Definição de deficiência visual A deficiência visual é uma perda na área da visão que pode ser do tipo cegueira – total incapacidade para enxergar – ou do tipo deficiência visual – alterações no sistema visual – e, nesse sentido, o sujeito perde a acuidade visual, a capacidade de distinguir imagens, requerendo a utilização de prótese. Quando um sujeito não tem associado outro tipo de incapacidade, além da falta de visão, irá compensar com outros sentidos, como tato, audição e olfato. psicologia-cef.blogspot.com Classificação A literatura apresenta duas categorias de problemas visuais: deficiências totais e deficiências parciais. Deficiências totais Cegueira ou perda da visão – caracteriza-se pela incapacidade de enxergar. Existem dois tipos de cegueira: absoluta: quando o sujeito cego é incapaz de distinguir alguma coisa; em alguns casos, pode reconhecer um pouco de luz, mas é impossível adquirir conhecimentos por meio da vista; parcial: quando o sujeito cego pode distinguir luz, sombras e contornos. Deficiências parciais Deficiência visual – caracteriza-se por defeitos ópticos e ambliopia, problemas de refração no olho, manifestado por visão nebulosa. Entre esses, pode-se citar: miopia, astigmatismo e hipermetropia, que podem ser corrigidos sem dificuldade com pequenas intervenções cirúrgicas ou pelo uso de lentes. Na ambliopia, existe uma sensibilidade imperfeita na retina, sem lesão orgânica do olho, levando a uma diminuição da visão de dois tipos: sujeitos com baixa visão que, com auxílio de material adequado e especialistas, pode desenvolver uma aprendizagem normal; sujeitos limitados visuais, que, com lentes ou aparelhos especiais, podem realizar sua aprendizagem normal. Distúrbios e anomalias visuais mais comuns Hipermetropia Miopia Astigmatismo Estrabismo Heterotropia Nistagmo Albinismo Catarata Causas da deficiência visual Os problemas visuais podem surgir por interferências na formação de imagens na retina ou na transmissão destas ao cérebro: erros óticos, defeito nos olhos, doenças, síndromes e condições que afetam a visão em maior ou menor extensão. No passado, as maiores causas da deficiência visual eram a sífilis, a meningite ou a escarlatina, e medidas como lavar os olhos do recémnascido e o uso de vacinas conseguiram eliminar a maioria dessas causas. Hoje as infecções intrauterinas, como rubéola e toxoplasmose, junto com malformação no desenvolvimento do aparelho visual do feto são as causas mais comuns de deficiência congênita. De acordo com González (2007), existem oito grupos diferentes de causas pelas quais um sujeito é cego: www.asseec.org.br Sugestão de filmografia: Perfume de mulher O milagre de Anne Sullivan À primeira vista Dançando no escuro Ray Charles O sino de Anya Janela da alma 1º grupo: sujeitos cegos que sofreram anomalias congênitas porque a mãe teve alguma doença durante os primeiros meses de gravidez, como rubéola ou toxoplasmose, e sujeitos que apresentam cegueira devido à herança genética. 2º grupo: sujeitos cegos por problemas de refração, como a miopia. 3º grupo: sujeitos cegos que sofreram traumatismo nos olhos durante a prática de esportes, casos de queimadura ou, ainda, acidentes domésticos. 4º grupo: sujeitos cegos por lesões no globo ocular. 5º grupo: sujeitos cegos por lesões no nervo ótico, no quiasma e nos centros corticais. 6º grupo: sujeitos cegos por alterações próximas aos olhos, como pálpebras ou canais lacrimais. 7º grupo: sujeitos cegos por doenças gerais, que podem ser infecciosas, intoxicações ou, ainda, transtornos do tipo endócrino (diabetes, sífilis, glaucoma, ceratite, rubéola). 8º grupo: sujeitos cegos cuja causa é determinada por parasitas. Os dois principais profissionais mais indicados no diagnóstico problemas visuais são o médico oftalmologista, especializado na dos avaliação e tratamento dos defeitos e doenças dos olhos, e o optometrista, que examina, mede e trata certos defeitos funcionais de visão por meio de métodos que não exigem formação em medicina. Na metade do século XX, a administração excessiva de oxigênio nas incubadeiras de bebês prematuros levou metade das crianças da época à defi ciência visual – essa condição foi chamada de fibroplasia retrolental. Além disso, os pais e o professor, por meio da observação, podem detectar as deficiências visuais apresentadas pelas crianças, por meio dos seguintes indicadores: ter dificuldade para ler o quadro-negro; ter dores de cabeça; esfregar os olhos; apresentar olhos avermelhados e com lágrimas; confundir e inverter letras e palavras; trocar de linha ao escrever; piscar e fazer esforços para ler; apresentar incômodos excessivos causados pela luz. Pesquisadores têm estudado de que maneira as outras funções sensoriais podem ser afetadas pela deficiência visual. Há um grupo de teóricos que acredita na teoria da compensação sensorial: se uma avenida sensorial, como a visão, é deficiente, os outros sentidos automaticamente são reforçados; por exemplo, parte-se da hipótese de que o deficiente visual tem a capacidade de ouvir melhor e tem mais memória que indivíduos com visão. No entanto, outros pesquisadores apresentam um ponto de vista alternativo, de que a deficiência numa área de desenvolvimento pode ter um efeito negativo em outras áreas. Isso significa que um defeito funcional em uma área retarda ou perturba o desenvolvimento de outras áreas intactas. Qual é a sua opinião sobre isso?