A CRISE ECONÓMICA E FINANCEIRA ANGOLANA: CAUSAS E SOLUÇÕES Centro de Estudos de Direito Público Universidade Agostinho Neto TEMA: O PAPEL DO BANCO CENTRAL NA GESTÃO DA CRISE FINANCEIRA ANGOLANA Palestrante: Marinela Martins do Amaral O Papel do Banco Central na Gestão da Crise Financeira Angolana 1. Enquadramento O sistema financeiro é um dos pilares da economia de mercado e do desenvolvimento económico dos Países. Para tal compete-lhe : i) Manter eficiente o sistema de pagamentos; ii) Assegurar a afectação eficiente da capacidade de financiamento de uma economia, canalizando-a para investimentos (isto é actividades destinadas a expandir o produto potencial) que optimizem o binómio risco/ retorno. ii) Oferecer soluções financeiras juridicamente seguras para os aforradores; O Papel do Banco Central na Gestão da Crise Financeira Angolana 1. Enquadramento • O Banco Central tem por missão i) Como competências próprias • Vigiar pelo bom funcionamento do sistema de pagamentos; • Assegurar a estabilidade e a solidez do sistema bancário (e, mais recentemente, do shadow banking ); • Promover a sã concorrência no interior do sistema bancário, nomeadamente nos mercados interbancários e na relação com as entidades não financeiras; O Papel do Banco Central na Gestão da Crise Financeira Angolana 1. Enquadramento ii)Como competências delegadas • Executar a política monetária e cambial, segundo os objectivos da politica económica fixados pelo Governo; • Privilegiar as medidas que favorecem o emprego, sem prejuízo da estabilidade de preços ; • Regular e supervisionar o sistema bancário Promover a sã concorrência no interior do sistema bancário ( incluindo o sector do shadow banking); O Papel do Banco Central na Gestão da Crise Financeira Angolana 1. Enquadramento • • • A recente sucessão de crises financeiras ( subprime , dividas Públicas Europeias, mercados de commodities) impõe a necessidade de compreender melhor : i) A ligação entre a esfera nominal da economia (o sector financeiro) e a esfera real da economia ( as actividades produtivas e o emprego), ii) O papel que o BNA- Banco Central –pode desempenhar para responder a questões da estabilidade financeira e a sua articulação com a condução da política monetária, tal como outros bancos centrais vêm fazendo à luz dos desenvolvimentos recentes. • Dada a importância do sistema financeiro ( sobretudo a banca) para a condução da política monetária e cambial, a estabilidade e a solidez do sistema bancário é absolutamente essencial. • A obtenção destes objectivos impõe: i) um quadro regulatório e de supervisão orientado para a estabilidade do sistema financeiro ( isto é, assente na adequação dos Capitais Próprios ao perfil da exposição ao risco); • Ii) A adequada capitalização das instituições Financeiras, em geral – e dos Bancos muito em especial. O Papel do Banco Central na Gestão da Crise Financeira Angolana 1. Enquadramento O dilema dos Bancos Centrais – quando confrontados, por um lado, com tensões inflacionistas e / ou ameaças de crise cambial e, por outro, com um sistema bancário frágil ( com Capitais Próprios insuficientes para absorver as perdas já incorridas ou ainda potenciais) : • i) Ou, para salvar os bancos, injectar liquidez no sistema financeiro – com a previsível consequência de desencandear um surto inflacionista e / ou ruptura das Reservas Cambiais • ii) Ou, para dominar a inflação e proteger as Reservas Cambiais, empreender uma estratégia monetária restritiva que vai agravar o risco na economia e poderá desencandear uma crise sistémica ( isto é , uma corrida aos depósitos bancários e provável falência de alguns bancos ). O Papel do Banco Central na Gestão da Crise Financeira Angolana 2. Estabilidade Financeira Versus Politica Monetária. • Apesar da politica monetária ter como objectivo primeiro a estabilidade dos preços, em circunstâncias especiais deverá incluir medidas não convencionais de modo a contribuir para a estabilidade financeira, • A estabilidade dos preços não garante a estabilidade financeira e situações de conflito entre ambas são muito desfavoráveis ( o dilema dos Bancos Centrais) • É importante tanto em situações “normais” como em períodos de “crise” que outras políticas, micro e macroprudenciais, mantenham um acompanhamento constante do sistema financeiro, por forma a que quando necessário actuem no sentido de reduzir a probabilidade de ocorrência de eventos sistémicos e minimizar os efeitos nefastos que o colapso do sistema de pagamentos provocará fatalmente na economia. O Papel do Banco Central na Gestão da Crise Financeira Angolana 2. Estabilidade Financeira Versus Politica Monetária. A estabilidade Financeira é um conceito muito amplo e difícil de definir. Schinasi (2004), enfatiza que o conceito é amplo abrangendo: o papel da infraestrutura financeira (sistema jurídico, regulamentação financeira, supervisão, fiscalização); as instituições, e os mercados, Segundo ele um sistema financeiro estável deve ser “capable of facilitating (rather than impending) the performance of a economy and of dissipating financial imbalances that arise endongenously or as a result of a significant adverse and unancipated events.” O Papel do Banco Central na Gestão da Crise Financeira Angolana 2. Estabilidade Financeira Versus Politica Monetária. • A Política Monetária pode ser vista como o conjunto de arranjos institucionais e o uso de instrumentos da autoridade monetária com o fim de maximizar o bem estar social. • A taxa de juro de curto prazo é tipicamente o instrumento da politica monetária, estabelecida em operações de mercado aberto e outros procedimentos e instrumentos que fazem parte do quadro operacional de actuação do Banco Central ( são as chamadas estratégias “ em preço” que visam instrumentalizar o custo do capital ). • Em situações de crise o Banco Central, pode usar activamente a gestão de liquidez, ou fazer outras alterações no seu próprio balanço que podem ter efeitos sobre a economia, para além dos efeitos via da taxa de juro (são as chamadas estratégias “em volume” que visam expandir a liquidez da economia). Estas são medidas não convencionais da política monetária ( Quantitative Easing)” • A condução eficaz de uma politica monetária, exige que o Banco Central tenha grande influencia sobre as taxas de juro de mercado e as alterações dessas taxas sejam transmitidas para o resto da economia. O Papel do Banco Central na Gestão da Crise Financeira Angolana 2. Estabilidade Financeira Versus Politica Monetária. Num quadro de instabilidade do sistema financeiro, como o que vivemos, há perturbações no mecanismo de transmissão da política monetária – que não devem ser ignoradas : i) Aspectos operacionais como a gestão da liquidez, a política de colateral, o preço dos activos no índice de preços de referência para a política monetária, a taxa de câmbios - e a atenção a várias outras abordagens sobre o impacto da política monetária, onde devem ser incluidos aspectos como as “bolhas especulativas”que não são baseadas em fundamentos mas em “animal spirits” e, ii) Uso de uma boa estratégia de comunicação, através de declarações credíveis por parte das autoridades monetárias sobre os preços e a determinação de agir. Só assim será possível influenciar as expectativas (logo, os comportamentos) dos agentes económicos e moderar os excessos nos mercados bancários ( as temíveis “bolhas de dívida”) e , por conseguinte, nos preços dos activos e na despesa. O Papel do Banco Central na Gestão da Crise Financeira Angolana 2. Estabilidade Financeira Versus Politica Monetária. • A política de comunicação é um importante canal de influência sobre os preços e não deve ser esquecido. • Portanto, tendo em conta que as expectativas não concretizadas levam a um processo “boom-bust” na maioria das variáveis económicas, o Banco Central deve seguir uma estratégia de comunicação clara, transparente e evitar, tanto quanto possível criar surpresas nas decisões de política monetária, em especial aquelas que sugerem a manutenção de amplas condições monetárias por um período prolongado, pois tal parece criar um terreno propício para o desenvolvimento de desequilíbrios nos preços. O Papel do Banco Central na Gestão da Crise Financeira Angolana 3.Implicações da instabilidade financeira para o mecanismo de transmissão da política monetária Dada a função fundamental do sistema financeiro, uma quebra na estabilidade financeira (nomeadamente, a insuficiente capitalização dos Bancos) pode “ avariar” seriamente o mecanismo de transmissão da política monetária. • A actuação da politica monetária desencandeia os ajustamentos necessários no sistema financeiro que depois são reflectidos num conjunto de variáveis que caracterizam as condições monetárias e financeiras tais como preços de activos, taxas de juro, moeda e crédito, taxa de câmbio e volatilidade. Estas variáveis juntamente com as expectativas dos agentes económicos, determinan o comportamento e o balanço das famílias , das empresas e, consequentemente os resultados agregados em termos de inflação, actividade económica e emprego. O Papel do Banco Central na Gestão da Crise Financeira Angolana 3.Implicações da instabilidade financeira para o mecanismo de transmissão da política monetária • As medidas de politica Monetária (seja do tipo preços /taxas de juro , seja do tipo quantidade/ Quantitive Easing ) atingem directamente os Bancos e, em menor escala, o shadow banking e os mercados de capitais. • O que é dizer que a sua eficácia depende estreitamente do modo como os Bancos a elas reajam e as repercutam aos restantes sectores da economia. • Basicamente, as respostas típicas às medidas de política monetária – os canais da política monetária, são: i) Disponibilidade de crédito ( o ajustamento da carteira dos bancos) ii) Os ajustamentos nas carteiras de investimento da generalidade dos agentes económicos ; iii) Efeito – riqueza ( e simetricamente a maior ou menor propensão para consumir) iv) A atitude perante os riscos financeiros ( aversão ao risco/ apetite pelo risco) O Papel do Banco Central na Gestão da Crise Financeira Angolana 3.Implicações da instabilidade financeira para o mecanismo de transmissão da política monetária • Existem mecanismos de feedback entre o sistema financeiro e o sector não financeiro ( a esfera real da economia ) que podem ampliar os choques. Por sua vez os resultados em termos de inflação, actividade económica, emprego e expectativas de inflação são de novo tidos em consideração na avaliação das decisões de política, no quadro da estratégia de politica monetária do Banco Central. • O Banco Central deve ressaltar a importância de alguns canais de política monetária como o canal do rédito ( disponibilidade de crédito) e outros novos canais nomeadamente o canal da tomada de risco (muito associado aos ajustamentos de carteira), devendo melhorar a análise dos processos de transmissão dos estímulos monetários de forma a captar as questões da estabilidade financeira. • Uma vez que em Angola o mercado de Capitais está ainda muito no embrião, não será de estranhar que o canal “ ajustamento de carteiras de investimento” tenha agora ,uma expressão muito reduzida. • De notar que em situações de crise , o risco da contraparte torna a posição individual de liquidez dos bancos ( em conjunto e de cada um em particular) muito relevante. Os bancos preferem ter mais liquidez por razões de precaução, aumentando o preço da liquidez ou seja as taxas de juro de mercado. É o que acontece hoje em dia na Zona Euro, onde os grandes Bancos preferem dispor das Reservas Excedentárias ( liquidez depositada junto do Sistema Europeu de Bancos Centrais) anormalmente elevadas, mesmo penalizadas por taxas de juro negativas, a aumentar as respectivas Carteiras de Crédito Bancário. • O Banco Central pode ter que socorrer uma instituição financeira solvente e com importância sistémica se ela vier a ser percepcionada como sendo de elevado risco sistémico ( o que é dizer, no limite, pode prejudicar o bom funcionamento do sistema de pagamentos) , devendo intervir enquanto mutuante de último recurso e evitar o contágio a outras instituições financeiras, ou seja evitar uma crise sistémica. O Papel do Banco Central na Gestão da Crise Financeira Angolana 3.Implicações da instabilidade financeira para o mecanismo de transmissão da política monetária • O canal de disponibilidade do crédito centra-se no impacto das decisões de política monetária sobre o balanço dos bancos e a oferta de crédito é um dos canais de transmissão da política monetária que depende do bom funcionamento do sistema financeiro para a propagação da política de taxa de juro do Banco Central . Deve -se distinguir dois elementos principais neste canal de transmissão da política monetária para a restante economia: O canal da disponibilidade de crédito bancário assenta no impacto da p.m sobre o volume de crédito que os bancos podem oferecer à economia – e depende por sua vez: i) do risco implícito na economia; ii) do perfil de exposição ao risco em cada banco; iii)da adequação dos Capitais Próprios de cada Banco aos riscos a que se encontrar exposto, ou planear expor-se ) ; O canal do balanço que incide sobre as restrições ao crédito das empresas não financeiras e famílias. O Papel do Banco Central na Gestão da Crise Financeira Angolana 3.Implicações da instabilidade financeira para o mecanismo de transmissão da política monetária • Com a crise os Bancos Centrais têm-se concentrado nos efeitos do crédito nos balanços dos intermediários financeiros: O canal de disponibilidade do crédito bancário, já que tem o impacto na capacidade das instituições financeiras injectarem liquidez na esfera real da economia, por meio de empréstimos, expondo-se a diversos riscos financeiros para os quais devem dispôr de Capitais Próprios adequados. • Os bancos estão sujeitos a restrições de crédito, pois não podem expandir o seu balanço indeterminadamente, já por razões prudenciais, já por razões de mercado. • Por razões prudenciais - uma vez que estão sujeitas a Capitais Prórios mínimos adequados , pois só assim se garante a estabilidade do sistema financeiro. • Por razões de mercado – porque, quer na captação de capital acionista, quer na obtenção de financiamentos, o custo de capital a suportar depende estreitamente do grau de endividamento. O Papel do Banco Central na Gestão da Crise Financeira Angolana 4.O papel da política Macroprudencial, a supervisão, a garantia da estabilidade e dos princípios segurança jurídica e sã concorrência • A política Macroprudencial é entendida como os domínios administrativos e regulamentares e o conjunto de instrumentos destinados a assegurar a estabilidade financeira em duas dimensões: i) um sistema financeiro, visto com um todo, robusto capaz de absorver choques exógenos ( como a queda abrupta do preço internacional do crude, por exemplo) sem grandes perturbações para o financiamento da economia real e, ii)a contenção da acumulação de fragilidades e a prevenção do risco sistémico. • A politica macroprudencial está próxima da política macroeconómica em termos de objectivos, mas também da política microprudencial em termos de instrumentos, uma vez que os instrumentos microprudenciais podem ser concebidos de modo a prosseguir objectivos macroprudenciais. A supervisão macroprudencial exigirá a actuação coordenada de todas as autoridades de supervisão do sistema financeiro. Em Angola: BNA , ARSEG e CMC. O Papel do Banco Central na Gestão da Crise Financeira Angolana 4.O papel da política Macroprudencial, a supervisão, a garantia da estabilidade e dos princípios segurança jurídica e sã concorrência Os instrumentos da política macroprudencial que têm sido sugeridos actualmente são por exemplo os rácios prudenciais, almofadas (buffers)de Capitais Próprios contracíclicas, rácios entre o valor do empréstimo e o valor da garantia (rácio loan-to-value ) para o crédito hipotecário, rácios de liquidez para os próprios mutuários (rácio debt-to income) e exigências de margem ou (colateral). É consensual a necessidade de uma política macroprudencial mais activa e a complementaridade entre a política monetária e o regime prudencial, defendendo alguns que a responsabilidade pela estabilidade macroprudencial deve ser atribuída ao Banco Central (Caruana 2010 e Goodhart 2010). Esta opção implicaria atribuir ao Banco Central poderes de regulação e supervisão que, eventualmente levariam a novas estruturas dentro do Banco Central e das restantes Autoridades de Supervisão do Sistema Financeiro. O Papel do Banco Central na Gestão da Crise Financeira Angolana 4.O papel da política Macroprudencial, a supervisão, a garantia da estabilidade e dos princípios segurança jurídica e sã concorrência • Seja qual for o regime prudencial implementado, alguns princípios de governabilidade (governance) terão de ser satisfeitos para preservar a credibilidade do Banco Central e o bom funcionamento da política monetária. • Em particular é importante ter presente o paradigma e características das economias modernas. São sistemas de base contratual, o que implica que: i) a participação no processo produtivo, a distribuição do rendimento, a utilização do rendimento e a orientação do excedente acontecem por efeito de contratos; O Papel do Banco Central na Gestão da Crise Financeira Angolana 4.O papel da política Macroprudencial, a supervisão, a garantia da estabilidade e dos princípios segurança jurídica e sã concorrência ii) Numa economia de base contratual todos os agentes económicos são constrangidos pelo menos por uma restrição nominal : o dinheiro de que dispõem iii)Contudo as economias de base contratual (ou economias de mercado não são sistemas completos: a) Não têm como determinar endogenamente o volume de liquidez optimal e b) São tendencialmente contraccionistas, dado que não consegue, reintroduzir no mercado os agentes económicos que, por uma qualquer razão, deixem de poder reconstituir a sua restrição de liquidez ( “os excluídos” ) Daí a necessidade das duas “entidades especiais“ que corrijam os desequilíbrios gerados: i) O Banco Central, para ir gerindo por tentativa e erro, o volume de liquidez em circulação e ii) O Governo com a suas transferências sociais e outras medidas visando recolocar no mercado os que foram ficando desprovidos de dinheiro e da participação no processo produtivo. O Papel do Banco Central na Gestão da Crise Financeira Angolana 4.O papel da política Macroprudencial, a supervisão, a garantia da estabilidade e dos princípios segurança jurídica e sã concorrência Para garantir a solidez dos bancos, reforçar o sistema bancário e evitar ou mitigar futuras crises com as respostas adequadas, o Banco Central deve colocar ênfase nos seguintes aspectos: • Supervisão da comercialização dos produtos financeiros; • Maior intervenção nas medidas de resolução das instituições financeiras bancárias, fazendo a advocacia para a criação da lei das insolvências no sistema jurídico; • Maior eficácia na sua acção sancionatória; • Prevenção dos conflitos de interesse entre os accionistas, e o interesse público, para quem a estabilidade financeira tem uma importância suprema; O Papel do Banco Central na Gestão da Crise Financeira Angolana 4.O papel da política Macroprudencial, a supervisão, a garantia da estabilidade e dos princípios segurança jurídica e sã concorrência • Supervisão do governo societário das Instituições bancárias para evitar falhas de governação que conduzem inevitavelmente à proliferação de modelos de negócio e práticas de gestão imprudentes e pouco éticas; • No controlo da boa governação exigir que as pessoas que lideram as instituições tenham a dimensão ética e competência profissional adequada às suas responsabilidades; • A nível da regulação e supervisão eliminar redundâncias e conflitos, aproveitar sinergias , melhorar a eficácia da acção das autoridades e sua coordenação; O Papel do Banco Central na Gestão da Crise Financeira Angolana 4.O papel da política Macroprudencial, a supervisão, a garantia da estabilidade e dos princípios segurança jurídica e sã concorrência • Alargamento das áreas de regulamentação ao nível de cada uma das instituições financeiras; • Introdução de novas vertentes de regulamentação e supervisão macroprudenciais; • Maior enfoque na solidez dos modelos de negócio adoptados pelos bancos; idoneidade das pessoas que os lideram e no alinhamento dos incentivos dos gestores e dos quadros com os requisitos de uma gestão sã e prudente das instituições; • Reforçar a coordenação entre as três instituições responsáveis (BNA, ARSEG e CMC) pela supervisão financeiras, focando na partilha de responsabilidades , de riscos e de poderes. O Papel do Banco Central na Gestão da Crise Financeira Angolana 4.O papel da política Macroprudencial, a supervisão, a garantia da estabilidade e dos princípios segurança jurídica e sã concorrência • Pugnar pela aplicação de princípios de sã concorrência e vigiar pela segurança jurídica e protecção dos consumidores; • Garantir a protecção da confiança legítima das contrapartes do sistema bancário e do sistema de pagamentos, tendo em conta os três papeis fundamentais que o Banco Central desempenha: a função de operador/administrador dos sistemas de pagamento; a função de catalisador por forma a tornar os sistemas de pagamentos mais seguros e eficientes e a função de superintendente, fiscalizando os sistemas de pagamentos e sancionando os prevaricadores. Verificar práticas de governo interno, controlo e gestão de Risco de crédito e auditorias das instituições financeiras, prevenção de branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo e melhorar a capacidade de prevenção e resposta; O Papel do Banco Central na Gestão da Crise Financeira Angolana 4.O papel da política Macroprudencial, a supervisão, a garantia da estabilidade e dos princípios segurança jurídica e sã concorrência • Escrutinar no âmbito de Basileia II e Basileia III os modelos internos dos bancos de quantificação dos riscos; Os políticos devem interessar-se pelo sistema bancário assim como toda a sociedade civil, devendo aqueles fazêlo com cuidado, sem facilitismo e com respeito às regras cada vez mais apertadas, lembrando-se que é este sistema que trata das poupanças dos angolanos e do financiamento da nossa economia. Obrigada pela vossa atenção!