CITOLOGIA CLÍNICA ORGANISMOS Vera Regina Medeiros Andrade 2015 Classificação de Bethesda, 2001 Negativo para lesão intra-epitelial ou malignidade Células epiteliais anormais Células escamosas Células escamosas atípicas De significado indeterminado (ASC-US) Não exclui HSIL (ASC-H) Lesão intra-epitelial escamosa de baixo grau (LSIL), compreende: HPV / Displasia Leve / NIC 1. Lesão intra-epitelial escamosa de alto grau (HSIL), compreendo: Displasia Moderada e Acentuada, Carcinoma “in situ” / NIC 2 e NIC 3. Carcinoma de células escamosas Células glandulares Células glandulares atípicas (AG) Adenocarcinoma “in situ” Adenocarcinoma Classificação de Bethesda - 2001 Negativo para Malignidade ou Lesão Intra-epitelial Organismos Trichomonas vaginalis Fungos morfologicamente consistentes com Candida spp. Desvio na flora sugestivo de vaginose bacteriana Bactérias morfologicamente consistentes com Actinomyces spp. Alterações celulares consistentes com o vírus do herpes simples. Outros Achados Não-Neoplásicos Alterações Celulares Reativas associadas com: Inflamação (inclui reparo típico). Radiação. Dispositivo Intra-uterino (DIU). Células glandulares pós-histerectomia. Atrofia com inflamação (“vaginite atrófica”) Classificação de Bethesda - 2001 Negativo para Malignidade ou Lesão Intra-epitelial Organismos Trichomonas vaginalis Fungos morfologicamente consistentes com Candida spp. Desvio na flora sugestivo de vaginose bacteriana Bactérias morfologicamente consistentes com Actinomyces spp. Alterações celulares consistentes com o vírus do herpes simples. Trichomonas vaginalis Protozoário, unicelular, flagelado, forma de pera (oval ou redondo), 15 a 30 m de tamanho Núcleo pálido, vesicular e localização excêntrica Citoplasma eosinófilo ou cianofílo, com granulações que podem ser observadas, flagelo não visível Aderem nas superfície das mucosas e causam lesões na trato genital masculino e feminino Não invadem os tecidos do hospedeiro Tricomoníase Infecção de transmissão sexual Correlação clínica Corrimento de cor amarelada ou esverdeada, causando coceira e dor no ato sexual Podem causar infecções nas trompas e ovários, levando a esterilidade Pode ser assintomático Trichomonas vaginalis Características do esfregaço citológico Fundo apresenta exsudato leucocitário Células escamosas policromáticas Leve aumento nuclear com hipercromasia Binucleação, multinucleação, cariopicnose e halo perinuclear Outras alterações celulares reativas Fungos morfologicamente consistentes com Candida spp. Fungos com blastoconídeos, pseudo-hifas e hifas verdadeiras ramificadas e septadas, eosinofílicas a marrom-acinzentada Várias espécies, dentre as mais freqüentes Candida albicans e Candida glabrata Candidíase Certos fatores que contribuem para o aparecimento da candidíase: Gravidez Diabete Obesidade Higiene pessoal Medicamentos (antibióticos) Fungos morfologicamente consistentes com Candida spp. Fungos morfologicamente consistentes com Candida spp. Fungos morfologicamente consistentes com Candida spp. Organismos procariontes Procariotos, DNA e RNA, sintetizam suas próprias proteínas A flora vaginal é um ecossistema dinâmico que pode ser facilmente alterado Secreções normais Muco cervical é formado de secreções transudadas através da parede vaginal das células escamosas esfoliadas As quantidades e composição variam com a idade, ciclo menstrual, contraceptivos, gravidez, higiene e estado emocional Lactobacillus spp. Lactobacilos da microflora normal, bastonete Gram positivo, imóvel e não capsulado; constitui o maior componente da flora vaginal; pH < 4,5 Lactobacillus spp. Lactobacillus spp. Lactobacillus spp. Cocos Numerosas espécies de cocos são encontrados nos esfregaços cérvico-vaginais, sendo os mais comuns estafilococos e estreptococos Critérios citológicos Esfregaço inflamatório com presença de colônias de bactérias dispostas em aglutinados ou em correntes Identificação da bactéria exige cultura Desvio na flora sugestivo de vaginose bacteriana Características do esfregaço citológico Fundo do esfregaço com cocobacilos em evidência Células escamosas individuais cobertas por uma camada de cocobacilos que obscurece a membrana celular e o citoplasma formando as “clue cells” ou células alvo Desvio na flora sugestivo de vaginose bacteriana Gardnerella vaginalis e/ou Mobiluncus sp A predominância de cocobacilos representa uma mudança da flora vaginal de Lactobacilos para um processo polimicrobiano, envolvendo vários tipos de bactérias anaeróbicas, incluindo, mas não limitando-se à Gardnerella vaginalis Bastonete curto, Gram negativo ou Gram variável, citologia com células alvo ou Clue cell Desvio na flora sugestivo de vaginose bacteriana (Gardnerella vaginalis e/ou Mobiluncus sp) Bactérias morfologicamente consistentes com Actinomyces spp. São bactérias anaeróbicas (Gram positivas), habitantes normais da boca e do intestino Causam doença quando barreiras da mucosa são rompidas por trauma mecânico Resposta inflamatória aguda, dor pélvica Encontrado em aproximadamente 7% das mulheres usuárias de DIU Bactérias morfologicamente consistentes com Actinomyces spp. Critérios Grupos entrelaçados de organismos filamentosos (borrão) Grupos em “cotton boll” (bola de algodão) Usualmente ramificados Bactérias morfologicamente consistentes com Actinomyces spp. Alterações celulares consistentes com o Vírus do Herpes Simples Vírus grandes, encapsulados, família Herpesviridae, com dupla fita de DNA, conhecidas mais de 100 espécies, 6 causam doenças no homem HSV-1 provoca feridas faciais no frio HSV-2 (herpes genital) HHV-3 (Human Herpesvirus-3), herpes zoster causa a varicela-zoster Epstein-Barr - provoca a mononucleose HHV-5 – Citomegalovírus, causa a mononucleose infecciosa HHV-8 - Sarcoma de Kaposi Alterações celulares consistentes com o Vírus do Herpes Simples Infectam a pele e as mucosas orofaríngea (HSV-1) e genital (HSV-2) Causam lesões vesiculares com ulceração e evidente reparo epitelial, provocando dor, queimação e bolhas dolorosas, pequenas feridas HSV-1 HSV-2 Alterações celulares consistentes com o Vírus do Herpes Simples Critérios citológicos Fundo apresenta exsudato leucocitário Células grandes, multinucleadas, com núcleos moldados Núcleos com aspecto de vidro fosco com fina membrana nuclear, cromatina marginalizada Inclusões intranucleares eosinofílicas, densas Alterações celulares consistentes com o Vírus do Herpes Simples Alterações celulares consistentes com o Vírus do Herpes Simples Leptotrix Identificado como bastonetes filamentosos (fio de cabelo), com ocasionais ramificações Ocasionalmente associado ao Trichomonas vaginalis Fonte: Grace McKee, Citopatologia Chlamydia trachomatis Pequeno microrganismo intracelular Similares às bactérias, Gram-negativa, divisão celular por fissão binária Possui DNA e RNA, não apresenta parede celular e capacidades metabólicas, não sintetiza ATP Suscetíveis à antibióticos Patógeno obrigatório intracelular Células glandulares e células metaplásicas Não tratado provoca inflamação na região pélvica cuja seqüela importante é a infertilidade Chlamydia trachomatis É um dos mais comuns patógenos sexualmente transmitidos Causam Cervicites Endocervicites Doença inflamatória pélvica Assintomático ou sintomas não específicos, corrimento Diagnósticos Pesquisa de antígenos Imunofluorescência direta Enzimaimunoensaio Pesquisa de ácidos nucléicos Sonda de DNA Amplificação (PCR) Pesquisa de anticorpos Imunofluorescência Enzimaimunoensaio indireta Diagrama esquemático do ciclo de desenvolvimento da Chlamydia trachomatis. Estruturas pequenas e escuras representam corpos elementares (EBs). Estruturas claras e grandes representam corpos reticulares (RBs).