sala2 – 8h30 – Sergio Mancini Nicolau

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Cirurgia Minimamente Invasiva
em Tumores Anexiais
Diagnóstico de Câncer de Ovário Durante a
Laparoscopia. Como devo Proceder?
Sérgio Mancini Nicolau
Prof Associado Livre Docente e Chefe da Disciplina de Ginecologia Oncológica
Departamento de Ginecologia
Escola Paulista de Medicina - UNIFESP
CMI nos tumores anexiais: cuidados intra-operatórios
Massas Anexiais
Cisto unilocular em mulheres com 50 anos ou mais ou na pósmenopausa
< 5 cm e CA-125 normal:
- raramente malignos
- seguimento
Modesitt et al. Obstet Gynecol 2003;102:594 –9
< 10 cm:
- risco extremamente baixo
de malignidade
- repetir US após 4-6 semanas
com Doppler e CA-125
•
•
•
•
69,4% dos cistos resolveram espontaneamente
16,5% desenvolveram septo
5,8% desenvolveram área sólida
6,8% persistiram como lesão unilocular
Nardo et al. Obstet Gynecol 2003;102:589–93.
S M Nicolau
CMI nos tumores anexiais: cuidados intra-operatórios
Massas Anexiais
Ross EK and Kebria M. Cleveland Clinic Journal of Medicine, 2013
S M Nicolau
CMI nos tumores anexiais: cuidados intra-operatórios
Massas Anexiais
Ross EK and Kebria M. Cleveland Clinic Journal of Medicine, 2013
S M Nicolau
Massas Anexiais
Van Calster et al. Facts Views Vis Obgyn, 2015
S M Nicolau
Massas Anexiais
S M Nicolau
CMI nos tumores anexiais: cuidados intra-operatórios
AAGL
https://www.aagl.org/wp-content/uploads/2013/01/EducationalObjectives3.22.16.pdf
S M Nicolau
CMI nos tumores anexiais: cuidados intra-operatórios
AAGL
https://www.aagl.org/wp-content/uploads/2013/01/EducationalObjectives3.22.16.pdf
S M Nicolau
CMI nos tumores anexiais: cuidados intra-operatórios
AAGL
https://www.aagl.org/wp-content/uploads/2013/01/EducationalObjectives3.22.16.pdf
S M Nicolau
CMI nos tumores anexiais: cuidados intra-operatórios
AAGL
https://www.aagl.org/wp-content/uploads/2013/01/EducationalObjectives3.22.16.pdf
S M Nicolau
CMI nos tumores anexiais: cuidados intra-operatórios
AAGL
https://www.aagl.org/wp-content/uploads/2013/01/EducationalObjectives3.22.16.pdf
S M Nicolau
CMI nos tumores anexiais: cuidados intra-operatórios
AAGL
https://www.aagl.org/wp-content/uploads/2013/01/EducationalObjectives3.22.16.pdf
S M Nicolau
CMI nos tumores anexiais: cuidados intra-operatórios
Cuidados intra-operatórios
Ramirez PT, Wolf JK, Levenback C. Laparoscopic port-site metastases: etiology and prevention. Gynecol Oncol. 2003;91:179-189.
S M Nicolau
Câncer do Ovário
• Indicações
• Doença inicial – estadiamento e tratamento (especialmente mulheres
jovens e tumores < 10cm)
• Doença avançada – confirmar o diagnóstico e avaliar condição de
citorredução ótima (ressecabilidade). Observar principalmente três
áreas: intestinos, pedículo hepático e cúpulas diafragmáticas,
principalmente à direita (40% dos carcinomas de ovário irressecáveis)
• Re-estadiamento em pacientes incompletamente estadiadas
(incluindo-se os casos de tumor borderline1)
• Second look – avaliação
daA, resposta
ou na
suspeita
de
1 – Obermair
Hiebl S. Australian andterapêutica
New Zealand Journal of Obstetrics
and Gynaecology
2007; 47:438–444
recidiva
• Colocação de cateter para QT intraperitoneal
• Câncer do ovário e gravidez
S M Nicolau
Tratamento conservador
no câncer de ovário borderline
 Cistos ovarianos ou massas ovarianas ou
massas anexiais são achados frequentes
acidentais em mulheres assintomáticas
 Os cistos podem ser fisiológicos, ou
neoplásicos (benignos, “borderline” ou
francamente malignos)
S M Nicolau
Tratamento conservador
no câncer de ovário borderline
 Muitos dos cistos são benignos1 e não são considerados
pré-cancerosos2, 3
 A retirada dos cistos não diminui o risco de desenvolvimento
de câncer do ovário4
 O NIH estima que 5% a 10% das mulheres nos EUA se
submeterão à cirurgia por um cisto do ovário durante a vida e
somente 13 % a 21% destes serão malignos5
S M Nicolau
Tratamento conservador
no câncer de ovário borderline
 < 40% diagnosticados em estádios iniciais
 Deve-se pensar em tratamento conservador em pacientes jovens
 Taxa de recorrência entre 9% e 29%
 Sobrevida em 5 anos entre 83% e 100%
 Recorrência no ovário contralateral < 5%
 Taxas de fertilidade e concepção entre 60% e 100% no tratamento
conservador
 Taxa de aborto < 30%
Zapardiel et al ESJO 2014
S M Nicolau
Conclusões: Cistos do ovário sem sinais de malignidade podem ser operados
por laparoscopia; existe a opção de conversão ou reintervenção dentro de uma
semana se AP for de malignidade; atualmente, linfonodectomia pélvica e
paraórtica por laparoscopia são viáveis e adequadas; os anexos são retirados
em invólucro para não contaminar a cavidade e parede
S M Nicolau
Conclusão: Laparoscopia diagnóstica em casos de
massas anexiais suspeitas ao US evita muitas
laparotomias para tratamento de doenças benignas e
permite melhor avaliação do abdome superior
S M Nicolau
Conclusão: 80% das massas suspeitas à
laparotomia seriam tratadas por laparoscopia
S M Nicolau
Conclusão: Laparoscopia é factível e é segura para o
tratamento de tumores benignos do ovário
S M Nicolau
Tratamento Cirúrgico no Câncer de Ovário
em estádio Inicial
Tratamento
● A cirurgia tem papel primordial tanto nos estádios precoces como
tardios1
● Nos estádios precoces define pacientes de baixo e alto risco1
● Nas pacientes de baixo risco o tratamento pode ser conservador
sem adjuvância1
● A taxa de estadiamento cirúrgico adequado em pacientes em estádio
precoce é de 54%2
● O estadiamento cirúrgico adequado é cirurgião-dependente: realizado
por 97% dos Oncologistas Ginecológicos, 52% dos Gineco-Obstetras
Gerais e por 35% dos Cirurgiões Gerais3
1. Fader e Rose. JCO 2007;25:2873-83
2. McGowan et al. Obstet Gynecol 1985;65:568–72
3. Bhoola e Hoskins. Obstet Gynecol 2006;107:1399-410
S M Nicolau
Tratamento Cirúrgico no Câncer de Ovário
em estádio Inicial
Tratamento
● A cirurgia deve incluir 1) colheita de lavado ou ascite; 2) visibilização e biópsia do
Diafragma; 3) exame e biópsia do peritônio pélvico e abdominal; 4) linfonodectomia
pélvica e para-aórtica; 5) histerectomia total abdominal, SOB e omentectomia infracólica1
● O estadiamento em casos precoces pode ser realizado por Laparoscopia1
● A Laparoscopia deve ser o procedimento de escolha em pacientes em que
o tumor tem dimensões suficientemente pequenas para caber num invólucro
e evitar que se rompa na cavidade abdominal1
● Pacientes com estadiamento precoce diferente de IaG1 devem ser submetidos à QT1
● A maioria dos Oncoginecologistas utilizam a associação das taxanas e derivdos
Platínicos para a QT destes casos1
1. Bhoola e Hoskins. Obstet Gynecol 2006;107:1399-410
S M Nicolau
Tratamento Cirúrgico no Câncer de Ovário
em Estádio Inicial
Tratamento
● Pacientes com estádios Ia e Ib, com tumores bem diferenciados, apresentam
taxa de sobrevida em 5 anos acima de 90% e podem ser tratadas com cirurgia
exclusiva sem QT adjuvante1
● Pacientes com fatores prognósticos pobres têm maior risco de recidiva, que varia
de 20% a 30% e podem se beneficiar da QT adjuvante1
● Estudos mais antigos evidenciaram como fatores prognósticos potenciais o
grau histológico, o tipo histológico, a ruptura da cápsula ovariana, aderências a
estruturas adjacentes, citologia positiva e volume de ascite2,3
● Mais recentemente, os fatores mais importantes identificados são o grau
histológico e a extensão da cirurgia4-6
● A maioria das pacientes nos EUA nos estádios precoces são tratadas com QT
adjuvante. Somente aquelas nos estádios Ia e Ib, grau 1 são observadas sem
submetê-las à adjuvância1
1. Bhoola e Hoskins. Obstet Gynecol 2006;107:1399-410
4. Trimbos et al. Cancer 1991;67:597–602
2. Webb et al. Am J Obstet Gynecol 1973;116:222–8
5. Sevelda et al. Cancer 1990;65:2349–52
3. Dembo et al. Obstet Gynecol 1990;75:263–73
6 Vergote et al. Lancet 2001;357:176–82
S M Nicolau
Câncer do ovário: linfadenectomia para todos?
Lymphadenectomy was associated with improved 5-year disease-specific survival of all
patients from 87.0% to 92.6% (P<.001).
Lymphadenectomy improved the survival in those with non–clear cell epithelial ovarian
cancer (85.9% to 93.3%, P<.001) but not in those with clear cell carcinoma, germ cell
tumors, sex cord stromal tumors, and sarcomas
Lymphadenectomy (0 nodes, less than 10 nodes, and 10 or more nodes) increased the
survival rates from 87.0% to 91.9% to 93.8%, respectively (P<.001)
On multivariable analysis, the extent of lymphadenectomy was a significant prognostic
factor for improved survival, independently of other factors such as age, stage, histology,
and grade of disease
CONCLUSION: Our data suggest that women with stage I non–clear cell ovarian cancers
who underwent lymphadenectomy had a significant improvement in survival
Obstet Gynecol 2007;109:12–9
S M Nicolau
Mikami M, J Gynecol Oncol, 2014
S M Nicolau
CMI nos tumores anexiais: cuidados intra-operatórios
Retirada do tumor intacto
S M Nicolau
CMI nos tumores anexiais: cuidados intra-operatórios
Endopouch®One-handed, syringe motion
deployment, 10mm diameter, 224ml bag
volume, 10cm x 15cm bag size
Endo Catch® The bag of the Endo Catch™
Gold mouth diameter is 6.35 cm and the
bag of the Endo Catch™ II mouth diameter
is 12.7 cm
Lap-sac
2 x 5 inch (volume de 50 mL)
4 x 6 inch (volume de 200 mL)
5 x 8 inch (volume de 750 mL)
8 x 10 inch (volume de 1500 mL)
Mencaglia L et al. Manual of Gynecological Laparoscopic Surgery, 2013
S M Nicolau
S M Nicolau
Câncer do ovário
S M Nicolau
Câncer do ovário
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