psicoemoções

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12. O carácter especifico dos processos emocionais
Emoção
Situações Novas
São chamadas assim quando
as pessoas não estão
preparadas para enfrentar
certas situações .
Os mais jovens são mais
susceptíveis de experimentar
estas emoções, devido à sua
pequena experiência de vida,
são mais fáceis de chocar do
que alguém com uma vasta
experiencia.
Para controlar este tipo de
situações, ao longo da vida as
pessoas vão desenvolvendo
esquemas de reacções, para
agir de uma forma mais
moderada, diante da
presença destas reacções.
Situações Insólitas
Tratam-se de situações, que por
muito que sejam frequentes, as
pessoas nunca vão saber agir diante
delas, pois não existe uma boa
maneira de lhe responder. Qualquer
que seja a idade, estas situações
despertam reacções emotivas
exemplo disso são os barulhos
endurecedores, quando uma pessoa
vai na rua sem chapéu de chuva e
começa a chover de repente, quando
se tem um pesadelo, até mesmo com
a escuridão.
Muitas situações normais, podem se
tornar em situações insólitas para as
crianças, quando se trata de sair da
sua rotina e de presenciar momentos
para os quais não estam habituadas, o
desconhecido pode deixa-las
perturbadas.
Situações inesperadas
As situações inesperadas
tem a ver com a forma em
como se transmitem as
emoções aos outros.
O carácter emotivo é
reforçado pelo aspecto
súbito.
Quando se trata de
emoções fortes, as pessoas
devem ser preparadas, para
que o choque não seja tão
intenso, podendo até
provocar reacções físicas,
como desmaios, gaguez,
ataques cardíacos entre
outros.
Afectos, sentimentos e emoções
Afectos
Exprimem-se através de emoções e são organizados pelas experiências emocionais
repetidas.
São uma predisposição inata que emerge nas emoções, e também são organizados
por estas.
Ao afeiçoarmo-nos, ou seja ligarmo-nos as pessoas criamos uma ligação e
afectamo-nos. O ódio por exemplo, é uma forma de ligação provavelmente tão ou
mais intensa do que o amor.
A forma como uma pessoa perturba ou é perturbada por alguém, está ligada ao
passado, à memória de acontecimentos que ocorreram na relação com pessoas
importantes para nós, tanto positivamente como negativamente.
Emoções
Reacções a acontecimento que surgem subitamente, e que tem uma duração
breve, num momento podemos não estar emocionados como no momento a
seguir já podemos estar.
São características das situações antes referidas, insólitas, novas e
inesperadas.
Vêem também acompanhadas de reacções fisiológicas.
Alargam a nossa percepção do mundo pois estão ligadas a situações presentes
ou futuras.
Sentimentos
Os sentimentos são algo que nós carregamos, por exemplo andarmos tristes ou
alegres, prolongam-se no tempo e são um estado interior de carácter privado.
Os sentimentos são acessíveis à consciência.
Só podemos observar um sentimento através dos sinais que a pessoa nos dá.
São o resultado da modelagem dos afectos e das experiencias emocionais.
Acompanham-nos ao longo do tempo e são de intensidade média
Emoções Primárias e Secundárias
Primárias
Existem diversas emoções, e várias pessoas tem teorias, mas é complicado definir um grupo de
emoções primárias. Por isso existem apenas dois critérios para as definir :
 Tem que abranger todas as pessoas e culturas
 E tem que ser inatas, ou seja, manifestar-se muito cedo, não dependendo da experiencia
de vida da pessoa.
Existe em cada individuo um mecanismo básico predestinado á nascença que, mediante certos
estímulos do meio, produz um padrão específico de reacção do corpo, sem que haja
necessidade de avaliação mental. Poderá então dizer-se que estamos programados para reagir
com uma emoção de modo pré-organizado, quando determinadas características dos
estímulos são detectadas.
De acordo com as concepções de António Damásio, uma emoção é um conjunto de
modificações no estado do corpo que são produzidas nos diversos órgãos sob o controlo do
sistema cerebral, o qual corresponde ao conteúdo dos pensamentos relativos a uma
determinada entidade ou acontecimento.
São inatas, úteis para os seres vivos reagirem de forma mais ou menos automática.
O desenrolar automático destas emoções, está a cargo do sistema límbico
Secundárias
Advêm da capacidade de formar ligações e associações entre objectos ou situações. As
informações que recebemos e memorizamos da nossa vivência, seguem o circuito
normal das emoções, sendo porém transmitidos não só à amígdala mas também ao
neocórtex.
Assim, o mecanismo das emoções secundárias inicia-se, de considerações deliberadas e
conscientes que nos ocorrem em relação a uma determinada pessoa ou situação. Essas
considerações estão contidas na nossa memória sob a forma de imagens mentais,
organizadas num processo de pensamento extremamente complexo.
Provém de representações que incorporam conhecimentos relativos à maneira como
um certo tipo de situação tem sido habitualmente emparceirado com certas
experiências emocionais na sua experiência individual.
têm também a ver com a personalidade de cada indivíduo, sendo as suas emoções
moduladas e únicas.
Secundárias
A emoção secundária é uma resposta a uma emoção primária, ou melhor, a uma situação que é
consequência da emoção primária. Por Exemplo, uma pessoa pode sentir e expressar raiva imediatamente
após ter percebido em si um início de medo, se aprendeu que o medo é uma desonra. Ou, ao contrário,
pode expressar medo quando sente raiva, como no caso da criança que foi duramente punida por expressar
sua raiva. Se toda vez que expressar sua raiva ela for punida, o que se pode esperar? Se sofrer
repetidamente por ter raiva, depois de um certo tempo, sentir raiva torna-se um sinal de perigo e ela
passará a ter medo naquelas situações em que teria raiva. Aí nós temos uma emoção secundária, distorcida.
Mais tarde, diante de uma ofensa qualquer, de uma agressão, ela tenderá a sentir medo. A emoção primária
era a raiva, mas agora estamos diante de uma secundária; a raiva deu origem ao medo por causa de uma
interferência externa com a manifestação espontânea inicial.
Esse é um exemplo comum de situação em que, de acordo com nossa esquematização anterior, a avaliação
da realidade pode ser correcta mas a emoção é incorrecta.
Envolvem uma avaliação cognitiva dos acontecimentos, o que implica associações com determinados
estímulos já presenciados e aprendizagens anteriormente feitas. Envolvem a participação do córtex préfrontal.
Centro Nervoso da Emoção
Os circuitos do sistema nervoso central despertam, orientam e integram reacções
ocorridas nos estados emocionais.
O córtex desempenha um papel importante na identificação, avaliação das situações e
nas decisões quanto aos comportamentos e seguir. Para ele, alguns comportamentos
emocionais podem ser mantidos, agravados ou diluídos.
A formação reticular desperta o cortex para a recepção de informação sensorial
potencialmente desencadeadora de emoções, pondo-o alerta para uma situação de
emergência.
Toda a informação enviada pelos órgãos sensoriais para o córtex e deste para os orgãos
efectores passa pelo sistema limbico que actua como regulador dos comportamentos
emotivo e motivados.
O hipotálamo é responsável pela activação do sistema nervoso simpático em situações
de emergência
Ainda que o cortex cerebral consiga racionalizar a emoção e consequentemente os
comportamentos, há uma série de reacções incontroláveis, que não dependem da nossa
vontade, pois são controlados pelo sistema nervoso autónomo
Sistema Nervoso
Parassimpático que
actua nas situações
relativamente
calmas.
Sistema Nervoso Simpático
actua em situações de
emergência que conduzem as
emoções, mobilizam os
recursos do corpo,
preparando-os para a acção
Componentes da emoção
Reacções Fisiológicas
Respiração Ofegante
Tremuras musculares
Modificação do rosto (exemplo : rubor ou palidez)
Dilatação das pupilas
Aceleração do ritmo cardíaco
Aumento da pressão arterial
Decréscimo da secreção salivar (secura na boca e dificuldade na fala)
Libertação de açúcar pelo fígado
Reacções pilomotoras (pele de galinha)
Alterações na resistência eléctrica da pele
Alterações na composição física do sangue
Alterações, até paragem da digestão
Estimulação das glândulas endócrinas, designadamente das supra-renais
Reacções Expressivas
As emoções traduzem-se por uma atitude corporal que se exterioriza por
gestos, pelo olhar, pela voz e por sinais do rosto que transmitem às outras
pessoas a emoção pela qual o sujeito está a passar, trata-se da função mais
importante das expressão emocional, pois permite que as pessoas
adaptem o seu comportamento de forma adequada, consoante as
emoções de cada individuo.
Emoções básicas são transmitidas universalmente através de expressões
faciais, já que os nossos músculos correspondem facilmente às emoções.
Experiência Consciente
As pessoas têm dificuldade em observar-se a si próprias, quando o fazem introduzem modificações na
emoção pois é a tomada de consciência de um fenómeno interior que faz com que nele ocorram
alterações.
As descrições feitas retrospectivamente não são fiáveis porque basear um relato na memória é correr
o risco de falhar. Cada pessoa tem a sua maneira de explicar um determinado acontecimento, o que
faz com que os outros possam não compreender o que aconteceu.
Existem vários factos que dificultam a análise por parte dos psicólogos :
A dificuldade das pessoas em observar-se a si próprias, em momentos de grande tensão
Modificam as emoções devido ao significado que lhes atribuem
As descrições feitas recorrendo à memória correm o risco de falhar
As pessoas nem sempre utilizam a linguagem mais adequada para transmitirem o que sentem
Universalidade e diversidade de emoções
Apesar das culturas partilharem uma linguagem facial universal, diferem no modo e na
intensidade com que a usam.
Existe uma enorme variedade de comportamentos emotivos, devido a aspectos que se
prendem com a sociedade e a cultura.
Todas as culturas dispõem de normas que definem o seu comportamento, as regras que devem
seguir e as reacções que devem adaptar consoante as situações. Estas regras diferem de cultura
para cultura.
O condicionamento social faz-se sentir na modificação das reacções naturais da emoção,
impondo-lhe características que tem a ver com a cultura em que se inserem.
O marcador somático
Noção de marcador somático refere-se, em especial, às decisões que é preciso tomar rapidamente. Daí o
seu carácter precioso enquanto auxiliar indispensável nas opções do dia-a-dia. Uma valiosa economia de
tempo e uma segura orientação para a nossa vida, nos seus instantes mais simples e elementares, tão
fulcrais para a nossa sobrevivência.
Segundo António Damásio, o marcador somático é desencadeado pela modificação de padrões neuronais
inatos com o objectivo de garantir a sobrevivência.
O seu funcionamento, necessita da aprendizagem, da apreensão de sensações agradáveis ou
desagradáveis.
Quando o marcador, detecta uma situação positiva, funciona como um incentivo, mas se pelo contrário
avalia uma situação pela negativa, funciona como uma campainha de alarme, que inibe o acto.
Não se trata da vontade da pessoa, ajuda-a a decidir, incentivando certas opções e eliminando outras, para
que a pessoa tome a decisão mais acertada.
Para Damásio é absurdo separar cognição e emoção, já que a mente só funciona de uma forma equilibrada
com a ajuda das emoções, estas são necessárias ao bom funcionamento das tarefas cognitivas.
As decisões humanas
Marcador-somático
A forma mais simples e eficaz de decidir, é através do marcador somático.
“Os nossos cérebros são capazes de decidir bem, em segundos ou minutos, consoante a fracção de tempo
considerada adequada à meta que pretendemos atingir”
António Damásio, O erro de Descartes
Desde os nossos tempos mais primórdios que uma das maiores preocupações do ser humano é a
sobrevivência. Mas ao longo dos tempo tem vindo a adquirir um nível de raciocínio bastante
elevado, que lhe permite tomar as suas decisões, e enveredar pelos caminhos que decidir.
Mas há formas de agir e pensar que nunca mudaram, como é o caso da fuga ao sofrimento e da
busca pelo prazer.
Marcador-somático
O raciocínio além de apoiar no córtex cerebral e no neocórtex, também utiliza o sistema
límbico (hipotálamo).
Os sistemas cerebrais superiores, radicados no córtex, mantém vínculos os seus precursores,
visando o mesmo objectivo – a sobrevivência; todos eles são motivados pelos mesmo
objectivos – a ausência de dor e a procura de bem-estar.
Razão Nobre
Serve para tomar decisões que requerem mais ponderação, as decisões “mais
importantes” da vida de uma pessoa.
Não são decisões tomadas de qualquer forma, a pessoa tem que estar, consciente do
assunto, das consequências, não é a forma mais correcta de tratar de situações
urgentes, que exigem um raciocínio rápido.
Trabalho de psicologia realizado por :
Sofia Tavares nº 2
12º 3
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