Judaísmo Fundamentos e organização da sociedade O Judaísmo Religião profética - se origina da revelação de um profeta, que comunica a revelação recebida de Deus e denuncia as injustiças. Por “profeta” entendemos um portavoz de Deus. Também chamada religião monoteísta (do grego mónos, "único" e theós, "Deus”) É a crença em um só Deus. • Para os judeus, Deus fez um acordo com os hebreus, fazendo com que eles se tornassem o povo escolhido e prometendo-lhes a terra prometida. • Atualmente a fé judaica é praticada em várias regiões do mundo, porém é no estado de Israel que se concentra um grande número de praticantes Retorno do povo judaico Após sua expulsão da Terra de Israel há 2.000 anos, os judeus foram dispersos por outros países da Europa, África e Oriente Médio. Estabeleceram grandes comunidades, onde viveram longos períodos de crescimento e prosperidade, mas durante os quais também sofreram impiedosa discriminação, massacres brutais e expulsões totais ou parciais. Cada uma das ondas de perseguição e violência fortalecia sua crença no conceito da 'reunião dos exilados' e inspirava indivíduos e grupos ao retorno à sua pátria ancestral. O movimento sionista, fundado no final do séc. XIX, transformou este conceito em modo de vida, e o Estado de Israel o formalizou na lei que garante a cidadania a todo judeu desejoso de se estabelecer no país. Formação de uma nova sociedade • A base política, econômica e cultural da sociedade judaica contemporânea de Israel formou-se durante o período do Mandato Britânico (1918-1948). • Sionismo, a comunidade judaica desenvolveu instituições sociais e políticas que exerciam a autoridade sem soberania, em que todos estavam mobilizados para a consolidação e o crescimento. • O voluntarismo era a espinha dorsal política, o igualitarismo era o cimento social. • A obtenção da independência política e a subseqüente imigração em massa, que dobrou a população de Israel - de 650.000 a 1,3 milhões de habitantes durante os primeiros quatro anos de existência do estado (1948-1952).Dois grupos: 1) Pré-estatal, dotada de fortes convicções ideológicas, espírito pioneiro e estilo de vida democrático. 2) Judeus que haviam vivido durante séculos em terras árabes, acostumados a uma organização social patriarcal, não estavam familiarizados com a democracia nem com as exigências de uma sociedade moderna, e tiveram dificuldade em se integrar à economia israelense em rápido desenvolvimento. • A mais recente onda imigratória se constituiu de membros da grande comunidade judaica da antiga União Soviética para Israel. Desde 1989 mais de um milhão se estabeleceram no país. Muitos profissionais de formação elevada, cientistas de renome e artistas e músicos aclamados, cujo talento e perícia estão contribuindo significativamente à vida econômica, científica, acadêmica e cultural de Israel. Diversidade religiosa • Hoje em dia, a sociedade judaica de Israel é composta, de acordo com o grau de cumprimento das leis e práticas religiosas judaicas: • 20% da população cumprem com todos os preceitos religiosos, • 60% os seguem parcialmente, de acordo com uma opção individual e as tradições étnicas, • e 20% são basicamente não-observantes. • Mas como Israel foi concebido como um estado judaico, o Shabat (Sabbat, sábado) e todas as festas religiosas judaicas são feriados nacionais, sendo celebrados por toda a população e observados por todos, em maior ou menor extensão. Como definir uma judeu? • O setor ortodoxo defende a determinação de um judeu como alguém nascido de mãe judia ou que se converte em completa concordância com a lei judaica, enquanto os judeus seculares de forma geral defendem uma definição baseada no critério civil da identificação de um indivíduo com o judaísmo. Sociedade do Kibutz • Fruto da sociedade do século XX, e que se desenvolveu como estilo de vida rural, social e econômica baseada em princípios igualitários e comunais. • Estabeleceu uma economia próspera, de início essencialmente agrícola, mais tarde expandindo-se nos ramos industriais e de prestação de serviços, e se distinguiu pela contribuição de seus membros ao estabelecimento e construção do estado. • Nas décadas recentes, a sociedade do kibutz que pregava a ética de trabalho que exigia que tudo fosse feito por esforço próprio tornou-se menos rígida, o tabu contra o trabalho assalariado no kibutz perdeu sua força, e um número cada vez maior de trabalhadores que não são membros do kibutz vem sendo contratado. Ao mesmo tempo, cresce a proporção de seus membros que têm empregos externos, e seus salários são revertidos para o kibutz. Dinâmica interna judaica • Como não há uma separação clara entre religião e estado, um problema fundamental intercomunitário tem sido a amplitude na qual Israel deve manifestar sua identidade religiosa judaica. Enquanto a comunidade ortodoxa busca aumentar a legislação religiosa além do escopo do status pessoal, sobre o qual detém jurisdição exclusiva, o setor não observante encara isso como uma coerção religiosa e uma violação da natureza democrática do país.