XIXª Conjuntura, perspectivas e projeções: 2015 Recife, 27 de maio de 2015 Temas que serão discutidos na XIX Análise Ceplan: 1. A economia em 2015: Mundo; Brasil; Nordeste, com ênfase em Pernambuco; 2. Perspectivas para os próximos seis meses; 3. Projeções para 2015; 4. Informe Especial: Jovens no Mercado de Trabalho. 1. A economia em 2015: Ambiente Mundial 1. A economia em 2015: Ambiente Mundial O Contexto Tendência de recuperação da economia mundial, com evolução diferentes entre os países desenvolvidos e entre os países emergentes e em desenvolvimento. No que se refere aos países desenvolvidos: Recuperação mais significativa da economia dos Estados Unidos Frágil recuperação dos países da Zona do Euro, que, em média, iniciam uma fase de taxas positivas de crescimento. Relativamente aos países emergentes e em desenvolvimento: Desaceleração da economia chinesa que passa a registrar taxas entre 7% e 6%. Desaceleração da economia do Brasil e da Rússia (queda do preço do petróleo e continuidade das tensões geopolíticas). Desaceleração de outros emergentes exportadores, notadamente por conta da queda do preço do petróleo e outras matérias primas. 1. A economia em 2015: Ambiente Mundial Destaque para: (1) o processo de desaceleração da China, mantendo ainda taxa significativas de crescimento; (2) a recuperação da economia dos Estados Unidos; e (3) o declínio da economia brasileira. Mundo e Regiões Selecionadas: Variação do PIB real – (%) – 2008 – 2016¹ Mundo Zona do Euro Emergentes Brasil China EUA 12,0 10,4 10,0 9,3 9,6 9,2 8,0 6,0 4,0 7,4 7,6 5,4 5,8 5,0 3,1 2,0 2,5 2,0 0,5 -0,3 -0,2 7,8 5,2 4,2 3,9 3,1 0,0 7,8 6,2 3,4 2,3 1,6 1,6 7,4 5,0 4,6 3,4 2,7 3,4 2,4 0,9 1,8 0,1 0,0 -0,8 -2,0 -0,5 6,8 4,3 3,5 3,1 1,5 6,3 4,7 3,8 3,1 1,7 1,0 -1,0 -2,8 -4,0 -4,5 -6,0 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Fonte: World Economic Outlook, abril de 2015 - FMI. Elaboração CEPLAN. Nota: Os dados são observados de 2008 a 2013 para todos os países e grupos agregados. Para os outros anos, os dados são estimados. 2016 1. A economia em 2015: Ambiente Mundial A grande mudança que se assiste na estrutura econômica e política da economia mundial com presença cada vez mais relevante da China e de sua área de influência nos últimos 30 anos. Brasil, China e Estados Unidos: Participação no PIB mundial com base na paridade de poder de compra (PPP) – (%) – 1980 – 2020¹ 1. A economia em 2015: Ambiente Mundial Perspectivas e Riscos Perspectivas A economia mundial continua crescendo moderadamente neste e no próximo ano (3,5% e 3,8%). Essas taxas expressam o pequeno avanço das economias desenvolvidas (2,4% em 2015 e 2016 )e taxas também moderadas das economias emergentes e em desenvolvimento (4,3% e 4,7%, nos referidos anos). Destaque entre as economias emergentes e em desenvolvimento para a Índia (7,5% em 2015 e 2016) e para a Rússia (-3,8%, em 2015 e -1,1%, em 2016). Riscos Na avaliação dos riscos associados às tendências apresentadas, vale o destaque para os seguintes aspectos: Embora tenham diminuído os riscos associados ao aprofundamento da recessão nos países da Área do Euro, não se pode descartar um impacto significativo da crise na Grécia sobre o sistema financeiro. Aumentaram os riscos relacionados com questões geopolíticas, notadamente no Oriente Médio e na Ucrânia. Deve ser considerada a volatilidade nos preços das moedas (câmbio) e com os preços do petróleo, estes últimos em relação aos países exportadores desta matéria prima. 1. A economia em 2015: Ambiente Brasileiro 1. A economia em 2014: Ambiente Brasileiro A variação do PIB na comparação trimestral interanual entrou na zona negativa, transitando da fase de desaceleração para a de retração da atividade. Brasil: Taxa de crescimento do PIB trimestral com respeito ao mesmo período do ano anterior - (%) - I trimestre de 2010 ao IV trimestre de 2014 10,0 9,2 8,6 8,0 7,0 6,0 5,8 5,2 4,6 4,0 3,9 3,4 2,5 2,6 2,3 2,0 2,3 2,7 2,4 2,1 1,6 0,8 0,0 -0,2 2010.I 2010.II 2010.III 2010.IV 2011.I 2011.II 2011.III 2011.IV 2012.I 2012.II 2012.III 2012.IV 2013.I 2013.II 2013.III 2013.IV 2014.I 2014.II 2014.III 2014.IV -0,6 -1,2 -2,0 Fonte: Contas Nacionais Trimestrais - IBGE. Elaboração CEPLAN. Nota: (1) Refere-se ao crescimento com respeito ao mesmo período do ano anterior. 1. A economia em 2014: Ambiente Brasileiro Pelo lado da demanda o consumo das famílias desacelera acentuadamente enquanto a variação da FBCF torna-se novamente negativa, conduzindo a taxa de investimento com relação ao PIB para 19,7% (a mais baixa desde 2009). Pelo lado da oferta, crescimento leve da agropecuária e dos serviços e retração na indústria. Brasil: Taxa de crescimento do PIB com respeito ao mesmo período do ano anterior - (%) – Jan-Dez/2010 – Jan-Dez/2014 Setor de atividade Agropecuária Indústria Serviços PIB a preços de mercado Consumo das famílias Consumo da administração pública Formação bruta de capital fixo Exportação de bens e serviços Importação de bens e serviços (-) 2010 6,8 10,4 5,8 7,6 6,4 3,9 17,8 11,7 33,6 Fonte: Contas Nacionais Trimestrais - IBGE. Elaboração CEPLAN. 2011 5,6 4,1 3,4 3,9 4,8 2,2 6,6 4,8 9,4 2012 -2,5 0,1 2,4 1,8 3,9 3,2 -0,6 0,5 0,7 2013 7,9 1,8 2,5 2,7 2,9 2,2 6,1 2,1 7,6 2014 0,4 -1,2 0,7 0,1 0,9 1,3 -4,4 -1,1 -1,0 1. A economia em 2015: Ambiente Brasileiro Inflação coloca-se acima do teto da meta, evidenciando resistência à queda. Inconsistência entre politica fiscal e monetária até 2014 dificultou a estabilização. Em 2015, realinhamento de preços administrados (energia, combustíveis, transporte urbano), controle de gastos, e elevação dos juros buscam reconciliar as duas políticas. Brasil: IPCA Acumulado nos últimos 12 meses - (%) - jan/10 a abr/15 1. A economia em 2015: Ambiente Brasileiro A má condução da política fiscal em 2014 é evidente pelo déficit nominal e primário. Governo teve que recorrer a artifícios contábeis e ao Congresso para cumprir a LDO. Brasil: Resultados fiscais consolidados do setor público - Jan-Dez/12 - Jan-Dez/14 2012 Discriminação Resultado Nominal Juros nominais Resultado Primário Fluxo (R$ milhões) 108.911,60 213.862,79 104.951,19 - 2013 2014 %PIB Fluxo (R$ milhões) %PIB 2,48 4,87 -2,39 157.549,57 248.855,69 - 91.306,12 3,25 5,14 -1,88 Fonte: BCB. Elaboração Ceplan Nota: Inclui Governo Central, Governos regionais e Empresas estatais. Fluxo (R$ milhões) 343.916,33 311.380,42 32.535,90 %PIB 6,71 6,08 0,64 1. A economia em 2015: Ambiente Brasileiro Na comparação interanual trimestral a situação fiscal mostra gradativa deterioração apesar dos esforços iniciais do governo no primeiro trimestre deste ano. Brasil: Resultados fiscais consolidados do setor público - Jan-Mar/13, Jan-Mar/14 - Jan-Mar/15 Jan-Mar/2013 Discriminação Resultado Nominal Juros nominais Resultado Primário Fluxo (R$ milhões) 31.538,94 62.259,03 30.720,09 - Jan-Mar/2014 %PIB Fluxo (R$ milhões) %PIB 2,62 5,18 -2,55 33.015,64 58.646,74 - 25.631,10 2,50 4,44 -1,94 Fonte: BCB. Elaboração Ceplan Nota: Inclui Governo Central, Governos regionais e Empresas estatais. Jan-Mar/2015 Fluxo (R$ milhões) - 124.844,72 143.847,23 19.002,52 %PIB 9,03 10,41 -1,37 1. A economia em 2015: Ambiente Brasileiro SELIC em alta com viés crescente. Até 2014 politica monetária era inconsistente com a politica fiscal, mas agora é o eixo central da politica de combate a inflação. Juros na ponta respondem com forte elevação desestimulando o investimento e o consumo. Brasil: Taxa Selic – (% a.a) – 2000-2015 30,00 26,50 25,00 20,00 15,00 25,00 24,50 21,00 19,00 17,50 19,00 18,00 16,75 Taxa (%) SELIC 22,00 19,75 19,00 17,50 17,75 16,75 16,00 18,50 17,25 15,25 13,75 13,25 13,25 13,00 12,00 12,50 11,75 12,75 12,00 11,25 11,00 11,00 11,25 10,75 11,25 10,50 9,75 9,25 10,00 8,50 8,75 8,50 7,25 15,25 10,00 5,00 0,00 2000 2001 2002 2003 Fonte: BCB. Elaboração Ceplan 2004 2005 2006 2007 20082009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 1. A economia em 2014: Ambiente Brasileiro Brasil: Composição (%) das Despesas do Governo Federal - 2014 10.2 13.3 3.7 Pessoal e Encargos Sociais 18.1 9.5 Benefícios Previdenciários Serviços da Dívida Transferências a Estados e Municípios Investimentos e Inversões Financeiras Demais Despesas 45.3 Fonte: Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO)/STN/MF. Elaboração CEPLAN. 1. A economia em 2015: Ambiente Brasileiro Dólar se valoriza nos mercados mundiais. Real apresenta desvalorização também devido ao elevado déficit externo e ao ambiente de insegurança econômica e política internas. Brasil: Índice da taxa de câmbio real – (%) – set/10 a mar/15 120,00 106,89 98,06 94,79 93,45 100,00 80,00 78,22 79,39 75,74 75,57 75,18 73,74 74,67 72,21 73,42 71,76 86,89 87,34 88,50 86,00 87,00 81,10 90,18 95,59 94,71 91,47 87,65 84,33 83,58 94,72 91,70 92,91 95,01 96,70 98,73 93,36 86,93 87,08 87,51 76,75 75,45 60,00 40,00 mar/15 jan/15 fev/15 dez/14 nov/14 set/14 out/14 jul/14 ago/14 jun/14 abr/14 mai/14 mar/14 jan/14 fev/14 dez/13 nov/13 set/13 Fonte:Banco Central do Brasil. Elaboração CEPLAN. Notas: ¹Junho 1994 = 100 ² Índice daTaxa Efetiva de Câmbio é o índice da Taxa de Câmbio deflacionada pelo IPCA, ou seja, é o índice da Taxa Real de Câmbio out/13 jul/13 ago/13 jun/13 abr/13 mai/13 mar/13 jan/13 fev/13 dez/12 nov/12 set/12 out/12 jul/12 ago/12 jun/12 abr/12 mai/12 mar/12 jan/12 fev/12 dez/11 nov/11 set/11 out/11 jul/11 ago/11 jun/11 abr/11 mai/11 mar/11 jan/11 fev/11 dez/10 nov/10 set/10 0,00 out/10 20,00 1. A economia em 2015: Ambiente Brasileiro No contexto de uma baixa demanda externa, real sobrevalorizado até 2014 e queda no preço das commodities, saldo da balança comercial estreita-se. Real em 2015 apresenta forte desvalorização com impacto inflacionário e esperado efeito positivo na balança comercial. Brasil: Saldo da Balança Comercial – US$ (bilhões) – 2002-2015¹ $300,0 Exportações Importações Saldo da Balança Comercial $250,0 $256,0 $242,6 $242,0 $225,1 $120,6 $73,2 $229,1 $210,0 $206,0 $153,0 $118,5 $96,7 $226,2 $181,8 $173,0 $160,6 $137,8 $150,0 $100,0 $201,9 $197,9 $200,0 $223,2 $239,7 $127,7 $91,4 $73,6 $50,0 $- $48,3 $24,9 $46,5 $62,8 $33,8 $40,0 $44,9 $29,8 $25,3 $25,0 $20,1 $19,4 $2,3 $4,0 $(4,0) $(50,0) 2003 2004 2005 2006 2007 2008 Fonte: MDIC; Relatório de Inflação BCB (março de 2015). Elaboração CEPLAN. Nota: ¹Projeções do Relatório de Inflação de março de 2015 do BCB 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015¹ 1. A economia em 2015: Ambiente Brasileiro Acentuado déficit nas transações com o exterior (4,2% do PIB) refletindo poupança externa para compensar a poupança doméstica que se situa em 15,8% e abaixo da taxa de investimento (19,7%). Brasil: Saldo da Balança de Transações Correntes (BTC) - US$ (bilhões) - 2000-2015¹ 1. A economia em 2015: Ambiente Brasileiro Ligeira queda no IED liquido, insuficiente para cobrir o déficit de transações correntes. A despeito das dificuldades o país continua atraindo substanciais montantes de capitais produtivos para a sua economia. Crise pode inibir novos investimentos. Brasil: Investimento Estrangeiro Direto (líquido) – US$ (milhões) – 2009-2015¹ 70.000,00 66.660,20 65.271,90 63.995,90 65.000,00 62.494,70 60.000,00 48.506,40 50.000,00 40.000,00 30.000,00 IED 25.948,50 20.000,00 10.000,00 0,00 2009 2010 2011 2012 2013 Fonte: Depec/BCB. Elaboração CEPLAN. Nota: ¹Projeções do Relatório de Inflação de março de 2015 do BCB 2014 2015¹ 1. A economia em 2015: Ambiente Brasileiro Síntese Em 2014, baixo crescimento com inflação alta e renitente. Medidas de 2015 têm impacto inflacionário e recessivo no curto prazo mas estão no caminho certo; Desajuste fiscal com resultados primário e nominal negativos. Nova meta de resultado primário (1,2% do PIB ou R$ 120 bi) vai exigir duros ajustes nos gastos públicos; Balança comercial evidencia crescentes dificuldades no setor externo da economia. Todavia, desvalorização do real torna produtos exportados mais competitivos e importações mais caras, podendo melhorar o saldo da balança no futuro próximo; Déficit em transações correntes não compensado pela entrada de Investimentos Estrangeiros Diretos, conduzindo à desvalorização do real; Pelo lado da demanda a economia perde no dinamismo do consumo e apresenta retração no investimento Crise da Petrobras e das empreiteiras realimentada pela crise política deve inibir ainda mais a economia; Pelo lado da oferta, a indústria retraiu-se e os demais setores apresentaram discreto crescimento; Déficits interno e externo, inflação elevada, baixo crescimento com perda de dinamismo do mercado interno, e descompasso entre investimento e poupança doméstica resumem o desempenho recente da economia brasileira. 1. A economia em 2015: Nordeste, com ênfase em Pernambuco 1. A economia em 2014: Nordeste, com ênfase em Pernambuco Segundo o Índice de Atividade Econômica do Bacen, PE e NE cresceram em 2014. Usando-se o PIB (IBGE) Ceará e Bahia cresceram acima da média do país. O desempenho de PE, foi influenciado pela retração da construção civil e pela diminuição do ritmo de crescimento do comércio e dos serviços. Brasil, Nordeste, Bahia, Ceará e Pernambuco: Taxa de crescimento do PIB – (%) - 2014 Área Geográfica Ceará Nordeste² Bahia Pernambuco² Brasil PIB 4,4 3,7 1,5 0,6 0,1 Fonte: IBGE, IPCE-CE, SEI-BA,BCB. Elaboração CEPLAN. Nota: ¹Refere-se ao crescimento com respeito ao mesmo período do ano anterior. ²Para o NE e PE utilizou-se o Índice de Atividade Econômica do Banco Central devido à falta de informações. 1. A economia em 2015: Nordeste, com ênfase em Pernambuco Crescimento da indústria de transformação de PE, contrasta com a significativa retração do Brasil e do Nordeste, neste último destacando-se a Bahia. Brasil, Nordeste, Bahia, Ceará e Pernambuco: Crescimento da produção industrial – (%) - Acumulado de Janeiro a Março de 2015 Área Geográfica Indústria geral Pernambuco Nordeste Brasil Ceará Bahia 2,0 -5,8 -5,9 -5,9 -12,5 Indústria extrativa -4,5 10,3 -4,1 Indústria de transformação 2,0 -6,0 -7,9 -5,9 -13,0 Fonte: IBGE - PIM. Elaboração CEPLAN. Nota: Crescimento em relação ao mesmo período do ano anterior. 1. A economia em 2015: Nordeste, com ênfase em Pernambuco No comércio Varejista apenas Sergipe e Rio Grande do Norte tiveram desempenhos positivos nas vendas no acumulado março/2014 a março/2015. Pernambuco registrou queda de 2,8%, bem abaixo da diminuição verificada para o conjunto da economia brasileira que foi de -5,3%. Brasil e Estados do Nordeste: Crescimento médio mensal do comércio varejista ampliado – (%) – Acumulado do ano em Março de 2015 1. A economia em 2015: Nordeste, com ênfase em Pernambuco No mercado de trabalho a taxa de desocupação de PE registrou discreta queda no comparativo do 1º trimestre de 2015 em relação ao mesmo período de 2014. Enquanto na média do Nordeste e do Brasil houve ligeiro incremento. Brasil, Nordeste e Pernambuco: Taxa de desocupação das pessoas de 14 anos ou mais de idade, na semana de referência– (%) – 1°trimestre de 2014 e 1°trimestre de 2015 1. A economia em 2015: Nordeste, com ênfase em Pernambuco Pernambuco foi o estado do Nordeste com maior redução do rendimento médio no 1º trimestre de 2015 em relação ao 1º trimestre de 2014; e ficou bem abaixo do desempenho positivo verificado para a Paraíba e Alagoas. Brasil, Nordeste e Estados: Rendimento médio real do trabalho principal, habitualmente recebido por mês, pelas pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência, com rendimento de trabalho – Em R$ - Média de Jan/Mar 2014 e Média de Jan/Mar 2015 Área Geográfica Paraíba Alagoas Brasil Bahia Rio Grande do Norte Piauí Maranhão Nordeste Sergipe Ceará Pernambuco Média de Média de Variação Jan/Mar 2014 Jan/Mar 2015 (%) (Em reais) (Em reais) 1.139,85 1.175,98 1.789,96 1.179,24 1.294,55 1.061,76 931,75 1.224,01 1.387,73 1.148,23 1.632,78 1.183,75 1.201,80 1.789,43 1.178,48 1.286,55 1.050,13 916,81 1.200,00 1.340,85 1.105,10 1.508,13 3,9 2,2 0,0 -0,1 -0,6 -1,1 -1,6 -2,0 -3,4 -3,8 -7,6 Fonte: PNAD Contínua trimestral - IBGE. Elaboração CEPLAN. Nota: (1) Valores a preços de Fevereiro de 2015. (2) O rendimento efetivo se refere ao valor recebido no mês anterior ao da coleta. 1. A economia em 2015: Nordeste, com ênfase em Pernambuco A retração do estoque do emprego formal de PE em abril-2014 no comparativo com abril-2014 foi o pior desempenho entre os estados do Nordeste. Destaque para o crescimento registrado para o Ceará e Alagoas. Brasil, Nordeste e Estados: Estoque de empregos formais¹ – estoque em abr/14 e abr/15 Estoque de emprego Estoque de emprego Taxa de em abril de 2014 em abril de 2015 Crescimento (%) Ceará 1.504.636 1.532.084 1,8 Alagoas 483.694 491.067 1,5 Sergipe 408.087 413.041 1,2 Paraíba 658.017 665.426 1,1 Piauí 451.100 456.029 1,1 Rio Grande do Norte 620.194 621.933 0,3 Nordeste 8.919.150 8.912.251 -0,1 Maranhão 716.757 715.203 -0,2 Bahia 2.336.988 2.326.328 -0,5 Brasil 49.480.885 49.217.392 -0,5 Pernambuco 1.739.677 1.691.140 -2,8 Área Geográfica Fonte: CAGED/RAIS - MTE. Elaboração Ceplan ¹Série ajustada incorpora as informações declaradas fora do prazo até março de 2015. 1. A economia em 2015: Nordeste, com ênfase em Pernambuco Setorialmente influenciaram no desempenho negativo do emprego formal em PE em abril de 2015 em relação a abril de 2014 a forte retração na construção civil e redução na indústria de transformação. Pernambuco: Estoque de empregos formais por setor¹ – estoque em abr/14 e abr/15 Setor de Atividade Estoque de emprego Estoque de emprego Taxa de em Abr/14 em Abr/15 Crescimento (%) Agropecuária, extração vegetal, caça e pesca Administração Pública Comércio Servicos industriais de utilidade pública Serviços Total Indústria de transformação Extrativa mineral Construção Civil 39.644 39.709 0,2 407.506 310.814 407.408 310.507 0,0 -0,1 19.610 19.589 -0,1 594.080 1.739.677 592.453 1.691.140 -0,3 -2,8 222.249 213.299 -4,0 2.905 142.869 2.735 105.440 -5,9 -26,2 Fonte: CAGED/RAIS - MTE. Elaboração Ceplan ¹Série ajustada incorpora as informações declaradas fora do prazo até março de 2015. 1. A economia em 2014: Nordeste, com ênfase em Pernambuco Síntese 2014 registrou-se uma perda do ritmo de crescimento da economia do NE e de PE, porém ainda mantiveram taxas positivas, na contramão da taxa negativa da economia brasileira Dados do primeiro trimestre de 2015 indicam continuidade de desaceleração dos principais indicadores da economia regional, e, de Pernambuco, em especial: Na indústria de transformação houve retração significativa no Brasil e NE, PE foi uma exceção com taxa positiva resultante do início da implantação de alguns empreendimentos; As vendas do comércio afora SE e RN que registraram taxas positivas, nos demais estados do NE ocorreu recuo; Já no mercado de trabalho tanto o BR quanto o NE: (i) houve ligeiro aumento da taxa de desocupação no BR e no NE; (ii) recuo geral no rendimento médio (PE com relevante redução); e (iii) discreto recuo da variação do estoque de empregos formais, chamando atenção a queda mais intensa de PE em relação aos demais estados do NE, puxado pela elevada perda de empregos da construção civil Em suma: Os indicadores gerais indicam diminuição do ritmo de crescimento no Brasil e no NE, não obstante a região ainda apresentar dados um pouco melhores que do País Com relação a PE observa-se que o estado, além dos efeitos gerais da crise econômica brasileira, vem sentido os efeitos das desmobilizações de grandes obras com reflexo na construção civil. 2. Perspectivas para os próximos seis meses 2. Perspectivas para os próximos seis meses As expectativas dos industriais para a demanda de seus produtos indica 49,9 pontos, sendo mais favorável no NE que na média de Pernambuco. De julho em diante, houve redução de expectativas em todos os casos. Em abril, em PE as expectativas melhoram um pouco, ficando acima do valor para o Brasil. Brasil, Nordeste e Pernambuco: Expectativas dos empresários da Indústria da Transformação e Extrativa Mineral para os próximos seis meses – demanda por produtos – Out/2013- Abr/2015 70,0 64,5 60,0 58,4 59,6 56,0 61,5 58,9 56,7 56,7 62,4 60,4 57,8 53,8 55,5 54,7 51,4 51,8 50,0 46,9 47,7 51,8 49,9 47,9 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0 out/13 nov/13 dez/13 jan/14 fev/14 mar/14 abr/14 mai/14 jun/14 jul/14 ago/14 set/14 out/14 nov/14 dez/14 jan/15 fev/15 mar/15 abr/15 Pernambuco Fonte: Sondagem Industrial/FIEPE. Elaboração: CEPLAN. Brasil Nordeste 2. Perspectivas para os próximos seis meses As expectativas na Construção Civil seguem tendências de queda semelhantes às da indústria extrativa e de transformação, mas em PE a quebra de expectativa é maior, embora melhore em abril. Brasil, Nordeste e Pernambuco: Expectativas dos empresários da Indústria da Construção Civil para os próximos seis meses – nível de atividade– Out/2013- Abr/2015 80,0 70,0 69,0 66,1 65,7 66,3 66,2 66,0 61,0 60,0 57,2 52,7 52,2 53,3 52,6 51,7 47,7 50,0 44,4 44,0 40,2 40,0 46,5 44,8 44,1 30,0 20,0 10,0 0,0 out/13 nov/13 dez/13 jan/14 fev/14 mar/14 abr/14 mai/14 jun/14 jul/14 ago/14 set/14 out/14 nov/14 dez/14 jan/15 fev/15 mar/15 abr/15 Pernambuco Brasil Nordeste 2. Perspectivas para os próximos seis meses Segundo a FGV, no país, as expectativas dos empresários do setor dos Serviços também vinham se deteriorando. Em abril melhoram. Em PE elas acompanham tendência nacional, mas em patamar mais alto. Brasil: Índice de Expectativas dos empresários do setor de Serviços – Jul/2013- Abr/2015 Pernambuco: Índice de Expectativas dos empresários do setor de Serviços – Jul/2013- Abr/2015 160,0 160,0 150,0 150,0 140,0 140,0 131,4 127,9 132,6 129,8 120,0 122,1 124,6 119,4 110,0 130,0 136,3 124,0 123,2 115,8 110,6 130,2 136,2 145,4 145,3 129,4 129,4 127,7 120,0 124,1 129,1 110,0 105,7 100,0 98,8 90,0 149,9 149,5 142,4 146,4 118,8 125,5 114,2 118,8 117,0 113,6 105,2 100,0 90,0 80,0 80,0 70,0 70,0 abr/15 mar/15 jan/15 fev/15 dez/14 out/14 nov/14 set/14 ago/14 jul/14 jun/14 abr/14 mai/14 fev/14 Fonte: Sondagem de Serviços - Pernambuco. IBRE/FGV. mar/14 jan/14 dez/13 out/13 nov/13 set/13 abr/15 mar/15 jan/15 fev/15 dez/14 nov/14 set/14 out/14 ago/14 jul/14 jun/14 abr/14 mai/14 mar/14 jan/14 fev/14 dez/13 nov/13 set/13 out/13 jul/13 ago/13 Fonte: Sondagem de Serviços. IBRE/FGV. Nota: (1) Série com ajuste sazonal. ago/13 60,0 60,0 jul/13 130,0 135,9 134,9 156,4 2. Perspectivas para os próximos seis meses A FGV também revela expectativa declinante dos consumidores. Também melhoram a partir de abril. Brasil: Índice de Expectativas do Consumidor – Jul/2013- Mai/2015 160,0 150,0 140,0 130,0 120,0 110,4 108,8 108,4 110,0 100,0 107,0 107,6 105,6 104,5103,6 90,0 100,6 101,2100,1101,6 80,0 96,8 94,7 90,8 88,4 87,0 85,8 88,1 70,0 Fonte: Sondagem do Consumidor. IBRE/FGV. Nota: (1) Base: Setembro de 2005 = 100 (2) Série com ajuste sazonal. mai/15 abr/15 mar/15 fev/15 jan/15 dez/14 nov/14 out/14 set/14 ago/14 jul/14 jun/14 mai/14 abr/14 mar/14 fev/14 jan/14 dez/13 nov/13 out/13 set/13 ago/13 jul/13 60,0 2. Perspectivas para os próximos seis meses Síntese As expectativas sobre o comportamento da economia brasileira para 2015 não são favoráveis, embora em abril haja registros de melhora. No caso de Pernambuco, o quadro continua sendo melhor que no conjunto do país. 3. Projeções para 2015 3. Projeções para 2015 Previsões Econométricas Para poder estimar o desempenho da economia em 2015, medida pelo PIB, montamos um sistema de previsões econométricas envolvendo dados: Mundiais: • Desempenho da economia medida pelo PIB; • Projeções de preços de commodities como petróleo, minérios e alimentos. Nacionais: • Desempenho da economia medido pelo PIB; • Taxa de juros; • Inflação; • Câmbio; • Transações correntes; • Endividamento das empresas e famílias; • Desempenho fiscal do Estado. Regionais: • Desempenho da economia nordestina e pernambucana medido pelo PIB. 3. Projeções para 2015 Critérios das previsões A partir do modelo estatístico efetuamos previsões para os próximos 4 trimestres (2015). Foi incorporado às previsões cenário onde o choque de redução de preços do petróleo permanece durante o ano de 2015. Foi incorporado às previsões cenário de choque cambial. Foi incorporado às previsões de Pernambuco a entrada em funcionamento de diversas unidades industriais cujos investimento estão maturando. As previsões estão condicionadas à manutenção do atual cronograma de inaugurações. 3. Projeções para 2015 Nosso modelo indica crescimento da economia mundial acima de 2,0%. Para a economia brasileira a projeção é de retração do PIB e as projeções para Pernambuco e Nordeste evidenciam que o desempenho da economia regional e local continuará sendo melhor do que a brasileira. As projeções não são precisas. Indicam direção e estão associadas a uma probabilidade de ocorrência. Mundo, Brasil, Nordeste e Pernambuco – Estimativas de crescimento do PIB – (%) – 2015 4. Informe Especial 4. Informe Especial A pirâmide demográfica evidencia a redução da base, o alargamento da faixa etária entre 15 e 60 anos e ampliação ainda discreta das faixas etárias superiores a 60 anos. Brasil e Pernambuco: pirâmide etária – 2003 Brasil e Pernambuco: pirâmide etária – 2013 Fonte: Projeção da população do Brasil e das Unidades de Federação – IBGE. 4. Informe Especial A população e a PEA declinam em termos absolutos para a população jovem. Para o país como um todo a população na faixa etária entre 15 e 29 anos parou de crescer mas no NE e PE caem. Brasil, Nordeste e Pernambuco: população jovem (de 15 a 29 anos de idade), por condição de atividade – em mil pessoas - 2003 - 2013 Área Geográfica Brasil Nordeste Pernambuco Condição de Atividade Total Economicamente Ativa Total Economicamente Ativa Total Economicamente Ativa Fonte: PNAD/IBGE. Elaboração: CEPLAN. Taxa (%) de crescimento média anual (2003-2013) Ano 2003 2013 48.969 49.010 0,0 33.369 31.804 -0,5 14.769 14.175 -0,4 9.525 8.467 -1,2 2.468 2.287 -0,8 1.588 1.343 -1,7 4. Informe Especial As taxas de participação caem apontando para uma retração da oferta de jovens no mercado de trabalho. Brasil, Nordeste e Pernambuco: taxa de participação das pessoas de 10 anos ou mais – (%) – 2003 e 2013 Área Geográfica Brasil Nordeste Pernambuco Ano 2003 61,4 60,1 58,9 Fonte: PNAD/IBGE. Elaboração: CEPLAN. 2013 59,7 56,6 53,0 Brasil, Nordeste e Pernambuco: taxa de participação das pessoas jovens (15 a 29 anos) – (%) – 2003 e 2013 Área Geográfica Brasil Nordeste Pernambuco Ano 2003 68,1 64,5 64,3 Fonte: PNAD/IBGE. Elaboração: CEPLAN. 2013 64,9 59,7 58,7 4. Informe Especial População ocupada entre os jovens cai, mas para aqueles acima de 10 anos cresce a taxas modestas, especialmente em Pernambuco. Brasil, Nordeste e Pernambuco: pessoas de 10 anos ou mais de idade ocupadas – em mil pessoas - 2003 e 2013 Área Geográfica Brasil Nordeste Pernambuco Ano 2003 80.775 22.302 3.552 Fonte: PNAD/IBGE. Elaboração: CEPLAN. Taxa (%) de crescimento média 2013 anual (2003-2013) 96.659 1,8 24.611 1,0 3.815 0,7 Brasil, Nordeste e Pernambuco: pessoas jovens (15 a 29 anos) ocupadas – em mil pessoas 2003 e 2013 Área Geográfica Brasil Nordeste Pernambuco Ano 2003 28.032 8.162 1.329 Fonte: PNAD/IBGE. Elaboração: CEPLAN. Taxa (%) de crescimento média 2013 anual (2003-2013) 27.914 0,0 7.200 -1,2 1.151 -1,4 4. Informe Especial Taxa de desocupação cai em geral e para os mais jovens com exceção do Nordeste que apresentou um discreto aumento. Brasil, Nordeste e Pernambuco: taxa de desocupação das pessoas de 10 anos ou mais de idade ocupadas – (%) - 2003 e 2013 Área Geográfica Brasil Nordeste Pernambuco Ano 2003 9,7 8,7 10,5 Fonte: PNAD/IBGE. Elaboração: CEPLAN. 2013 6,5 7,9 8,5 Brasil, Nordeste e Pernambuco: taxa de desocupação das pessoas jovens (15 a 29 anos) ocupadas – (%) - 2003 e 2013 Área Geográfica Brasil Nordeste Pernambuco Ano 2003 16,0 14,3 16,3 Fonte: PNAD/IBGE. Elaboração: CEPLAN. 2013 12,2 15,0 14,3 4. Informe Especial Cai a ocupação para todas as posições exceto os empregados. Destaque para os não remunerados, empregadores e trabalhadores domésticos que declinam substancialmente. Pernambuco: pessoas de 15 a 29 anos, por posição na ocupação no trabalho principal – em mil pessoas - 2003 e 2013 Posição na ocupação no trabalho principal 2003 2013 Total 1.329 1.151 Empregados 727 873 Trabalhadores domésticos 82 47 Empregadores 19 8 Conta própria 212 147 Trabalhadores na construção para o próprio uso 1 1 Trabalhadores na produção para o próprio consumo 83 21 Não remunerados 206 54 Sem declaração Fonte: PNAD/IBGE. Elaboração: CEPLAN. Taxa (%) de crescimento média anual (2003-2013) -1,4 1,8 -5,4 -8,3 -3,6 0,0 -12,8 -12,5 - Pernambuco: distribuição das pessoas de 15 a 29 anos, por posição na ocupação no trabalho principal – (%) - 2003 e 2013 Posição na ocupação no trabalho principal Total Empregados Trabalhadores domésticos Empregadores Conta própria Trabalhadores na construção para o próprio uso Trabalhadores na produção para o próprio consumo Não remunerados Sem declaração Fonte: PNAD/IBGE. Elaboração: CEPLAN. 2003 2013 100,0 54,7 6,2 1,4 16,0 100,0 75,8 4,1 0,7 12,8 0,1 0,1 6,2 15,5 - 1,8 4,7 - 4. Informe Especial Os jovens no trabalho principal estão gradativamente entrando na rede de proteção social. Aumenta de forma significativa a participação dos contribuintes. Pernambuco: pessoas de 15 a 29 anos, por contribuição para instituto de previdência – em mil pessoas - 2003 e 2013 Contribuição para instituto de previdência Total No trabalho principal contribuintes No trabalho principal não contribuintes 2003 1.329 Taxa (%) de 2013 crescimento média anual (2003-2013) 1.151 -1,4 369 588 4,8 960 564 -5,2 Fonte: PNAD/IBGE. Elaboração: CEPLAN. Pernambuco: distribuição das pessoas de 15 a 29 anos, por contribuição para instituto de previdência – (%) - 2003 e 2013 Contribuição para instituto de previdência Total No trabalho principal contribuintes No trabalho principal não contribuintes 2003 2013 100,0 100,0 27,8 51,1 72,2 49,0 Fonte: PNAD/IBGE. Elaboração: CEPLAN. 4. Informe Especial Os que nem estudam nem trabalham respondem entre um quarto e um quinto do grupo etário de 15 a 29 anos. Pernambuco: pessoas de 15 a 29 anos que não estudam nem trabalham – 2013 Área Geográfica Brasil Nordeste Pernambuco Percentual 20,3 24,7 25,8 Fonte: PNAD/IBGE. Elaboração: CEPLAN. 4. Informe Especial Síntese Cai a oferta de trabalho dos jovens; Reduz-se a taxa de desemprego porque menos jovens estão em busca de trabalho; Cai o trabalho doméstico entre jovens, mas também reduz-se a proporção de empregadores. Os não remunerados também perdem participação; Está se extinguindo a era da oferta ilimitada de força de trabalho. A escassez de trabalho está se tornando uma realidade e isso deverá se refletir no nível de rendimentos; A crise econômica bate no momento em que menos jovens estão em demanda por emprego. Isso vai reduzir o impacto da crise sobre o mercado de trabalho dos jovens; A busca por educação também explica a redução na taxa de participação dos jovens, mas o grupo dos que não estudam nem trabalham exige outras explicações que podem fugir à racionalidade da economia. Equipe Coordenação Geral: Jorge Jatobá Responsável Técnica: Laís Veloso Obrigado!