A história de Israel - de 1850 A.C. aos Dias Atuais Período: 1.850 a.C. A 1.200 a.C • Início da História - O CHAMAMENTO DE ABRAÃO: – Vindo de UR (na Caldeia) – Região hoje pertencente ao Iraque (próximo ao Kuwait), • Abraão chegou a HARÃ ao norte da Mesopotâmia, por volta do ano 1.850 A.C. – Região localizada na atual Síria • O SENHOR chamou a Abraão, convidando-o para ocupar a terra prometida, a região de CANAÃ. • Com Abraão que se utilizou pela primeira vez o termo Hebreu e que passou a representar todo aquele que era considerado descendente de Abraão (Gen. 12.1-3). ORIGEM DOS HEBREUS • Abraão deslocou-se em direção a CANAÃ onde hoje existe o atual Estado de Israel • Ele se instalou, de início, em SIQUEM. • De Agar, escrava de Sara, gerou a Ismael. • De Ismael descendem os povos árabes. • As três grandes religiões monoteístas de hoje (CRISTIANISMO, ISLAMISMO E JUDAÍSMO) têm ABRAÃO como Patriarca, • Os muçulmanos consideram-se os verdadeiros descendentes de ISMAEL. A SEGUNDA GERAÇÃO • ISAQUE, filho de Abraão e Sara, casa-se com Rebeca e gera dois filhos: Jacó e Esaú. • A geração de Jacó passará a ser conhecida como povo israelita. • José, filho de Jacó com Raquel, foi vendido por seus irmãos para os Ismaelitas, que eram descendentes do mesmo Ismael, outro filho de Abraão • Por volta de 1.700 A.C. todo o clã de Jacó mudase para o Egito, fugindo de uma grande fome. • Os israelitas habitaram no Egito por 400 anos. ESTADIA NO EGITO • Liderados por José, que possuía enorme prestígio junto ao Faraó, aquele povo manteve • seus costumes e continuou protegido pelo SENHOR, obtendo grande crescimento númerico. Esta foi a primeira grande • demonstração de força do povo israelita e que se repetiria, ao longo da história, em várias outras ocasiões e países. Houve • crescente desconforto da população local com o elevado número de estrangeiros que agora se encontravam instalados • em suas terras, o que levou o novo governo egípcio a usá-los como escravos e sob essas condições é que foram • liderados por Moisés para iniciar o Êxodo, que compreende a prodigiosa saída do povo das terras do Egito • Moisés irá liderar a campanha dos israelitas pelo deserto. • É durante esta demorada peregrinação, atravessando o deserto do SINAI, que se misturam e despontam grandes • características de caráter político, religioso, social e até mesmo econômico que se tornariam marcantes na trajetória • daquele povo e influenciariam o comportamento e tradições das grandes religiões monoteístas do mundo moderno. Após a • travessia do deserto, já sem o seu grande líder Moisés, mas sob o firme comando de Josué e sempre protegidos pelo • Senhor chegam à Palestina, cuja tomada iniciou-se entre 1.220 A.C. e 1.200 A.C. A região conquistada foi então dividida • em 12, conforme o número de tribos dos descendentes de Jacó (Israel), dando-se assim a primeira instalação significativa dos israelitas de forma organizada e livre. Período 1.200 A.C. a 930 A.C. • A primeira cidade conquistada foi Jericó, considerada por historiadores como a mais antiga cidade murada em • todo o mundo. Depois, ocorreram diversas batalhas contra os povos que se encontravam instalados na região, • terminando com a conquista total da terra prometida. Aos poucos todo o território conquistado foi dividido entre as tribos • de Israel, exceto em relação aos Levitas, que ficaram com os dons recebidos por herança do Senhor, mas o total • continuou sendo 12 pois Efraim e Manassés, filhos de José também receberam a sua parte. • Com a morte de Josué, por volta de 1.200 A.C., o comando do povo passou para as mãos dos Juízes, que conduziram as tribos em guerras • contra os cananeus, os moabitas e os filisteus, estes considerados os inimigos mais poderosos da época, os quais se • concentravam em estreita faixa na costa do mar mediterrâneo, hoje chamada de Faixa de Gaza. Houve, então, forte • pressão da população para que fosse eleito um Rei para julgá-los e liderá-los nas contínuas batalhas contra os inimigos • da época, já que a união em torno do Senhor havia ficado abalada pelos desvios religiosos de alguns membros das comunidades e Samuel se encontrava com idade avançada. INÍCIO DA MONARQUIA - Saul • O primeiro reinado, o de Saul, embora houvesse proporcionado algumas significativas vitórias e promovesse a união das • tribos, acabou sendo repudiado pelo povo, que acolheu então a DAVI, vários anos após a sagração de Saul. A partir daí • ocorreu um período de grandes conquistas e firme unidade nacional em torno de Davi, com entendimento e união entre • as tribos e forte expansão das fronteiras do território israelense. Verificouse, além de importantes vitórias sobre os • filisteus, a submissão de moabitas, amonitas e outros rivais vizinhos. O reinado de Saul durou cerca de 20 anos (1.030 • a.c. e 1.010 a.c.), enquanto que o de Davi durou cerca de 40 anos (1.010 e 970a.c.). A grande estabilidade, porém, • sobreveio entre 970 a.c. e 931 a.c., período em que Salomão, filho de Davi, passou a reinar, destacando-se pela sua • sabedoria e hábil liderança e pelo desenvolvimento do reino. • O Rei David (1004-965 A.C.) fez de Israel uma das potências da região através de bem sucedidas expedições militares, entre as quais a derrota final dos filisteus, assim como as alianças políticas com os reinos vizinhos. Ele unificou as doze tribos israelitas num só reino e estabeleceu sua capital, Jerusalém. David foi sucedido por seu filho Salomão (965-930 A.C.) que consolidou ainda mais o reino. Salomão garantiu a paz para seu reino, tornando-o uma das grandes potências da época. O auge do seu governo foi a construção do Templo de Jerusalém. • O Reino de Israel, com sua capital Samaria, durou mais de 200 anos, e teve 19 reis; o Reino de Judá sobreviveu 350 anos, com sua capital, Jerusalém, e teve o mesmo número de reis, todos da linhagem de David. Com a expansão dos impérios assírios e babilônicos, tanto Israel quanto Judá, mais tarde, acabaram caindo sob domínio estrangeiro. O Reino de Israel foi destruído pelos assírios (722 A.C.) e seu povo foi exilado e esquecido. Uns cem anos depois, a Babilônia conquistou o Reino de Judá, exilando a maioria de seus habitantes e destruindo Jerusalém e o Templo (586 A.C.). Origem dos reinos de ISRAEL E JUDÁ • A pesada carga fiscal, reclamações das tribos do norte quanto a suposta predominância da casa de Judá e a falta de perícia do sucessor de Salomão, o rei Roboão, acabaram provocando, a separação (CISMA) em dois outros reinos mais fracos • Reino de ISRAEL - ao norte - capital em Samaria e envolvendo 10 tribos. • Reino de JUDÁ - ao sul - capital em Jerusalém, composta pelas tribos de Benjamin e Judá. • Divididos, enfraquecidos, e lutando entre si, os novos reinos acabaram dominados, caindo primeiro Israel, por volta de 721 a.A, tomado pelos assírios e depois Judá, por volta de 587 a.c., tomado pelos babilônios, seguindo-se deportações em massa. • Mesmo cativos, os habitantes de Judá (em sua maioria), mantiveram sua identidade e costumes e ao retornar para suas terras já eram chamados de Judeus, inclusive aqueles que partiram do reino de Israel. Período 930 A.C. a 70 D.C. • Israel ou Reino do Norte, tinha Oséias como rei quando Salmanazar, rei da Assíria, conquista o Reino do Norte, e o povo de Israel foi transportado para a Assíria e pessoas de lá foram habitar em Israel. • A Assíria corresponde hoje à parte norte do Iraque e este episódio está em II Reis 17. • Salmanazar tentou anexar o Reino de Judá nesta mesma época. Reinava em Jerusalém o rei Ezequias . • Os assírios tomaram algumas cidades de Judá, mas com a ajuda • do profeta Isaias, Judá teve libertação, pois um anjo do Senhor feriu numa única noite 185 mil assírios os quais morreram no campo. • Em meio a estes episódios, acontecia a história de Tobias, que foi um dos transportados de Israel para a Assíria Os Períodos Persa e Helenístico (538142 A.C.) • Em conseqüência de um decreto do Rei Ciro, da Pérsia, que conquistou o império babilônico, cerca de 50.000 judeus empreenderam o primeiro retorno à Terra de Israel, sob a liderança de Zerobabel, da dinastia de David. Menos de um século mais tarde, o segundo retorno foi liderado por Esdras, o Escriba. Durante os quatro séculos seguintes, os judeus viveram sob diferentes graus de autonomia sob o domínio persa (538-333 A.C.) e helenístico - ptolemaico e selêucida (332-142 A.C.) • Como parte do mundo antigo conquistado por Alexandre Magno, da Grécia (332 A.C.), a Terra de Israel continuava a ser uma teocracia judaica, sob o domínio dos selêucidas, estabelecidos na Síria. Quando os judeus foram proibidos de praticar o judaísmo e seu Templo foi profanado, como parte das tentativas gregas de impor a cultura e os costumes helenísticos a toda a população, desencadeou-se uma revolta (166 a.C.) liderada por Matatias, da dinastia sacerdotal dos Hasmoneus, e mais tarde por seu filho, Judá, o Macabeu. Os judeus entraram em Jerusalém e purificaram o Templo (164 A.C), eventos comemorados até hoje anualmente, na festa do Chanuká. A Dinastia dos Hasmoneus ( 142-63 A.C.) • Após novas vitórias dos Hasmoneus (142 a.C.), os selêucidas restauraram a autonomia da Judéia. • Com o colapso do reino selêucida (129 a.C.), a independência judaica foi reconquistada. • Sob a dinastia dos Hasmoneus, que durou cerca de 80 anos, as fronteiras do reino eram muito semelhantes às do tempo do Rei Salomão; • o regime atingiu consolidação política e a vida judaica floresceu. O Domínio Romano (63 - 313 A.C.) • Quando os romanos substituíram os selêucidas no papel de grande potência regional, eles concederam ao rei Hasmoneu Hircano II autoridade limitada, sob o controle do governador romano sediado em Damasco. • Os judeus eram hostis ao novo regime, e os anos seguintes testemunharam muitas insurreições. Uma última tentativa de reconquistar a antiga glória da dinastia dos Hasmoneus foi feita por Matatias. • Antígono, cuja derrota e morte trouxe fim ao governo dos Hasmoneus (40 a.C.); o país tornou-se, então, uma província do Império Romano. • Em 37 a.C., Herodes, genro de Hircano II, foi nomeado Rei da Judéia pelos romanos. Foi-lhe concedida autonomia quase ilimitada nos assuntos internos do país, e ele se tornou um dos mais poderosos monarcas da região oriental do Império Romano, porém não conseguiu a confiança e o apoio de seus súditos judeus. Dez anos após a morte de Herodes (4 a.C.), a Judéia caiu sob a administração romana direta. À proporção que aumentava a opressão romana à vida judaica, crescia a insatisfação, que se manifestava por violência esporádica, até que rompeu uma revolta total em 66 a.C.. As forças romanas, lideradas por Tito, superiores em número e armamento, arrasaram finalmente Jerusalém (70 a.C.) e posteriormente derrotaram o último baluarte judeu em Massada (73 a.C.). RESUMO DA HISTÓRIA • Bem, todos nós sabemos que Israel (Jacó), teve 12 filhos, e de sua descendência surgiram as 12 tribos de Israel que • durante muito tempo habitaram a terra da Palestina. Após a morte do Rei Salomão, houve uma separação entre essas 12 • tribos, ficando 10 tribos ao Norte da Palestina, que formaram o Reino de Israel com capital em Samaria, e 2 tribos • ficaram ao Sul (Judá e Benjamin) e formaram o Reino de Judá. O reino do Norte (10 tribos), com o tempo, perdeu a sua identidade, porém o reino do Sul (Judá) permaneceu unido. • Cristo quando veio ao mundo, nasceu em Belém da Judéia, portanto Cristo era Judeu. A queda de Judá e o cativeiro babilônico • Cerca de 130 anos depois, o Reino de Judá também foi conquistado. Pelos Babilônios, também chamados caldeus, no reinado de Nabucodonosor. • A Babilônia corresponde a onde hoje é a parte sul do Iraque. • Joaquim era rei em Jerusalém Em seu reinado, Judá foi levado a cativeiro. Os babilônios levaram os tesouros da casa do rei e da casa do Senhor, levaram também os príncipes, os nobres, os valentes, os artífices, os ferreiros de Judá, ficando apenas os pobres na terra. • Entre os cativos, figuram Daniel e seus três amigos Ananias, Azarias e Mizael que assistiram na presença dos reis • • • • • Os babilônios destruíram Jerusalém, seu muro, suas casas e até o templo construído por Salomão. (II Reis 24-25). O término do império da Babilônia ocorreu numa festa onde Belsazar utilizava os utensílios sagrados da casa do Senhor e uma mão misteriosa apareceu e escreveu na parede: Mene, Mene, Tequel e Parsim. Daniel interpretou a escrita e na mesma noite Belsazar morreu e uma nova era iniciou: o período de dominação Persa. Dario se apoderou do reino e dominou ainda muitas outras terras. A Pérsia corresponde onde hoje é o Irã. Entre meio ao reinado de Dario e Ciro, um jovem judeu, Daniel, teve grande influência no governo. O período de dominação persa serve de fundo para as histórias de Esdras, Neemias, e de Daniel. FIM DO CATIVEIRO BABILÔNICO • O Rei Ciro fez um decreto autorizando os judeus que estavam exilados na Babilônia a voltarem para Jerusalém, reconstruir a cidade, os muros e a casa do Senhor • Devolveu os tesouros e utensílios sagrados. Foi constituído a Zorobabel como governante em Jerusalém. • O Sacerdote Esdras e Neemias, estiveram a frente desta empreitada: a reconstrução de Jerusalém, reedificando também o povo espiritualmente e materialmente, com valores éticos e religiosos. • O Antigo Testamento se encerra nesta época de reconstrução da cidade e da nação judaica. PERÍODO GREGO E ROMANO • Na história bíblica, este período é chamado intertestamentário, entre o antigo e o novo testamento, pois os livros proféticos têm seus personagens contemporâneos aos Reis de Israel e de Judá e do período de cativeiro. • Os persas foram conquistados por Alexandre Magno, Rei da Macedônia, um grande conquistador. Morreu jovem e seu império foi dividido em quatro menores, ficando os Ptolomeus com a parte do Egito e da Palestina. E os selêucidas ficaram com a Palestina. • Na seqüência, os Selêucidas dominaram esta região. Nesta época se levanta Judas Macabeus e promove uma revolta, episódio relatado nos livros de Macabeus (apócrifo). • Após estes fatos os Romanos se firmam como grande Império, conquistando também a Palestina. • Foi neste período de dominação romana que nasceu Jesus Cristo, e ocorreram todos os episódios do Novo Testamento. • No ano de 70 d.C. Jerusalém foi destruída novamente, agora pelos romanos. Período 70 D.C. (Diáspora) aos dias atuais • • • • • • • Os Judeus que rejeitaram Cristo continuaram a seguir a lei de Moisés e ainda seguem até os dias de hoje. Na época eram um povo sem independência, dominados pelo Império Romano. A revolta judaica teve início no ano de 66 A.D e se estendeu até o verão de 70 A.D. quando a cidade foi conquistada pelos romanos, o templo e suas casas foram queimadas e seus muros derrubados. De acordo com o historiador da época, Flavio Josefo, centenas de milhares de judeus pereceram durante o cerco a Jerusalém e em outros pontos do país, e outros milhares foram vendidos como escravos. Todos os Judeus fossem expulsos de seu país. Este povo Judeu passaram a viver como peregrinos em outros países. Esse episódio ficou conhecido como Diáspora. Sem os Judeus, aquelas terras foram tomadas por outros povos de descendência Árabe que passaram a habitar a Palestina. O povo judeu, passou a não ter mais um país próprio. No entanto, os Judeus espalhados pelo mundo, nunca abandonaram suas tradições, sua religião, sua língua, e os costumes. Embora vivendo em outros países, os Judeus procuravam não se misturar com os povos locais.Viviam sempre juntos e mantiveram a unidade mesmo sem ter um país próprio para viver. E isso durou por mais de 1860 anos!!! Era uma verdadeira nação sem um país, sem um governo próprio. O Domínio Bizantino (313-646 d.C.) • No final do sec. IV, após a conversão do imperador Constantino ao cristianismo e a fundação do Império Bizantino, a Terra de Israel se tornara um país predominantemente cristão. Os judeus estavam privados de sua relativa autonomia anterior, assim como do direito de ocupar cargos públicos; também lhes era proibida a entrada em Jerusalém, com exceção de um dia por ano (Tishá be Av - dia 9 de Av), quando podiam prantear a destruição do Templo. Domínio Árabe (639-1099 d.C.) • A conquista do país pelos árabes ocorreu quatro anos após a morte de Maomé (632 d.C.) e durou mais de quatro séculos, sob o governo de Califas estabelecidos primeiramente em Damasco, depois em Bagdá e no Egito. No início do domínio muçulmano, os judeus novamente se instalaram em Jerusalém, e a comunidade judaica recebeu o costumeiro status de proteção concedido aos não-muçulmanos sob domínio islâmico, que lhes garantia a vida, as propriedades e a liberdade de culto, em troca do pagamento de taxas especiais e impostos territoriais. • Contudo, a introdução subseqüente de restrições contra os nãomuçulmanos (717 d.C.) afetou a vida pública dos judeus, assim como sua observância religiosa e seu status legal. Pelo fim do sec. XI, a comunidade judaica da Terra de Israel havia diminuído consideravelmente Os Cruzados (1099-1291 d.C.) • Nos 200 anos seguintes, o país foi dominado pelos Cruzados que, atendendo a um apelo do Papa Urbano II, partiram da Europa para recuperar a Terra Santa das mãos dos “infiéis”. Em julho de 1099, após um cerco de cinco semanas, os cavaleiros da Primeira Cruzada e seu exército de plebeus capturaram Jerusalém, massacrando a maioria de seus habitantes não-cristãos. Entrincheirados em suas sinagogas, os judeus defenderam seu quarteirão, mas foram queimados vivos ou vendidos como escravos. Nas poucas décadas que se sucederam, os cruzados estenderam seu poder sobre o restante do país. Após a derrota dos cruzados pelo exército de Saladino (1187 d.C.), os judeus passaram a gozar de liberdade, inclusive o direito de viver em Jerusalém. O domínio cruzado sobre o país chegou ao fim com a derrota final frente aos mamelucos (1291 d.C.) uma casta militar muçulmana que conquistara o poder no Egito. O Domínio Mameluco (1291-1516 d.C.) Sob o domínio mameluco, o país tornou-se uma província atrasada, cuja sede de governo era em Damasco. O período de decadência sob os mamelucos foi obscurecido ainda por revoltas políticas e econômicas, epidemias, devastação por gafanhotos e terríveis terremotos. O Domínio Otomano (1517-1917 d.C) • Após a conquista otomana, em 1517, o país foi dividido em quatro distritos, ligados à província de Damasco; a sede do governo era em Istambul. • No começo da era otomana, cerca de 1000 famílias judias viviam na Terra de Israel, em Jerusalém, Nablus (Sichem), Hebron, Gaza, Safed (Tzfat) e algumas aldeias da Galiléia. • A comunidade se compunha de descendentes de judeus que nunca haviam deixado o país, e de imigrantes da África do Norte e da Europa. • Um governo eficiente, até a morte do sultão Suleiman, o Magnífico (1566 d.C.), trouxe melhorias e estimulou a imigração judaica. À proporção que o governo otomano declinava e perdia sua eficiência, o país foi caindo de novo em estado de abandono geral. • No final do séc. XVIII, a maior parte das terras pertencia a proprietários ausentes, que as arredavam a agricultores empobrecidos pelos impostos elevados e arbitrários. As grandes florestas da Galiléia e do monte Carmelo estavam desnudas; pântanos e desertos invadiam as terras produtivas. • No sec. XIX ingleses, franceses e americanos iniciavam estudos de arqueologia bíblica. • Foram inauguradas rotas marítimas regulares entre a Terra de Israel e a Europa, instaladas conexões postais e telegráficas e construída a primeira estrada, entre Jerusalém e Iafo. • A situação dos judeus do país foi melhorando, e a população judaica aumentou consideravelmente. • Inspirados pela ideologia sionista, dois grandes fluxos de judeus da Europa Oriental chegaram ao país. Resolvidos a restaurar sua pátria através do trabalho agrícola, estes pioneiros começaram pela recuperação da terra árida, construíram novas colônias. • Ao romper a I Guerra Mundial (1914), a população judaica do país totalizava 85.000 habitantes, em contraste com os 5.000 do início do séc. XVI. O Domínio Britânico (1918-1948) • Em dezembro de 1917, as forças britânicas, sob o comando do General Allemby, entraram em Jerusalém, pondo fim a 400 anos de domínio otomano. • Em julho de 1922, a Liga das Nações confiou à Grã-Bretanha o mandato sobre a Palestina (nome pelo qual o país era designado na época). Reconhecendo a "ligação histórica do povo judeu com a Palestina", recomendava que a Grã-Bretanha facilitasse o estabelecimento de um lar nacional judaico na Palestina - Eretz Israel (Terra de Israel). • Dois meses depois, em setembro de 1922, o Conselho da Liga das Nações e a Grã-Bretanha decidiram que as estimulações destinadas ao estabelecimento deste lar nacional judaico não seriam aplicadas à região situada a leste do Rio Jordão, cuja área constituía os 3/4 do território do Mandato - e que mais tarde tornou-se o Reino Hashemita da Jordânia. Guerra da Independência – 15/5/1948 • No dia seguinte à proclamação de independência do Estado de Israel, em 14 de maio de 1948, os exércitos do Egito, da Jordânia, da Síria, do Líbano e do Iraque invadiram o país com o propósito confesso de expulsar os judeus das terras que lhes foram destinadas pela Partilha da Palestina, votada na ONU em 29 de novembro de 1947, e de "afogá-los no Mar Mediterrâneo". Após a assinatura do armistício em 1949, a planície costeira, a Galiléia e todo o Neguev ficaram sob soberania israelense; a Judéia e a Samaria (a Margem Ocidental) ficaram sob domínio da Jordânia; e a Faixa de Gaza, sob administração egípcia. A cidade de Jerusalém ficou dividida, cabendo à Jordânia o controle da parte oriental, inclusive a Cidade Velha, e a Israel, o setor ocidental da cidade. No conflito, foram mortos 6.000 judeus, equivalentes a 1% da população judaica local. A Campanha do Sinai – outubro de 1956 • Por ordem do Egito, os navios israelenses e aqueles com destino a Israel foram impedidos de passar pelo Canal de Suez. Também o bloqueio egípcio ao Estreito de Tiran, que dá acesso ao porto de Eilat, foi reforçado. Com a assinatura de uma aliança tripartite entre o Egito, a Síria e a Jordânia, a ameaça à segurança de Israel tornou-se mais iminente. Em oito dias as Forças de Defesa de Israel (FDI) capturaram a Faixa de Gaza e toda a península do Sinai, detendo-se 16 km a leste do Canal de Suez. Com a intermediação da ONU, o Estreito de Tiran foi reaberto, permitindo o comércio de Israel com países da Ásia e da África, bem como a importação de petróleo do Golfo Pérsico, e Israel retirou suas tropas do Sinai. • Cerca de dois terços dos árabes da Palestina fugiram ou foram expulsos dos territórios que ficaram sob controle judaico (68% destes estimulados pelos próprios governos dos países árabes para que os seus exércitos pudessem arrasar mais facilmente ao novo Estado que surgia) criando uma grande onda de refugiados que se abrigaram para campos nos países vizinhos tais como o Líbano, a Jordânia, a Síria, a Cisjordânia e para a área que mais tarde se tornaria conhecida como a Faixa de Gaza. Aos palestinos que abandonaram ou foram expulsos das áreas ocupadas pelos israelitas não foi permitido o regresso a suas casas O Estado de Israel - 1948 • Com a resolução da ONU de 19 de novembro de 1947, em 14 de maio de 1948, data em que terminou o Mandato Britânico, a população judaica na Terra de Israel era de 650.000 pessoas, formando uma comunidade organizada, com instituições políticas, sociais e econômicas bem desenvolvidas - de fato, uma nação em todos os sentidos, e um estado ao qual só faltava o nome. • Opondo-se ao estabelecimento do novo Estado os países árabes lançaram-se num ataque de várias frentes, dando origem à Guerra da Independência em 1948 - 1949, que defendeu a soberania que havia acabado de reconquistar. Com o fim da guerra, Israel concentrou seus esforços na construção do novo país. A Guerra dos Seis Dias – 5/6/1967 • A escalada de ataques terroristas árabes através das fronteiras com o Egito e a Jordânia, bem como o persistente bombardeamento do norte da Galiléia pela artilharia síria, foram o prelúdio para mais um conflito. O Egito solicitou à ONU que retirasse as tropas internacionais que guarneciam o Sinai (e U Thant, o secretáriogeral da ONU, imediatamente o fez), deslocando todo o poderio de seu exército para lá e para as fronteiras com Israel, restaurando o bloqueio do Estreito de Tiran. Nova aliança egípcia com a Síria e a Jordânia foi estabelecida, e as emissoras de rádio árabe transmitiam programas em hebraico em que anunciavam à população israelense que seu fim estava próximo. Israel invocou o direito de autodefesa e desencadeou um ataque preventivo contra o Egito e a Síria, conclamando a Jordânia a não intervir. As forças israelenses avançaram pelo Sinai, desbaratando o exército egípcio e expulsando os militares sírios entrincheirados no planalto do Golan. Com a entrada da Jordânia na luta, abriu-se uma terceira frente. Ao fim de seis dias de combates, a Judéia, Samaria, Gaza, a península do Sinai e o planalto do Golan estavam sob o controle de Israel. A cidade de Jerusalém, que estivera dividida entre Israel e a Jordânia desde 1949, foi reunificada sob a autoridade de Israel. A Guerra dos Seis Dias - 1967 • As esperanças por mais uma década de relativa tranqüilidade se esvaneceram com a escalada dos ataques terroristas árabes através das fronteiras como Egito e a Jordânia. Ao fim de seis dias de combates, os núcleos populacionais do norte do país ficavam livres do bombardeamento sírio, que durara 19 anos; a passagem de navios israelenses e com destino a Israel, através do Estreito de Tiran estava assegurada; e Jerusalém, que estivera dividida entre Israel e Jordânia desde 1949, foi reunificada sob a autoridade de Israel. Cronologia da Guerra dos seis dias • Junho – Dia 5: início da Guerra. A Aviação de Israel bombardeia 19 bases aéreas egípcias: 410 aviões ficam destruídos. O exército invade o Sinai. • Síria, Iraque, Jordânia, Argélia, Iêmen, Sudão, Kuwait e Arábia Saudita declaram-se em guerra a Israel. • Dia 6: Israel toma a Faixa de Gaza e entra, através do território jordaniano, no setor árabe de Jerusalém. • Dia 7: veículos blindados lutam no coração do Sinai, enquanto o exército de Israel ocupa a margem oriental do canal de Suez. A marinha toma posse de Sharm el-Sheikh e libera o Golfo de Aqaba. • A Jordânia, que tinha perdido a Cisjordânia e Jerusalém oriental, aceita o cessar-fogo. • Dia 8: Disparos de artilharia na fronteira entre Israel e Síria. O Egito também aceita o cessar-fogo. • Dia 9: Israel toma as colinas de Golã, pertencentes à Síria. • Dia 10: A Síria cede ao pedido de cessar-fogo depois de perder a região de Kuneltra. Fim da Guerra dos Seis Dias. A Guerra de Yom Kippur – 6/10/1973 • No dia mais sagrado do calendário judaico – Yom Kippur (Dia da Expiação) – o Egito e a Síria lançaram um ataque de surpresa: o exército egípcio atravessou o Canal de Suez e as tropas sírias invadiram o planalto do Golan. Durante as três semanas seguintes, as Forças de Defesa de Israel mudaram o rumo da batalha e repeliram os atacantes, atravessando o Canal de Suez e penetrando no Egito, ao mesmo tempo que avançavam até 32km de distância de Damasco, capital da Síria. Dois anos de difíceis negociações entre as partes resultaram em acordos de separação de tropas, pelos quais Israel se retirou de parte dos territórios que ocupara A Guerra de Iom Kipur - 1973 • A relativa calma ao longo das fronteiras terminaram no Dia da Expiação, o dia mais sagrado do calendário judaico, quando o Egito e a Síria lançaram um ataque de surpresa coordenado contra Israel (6 de outubro de 1973). Durante as três semanas seguintes, as Forças de Defesa de Israel mudaram o rumo da batalha e repeliram os ataques. Dois anos de difíceis negociações entre Israel e o Egito e entre Israel e a Síria resultaram em acordos de separação de tropas, pelos quais Israel se retirou de parte dos territórios conquistados na guerra. • Os Judeus, por todos os países onde passaram, foram um povo que sempre se dedicou aos negócios e ao comércio. Eles eram bons negociantes e ganhavam muito dinheiro. Por esse motivo, eles eram muito invejados pelos povos dos países onde eles viviam.E essa inveja resultou em muitas perseguições ao povo Judeu. PERSEGUIÇÕES • • • • Pelo catolicismo Antisemitismo Massacres históricos Migrações • Os Judeus americanos se deram muito bem. Os Estados Unidos quando surgiram como país em 1774, adotaram o modelo de República Democrática, onde todos eram livres. • Esse modelo de país foi o ideal para os Judeus e muitos deles foram morar lá. A Comunidade Judaica nos Estados Unidos ficou muito forte, e passou a influenciar nos Negócios e na Política Norte Americana. • Por volta do ano de 1870, muitos Judeus ricos e influentes começaram a comprar terras na Palestina. O objetivo era comprar o máximo de terras na região onde antigamente viviam as 12 tribos de Israel. Alguns Judeus começaram a se mudar para lá • O sentimento Patriótico cresceu, e também o sonho de criar novamente um país naquelas terras. • O problema é que naquelas terras estavam ocupadas a séculos. O desejo dos Judeus de criarem um país independente levou muitos deles a formarem organizações militares. • Finalmente, após muitas lutas, foi criado em 1948 o estado de ISRAEL, com o apoio dos Estados Unidos e da Inglaterra. • Após 1880 anos, os judeus retornaram à sua Pátria, com a formação de um país livre, independente e governado por Judeus. • No entanto, com a criação do estado Judeu, vários conflitos surgiram, principalmente com os Palestinos, que ficaram sem terra, e com os Mulçumanos daquela região em solidariedade aos Palestinos. • Porém, com a ajuda financeira e militar dos EUA, • Israel se mantém como país, mesmo cercado de inimigos por todos os lados. Israel recebe, por ano, cerca de 3 Bilhões • de Dólares de ajuda Militar dos Estados Unidos.Israel tem hoje quase 7 milhões de habitantes, porém a maior colônia • Judaica do mundo vive nos EUA, onde existem cerca de 9 milhões de Judeus. • Pela partilha aprovada pela ONU em 29/11/1947, os judeus - então apenas um terço da população - receberiam o equivalente a 55% (em verde ao lado) da Palestina Ocidental. • • É importante destacar que mais de 75% das terras destinadas ao Estado judeu consistiam do árido deserto do Negev. O restante se compunha de uma estreita faixa litorânea entre Tel Aviv e Haifa e parte da Galiléia. • • Além disto, a cidade de Jafa (colada a Tel-Aviv) ficaria como um enclave soberano árabe embutido no Estado Judeu, enquanto a região de Jerusalém, incrustada no Estado Árabe, teria o status especial de "corpus separatum" administrado pela ONU, onde seria sediada a "União Econômica da Palestina”. A PARTILHA DA PALESTINA PELA ONU • • • • Na partilha aprovada pela ONU em 1947, os judeus - com apenas um terço da população - receberiam o equivalente a 55% (em verde ao lado) da Palestina Ocidental. Mais de 75% das terras do Estado judeu localizavam-se no árido deserto do Negev, mais uma estreita faixa litorânea entre Tel Aviv e Haifa , e uma parte da Galiléia. A cidade de Jafa (colada a Tel-Aviv) ficaria como um enclave soberano árabe dentro do Estado Judeu. Jerusalém, incrustada no Estado Árabe, teria o status especial de "corpus separatum" administrado pela ONU. A primeira Guerra Pós-Independência • Os países da Liga Árabe não aceitaram a resolução da ONU e declararam o propósito de proclamar um "Estado Unido da Palestina", em detrimento de um Estado Judeu e outro Palestino. • Transjordânia, Egito, Síria, Líbano e Iraque atacaram os judeus em Israel, ato condenado por Estados Unidos e União Soviética. • Nos primeiros meses, as tropas árabes conseguiram grandes progressos, acarretando massacres de civis judeus já rendidos. • A intenção mulçumana era a destruição total do estado de Israel mas O ataque árabe se mostrou ineficiente e desastroso. • Ao final da guerra, Israel dominava 78% do território palestino (21% a mais do que na partilha da ONU), enquanto o Egito ocupou a Faixa de Gaza e a Transjordânia anexou a Cisjordânia. . Apesar de mais numerosos e treinados pelos ingleses, os árabes tinham alguns pontos que os deixavam em desvantagem na guerra: ● As primeiras invasões árabes foram feitas por milícias e não por tropas regulares, o que acarretava falta de organização e eficácia. ● Quando as tropas regulares invadiram a palestina, não existia um comando centralizado por se tratarem de cinco nações soberanas. ● As tropas israelenses eram melhor treinadas e mais bem equipadas com armas contrabandeadas da Tchecoslováquia. ● O povo judeu estava mais mobilizado para resistir, pois compartilhavam de um sentimento mais forte de nacionalismo. RESULTADOS DA GUERRA DOS SEIS DIAS • Foi uma grande derrota para os Estados Árabes. Eles perderam mais de metade do seu equipamento militar. A Força Aérea da Jordânia foi completamente destruída. • Os Árabes sofreram 18.000 baixas. Em contraste os israelenses perderam 766 soldados. • Os ganhos de Israel nesta guerra foram consideráveis. As suas fronteiras tornaram-se mais seguras e tinham ocupado os Montes Golã, a Cisjordânia e a Península do Sinai. O controle de Jerusalém foi de vital importância para o povo judeu por causa do valor histórico e religioso. • Por causa da guerra os Árabes Palestianos ficaram com um pesado fardo. O conflito criou 350.000 refugiados. A maioria partiu para a Jordânia, mas mais de 1.300 dos palestinos que ficaram na Cisjordânia e Faixa de Gaza permaceram sob o controle de Israel. • Por volta do século III d.C. os romanos expulsaram os judeus do que se convencionou chamar de Terra Santa. • Em 1897, após um encontro sionista, os judeus decidiram voltar a ocupar a Palestina, que na época pertencia ao Império Otomano. Imediatamente, teve início a emigração judaica para o local onde viviam cerca de 500 mil árabes. • Em 1903, estima-se que já somavam 25 mil judeus vivendo em meio à comunidade árabe. Em 1914, pouco antes da Primeira Guerra Mundial, eram 60 mil e em 1948, após a Segunda Guerra Mundial e pouco antes da criação do estado judaico, somavam 600 mil.