PROMOÇÃO DE SAÚDE NA ESCOLA : a importância do uso das

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Tecnologias Digitais, Mídias, Cultura e Educação nas Realidades de
Ibero-América
PROMOÇÃO DE SAÚDE NA ESCOLA : a importância do
uso das tecnologias digitais e o trabalho colaborativo
no controle da Dengue, Zika Vírus e Febre Chikungunya
Izabelly Dutra Fernandes, Governo da Paraíba, Campina Grande, PB, Brasil
1 INTRODUÇÃO
O Brasil vem passando por sérios problemas de infestação pelo Aedes aegypti nos últimos anos. Além da dengue, doença
conhecida da população, surgiram infecções por Zika Vírus e Febre Chikungunya, que causou uma preocupação generalizada da
comunidade científica e popular (FIOCRUZ, 2011).
A ideia de promoção da saúde se apresenta como uma forma moderna e eficaz de enfrentar os desafios referentes à saúde e
qualidade de vida (BRASIL, 2006). O conceito de Escolas Promotoras de Saúde existe desde a década de 1990 e se esforçam para
melhorar a saúde dos funcionários da escola, famílias e membros da comunidade, bem como dos estudantes. Durante a
participação no programa Gira Mundo Finlândia, vivenciamos a realidade das escolas da Finlândia, nas quais os alunos fazem uso
de dispositivos móveis, de forma coletiva, para aprimoramento do aprendizado, além do compartilhamento das competências
desenvolvidas no ambiente escolar. Foi nesta perspectiva que se deu o desenvolvimento deste projeto, acreditando-se que através
do uso de tais tecnologias e do trabalho colaborativo é possível transformar o aluno em um agente multiplicador do saber, ajudando
na melhoria da qualidade de vida da coletividade.
2 OBJETIVOS
O objetivo geral deste projeto é utilizar as tecnologias digitais como ferramentas de trabalho para formação de agentes
multiplicadores do saber em saúde, para que seja possível mitigar o surgimento de novas infecções pelos vírus transmitidos pelo
Aedes aegypti. Como objetivos específicos desenvolver oficinas para construção de Mosquitéricas, workshops, palestras e
oficinas para a comunidade em geral.
3 METODOLOGIA
A metodologia adotada foi a pesquisa – ação. Thiollent (2002) explica que, na pesquisa-ação, os pesquisadores desempenham
papel ativo na equação dos fatos e na avaliação das ações até a resolução dos problemas. Para dar suporte à pesquisa-ação,
fizemos uso da Aprendizagem Baseada em Problemas ou Fenômenos (PBL). Esta metodologia foi bastante estudada durante o
intercambio na Finlândia e vai de encontro aos modelos tradicionais de ensino, os quais inserem o professor como centro do
processo de ensino-aprendizagem (SOUSA; DOURADO, 2015). Tais ferramentas surgiram como forma de melhorar o processo de
planejamento do ensino-aprendizagem e fomos apresentados a inúmeras delas durante o período de estudos no Programa Gira
Mundo Finlândia.
4 RESULTADOS
O fenômeno escolhido neste projeto foi de extrema importância para a sociedade como um todo, que busca por informação acerca
do combate ao mosquito Aedes sp. O ambiente escolar é, de fato, um meio para formação de educadores sociais, de agentes que
sejam ativos em suas comunidades, levando informação construída gradativamente para seus pares. Foram desenvolvidas oficinas
com os professores da instituição durante o planejamento pedagógico, com o intuito de demonstrar todas as ferramentas possíveis
para o trabalho colaborativo, além de discorrer para os colegas acerca da experiência vivida durante o Programa Gira Mundo
Finlândia. Com os alunos foram realizadas aulas explicativas e discursivas acerca do PBL e dos benefícios do trabalho em grupo
com uso de dispositivos móveis.
O marco prático do projeto foi a construção de armadilhas para captura de mosquitos. Estas foram idealizadas e patenteadas pelo
Sr. Antônio C. Gonçalves Pereira, funcionário contratado da COPPE-UFRJ junto com o Engenheiro Hermano César M. Jambo. O
projeto teve sucesso garantido, visto o custo baixo custo que oferecia. Os materiais utilizados foram garrafas PET de 1,5 a 2 litros,
tesoura, lixa de madeira, fita isolante preta, pedaços de micro tule (5 x 5cm) e ração felina.
As armadilhas funcionam da seguinte forma: o mosquito coloca seus ovos na parte áspera da garrafa, quando os ovos eclodem em
larvas, estas descem para a água em busca de alimento; ao passar pelo micro tule e desenvolverem-se em pupa e na forma alada
do mosquito estes não mais conseguirão sair. O intuito da mosquitérica não é apenas capturar mosquitos, mas localizar focos de
Aedes na comunidade e alertar a todos sobre o problema entrando em contato com o Agente de Endemias. Cada aluno se dispôs a
fazer duas armadilhas, uma para doar em sua vizinhança e outra para colocar em sua residência, explicando a cada pessoa
interessada em aderir à campanha como funciona o protótipo.
5 CONSIDERAÇÕES
Concluímos o trabalho com uma avaliação positiva das atividades, percebendo que o ambiente escolar é, de fato, um meio para
formação de educadores sociais, levando informação construída gradativamente para seus pares. Os docentes demonstraram
bastante interesse em conhecer o modelo de educação Finlandesa, bem como colocar em prática o que foi abordando durante as
oficinas pedagógicas. Por fim, observamos também que a diversidade da discussão e a interação gerada pelo trabalho em grupo,
ajudou, ainda, no desenvolvimento do pensamento crítico-reflexivo.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Projeto Promoção da Saúde, Secretaria de Políticas de Saúde. A Promoção da Saúde no contexto escolar. Rev Saúde Pública 2006
FIOCRUZ. Vetor da dengue na Ásia, A. albopictus é alvo de estudos. Disponível em: http://www.fiocruz.br/ioc/cgi/ cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=576&sid=32, acesso ao
site em 13/08/16.
SOUZA, S. C.; DOURADO, L. Aprendizagem baseada em problemas (ABP): um método de aprendizagem inovador para o ensino educativo. HOLOS, Ano 31, Vol. 5,
2015. Disponível em:
http://www2.ifrn.edu.br/ojs/index.php/HOLOS/article/viewFile/2880/1143, acesso ao site em: 05/12/16
THIOLLENT, M. Metodologia da pesquisa – ação. 11. ed. São Paulo: Cortez, 2002.
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