LIÇÃO 4 JESUS, O MODELO IDEAL DE HUMILDADE

Propaganda
LIÇÃO 4
JESUS, O MODELO IDEAL DE HUMILDADE
INTRODUÇÃO
I. O FILHO DIVINO: O ESTADO ETERNO DA PRÉ-ENCARNAÇÃO (2.5,6)
II. O FILHO DO HOMEM: O ESTADO TEMPORAL DE CRISTO (2.7,8)
III. A EXALTAÇÃO DE CRISTO (2.9-11)
CONCLUSÃO
Caro professor, um termo grego muito importante no capítulo 2 de Filipenses é κηνοσις
(kenosis). Este é um conceito que ganhou força na Teologia Cristã através dos séculos, pois,
em Cristologia, ele trata do esvaziamento da glória divina de Jesus para tornar-se em
“forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens”. É a iniciativa de Jesus em aniquilar a
própria vontade para fazer a do Pai.
Quando estudamos Cristologia e deparamo-nos com o milagre da encarnação de Deus em
Jesus Cristo, uma pergunta é inevitável: “Como o Deus todo-poderoso, soberano e criador
de todas as coisas, revelou-se plenamente à humanidade de forma tão frágil (criança) e
humana (Jesus de Nazaré)? Os palácios não foram a Sua casa, muito menos o quarto
nababesco de um grande hotel. O lugar que acomodou o nosso Senhor foi uma estrebaria,
onde se abrigava diversos animais. O símbolo da estrebaria remonta o significado do que o
apóstolo Paulo quer dizer com esvaziamento de Cristo.
Deus estava em Jesus revelando-se à humanidade como nunca se revelara antes: humilde,
humano, servo, lavador de pés. Esta foi a causa dos judeus não reconhecê-lo como Messias,
pois Ele era o oposto daquilo que os judeus esperavam. Deus jamais se revelara assim tão
humilde como revelou-se em Jesus. Jesus, o Cristo, uma loucura para gentios e judeus.
Usando a kenosis de Deus é que o apóstolo Paulo conclama os filipenses para terem o
mesmo sentimento que predominava em Cristo Jesus. Logo, segundo a expressão do
teólogo Reinold Blank, “a kenosis de Deus implica na kenosis do homem”. O mesmo
sentimento que estava em Jesus deve estar no homem. Aqui, a humildade de Jesus nos
constrange e modela.
Uma verdade que precisa ser destacada é a de que em Jesus o homem é capaz de abdicar-se
de todo sentimento de poder, egoísmo e opressão. Livrar-se de todos os atributos que
descrevam um caráter soberbo, individualista, desejoso de fazer o mal. Outra verdade que
deve ser ressaltada na classe é que em Jesus o ser humano é convidado a realizar a obra
kenótica de si mesmo. Foi assim que Deus Pai se revelou nEle. Humilde e inimigo de
qualquer artifício para fazer o mal. Conclame sua classe a ter a mesma postura de Jesus.
Mostre aos alunos que o Evangelho quando encarna no discípulo de Cristo o impulsiona a
fazer o bem, renunciar os próprios interesses e até mesmo amar os seus supostos inimigos.
Marcelo de Oliveira e Oliveira, redator do Setor de Educação Cristã da CPAD.
Download