FILOSOFIA 1º ano: Apostila 01 / Aulas 04 e 05 Professor Carlos Eduardo Foganholo OS PRÉSOCRÁTICOS Os primeiros filósofos OS FILÓSOFOS PRÉ-SOCRÁTICOS PASSAGEM DO MITO AO LOGOS A mitologia formava o conjunto de crenças que o povo grego usava para explicar os fenômenos e fatos de sua vida comunitária ou pessoal. Mas, dos séculos VIII a VI a.C., alguns fatos modificaram a visão do povo grego. São eles: OS FILÓSOFOS PRÉ-SOCRÁTICOS PRINCIPAIS PERÍODOS DA HISTÓRIA DA FILOSOFIA VII – V – IV IV – III III – ano 0 – VII VII – XIV PERÍODO PERÍODO PERÍODO HELENÍSTICO PERÍODO SISTEMÁTICO COSMOLÓGICO OU GRECO ANTROPOLÓGICO ROMANO Ou OU SOCRÁTICO PRÉ-SOCRÁTICO I –sobre VII Sistematização - XIX XIV –XVI XVI FILOSOFIA MODERNA RENASCIMENTO FILOSOFIA MEDIEVAL cosmologia e Investiga as questões teologia antropologia. Mostrando Origem do mundo e as PATRÍSTICA: humanas: éticapode política as que tudo sereobjeto causas das transformações Ética, técinicas. filosófico da natureza do conhecimento conhecimento, relação homem FILOSOFIA ANTIGA Filosofia – natureza – Medieval deus. XVIII – XIX Política, conhecimento técnicas ILUMINISMO: Razão Filosofia Moderna Filosofia Contemporânea: meados do século XIX até hoje OS FILÓSOFOS PRÉ-SOCRÁTICOS O surgimento da Polis, cidade-estado grega O surgimento da escrita e as leis Invenção da moeda Do mito ao logos O As homem grego começava a viajar e receber visitantes estrangeiros. cidades gregas caminham para um auge econômico e cultural e isso requer explicações mais elaboradas, além da: Arte de debater; Discussão acerca das virtudes, etc. Do mito ao logos A filosofia surgiu como herdeira da mitologia, mas, com uma missão clara: apresentar aos homens explicações que fossem além dos mitos. PRIMEIROS FILOSOFOS – OS PRÉ-SOCRÁTICOS Os 1ºs filósofos surgiram na Jônia, conjunto de colônias gregas, e, mais tarde, ao sul da Itália, na Magna Grécia. PRIMEIROS FILOSOFOS – OS PRÉ-SOCRÁTICOS Acatavam parcialmente os mitos, mas acreditavam que havia uma explicação racional para os fenômenos. Maior preocupação: encontrar a ARCHÉ (princípio fundamental) do Universo. Principal pergunta: qual o elemento que deu origem, compõe e sustenta o cosmos? Eles eram cosmológicos (cosmos=universo, logia= lógica, explicação) e físicos: queriam explicação para o mundo físico – a natureza. PRIMEIROS FILOSOFOS – OS PRÉ-SOCRÁTICOS São chamados pré-socráticos pois é com Sócrates que se tem início o período clássico da filosofia e o surgimento dos grandes sistemas. TALES DE MILETO TALES DE MILETO O “pai” da filosofia. Foi o 1º a formular um princípio filosófico. Princípio do universo: a água. A água se apresenta em vários estados, é imprescindível à vida, está em todos os lugares. Logo, deve ter sido dela que surgiu o Universo. TALES DE MILETO Ora, a água deve ter alguma faculdade especial que lhe permita transformar-se ilimitadamente. A água está em todos os lugares onde a vida floresce, onde ela não está não há vida. Ex: Quando observava o ciclo das águas do Nilo, Tales observou que a terra, até então, árida e infértil, depois do contato com a água, revelava-se próspera e cheia de vida. TALES DE MILETO Explicar logicamente aquilo que se diz é o que difere, basicamente, a filosofia da mitologia. HERÁCLITO DE ÉFESO HERÁCLITO DE ÉFESO Primeiro princípio: o fogo, ou o vir-a-ser. PANTA REI (tudo flui) Esse constante movimento que faz as coisas surgirem e desaparecerem continuamente, sem nunca ser. PARMÊNIDES DE ELÉIA PARMÊNIDES DE ELÉIA Não há movimento. Tudo o que vemos de movimento não passa de ilusão causada por nossos sentidos. O princípio do universo é o SER, que é eterno, imóvel e origem de todas as coisas. PITÁGORAS DE SAMOS PITÁGORAS DE SAMOS Primeiro princípio: o número. Ao observarmos o universo, percebemos a presença do número em todas as relações. PITÁGORAS DE SAMOS PITÁGORAS DE SAMOS O universo, em toda a sua complexidade, harmonia e extensão (desde a música até os fenômenos climáticos e astronômicos), pode ser traduzido, exprimido, compreendido e mensurado pelo número. ANAXÍMENES ANAXÍMENES Primeiro princípio: o AR. Partiu de um princípio material encontrado na natureza que justificasse a composição, sustentação e determinação de todo o universo. O ar pode transforma-se por condensação em água e terra e, por rarefação, em fogo. EMPÉDOCLES DE AGRIGENTO EMPÉDOCLES DE AGRIGENTO Primeiro princípio: agregação ou desagregação dos quatro elementos (fogo, terra, água e o ar). EMPÉDOCLES DE AGRIGENTO EMPÉDOCLES DE AGRIGENTO Por ser cada elemento eterno e incorruptível, eles permanecem os mesmos – herança dos eleatas –, mas, com sua contínua agregação e desagregação, dão origem à multiplicidade do mundo e ao devir. As forças agregadoras e desagregadoras são respectivamente o amor e o ódio. DEMÓCRITO DE ADBERA DEMÓCRITO DE ADBERA Primeiro princípio: ÁTOMO, do qual tudo deriva. 1ª teoria atômica: um espaço vazio separa os átomos, permitindo-lhes que se movam livremente. DEMÓCRITO E LEUCIPO Como os átomos se movem, podem colidir um com outro para formar novas disposições de átomos, de modo que os objetos no mundo parecem mudar. Os 2 pensadores consideravam que há um número infinito desses átomos eternos, mas que o número de diferentes combinações aos quais eles podem se ajustar é finito. ANAXIMANDRO ANAXIMANDRO Primeiro princípio: apeíron, o ilimitado, indeterminado e infinito. Todas as coisas que existem são diversas tanto em qualidade quanto em quantidade. 1º a utilizar o termo técnico arché para designar o princípio fundamental de tudo. ANAXÁGORAS ANAXÁGORAS Primeiro princípio: NOUS. A mente, a inteligência. As estrelas, a Lua e o Sol são rochas, não deuses. CONCLUSÕES A importância desses pensadores não se deve tanto às suas respostas particulares, mas sim ao fato de que foram os primeiros a buscar resolver racionalmente a questão da Natureza última das coisas e a afirmar que a origem da Natureza está nela mesma. OS SOFISTAS OS SOFISTAS Contexto histórico Época de lutas políticas e intenso conflito de opiniões. Atenas vence os Persas, assumindo a hegemonia. OS SOFISTAS Educação >educação racionalista e democrática >destinada a formação do cidadão >substitui a educação conservadora e aristocrática. tradicional, religiosa, OS SOFISTAS Areté A partir disso, a areté (virtude política) seria praticada livremente e igualmente por todos. A democracia é dialogal e dialética. O lógos (palavra), assume papel preponderante. OS SOFISTAS Areté praticada por todos OS SOFISTAS >Críticos aos mitos tradicionais >Se opunham aos pré-socráticos >Substituíram a natureza o principal objeto de reflexão pela arte da persuasão. OS SOFISTAS >Sofistas: Professores ambulantes, cobravam pelos ensinamentos. >Atraiam a juventude ansiosa para participar da vida pública. > Interessavam-se pelo homem e pelo seu lugar na sociedade. >Os sofistas proferiam e ensinavam seus discípulos a utilizar a arte da fala que permitia provar o pró e o contra, a tese e a tese contrária. > Foi essa indiferença pela conteúdo que o pecado atribuído pelos sofistas. OS SOFISTAS Protágoras de Abdera cerca de 487- 420 a.C.) "O homem é a medida de todas as coisas“. >Seu propósito era formar cidadãos, cuja vida em sua plenitude, é a vida pública. Protágoras de Abdera Isócrates Górgias Hípias PERÍODO MITOLÓGICO Período mitológico= preocupação cosmogônica (cosmos= universo + gonos= origem) PERÍODO PRÉ-SOCRÁTICO Período pré-socrático= preocupação cosmológica (lógica do cosmos) PERÍODO CLÁSSICO Período clássico= preocupação antropológica (antropos=homem + logia= explicação) A filosofia se volta para o homem interior e exterior. PERÍODO CLÁSSICO PERÍODO CLÁSSICO Séc. V a.C, na Grécia, Atenas se firma como grande capital, ao organizar a resistência das cidades gregas contra a Pérsia, de Dario (Guerras Médicas). PERÍODO CLÁSSICO PERÍODO CLÁSSICO 3 grandes figuras= Sócrates, Platão e Aristóteles, além dos sofistas, professores itinerantes que cobravam por seus ensinamentos. PERÍODO CLÁSSICO PERÍODO CLÁSSICO Nesse tempo a filosofia amadurece, tomando conta do pensar grego, dando-lhe: racionalidade, lógica, rigor argumentativo e preocupação com a educação. PERÍODO CLÁSSICO PERÍODO CLÁSSICO Este último, que era muito importante, agora torna-se vital para a formação do cidadão que almeja influir nos rumos da cidade. Divisor de águas na filosofia grega.