economia do compartilhamento-2

Propaganda
Economia do
compartilhamento
Alexandre Magrineli dos Reis
O meu motivo para estar aqui
Wilson Dias/ABr
O meu motivo para estar aqui
Consumo – a água que você
usa por dia
Fonte: SuperInteressante
Desperdício de alimentos custa ao mundo 750
bilhões de dólares, alerta relatório da FAO
• 1,3 bilhão de toneladas de alimentos desperdiçados anualmente
• 3,3 bilhões de toneladas de gases de efeito estufa na atmosfera do planeta
• 750 bilhões dólares desperdiçados por ano
A economia e o consumo hoje
Foto: flickr.com/photos/jassy-50
Foto: (AP)
Black Friday no Brasil
PESQUISA - relação dos consumidores brasileiros com o uso
do crédito e as compras por impulso (2014)
(Portal de educação financeira Meu Bolso Feliz - SPC Brasil) 694 entrevistados
52% do total fez alguma compra por impulso nos três últimos meses;
Produtos mais comprados neste período:
roupas (29%);
calçados (19%);
eletrônicos e celulares (18%)
perfumes/cosméticos(12%)
Maiores compras: mulheres: roupas (33%) e calçados (19%), homens:
eletrônicos e celulares (26%) e roupas (24%);
Principais justificativas: descontos e as promoções;
Principais locais de compras de supérfluos: shopping center (35%) e
lojas virtuais (23%)
Os avisos - 1972: Clube de Roma e
“Os limites do Crescimento”
• 1972: estudo intitulado “Os Limites do
crescimento“ - Massachusetts Institute of
Technology (MIT)
• Modelo computacional – batizado de
“World3”:
Fonte: Clube de Roma
– 12 cenários que refletiam a seguinte constatação: as
tendências de crescimento da população global e da
atividade econômica não eram sustentáveis e
levariam a um esgotamento dos limites físicos dos
recursos do planeta.
• Argumentava a favor da diminuição
significativa das atividades produtivas em
todo o mundo, com ênfase no corte da
produção industrial.
Os avisos - 1987: Nosso Futuro comum
- “Relatório Brundtland”
Documento da - Comissão Mundial sobre o
Meio Ambiente e o Desenvolvimento da ONU
- sintetiza a visão crítica do modelo de
desenvolvimento adotado;
Foto: Primeira-ministra da Noruega, Gro Brundtland - AP
Incompatibilidade entre os padrões de
produção e consumo vigentes nos países
industrializados e buscado pelos países em
desenvolvimento com o o uso racional dos
recursos naturais e a capacidade de suporte
dos ecossistemas.
Rio+20
• Introdução do tema
economia
verde
(Green Economy) no
contexto
do
desenvolvimento
sustentável
e
a
erradicação da pobreza
Fonte: ONU
Economia Verde
•Aumento do investimento verde;
•Aumento em quantidade e qualidade
dos postos de trabalho em setores verdes;
•Aumento da quota dos setores verdes no PIB
•Diminuição da energia / utilização
de recursos por unidade de produção
•Diminuição do nível de CO2 e poluição / PIB
•Diminuição do consumo exagerado
“Towards a Green Economy: Pathways to
Sustainable Development and Poverty Eradication”
• Um dos documentos base para
subsidiar as discussões da
Rio+20;
• Investimentos de 1,3 trilhão de
dólares por ano – ou 2% da
riqueza gerada pela economia
global – garantiria um futuro
sustentável para o planeta;
• Investimentos em setores chaves;
• Estímulo à expansão econômica;
• Ênfase em fontes renováveis de
energia;
• tentativa de uma mudança de
paradigma em prol de uma
economia verde.
Fonte: ONU
Sugestão de investimentos
US$ 108 bilhões para agricultura;
US$ 134 bilhões para a construção civil;
US$ 362 bilhões para energia;
US$ 108 bilhões para pesca;
US$ 15 bilhões para a silvicultura;
US$ 76 bilhões para a indústria;
US$ 134 bilhões para o turismo;
US$ 194 bilhões para o transporte;
US$ 108 bilhões para resíduos e reciclagem;
US$108 bilhões para água e saneamento básico
Documento final da Rio+20
O futuro que queremos
Posição oficial ONU:
• Determinação do conteúdo incluído no conceito da economia verde no contexto do
desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza.
• No documento final, países dedicaram uma seção para detalhar como as políticas
econômicas podem ser uma ferramenta para avançar no desenvolvimento
sustentável, observando que todos os países estão aprendendo como tornar suas
economias mais verdes e aprendendo uns com os outros a partir do
compartilhamento de experiências e lições.
Crítica: Documento não foi além de algumas afirmações genéricas sem criar mecanismos
operacionais e compromissos para a introdução deste novo modelo econômico.
Críticas à economia verde
• "Economia verde privatiza a
riqueza e socializa a
pobreza“ (Evo Morales,
Presidente da Bolívia)
• As
críticas
existentes
baseiam-se que a economia
verde ainda mantem a
apropriação do homem
sobre os bens naturais, a
idéia de expansão da
economia, sem trabalhar
efetivamente na diminuição
da produção e consumo.
A ECONOMIA DO
COMPARTILHAMENTO
Economia do
Compartilhamento
• Sharing Economy, Mesh Economy,
collaborative consuption, Economia do
Compartilhamento,
Economia
Colaborativa, Consumo Colaborativo;
• possuir (ter) o que é necessário no
momento certo sem a necessidade de
adquirir.
• Relações de consumo que estão
ressurgindo, muitas estão sendo
reinventadas com as novas tecnologias.
• “refere-se à expansão das práticas de
compartilhamento, troca, empréstimo,
intercâmbio, aluguel e doação,
reinventados por meio da tecnologia de
rede em uma escala e de uma maneira
sem precedentes”
Wikipedia – verbete Consumo
colaborativo
• Ao buscar experiências e não somente objetos
de compra, os consumidores estão mais voltados à
satisfação de sua necessidade e ao real objetivo que uma
troca comercial possui.
• No consumo colaborativo, a estrutura de oferta e
demanda não é tão rígida e limitada como na compra
tradicional: não há moeda fixa de escambo nem posse
única ou total de um objeto.
• A prática comercial no consumo colaborativo é uma
interação entre partes interessadas em ter acesso ao que
o outro oferece.
Wikipedia – verbete Consumo
colaborativo
• Toda esta configuração se mostra compatível com as
relações que estabelecemos na internet, em uma
comunicação que não é mais frontal, mas na qual
ocorre produção de conteúdo de ambos os lados:
todos são receptores e emissores ao mesmo tempo.
• Essa estrutura comunicativa da internet migrou para o
mundo dos negócios na forma do consumo
colaborativo:
não
há
mais
separação
entre vendedor e comprador, mas uma relação mútua
de escambo entre partes.
Retorno a práticas antigas...
Fonte: http://www.arcauniversal.com/mundocristao/series/noticias/costumes-da-biblia---o-comercio14593.html
Com nova roupagem
Principios da economia do
compartilhamento
• MASSA CRÍTICA: termo sociológico utilizado para
descrever a existência de um impulso suficiente em
um sistema para torná-lo autossustentável
• PODER DE CAPACIDADE OCIOSA;
• CRENÇA NOS BENS COMUNS: ao fornecer valor
para a comunidade, permitimos que o nosso
próprio valor se expanda em troca
• CONFIANÇA ENTRE ESTRANHOS
• Além do benefício da redução
do consumo e, portanto, da
fabricação de novos produtos e
utilização de recursos naturais,
o
consumo
colaborativo
garante que o dinheiro, quando
utilizado, recircule entre os
indivíduos,
não
se
concentrando
em
organizações.
• A revista TIME elencou o
consumo colaborativo como
uma das "10 idéias que vão
mudar o mundo" .
Fonte: http://collaborativeconsumption.com/
Exemplo de publicações
http://onthecommons.org/magazine/our-new-ebook-sharing-revolution
Alguns números
• Compartilhamento de carros:
– Estimativa de 1,7 milhão de pessoas usam este tipo de serviço em 27 países.
• 2013: pesquisa feita no Estados Unidos, no Reino Unido e Canadá (Vision
Critical e Crowd Companies)
– Mais da metade dos britânicos, 41% dos canadenses e 39% dos americanos
disseram já ter usado sites ou aplicativos ligados à economia colaborativa
– 91% de todos os entrevistados dizerem que recomendariam o último serviço
colaborativo que utilizaram
.
• AirBnB:
–
–
–
–
milhões de turistas a
600 000 interessados em alugar seus apartamentos e suas casas
160 países
Após uma captação de recursos no mês passado, a empresa foi avaliada em
10 bilhões de dólares.
GENEROS E ESPECIES DENTRO DA
SHARING ECONOMY
SISTEMAS DE SERVIÇO DE
PRODUTOS
• Compartilhamento de carros
– Compartilhamento de carros (de grandes marcas de automóveis)
– Compartilhamento de carro entre pares
– Compartilhamento de bicicletas
•
•
•
•
•
•
•
Aluguel entre pares
Energia Solar
Aluguel de brinquedos
Aluguel de objetos de moda
Aluguel de livros
Aluguel de arte
Filmes
Fonte: http://collaborativeconsumption.com/
MERCADOS DE
REDISTRIBUIÇÃO
•
•
•
•
•
•
•
Grandes Mercados
Troca livre
Eletrônica
Trocas locais de livros
Sites para troca de bens do bebê e brinquedos
Trocas de roupas
Troca de mídias (DVD, livros, jogos)
Fonte: http://collaborativeconsumption.com/
ESTILO DE VIDA DE
COLABORATIVO
Coworking
Empréstimos sociais
Moedas sociais
Crowdfunding
Viagem entre pares
Caronas
Fonte: http://collaborativeconsumption.com/
Compartilhamento de taxis
Jardins
Escambo
• Troca de favores
• Compartilhamento de Redes de Armazenamento e estacionamentos
•
•
•
•
•
•
•
•
O site une milhões de turistas a 600 000 interessados em alugar seus apartamentos e suas casas
em 160 países. Após uma captação de recursos no mês passado, a empresa foi avaliada em 10
bilhões de dólares. (Fonte: Exame.com)
EXPERIÊNCIAS NO BRASIL
O Caronetas foi pré-selecionado pela Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, como umas das 15 soluções
mundiais para melhorar a mobilidade urbana.
• Descola aí...
Ao invés de realizar apenas uma feira de troca de brinquedos, o Instituto Alana inovou, preparando
um kit com tudo o que é necessário para a realização deste tipo de evento e compartilhou na
internet, o que permitiu que outras instituições multiplicassem esta ação.
Feira de trocas
Ambientação
OS PRÓS E OS CONTRAS
Seul (10 milhões de
habitantes) - Sharing City –
Cidade Colaborativa
• programas criados pela Prefeitura para o compartilhamento
de automóveis, escritórios, estacionamentos, roupas,
brinquedos, ferramentas, apartamentos:
• frota de 500 carros elétricos em 292 estações espalhadas
pela cidade.
– Mais de 120 000 usuários
– A inscrição e a reserva dos carros são feitas online;
– 1 hora de aluguel sai por menos de 20 reais. Quem prefere ficar
com o automóvel o dia inteiro paga cerca de 110 reais.
Fonte: Exame.com
Seul (10 milhões de
habitantes) - Sharing City –
Cidade Colaborativa
• programa de aluguel de garagens no período em que as
pessoas estão trabalhando.
• postos de aluguel de ferramentas, brinquedos e até ternos
para quem precisa ir bem-vestido a uma entrevista de
emprego
• +- 800 escritórios localizados em prédios públicos podem ser
alugados para organizar encontros e palestras.
• incubadora
criada
para
fomentar
e
certificar
empreendimentos de economia compartilhada.
Fonte: Exame.com
A Municipalidade de Barcelona incentiva desde 1998 a criação de bancos de tempo
http://www.theguardian.com/commentisfree/2014/may/27/airbnb-uber-taxes-regulation
Conclusões
• Pensar...
• Apenas uma moda ou novo modelo econômico?
• Mudar atitude e hábitos...
Obrigado
[email protected]
https://www.facebook.com/Magrineli
https://twitter.com/magrineli
[email protected]
Palestra disponível para download em
http://aldeiacomum.com/2014/05/28/arquivo-para-download-minha-palestra-sobre-economia-colaborativa/
Download