DENGUE,VÍRUS ZIKA E CHIKUNGUNYA MOSQUITO DO MEDO AEDES AEGYPTI O mosquito tem marcas brancas na parte traseira do tórax e pernas marcadas de preto e branco Mosquito do medo Vetor dos vírus da dengue e da chikungunya, o Aedes aegypti também transmite o zika, cujo contágio pode causar má-formação cerebral O AEDES AEGYPTI ONDE ESTÁ O AEDES Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti indica 199 municípios em situação de risco de surto de dengue, chikungunya e zika SITUAÇÃO DAS CAPITAIS Hábito mais diurno, voa geralmente entre 0,5 e 1,5 metro de altura. Pode subir até 18 m (6 andares) e voar horizontalmente cerca de 100 m COMO COMBATER Fumegação A fumegação por inseticidas é usada, mas é uma espécie de último recurso. Seria indesejada porque os mosquitos geram resistência e só a forma alada sofre os efeitos –larvas e ovos sobrevivem Eliminação de criadouros A tentativa mais fomentada é a remoção dos criadouros (como em vasos de plantas ou caixas-d’água destampadas). É uma batalha difícil pela quantidade de possíveis lugares que existem nos centros urbanos, mas pode ser a melhor estratégia porque visa o longo prazo. Para manter os ganhos é necessário manter uma vigilância sistemática Mosquito transgênico O mosquito transgênico –que é macho– carrega um gene que é letal para sua prole. Em testes a população de mosquitos foi bastante reduzida, mas não seria uma solução definitiva – milhões e milhões de mosquitos teriam sempre de ser soltos, a um custo elevado Mosquito infectado com bactéria Funciona mais ou menos do mesmo jeito: talvez diminua a transmissão de dengue, mas não se sabe o que acontece com chikungunya e zika. E há outra questão: esse mosquito é supersensível a inseticidas Telas A medida mais importante para proteger crianças (e quem não estiver usando repelentes) é o uso de telas e mosqueteiros, que impedem a chegada dos mosquitos Roupas Roupas compridas funcionam como uma barreira física contra o mosquito. Uso de meias e sapatos fechados também ajudam REPELENTES REPELENTES Tipo: com DEET Duracão: até 4h Característica: criança não pode usar Preço: R$ 18 Tipo: com IR3535 Duracão: até 4h Característica: menos tóxico, crianças podem usar a partir dos 6 meses, em concentrações baixas e uma vez ao dia; depois dos 2 anos, duas vezes ao dia Preço: R$ 32 Tipo: com icaridina Duracão: até 10h Característica: O mais caro e o mais duradouro, mas não pode ser usado por crianças Preço: R$ 54 7 DICAS PARA O USO DE REPELENTES EM CRIANÇAS E GRÁVIDAS 1 Grávida pode usar qualquer um dos tipos 2 Não dormir com repelente 3 Crianças de 2 aos 7 anos só devem usar repelente até duas vezes ao dia 4 Aplicar somente na área exposta, não embaixo da roupa 5 Se for usar com filtro solar, passar o repelente por último, e não nas mãos MITO DO COMPLEXO B Pesquisadores da Universidade de Wisconsin (EUA) tentaram ver se a suplementação com o complexo B poderia ajudar a repelir mosquitos. O resultado, no entanto, foi negativo. As pessoas suplementadas foram igualmente picadas 6 Não passar perto de boca, olhos ou nariz da criança 7 Bebês menores de 6 meses não podem usar repelente. Nesse caso a proteção deve ser com roupas e mosqueteiros Fontes: Paulo Ribolla, entomologista e professor da Unesp; Leandra Metsavaht, diretora da Sociedade Brasileira de Dermatologia HISTÓRICO Origem Os Aedes provavelmente chegaram ao Brasil por meio de navios, tanto que Santos (SP) é a cidade com maior variedade de haplótipos (subtipos) em todo o país, ou seja, deve ter sido literalmente o porto de entrada Urbanização O Aedes aegypti formosus, a subespécie original é africana e vive na floresta. O Aedes aegypti aegypti, o nosso Aedes, só é achado na cidade. Em regiões de mata no Brasil encontra-se oAedes albopictus, espécie silvestre “Evolução” rápida O mosquito não evoluiu mais no sentido biológico, mas se adaptou muito bem ao ambiente urbano, assim como ratos, baratas e pulgas CURIOSIDADES A transmissão vertical (de mãe para filho) e a transmissão horizontal (por meio do canibalismo entre as larvas) ajuda a espalhar os vírus dos mosquitos, mas não se sabe a importância dessa tramissão Quais doenças ele transmite? VÍRUS ZIKA O vírus zika foi isolado pela primeira vez em 1947, em Uganda. A doença é endêmica na África e em algumas áreas da Ásia. O primeiro caso registrado no Brasil foi em 2014. Há duas cepas, a africana e a asiática - a que circula no país RELAÇÃO ZIKA X MICROCEFALIA A microcefalia é caracterizada por uma má-formação cerebral, que faz com que o crânio do feto não se desenvolva de forma normal. Não tem cura MICROCEFALIA ASSOCIADA AO VÍRUS ZIKA O Ministério da Saúde confirmou no sábado (28) a relação entre o vírus zika e o surto de microcefalia na região Nordeste A confirmação foi possível após o Instituto Evandro Chagas identificar a presença do vírus em amostras de sangue e tecidos de um recém-nascido que morreu no Ceará Essa é uma situação inédita na pesquisa científica mundial SINTOMAS NFECÇÃO - CAMINHO DO VÍRUS Situação normal: células do cérebro crescem e se multiplicam 1- Picada do mosquito infectado com zika 2- Se contraída especialmente nos primeiros três meses de gravidez, o vírus pode atravessar a barreira da placenta e chegar ao feto 3- Superada a barreira da placenta, o sistema imunológico do feto ainda não está desenvolvido e é mais suceptível ao vírus, que tem tendência natural de atacar o sistema nervoso. Essa característica é chamada de neurotropismo Com zika: A infecção impede que as células do cérebro crescam, se multpliquem e migrem COMO O VÍRUS AFETA O CÉREBRO DO FETO A principal hipótese é que o vírus cause uma inflamação nos vasos sanguíneos e no tecido cerebral, o que leva à atrofia Há uma alteração no cérebro deixando-o com aspecto liso. CRITÉRIO PARA MICROCEFALIA Circunferência da cabeça menor ou igual a 32 cm, segundo padrão da Organização Mundial da Saúde Depois aparecem calcificações e dilatações dos ventrículos laterais e, por fim, a microcefalia TRATAMENTO O QUE A MICROCEFALIA PODE CAUSAR Abordagem Deficiências mentais multidisciplinar com neurologista, fisioterapeuta, fonoaudiólogo e Limitações na fala, audição terapeuta ocupacional e movimento desde cedo pode melhorar a autonomia da criança Em casos extremos, pode levar à morte DENGUE Doença que causa febre e dores no corpo. Originário da África, Aedes aegypti após ser erradicado no Brasil reapareceu nos anos 1980 e desde então o país convive com casos de dengue. Há quatro subtipos do vírus que transmitem a doença 1,5 milhão Casos prováveis até 14.nov.2015 Aumento de 176% Em relação ao mesmo período de 2014 CHIKUNGUNYA Causa febre alta, dor muscular e nas articulações, cefaleia e manchas no corpo. Os primeiros casos contraídos no Brasil aparecem em 2014. Apenas um subtipo do vírus causa a doença http://arte.folha.uol.com.br/cotidiano /2015/12/02/mosquito-do-medo/#zika FIM PROF. PAULO FIRMINO [email protected]