Cultura na Era Vargas

Propaganda
1930-945
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"A produção artística cultural engajada ficou a
cargo do Ministro da Educação, Gustavo
Capanema, responsável pela orientação cultural
do período. A política cultural do varguismo foi
coerente com a concepção de Estado que orientou a
atuação do governante. Em nome de valores
políticos, ideológicos, religiosos e morais, os
representantes do regime justificavam a proibição
ou valorização de produtos culturais... A cultura
foi entendida como suporte da política e nessa
perspectiva, cultura, política e propaganda se
mesclaram. "(1)
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O cenário cultural brasileiro durante A Era
Vargas foi marcado por uma rica variedade de
manifestações e a consolidação de outras
novidades na nossa história. No tempo em que
Vargas esteve à frente do país, observamos que
o rádio era o mais importante meio de
comunicação existente. Além de diferentes
ritmos musicais, o rádio também era muito
utilizado na divulgação de notícias e também
com a encenação de novelas que eram
acompanhadas por milhares de pessoas.
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O samba era o gênero musical mais prestigiado
pela
população
brasileira,
que
esperava
atentamente o lançamento das marchinhas que
deveriam fazer grande sucesso durante o carnaval.
Nessa época, o carnaval deixava de ser uma
manifestação cultural espontânea e informal para,
aos poucos, transformar-se em um evento
competitivo integrado por várias escolas de samba.
Francisco Alves, Mário Reis, Carmem Miranda,
Sílvio Caldas e Orlando Silva foram os mais
famosos intérpretes de samba dessa época.
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Na literatura os autores se concentravam mais
em falar sobre o povo brasileiro. Nessa época
os escritores enxergavam o Brasil como um
país misto, ou seja, um país com diversidades
de raças e costumes. Por causa disso, a
literatura brasileira era chamada de
regionalista onde os escritores relatavam e
criavam histórias ocorridas em diversas regiões
do Brasil. Entre os autores mais importantes
podemos destacar os nomes de Graciliano
Ramos, José Lins do Rego e Érico Veríssimo.
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Além de todas as manifestações artísticas, Vargas
dominava a liberdade dos artistas, pois não permitia
que divulgassem coisas ruins sobre seu governo. Por
isso ele criou o DIP, que era o Departamento de
Imprensa e Propaganda, que tinha o objetivo de não
deixar ocorrer manifestações que falassem mal de seu
governo e para fazer propagandas falando bem dele.
Contudo por um lado, nos quinze anos que Vargas
ficou no domínio, houve muitas manifestações
culturais, e vários meios de comunicação. E por outro
lado, os artistas não tiveram liberdade para se
expressarem, pois, eram censurados e reprimidos, se
falassem mal do seu governo.
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Num período que se destacou pela crise da economia
agrário-exportadora e transição para uma economia
industrial, pelo declínio das oligarquias e ascensão de
outras classes sociais e o fortalecimento de propostas
autoritárias, em termos culturais pode-se dizer que o
período foi muito rico e diversificado.
O Regime varguista concebeu e organizou a cultura
com os olhos voltados para as experiências européias
nazi-fascistas da Alemanha e da Itália, onde a cultura
era entendida como suporte da política. O processo
foi acompanhado principalmente: pelo surgimento de
cursos superiores; pela expansão das instituições
culturais públicas e pelo surto editorial.
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. A música foi outra área na qual o Governo
investiu, incentivando que se fizessem letras
adequadas aos valores pregados pelo regime
como:
exaltação
do
trabalho
e
da
nacionalidade. Heitor Villa-Lobos foi a grande
personalidade musical associada ao Estado Novo.
Desenvolveu a educação musical artística através
do canto coral popular e se tornaram famosos os
seus corais reunindo milhares de pessoas cantando
hinos patrióticos pelo Brasil afora. No Rio de
Janeiro tinha destaque as concentrações feitas
no Campo do Vasco da Gama
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A pintura também foi utilizada como
instrumento de formação cultural. O prédio do
Ministério da Educação na Esplanada do
Castelo no Rio de Janeiro, construído por
ordem de Gustavo Capanema, possui
esplêndidos murais de Cândido Portinari
expressando a ideologia do regime: evolução
econômica, a vida popular e os tipos nacionais
com o gaúcho, o sertanejo e o jangadeiro.
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