma prática social. Os meios de comunicação representam a totalidade social. São auxílio imprescindível nas estratégias de engajamento do indivíduo na sociedade. São instrumentos de sondagem do que escapa ao nosso aparato sensorialA partir das análises das transformações históricas, podemos afirmar que a disciplina Comunicação busca compreender o novo sentido dos processos comunicativos como fator de socialização, e que ela tem o seu objeto de estudo nos meios de comunicação. 1.4.1 - SEMIÓTICA - Semiótica é uma ciência que estuda a produção do sentido nas diversas linguagens que possibilitam a comunicação. É uma ciência, porque está estrutura como tal, possui uma epistemologia própria e arcabouços teóricos bastante complexos que sustentam algumas verdades e suscitam muitas dúvidas. A produção de sentido é um fenômeno que se dá na mente e na natureza. Não é exclusiva do homem que dá sentido às coisas. O sentido não está nas coisas tomadas isoladamente, mas surge na relação entre existentes singulares e independe de alguém que o interprete ou o pense como tal. Toda relação que evoca e provoca sentido é uma relação comunicativa porque supõe estímulo e resposta. Portanto, o sentido surge da interação comunicativa. É por isso que entendemos a Semiótica como a ciência que estuda em profundidade a comunicação humana e não humana. Este estudo foi feito por Charles Sanders Peirce, no início do século passado, procurava uma ciência que fosse capaz de unificar todas os demais fragmentos que constituíam até então o conhecimento humano. Ele foi descobrir a solução para o seu problema numa lógica filosófica que denominou Semiótica. Contrapondo e Teoria de Pitágoras na Matemática, onde há uma quebra da exatidão e uma nova ordem de resultados e possibilidades diferentes. 1.4.2 - SEMIOLOGIA - A Semiologia é a teoria geral dos sinais. Ela difere da Lingüística por sua maior abrangência: enquanto a Lingüística é o estudo científico da linguagem humana, a Semiologia preocupa-se não apenas com a linguagem humana e verbal, mas também com a dos animais e de todo e qualquer sistema de comunicação, seja ele natural ou convencional. Desse modo, a Lingüística insere-se como uma parte da Semiologia. Semiologia e Semiótica são termos permutáveis. A primeira surgiu na Europa, com Saussure, e a segunda, nos Estados Unidos, com o filósofo Charles Sanders Peirce. 1.4.3 - MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA - No decorrer do avanço da tecnologia, cada nova geração de meios de comunicação trouxe consigo sua carga de utopias de criação de espaços públicos de interação participativa entre cidadãos informados usando o direito à palavra. Todo novo meio de comunicação constitui, ao mesmo tempo, o ponto de disputas entre lógicas societais a cargo do Estado, do mercado e da sociedade civil. Historicamente, as lutas pela liberdade de imprensa, e a liberdade de expressão que ela implicava nesse momento, estimularam e participaram das grandes batalhas democráticas contra a censura, os direitos humanos, a escravidão, etc. Estas lutas contribuíram em grande medida à elaboração e à fundação de nossas democracias e dos princípios e legislações que prevalecem atualmente em termos de direitos à informação e à comunicação. Ao mesmo tempo, conseguiram modelar uma intersecção de espaços mediáticos na qual coexistem diversas formas de meios de comunicação e instituições mediáticas. Hoje, consideramos os meios de comunicação como instâncias da comunicação em massa, ou seja, a imprensa, a rádio e a televisão em suas acepções públicas, privadas ou comunitárias. Trata-se de mecanismos que permitem a disseminação em massa de informação facilitando a construção de consensos sociais, a construção e a reprodução do discurso público e certos níveis de interação, principalmente dos novos meios independentes, alternativos e comunitários. 1.4.4 - ESTUDOS CULTURAIS - Os Estudos Culturais relaciona muito a cultura ao seu estudo, que é a realização da civilização e uma mudança de condição de vida. Esta cultura e o terreno sobre o qual os Estudos Culturais faz uma analise e o objeto de seu estudo. A grande preocupação dos Estudos Culturais e a transformação social e a cultura e vem para intervir na mudança destas questões fornecendo um relato politizado, de forma a fazer diferença na cultura, por isso sempre terá Estudos Culturais, pois a cultura são mutáveis e renováveis. Os Estudos Culturais não são somente teorias, eles articulam e fazem uma ponte entre teoria e cultura material que fazem grandes diferenças sociais. Há uma analise e uma política de trabalho é a teoria é o ponto chave deste estudo. Os Estudos Culturais fornece uma forma de descrever o conceito de articulação, de forma a juntar teoria é política para um melhor entendimento da cultura. O autor também aborda o futuro dos Estudos Culturais que é de dirigir sua vida disciplinar, pois devemos diferenciar cultura de políticas, pois as vezes os temas não estão dentro dos Estudos Culturais, pois ele não é cultura popular, ele esta preocupado com esta cultura porem de forma mais profunda é desafiadora, pois há um questionamento de vários itens. Este tema é muito amplo é de grande importância para nosso estudo, pois é uma forma sistemática de se estudar as civilizações em sua parte cultural, social é política, ele não se apega apenas a fatos é acontecimentos, mas em toda uma historia cultural, social é política.