Edíficio Fidalga 727 Está localizado na rua Fidalga, Vila Madalena, São Paulo. É um bairro de classe média e o edifício estabelece diálogo com a riqueza caótica do bairro. Lançado em 2007 e concluído em 2010. Desenvolvido por Carolina Bueno, Guillaume Sibaud, Gregory Bousquete e Oliver Raffaelli do escritório Triptyque. É um empreendimento da Movimento Um, uma associação das empresas Idea Zarvos (incorporadora), Axpe (imobiliária) e pela CP3 (construtora). Implantado em um terreno de 13mx50m. O corpo do edifício é fragmentado em três partes para uma melhor integração da área de lazer e das circulações verticais e horizontais. Dois blocos compostos por apartamentos e uma torre para circulação recoberta por um jardim vertical são unidos por passarelas que são voltadas para a rua. O primeiro bloco fica sobre os pilares de concreto em “X”, já o segundo foi apoiado diretamente no solo, começando com um apartamento térreo. O edifício foi recuado da rua, criando uma pequena praça de acesso frontal. Painéis de vidros dividem o espaço externo do interno Os apartamentos ocupam a totalidade da laje, o que resulta em 11 unidades assimétricas, com sete diferentes tipologias simples ou dúplex, do loft à unidade com três suítes. As metragens variam entre 80 e 240 metros quadrados. Os quatro lados do edifício possui uma aparência diferente. Todas as plantas são únicas pois foram projetadas junto com os proprietários. Assim, o resultado se deu nas fachadas que não coincidem e nos layouts indefinidos. Todos os apartamentos possuem vista panorâmica, com farta ventilação e iluminação natural. O edifício foi projetado com módulos estruturais e infraestrutura periféricos, de modo que as plantas internas pudessem ter uma liberdade total de projeto, a tubulação é toda aparente, dando um ar diferenciado nos apartamentos. A único elemento que não é flexível é a varanda. A fuga do modelo padrão de prédios se deu na total flexibilização dos apartamentos. Apartamento O apartamento é um duplex dividido em duas partes, o pavimento inferior para as áreas sociais e o superior as áreas mais reservadas. No andar inferior o espaço é todo livre, reservando apenas a área de serviço e o banheiro. A área de estar é dividida em duas, sendo que uma delas pode ser fechada totalmente por portas de correr virando um segundo quarto quando necessário. Uma ilha que funciona como bancada de cozinha e mesa de jantar corta o apartamento longitudinalmente definindo sala e cozinha que se mesclam no grande espaço livre do pavimento inferior. Quarto, escritório e banho estão localizados no andar superior, com um pouco mais de privacidade. O andar superior não cobre a área total do apartamento. A bancada da escrivaninha abre uma “janela” para a sala com pé direito duplo, que permite olhar a copa das árvores da rua e possibilita uma integração dos dois andares. Beatriz Trivizan 11011DIT003