Assistência Pré-natal

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Assistência Pré-natal
Profª Ms. Danielle d’Ávila
CONCEITO – PRÉ-NATAL
É o conjunto de medidas e de
aconselhamentos, visando o bem
estar da grávida bem como a
valorização do concepto.
REGULAMENTAÇÃO DO EXERCÍCIO
PROFISSIONAL

Baseado na Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986,
que dispõe sobre a regulamentação do exercício da
Enfermagem, do Decreto nº 94.406, de 08 de junho
de 1987, o qual regulamenta a Lei nº 7.498, e da
resolução COFEN nº 271/2002 que a reafirma, diz:
“ o pré-natal de baixo risco pode ser inteiramente
acompanhado pela enfermeira (MS, Brasília
2000).”
RESOLUÇÃO COFEN Nº 271/2002
• Art.1º - É ação da Enfermagem, quando praticada
pelo Enfermeiro, como integrante da equipe de
saúde, a prescrição de medicamentos
• Art.2º - Os limites legais, são os Programas de
Saúde Pública e rotinas que tenham sido aprovadas
em Instituições de Saúde, pública ou privada.
• Art. 3º - O Enfermeiro tem autonomia na escolha
dos medicamentos e respectiva posologia,
respondendo integralmente pelos atos praticados
RESOLUÇÃO COFEN nº 271/2002
• Art 4º - O Enfermeiro pode solicitar exames
de rotina e complementares Resolução
COFEN nº 195/1997
• Art. 5º - O Enfermeiro pode receber o cliente
para efetuar a consulta de Enfermagem. Com
o objetivo de conhecer / intervir, sobre os
problemas / situações / doença.
ELABORAÇÃO E IMPLANTAÇÃO DE
PROTOCOLOS
A elaboração e implantação de
protocolos fazem-se necessárias no
atendimento ao pré-natal, realizado por
enfermeiros e médicos, despontando
como um caminho fundamental a ser
percorrido, para o avanço na saúde
materno infantil.
MS, PORTARIA Nº 1.459, DE 24 DE JUNHO DE
2011- Institui, no âmbito do Sistema Único de
Saúde - SUS - a Rede Cegonha
• No contexto atual, o Ministério da Saúde,
com os objetivos de qualificar as Redes
de Atenção Materno-Infantil em todo o
País e reduzir a taxa, ainda elevada, de
morbimortalidade
materno-infantil
no
Brasil, institui a Rede Cegonha.
CRITÉRIOS QUE DEFINEM UM PRÉ-NATAL DE
RISCO E QUE NECESSITAM SER
ACOMPANHADAS E ENCAMINHADAS PARA O
ESPECIALISTA
NORMAS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE
AVALIAÇÃO DE RISCO
DEFINIÇÃO DE GESTAÇÃO DE ALTO RISCO
“Aquela na qual a vida ou saúde da mãe e/ou do
feto e/ou do recém-nascido, têm maiores chances
de serem atingidas que as da média da população
considerada’’.
(Caldeyro-Barcia, 1973).
PRINCIPAL FATOR DE RISCO?
DEFINIÇÃO DE GESTAÇÃO DE ALTO RISCO
PRINCIPAL FATOR DE RISCO?
PRÉ NATAL INADEQUADO ou
AUSENTE
IDENTIFICAÇÃO DE FATORES DE RISCO
Encaminhamento da gestante:
• Preceptor de Ginecologia e Obstetrícia:
com elaboração de plano de cuidados
• Ambulatório Pré-Natal de Alto Risco:
com garantia quanto à marcação e
retorno à UBS
• Maternidade: com ficha de referência e
ligação prévia, atentando-se para o
retorno após alta/ avaliação obstétrica
Preceptor de Ginecologia e Obstetrícia
•
Idade menor do que 15 e maior do que 35 anos;
•
Ocupação: esforço físico excessivo, carga horária extensa, rotatividade de
horário, exposição a agentes físicos, químicos e biológicos, estresse;
•
Situação familiar insegura e não aceitação da gravidez, principalmente em
se tratando de adolescente;
•
Situação conjugal insegura;
•
Baixa escolaridade (menor do que cinco anos de estudo regular);
•
Condições ambientais desfavoráveis;
•
Altura menor do que 1,45m;
•
IMC que evidencie baixo peso, sobrepeso ou obesidade.
Fatores relacionados à história reprodutiva anterior:
•
Recém-nascido com restrição de crescimento, pré-termo ou malformado;
•
Macrossomia fetal;
•
Síndromes hemorrágicas ou hipertensivas;
•
Intervalo interpartal menor do que dois anos ou maior do que cinco anos;
•
Nuliparidade e multiparidade (cinco ou mais partos);
•
Cirurgia uterina anterior;
•
Três ou mais cesarianas.
Fatores relacionados à gravidez atual:
•
Ganho ponderal inadequado;
•
Infecção urinária;
•
Anemia.
Ambulatório Pré-Natal de Alto Risco
Fatores relacionados às condições prévias:
•
Cardiopatias;
•
Pneumopatias graves (incluindo asma brônquica);
•
Nefropatias graves (como insuficiência renal crônica e em casos de
transplantados);
•
Endocrinopatias (especialmente diabetes mellitus, hipotireoidismo e
hipertireoidismo);
•
Doençashematológicas (inclusive doença falciforme e talassemia);
•
Hipertensão arterial crônica e/ou caso de paciente que faça uso de antihipertensivo (PA>140/90mmHg antes de 20 semanas de idade gestacional – IG);
•
Doenças neurológicas (como epilepsia);
•
Doenças psiquiátricas que necessitam de acompanhamento (psicoses, depressão
grave etc.);
•
Doenças autoimunes (lúpus eritematoso sistêmico, outras colagenoses);
•
Alterações genéticas maternas;
•
Antecedente de trombose venosa profunda ou embolia pulmonar;
•
Ginecopatias (malformação uterina, miomatose, tumores anexiais e outras);
•
Portadoras de doenças infecciosas como hepatites, toxoplasmose, infecção pelo
HIV, sífilis terciária (USG com malformação fetal) e outras DSTs (condiloma);
•
Hanseníase;
•
Tuberculose;
•
Dependência de drogas lícitas ou ilícitas;
•
Qualquer patologia clínica que necessite de acompanhamento especializado.
Ambulatório Pré-Natal de Alto Risco
Fatores relacionados à história reprodutiva anterior:
• Morte intrauterina ou perinatal em gestação anterior, principalmente se
for de causa desconhecida;
• História prévia de doença hipertensiva da gestação, com mau resultado
obstétrico e/ou perinatal (interrupção prematura da gestação, morte
fetal intrauterina, síndrome Hellp, eclâmpsia, internação da mãe em
UTI);
• Abortamento habitual;
• Esterilidade/infertilidade.
Fatores relacionados à gravidez atual:
• Restrição do crescimento intrauterino;
• Polidrâmnio ou oligoidrâmnio;
• Gemelaridade;
• Malformações fetais ou arritmia fetal;
● Distúrbios hipertensivos da gestação (hipertensão crônica preexistente,
hipertensão gestacional ou transitória);
Ambulatório Pré-Natal de Alto Risco
• Infecção urinária de repetição ou dois ou mais episódios de pielonefrite
(toda gestante com pielonefrite deve ser inicialmente encaminhada ao
hospital de referência, para avaliação);
• Anemia grave ou não responsiva a 30-60 dias de tratamento com sulfato
ferroso;
• Portadoras de doenças infecciosas como hepatites, toxoplasmose, infecção
pelo HIV, sífilis terciária (USG com malformação fetal) e outras DSTs
(condiloma);
• Infecções como a rubéola e a citomegalovirose adquiridas na gestação atual;
• Evidência laboratorial de proteinúria;
• Diabetes mellitus gestacional;
• Desnutrição materna severa;
• Obesidade mórbida ou baixo peso (nestes casos, deve-se encaminhar a
gestante para avaliação nutricional);
• NIC III (nestes casos, deve-se encaminhar a gestante ao oncologista);
• Alta suspeita clínica de câncer de mama ou mamografia com Bi-rads III ou
mais (nestes casos, deve-se encaminhar a gestante ao oncologista);
• Adolescentes com fatores de risco psicossocial.
Maternidade
Síndromes hemorrágicas (incluindo descolamento prematuro de
placenta, placenta prévia), independentemente da dilatação cervical e da
idade gestacional;
•
Suspeita de pré-eclâmpsia: pressão arterial > 140/90, medida
após um mínimo de 5 minutos de repouso, na posição sentada. Quando
estiver associada à proteinúria, pode-se usar o teste rápido de
proteinúria;
•
Sinais premonitórios de eclâmpsia em gestantes hipertensas:
escotomas cintilantes, cefaleia típica occipital, epigastralgia ou dor
intensa no hipocôndrio direito;
•
Eclâmpsia (crises convulsivas em pacientes com pré-eclâmpsia);
•
Crise hipertensiva (PA > 160/110);
•
Amniorrexe prematura: perda de líquido vaginal (consistência
líquida, em pequena ou grande quantidade, mas de forma persistente),
podendo ser observada mediante exame especular com manobra de
Valsalva e elevação da apresentação fetal;
•
Isoimunização Rh;
•
Anemia grave (hemoglobina < 8);
•
Maternidade
● Trabalho de parto prematuro (contrações e modificação de colo
uterino em gestantes com menos de 36 semanas);
• IG a partir de 41 semanas confirmadas;
• Hipertermia (Tax > = 37,8C), na ausência de sinais ou sintomas
clínicos de Ivas;
• Suspeita/diagnóstico de abdome agudo em gestantes;
• Suspeita/diagnóstico de pielonefrite, infecção ovular ou outra
infecção que necessite de internação hospitalar;
• Suspeita de trombose venosa profunda em gestantes (dor no
membro inferior, edema localizado e/ou varicosidade aparente);
• Investigação de prurido gestacional/icterícia;
• Vômitos incoercíveis não responsivos ao tratamento, com
comprometimento sistêmico com menos de 20 semanas;
• Vômitos inexplicáveis no 3º trimestre;
• Restrição de crescimento intrauterino;
• Oligoidrâmnio;
DIAGNÓSTICO
DA GRAVIDEZ
DIAGNÓSTICO DA GRAVIDEZ
Atraso menstrual
Atividade sexual
TIG
Positivo
Gravidez
Iniciar pré-natal
Negativo
Repetir TIG 15 dias
Negativo – consulta médica
(bHCG)
SINAIS DE GESTAÇÃO
• Sinais de presunção:
- 4 semanas: amenorréia, náuseas, vômitos e
alterações alimentares.
- 6 semanas: polaciúria, aumento do volume
mamário e sensação dolorosa nas mesmas.
- 8 semanas: aumento da pigmentação das
aréolas, aparecimento dos tubérculos de
Montgomery e aumento da vascularização –
rede de Haller.
19
SINAIS DE GRAVIDEZ
• Sinais de probabilidade:
- 10-14 dias de atraso menstrual, aumento do volume
uterino;
- 8 semanas: alterações na consistência do útero;
- 16 semanas: aumento do volume abdominal, útero
palpável.
• Sinais de certeza:
- Ausculta de batimentos cardio-fetais: 18ª a 20ª sem de
gestação
- Detecção laboratorial:
- 1º dia de atraso: produção de gonadotrofina coriônica
(hCG);
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DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
• Gonadotrofina coriônica humana (hCG) é um
hormônio de glicoproteina produzido pelo embrião e
logo após a concepção é liberado pela placenta.
Impede desintegração do corpo lúteo, fazendo-o
secretar progesterona (auxilia no crescimento fetal).
• Teste laboratorial para detecção e medição dos
níveis de HCG:
- TIG (43 dias após a DUM ou 15 dias de atraso
menstrual)
- bHCG (20 dias da DUM ou 01 dia de atraso
menstrual)
CONFIRMOU? ESTÁ GRÁVIDA?
• Cartão da Gestante com identificação
preenchida, o número do SISPRENATAL, o
hospital de referência para o parto e
orientações (?).
• Calendário de Vacinas e orientações
• Solicitação de Exames de Rotina
• Orientações sobre a participação nas
atividades educativas – reuniões e visitas
domiciliares.
Ficha de Acompanhamento
Pré Natal
Ficha de
Acompanhamento
Pré Natal
www.chenrique.com
ACOMPANHAMENTO
PRÉ-NATAL
• 1ª consulta: até o 3º mês (4º mês, + 17 semanas);
• Mínimo: 06 a 07 consultas de Pré-natal:
• Mensais: até 28 semanas,
• Quinzenais: 28 a 36 semanas,
• Semanais: 36 semanas até o nascimento,
• Consulta do Puerpério: até 42 dias após o parto.
ANAMNESE OBSTÉTRICA
• 1ª consulta:
• Identificação,
• Dados socioeconômicos,
• Antecedentes pessoais,
• Antecedentes familiares,
• Antecedentes ginecológicos,
• Exames de rotina.
ANAMNESE OBSTÉTRICA
• Nas consultas subsequentes:
1. Pesquisar sinais e sintomas.
2. Verificar exames solicitados.
3. Estimular presença de acompanhante,
reavaliar riscos, atenção às queixas,
orientar sintomas comuns, preparo
para o parto, etc
EXAMES DA GRAVIDEZ
1º TRIMESTRE
- Hemograma
- Tipagem sanguínea e fator Rh (Coombs indireto - se
for Rh -)
- Glicemia em jejum
- Teste rápido de triagem para sífilis e VDRL
- Teste rápido diagnóstico anti-HIV e Anti-HIV
- Toxoplasmose, rubéola e citomegalovírus (IgM e IgG)
- Sorologia para hepatite B (HbsAg) e C
- Urocultura + urina tipo I (sumário de urina – SU)
- Ultrassonografia obstétrica
- PCCU (se necessário)
EXAMES DA GRAVIDEZ
2º TRIMESTRE
- Teste de tolerância para glicose com 75g, se a
glicemia estiver acima de 85mg/dl ou se houver
fator
de
risco
(realize
este
exame
preferencialmente entre a 24ª e a 28ª semana)
- Coombs indireto (se for Rh negativo)
EXAMES DA GRAVIDEZ
3º TRIMESTRE
- Hemograma
- Glicemia em jejum
- Coombs indireto (se for Rh negativo)
- VDRL
- Anti-HIV
- Sorologia para hepatite B (HbsAg)
- Repita o exame de toxoplasmose se o IgG não
for reagente
- Urocultura + urina tipo I (sumário de urina –
SU)
OUTROS EXAMES EM SITUAÇÕES
ESPECIAIS:
- Ultrassonografia obstétrica (+ de 1, justificar)
- Bacterioscopia da secreção vaginal (se houver
indicação clínica, a partir da 37ª semana)
- Parasitológico de fezes (se houver indicação
clínica)
ROTINAS DAS CONSULTAS DE
PRÉ-NATAL
Cálculo da Idade Gestacional (IG)
Cálculo da Data Provável do Parto (DPP):
- GESTAÇÃO NORMAL: 280 dias ou 40
semanas,
- REGRA DE NAGELE
CÁLCULO DA IDADE
GESTACIONAL
• Uso do calendário: somar o número de dias do
intervalo entre a DUM e a data da consulta,
dividindo o total por sete (resultado em semanas);
Quando a data da
última menstruação
(DUM) é conhecida e
de certeza
• Uso de disco (gestograma):
colocar a seta sobre o dia e mês
correspondente ao primeiro dia da
última menstruação e observar o
número de semanas indicado no
dia e mês da consulta atual.
ROTINAS DAS CONSULTAS DE PRÉNATAL
Métodos para Cálculo IG
Método do Calendário
Exemplo:
DUM: 20.09.2003
Data atual: 15.04.2004
IG: Setembro: 10
Outubro: 31
Novembro: 30
Dezembro: 31
Janeiro: 31
Fevereiro: 28
Março: 31
Abril: 15
207 7
67 29
4
IG  29 semanas e 4 dias
ROTINAS DAS CONSULTAS DE PRÉNATAL
Métodos para Cálculo IG
Gestograma (Disco Gestacional)
DUM conhecida/certeza
DUM
29 Semanas
DATA ATUAL
CÁLCULO DA IDADE GESTACIONAL
DUM desconhecida/incerteza
• Quando a data da última menstruação é
desconhecida, mas se conhece o período do mês
em que ela ocorreu:
• Se o período foi no início, meio ou fim do mês,
considerar como data da última menstruação os dias 5,
15 e 25, respectivamente. Proceder, então, à utilização
de um dos métodos anteriormente descritos.
EXEMPLO...
15/11/2010
05/03/2010
IDADE GESTACIONAL X
TAMANHO UTERINO
DUM totalmente desconhecida
AU/Toque Vaginal
SEMANAS GESTACIONAIS
TAMANHO DO ÚTERO
Até 6ª semana
Não há alteração
Na 8ª semana
Útero aumenta duas vezes
Na 10ª semana
Útero aumenta três vezes
Na 12ª semana
Útero ocupa toda a pelve
Na 16ª semana
Útero entre a sínfise púbica e
cicatriz umbilical
Na 20ª semana
Útero na cicatriz umbilical
A partir da 20ª
Relação entre AU e IG.
IDADE GESTACIONAL E DATA
PROVÁVEL DO PARTO
• DUM
10/04/03
28/06/03
28/02/03
27/01/04
REGRA NAGELE
•Soma 7 aos dias
•Diminui 3 dos meses, ou soma 9
(meses de janeiro, fevereiro e março)
•Caso some 7 aos dias da DUM e
exceda dias do mês, passar os dias
excedentes para o mês seguinte,
adicionando 1 ao final do cálculo do mês.
IDADE GESTACIONAL E DATA
PROVÁVEL DO PARTO
• DUM
10/04/03
28/06/03
28/02/03
27/01/04
• DPP
17/01/04
05/04/04
07/12/03
03/11/04
Quando não for possível
determinar a idade gestacional
clinicamente,
solicitar o mais precocemente
o exame de ultra-sonografia
obstétrica.
US Obstétrico
• A partir do primeiro trimestre (6ª a 13ª
semana): margem de erro pequena, de menos
de uma semana.
• A partir do segundo trimestre, ainda podemos
ter uma margem de erro entre 7 e 10 dias.
• A partir da 30ª semana (3o trimestre), chega à
2,5 semanas.
EXAME FÍSICO
EXAME FÍSICO GERAL
Altura
Peso
Pressão arterial
Palpação da Tireóide
Membros Inferiores
EXAME FÍSICO ESPECÍFICO
Mamas
Altura uterina
Apresentação fetal
BCF
Exame físico geral
Medida de Peso
• Durante o 1º trimestre, são esperados uma perda de 2 a
3Kg, decorrente de enjôos e vômitos, caso não ocorra, a
gestante poderá ganhar de 1 a 2Kg.
• Nos próximos meses,
espera-se um ganho de 0,45Kg
semanais, não ultrapassando 11Kg, ao final da gestação.
Medição de Peso e Estatura
•Determinação de Peso e Altura
- IMC = Peso (kg)
Altura2(m)
Medição de Peso e Estatura
SITUAÇÃO – PESO/ESTATURA
O QUE INVESTIGAR?
CONDUTAS
Baixo peso (BP)
Investigar história alimentar,
hiperêmese gravídica,
infecções, parasitoses,
anemias e doenças
debilitantes;
Dar orientação nutricional,
visando à promoção do peso
adequado e de hábitos
alimentares saudáveis;
Remarcar consulta em
intervalo menor que o fixado
no calendário habitual
Adequado (A)
Seguir calendário habitual,
explicar à gestante que seu
peso está adequado para a
idade gestacional;
Dar orientação nutricional,
visando à manutenção do
peso adequado e à
promoção de hábitos
alimentares saudáveis;
Sobrepeso e obesidade
(S e O)
Investigar obesidade prégestacional, edema,
polidrâmnio, macrossomia
(excesso de peso do RN),
gravidez múltipla;
Dar orientação nutricional,
visando à promoção do peso
adequado e de hábitos
alimentares saudáveis,
ressaltando que, no período
gestacional, não se deve
perder peso;
Remarcar consulta em
intervalo menor que o fixado
no calendário habitual
Medição de Peso e Estatura
GANHO DE PESO RECOMENDADO (EM Kg) NA
GESTAÇÃO SEGUNDO ESTADO NUTRICIONAL INICIAL
Estado
Ganho de
Ganho de
Ganho de
Nutricional Peso Total
Peso Total
Peso Total
(IMC)
(kg) no 1º
(kg) no 2º e (kg)
Trimestre
3º
trimestres
Baixo Peso
2,3
0,5
12,5-18,0
Adequado
1,6
0,4
11,5-16,0
Sobrepeso
0,9
0,3
7,0-11,5
Obesidade
0,3
7,0
Medida da Pressão Arterial
Considerada alterada, se:
• Igual ou acima de 140/90 mmHg (3x);
• O aumento de 30mmHg ou mais na PS
(máxima) e/ou de 15mmHg ou mais na PD
(mínima), em relação aos níveis tensionais
pré-gestacionais e/ou conhecidos até a
16ª semana de gestação.
Medida da Pressão Arterial
Condutas de Enfermagem as gestantes com
PA>140/90 e <160/110 mmHg?
• Orientar repouso em decúbito lateral esquerdo, e
verificar após 15’ a PA;
• Investigar
(cefaleia,
presença
de
epigastralgia,
sinais
premonitórios
escotomas,
reflexos
tendíneos aumentados);
• Encaminhar
ao
pré-natal
Maternidade de referência;
de
alto
risco
ou
Inspeção e Palpação
• Cabeça e Pescoço
• Cloasma (hormônio melanotrófico)
• Palpação da Tireóide e de todo o pescoço, região
cervical e axilar (pesquisa de nódulos e
anormalidades) – Pequeno Aumento da Tireóide.
Pesquisa de Edema
Na face e em membros superiores:
• Identificar a presença de edema pela inspeção.
Nos membros inferiores:
• Posicionar a gestante em decúbito dorsal ou
sentada, sem meias;
• Pressionar a pele na altura do tornozelo (região
perimaleolar) e na perna, no nível do seu terço
médio, face anterior (região pré-tibial).
Pesquisa de Edema
Na região sacra:
• Posicionar a gestante de decúbito lateral ou sentada;
• Pressionar a pele, por alguns segundos, na região sacra,
com o dedo polegar. O edema fica evidenciado mediante
presença de depressão duradoura no local pressionado.
Exame Especular
• Deve ser realizado de acordo com necessidade,
orientados pela história e queixas da paciente.
EXAME FÍSICO ESPECÍFICO
(OBSTÉTRICO)
Exame Clínico das Mamas
• Surgimento de colostro a partir do terceiro mês de
gravidez;
• Aumento da mama no decorrer da gestação;
• Tipos de mamilos:
- Protuso
- Plano
- Invertido
PALPAÇÃO OBSTÉTRICA
Manobras de Leopold-Zwiefel
Objetivo: Identificar situação, posição e apresentação fetais
TEMPO 1:
Delimita-se o fundo do útero e
observa a posição do pólo
fetal. Pode ser feito o rechaço
fetal.
Pode sentir-se uma formação
rotunda, dura, não depressível
(o crânio fetal). Pode sentir-se
uma formação maior,
depressível (a pélvis fetal)
PALPAÇÃO OBSTÉTRICA
Manobras de Leopold-Zwiefel
Objetivo: Identificar situação, posição e apresentação fetais
TEMPO 2:
Visa determinar a posição
fetal. Deslizam-se as mão do
fundo em direção do pólo
inferior. Tente localizar aonde
está o lado posterior do feto,
para poder descrever a
posição do feto na cavidade.
Durante a apalpação é
possível sentir até os
movimentos.
PALPAÇÃO OBSTÉTRICA
Manobras de Leopold-Zwiefel
Objetivo: Identificar situação, posição e apresentação fetais
TEMPO 3
Avalia se qual pólo fetal fica
na estreita inferior – isto é,
avalia se a apresentação é
cefálica ou pélvica. Se o pólo
fetal esta faltando,
possivelmente a apresentação
seja transversa.
PALPAÇÃO OBSTÉTRICA
Manobras de Leopold-Zwiefel
Objetivo: Identificar situação, posição e apresentação fetais
TEMPO 4
Esta completando o tempo 3,
explora que tipo de reporto
tem o feto com a estreita
superior, e se a apresentação
esta em cima ou em baixo da
sínfise.
Palpação Obstétrica
Situação
Longitudinal
Transverso
Palpação Obstétrica
Apresentação
Pélvica ou Córmica
Cefálica
Palpação Obstétrica
Apresentação pélvica ou córmica
Final gestação

Serviço de referência
Parto hospitalar
Medida da Altura Uterina
Objetivos:
• Avaliar o crescimento fetal
• Diagnosticar anormalidades
gestacionais/relação AU-IG
Medida da Altura Uterina
• Posicionar a Gestante em Decúbito
dorsal com abdômen descoberto;
• Delimitar a borda superior da sínfise
púbica e o fundo uterino;
• Fixar a extremidade inicial (0 cm) da
fita métrica flexível e não extensível,
borda superior da sínfise púbica,
passando entre os dedos indicador e
médio. Proceder a leitura quando a
borda cubital da mão atingir o fundo
uterino;
Medida da Altura Uterina
PONTO
CONDUTA
Entre as curvas
Seguir calendário de atendimento de rotina
Acima da Curva
Superior
Atentar erro de cálculo da IG. Deve ser vista
pelo médico da unidade e avaliada a
possibilidade de polidrâminio, macrossomia,
gemelar.
• Solicitar ultra-sonografia, se possível
• Caso permaneça dúvida, marcar retorno em
15 dias para reavaliação ou, se possível,
encaminhamento para serviço de alto risco.
Abaixo da curva Atentar para a possibilidade de erro de cálculo
da IG. Deve ser vista pelo médico da unidade
inferior
para avaliar possibilidade de feto morto,
oligodrâmnio ou restrição de crescimento
intrauterino
• Solicitar ultra-sonografia • Caso permaneça
dúvida, marcar retorno em 15 dias para
reavaliação ou, se possível, encaminhamento
para serviço de alto risco
Medida da Altura Uterina
Ponto abaixo ou acima da curva normal
Ultra-sonografia
Avaliação médica
Retorno 15 dias ou serviço alto risco ou serviço
de referência
Ausculta dos Batimentos Cardíacos Fetais
Objetivo:
• Identificar ritmo, frequência e normalidade dos BCF
• Com sonar +/- após 12 sem. E estetoscópio de
Pinard, após +/- 20 sem.
• Normal: 120 a 160bpm
Ausculta dos BCF’s
• Posicionar a gestante em decúbito dorsal, com abdômen
descoberto;
• Identificar o dorso fetal. Além de realizar a palpação, deve-se
perguntar à gestante em qual lado ela sente mais os
movimentos fetais; o dorso estará no lado oposto;
• Segurar o estetoscópio de Pinard pelo tubo, encostando a
extremidade de abertura mais ampla no local previamente
identificado como correspondente ao dorso fetal. Quando
disponível, utilizar o sonnar dopler;
• Encostar o pavilhão da orelha na outra extremidade do
estetoscópio;
• Fazer, com a cabeça, leve pressão sobre o estetoscópio e só
então retirar a mão que segura o tubo;
Ausculta dos BCF’s
• Procurar o ponto de melhor ausculta dos BCF na região do
dorso fetal;
• Controlar o pulso da gestante para certificar-se de que os
batimentos ouvidos são os do feto, já que as freqüências são
diferentes;
• Contar os batimentos cardíacos fetais por um minuto,
observando sua freqüência e ritmo;
• Avaliar resultados da ausculta dos BCF
http://www.youtube.com/watch?v=ICitqNRuJnU&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=Q5ZRweqYEp0&feature=relate
d
Mobilograma* – Conduta
Normal: 6 movimentos / 1 h
10 movimentos / 2h (noite)
Se obtém em menos tempo 
parar
Anormal: < 6 movimentos/hora
12 horas consecutivas (alerta)
Serviço Referência
AÇÕES COMPLEMENTARES
• a)Atendimento odontológico;
• b)Vacinação;
• c)Agendamento de consultas subsequentes;
• d) Encaminhar para grupo de gestantes (Queixas
frequentes, Aleitamento materno, Sexualidade,
Alimentação)
• e)Encaminhamento para Maternidade e/ ou
serviços especializados (sangramento, perda de
liquido, contrações e ausência de movimentação
fetal)
AÇÕES COMPLEMENTARES
a) Atendimento Odontológico
 Progressão de Cáries e Gengivite na Gravidez
O TRATAMENTO ODONTOLÓGICO DURANTE A
GESTAÇÃO É SEGURO E EFETIVO
 Programa educativo, preventivo e curativo
◦ As gestantes são orientadas quanto a sua higiene bucal,
dieta e causas da cárie e tratamento individual.
AÇÕES COMPLEMENTARES
b) Imunização dT
ESQUEMA BÁSICO DE VACINAÇÃO
Observar história de imunização
antitetânica comprovada pelo cartão de
vacina.
Conduta
Sem nenhuma dose registrada
Iniciar o esquema vacinal o mais precoce
possível, independente da idade
gestacional, com três doses, com
intervalo de 60 dias ou, no mínimo, 30
dias.
Menos de 3 doses
Completar as três doses o mais
precocemente possível, com intervalo de
60 dias ou, no mínimo, 30 dias.
Três doses ou mais, sendo a última há
menos de 5 anos
Não é necessário vacinar
Três doses ou mais, sendo a última dose
a mais de 5 anos.
Uma dose de reforço.
Imunização
• Vacina contra influenza: A vacina contra a
influenza é recomendada a todas as gestantes
em qualquer período gestacional.
• Hepatite B: Gestantes após o primeiro
trimestre de gestação. Três doses com
intervalo de 30 dias entre a primeira e a
segunda e de 180 dias entre a primeira e a
terceira. Na impossibilidade de se realizar a
sorologia anti-HBs, deve-se avaliar o estado
vacinal da gestante e vaciná-la, se for o caso.
Imunização - dTpa
• Contra
a
doença
coqueluche
na
gestante,
possibilitando a transferência transplancentária destes
anticorpos para o feto, resultando na proteção do
recém-nascidos, nos primeiros meses de vida, até que
se complete o esquema vacinal contra a coqueluche,
preconizado no Calendário Nacional de Vacinação.
• O esquema recomendado da vacina dTpa é uma dose
a cada gestação.
• Vacinar com dTpa todas as gestantes a partir da 27ª
semana, preferencialmente até a 36ª semana de
gestação, independente do número de doses prévias
de dT ou se a mulher recebeu dTpa em outras
gestação(ões).
AÇÕES COMPLEMENTARES
Imunização
I. A vacina para hepatite B deve ser aplicada nas
pacientes de risco (profissionais de saúde, usuárias
de drogas, contato sexual com portadores, poli
transfundidas)
II. Nos casos de epidemia de febre amarela ou de
viagem para regiões endêmicas, a vacina para febre
amarela pode ser aplicada, preferencialmente, após o
1º trimestre.
III. Nos casos de mordida de cães, o tratamento
antirrábico deve ser realizado, se indicado.
IV. Outras vacinas que contêm vírus vivos atenuados
não devem ser realizadas durante a gestação.
AÇÕES COMPLEMENTARES
c) Agendamento de Consultas
Subsequentes
DE ACORDO COM PERÍODO
GESTACIONAL E INTERCORRÊNCIAS
Roteiro Consultas Pré-Natal
Preferencialmente:
•Uma consulta no 1º trimestre
•Duas consultas no 2º trimestre
•Três consultas no 3º trimestre
Total de Consultas no Pré- Natal: 6 a 7
Até 28ª semana – mensalmente;
Da 28ª até a 36ª semana – quinzenalmente;
Da 36ª até a 41ª semana – semanalmente.
IMPORTANTE: NAO EXISTE ALTA DO P.N
Após as 40 semanas solicitar cardiotocografia
41 semanas: maternidade
e) Maternidade (Atenção:
relembrando)
•Doenças infectocontagiosas vividas durante a presente gestação
(doenças do trato respiratório, rubéola, toxoplasmose etc.);
•Gestante em Trabalho de Parto (prematuro ou a termo), após
realização do exame de toque vaginal em gestantes a termo;
- Avaliar contrações (2:10”), ausculta cárdio-fetal e dilatação
cervical (>=4cm)
•Rotura prematura de membranas, após exame especular;
•Sangramento vaginal, após realização de exame especular;
•Crise hipertensiva – PA >160/110mmHg;
•Suspeita de feto morto;
•Suspeita de Pielonefrite;
•Gestantes com diminuição da movimentação fetal comprovada após
mobilograma*, e realização de cardiotocografia;
•Gestantes após 41 semanas devem ser encaminhadas para avaliação
do bem estar fetal.
PARA MUDAR O MUNDO,
É PRECISO MUDAR
PRIMEIRO A FORMA DE
NASCER.
Michel Odent
OBRIGADA!
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