Feudalismo

Propaganda
Prof. Helton Chaves
 A formação da sociedade
feudal
- Ocorreu no finais da Alta Idade
Média (séc. V- X);
- Teve seu amadurecimento na
Baixa Idade Média (XI-XV);
- Clero e nobreza possuíam
interesses comuns e
concentravam:
I.
Poderes e privilégios;
II. Propriedades (terras);
 Relações sociais na
sociedade Feudal
 Dois tipos:
- Vassalagem: que uniam os
nobres cavaleiros por
compromissos de lealdade
pessoal;
- Servidão: que asseguravam aos
nobres a exploração dos
camponeses;
Obs.: Ambas a relações eram
legitimadas pela Igreja;
 Sociedade das Ordens:
 Baseada na Igreja Católica:
Pai → Clero – (Orar)
↓
Filho → Senhores Feudais (Combater)
↓
Espírito Santo → Servos (Trabalhar);
Obs.: Trabalho era herança do pecado
original – Bíblia, no livro “Gênesis”;
 Crescimento Populacional:
- Fim das invasões;
- Aperfeiçoamento de técnicas agrícolas (Moinho hidráulico,
arado de ferro e rodas, rotação trienal de terras);
- Maior produção e consumo agrícola;
- Busca de mais terras para cultivo;
 Excedentes populacionais
expulsos dos feudos:
 Fatores:
- Direito a primogenitura (expulsão
de nobres);
- Expulsão de servos;
 Consequências:
- Retomada das cidades – êxodo
rural;
- Aumento da criminalidade;
- Aumento do comércio;
 As cruzadas: “guerra santa”
- Movimento de caráter político,
religioso, militar e econômico;
- Convocada pelo papa Urbano II no
Concílio de Clermont Ferrand
(1095);
- Objetivo: conquistar Jerusalém
(Terra Santa) dos muçulmanos;
Obs.: Aproximação entre o papa e o
imperador bizantino visava conter
o avanço muçulmano na Europa e
no Oriente Próximo;
- Concílio de Clermont Ferrand (1095) - Convocada pelo papa Urbano II
 Objetivos das Cruzadas:
- Igreja: conquistar Jerusalém
(Terra Santa) dos muçulmanos,
ampliar os domínios cristãos;
- Nobres: obter poder, terras,
pilhagens, busca de aventura e
enriquecimento,;
- Mercadores/Comerciantes:
interesse comercial;
- Fiéis em geral: obter a
indulgência plena (absolvição)
dos pecados ou cura de
enfermidades;
Cruzada dos Nobres (1095) – principal líder Raimundo IV, conde de Tolouse. Foi
composta de 35 mil guerreiros, dos quais 5 mil eram cavaleiros. Os cruzados
obtiveram vitórias sobre os muçulmanos em Jerusalém. Criação do Reino Latino
de Jerusalém(1099).
 Ordens Militares e
Religiosas
 Objetivos:
- Ordem dos Cavaleiros Teutônicos (1190):
Pediam votos religiosos ao papa
Clemente III, os seus membros usavam
sobrevestes brancas com uma cruz negra.
Obs.: Batalha de Hattin (1187):
Foi marcada pela derrota
combater os infiéis;
dos cristãos nas Cruzadas.
 Duas ordens em destaque: Os muçulmanos, liderados pelo
comandate Saladino
reconquistaram Jerusalém.
- Ordem dos Templários (1118):
propósito de proteger
os cristãos que voltaram a fazer
a peregrinação a Jerusalém;
- Proteger cristãos peregrinos e
 Ordem dos Templários (1118):
 Ordem dos Cavaleiros Teutônicos (1190)
Cruzada de mendigos (1096) – os cruzados partiram da cidade de Colônia,
liderado pelo monge Pedro, o Eremita. Saíram cerca de 40 mil cruzados, restando
após o conflito com os turcos, apenas 3 mil.
3ª Cruzada: Cruzada dos Reis (1189-1192) – liderada pelo rei Ricardo Coração de
Leão
Cruzada das Crianças, 1212
 Renascimento Comercial
 Motivações:
- Migrações para as cidades
-
-
(Burgos);
Ampliação gradual da atividade
comercial;
Expansão territorial europeia
promovida pelas cruzadas;
Reabertura do mar mediterrâneo
para a navegação cristã europeia
após as Cruzadas;
Diminuição do controle
muçulmano do mar
mediterrâneo;
 Península Itálica – cidades
em destaque no comércio:
- Veneza: destacou-se:
a. Na venda - de trigo e vinho da
Península Itálica, de madeira da
Dalmácia (Croácia) e de escravos
do leste europeu para os
bizantinos,
b. Na compra de tecidos dos
bizantinos e de especiarias da
Ásia;
- Gênova: destacou-se:
a.
Nas cruzadas sendo fundamental
no comércio para servir como base
de reforços militares e
abastecimento do exército cristão;
Cidade de Veneza
Cidade de Gênova
 Península Itálica – Gênova e
Veneza:
- As cidades da Península Itálica se
destacaram no renascimento do
grande comércio, ao concentrar:
1.
Circulação monetária;
2. Casas bancárias;

Consequências do renascimento
do comércio:
I.
Abalou o caráter estamental,
fechado e eterno da sociedade
das ordens;
A multiplicação de mercadores,
banqueiros e artesãos afetou a
hierarquia da sociedade medieval;
III. Surgiram outras formas de
organização social que não se
baseavam em critérios de origem,
mas profissional;
IV. Cidade passa ser o cenário de
liberdade e ascensão social;
V.
Crescimentos dos espaços
urbanos;
VI. “Reaparecimento” da moeda;
VII. Criação de bancos e instrumentos
de crédito.
VIII. Intensificação das feiras e
mercados.
II.
 Feiras:
- Mercados a céu aberto;
- Surgimento do encontro de rotas
comerciais;
 Feiras, mercados,
corporações:
- Surgimento de rotas (terrestres e
marítimas) de comércio ligando
o continente europeu;
- Cruzamento de rotas - feiras:
I.
Champanhe (FRA);
II. Flandres (BEL);
 Renascimento Comercial
• Corporações de Ofício
 Proporcionou:
- Dedicada ao artesanato;
- Relação entre o mestre-artesão,
- Renascimento urbano;
- Retomada da moeda;
- Atividades de crédito e
bancárias;
- Organização da atividade
artesanal;
- Organização da atividade
comercial;
obreiros profissionais e
aprendizes;
• Guildas ou Hansas
- Associações de cidades
responsável pelo comércio de
certos produtos em determinadas
regiões;
- Dedicada ao comércio em grande
escala;
Ex.: LIGA HANSEÁTICA (ALE) –
Mar do Norte e Mar Báltico.
 Renascimento Urbano:
 Motivações:
- Produção de excedentes agrícolas;
- As cruzadas possibilitaram a
-
-
reconquista de territórios
europeus que estavam sob
domínio muçulmano;
Migração de camponeses para as
áreas urbanas;
Retomada do comércio
impulsiona o renascimento
urbano;
Burgos (fortalezas);
Burgueses: habitantes dos burgos
(artesãos e comerciantes).
 Renascimento Urbano:
- Permitiu novas formas de
organização do espaço e suas
relações de poder;
- Movimento comunal (séc. XI –
XIII): libertação das cidades da
autoridade dos senhores feudais,
a partir das Cartas de franquia
(autonomia), de duas maneiras:
I.
Conquistadas por guerras;
II. Conquistadas por
indenizações;
 Renascimento Urbano:
 Ditado alemão:
“Stadtluft macht frei ”
↓
“O ar da cidade liberta"
 Império X Papado –
Querela das Investiduras
(1075-1122)
 Conflito entre:
- Sacro Império Romano
Germânico X Papado;
- Imperador Henrique IV
X Papa
Gregório VII;
 Motivações:
- Questão da investidura;
- A nomeação e obediência de
Bispos cabiam unicamente ao
papado de Roma;
- Papa proclamou a excomunhão
do imperador e isentou os
súditos da lealdade imperial;
Obs.: Concordata de Worms (1122)
– acordo entre o Sacro Império e
o Papado, definia que:
I.
Os bispos seriam nomeados
pelo Papa;
II. Nas nomeações seriam
ouvidas as opiniões ou mesmo
as indicações do imperador;
Querela das Investiduras
Concordata de Worms (1122)
 As monarquias Feudais
 Características:
- Os monarcas submeteram,
gradativamente, o poder dos
senhores feudais;
- Até o século XI, os direitos de
julgar eram dos guerreiros que
dispunham de terras e exército
particular;
- Em 1234, por ordem do papa
Gregório IX, foi criado o código
canônico da Igreja: Liber
Decretalium, que fixava:
Os direitos e deveres do clero;
II. A autoridade do Papa e seu
papel de juiz nos assuntos
espirituais;
III. Nobreza guerreira, entre eles o
rei, deve garantir a justiça aos
súditos;
Ob.: O código canônico foi decisivo
para fortalecer o poder real
consolidando as monarquias
feudais;
I.
 As monarquias Feudais
 O gradual fortalecimento
do poder real/monárquico:
 Fatores:
- Unificação do sistema monetário
e tributário;
- Criação de leis inspirados no
direito romano em diversos
assuntos como: as relações
familiares, o comércio, a posse, o
uso da propriedade, os
privilégios reais;
- Utilização dos símbolos sagrados
para conferir ao poder real
legitimidade;
Obs.: O processo de formação da
Monarquias Nacionais Europeias
durante a Baixa Idade Média, foi
lento, gradual, contraditório e
conflituoso, seguindo os
contextos e as especificidades de
cada região.
Obs.: A criação de universidades na
área urbana foi fundamental
ainda para a organização e
fortalecimento do poder real.
 Formação das monarquias
Nacionais
 Aliança os grupos sociais:
- Reis: aumento do poder real e
redução dos poderes dos nobres
e da Igreja;
- Burguesia: unificação de
impostos, moeda e sistema de
pesos e medidas.
- Nobreza e clero: Privilégios
políticos (cargos e pensões
concedidos pelo rei).
“O Estado era pensado como um organismo vivo. Não
era a riqueza que conferia o escalão social e a
dignidade e sim a posse de uma dignidade, que
determinava a seu detentor as fontes de rendimentos, o
poder sobre outros homens. Ela era obtida de diversas
maneiras
(por exemplo,
por hereditariedade
nobiliárquica ou por um determinado serviço prestado
ao rei). Em suma, era uma sociedade de símbolos
(trajes ou adornos especiais) e de privilégios.”
(DURAND, s/d, p. 531)
 Formação das monarquias
Nacionais:
 Doutrina do corpo místico:
 Rei → cabeça;
 Clero e Nobreza → braços;
 Servos e burgueses → pernas;
 Guerra de reconquista/
Reconquista cristã –
Cristãos X Mouros
 Fatores:
- Disputa da Península Ibérica;
 Consequências:
- Gradual vitória dos cristãos
sobre os mouros (árabes–
muçulmanos);
- Desfragmentação do Califado de
Córdoba;
- Formação de reinos: Leão,
Castela, Galícia (Galiza), Aragão,
Portugal;
Obs.: Portugal e Espanha
consolidaram suas fronteiras
territoriais e o poder real
(monárquico) a partir da Guerra
de Reconquista.
Mouros
 A Igreja Católica
Apostólica Romana
 Características:
- Maior proprietária de terras;
- Poder centralizado na Europa
Medieval (poder teocêntrico do
Papa);
- Monopólio cultural: Controle
ideológico = justificativa
religiosa para a sociedade =
Teocentrismo + Dogmatismo +
Fé;
- Nobreza: via na Igreja uma
forma de controle sobre os
camponeses;
 Organização eclesiástica:
Clero secular (não isolado do
mundo = cidades) =
arcebispos, bispos, cardeais,
papas;
II.
Clero regular (isolado do
mundo = mosteiros) = monges
e abades;
– Alto Clero = origem nobiliárquica.
– Baixo Clero = origem servil.
I.
Obs.: Celibato (clérigos não podem
unir-se matrimonialmente) =
impossibilidade de divisão das
terras clericais entre herdeiros de
religiosos.
Organização eclesiástica
O clero regular dedicava-se à espiritualização; enquanto o clero secular, à
administração da Igreja;
 Igreja Católica Apostólica
Romana
 “Vanguarda espiritual da
cristandade”: os monges
 Os mosteiros:
de Filosofia, Literatura, Medicina e
Agronomia, herdadas da cultura
greco-romana;
 As ordens monásticas:
- Ordem do Beneditinos (séc. VI);
- Eram centros de referência:
- Ordem de Cluny (séc. X);
Espiritual: dedicação a vida
religiosa ;
II. Assistencial: misto de
hospedaria a visitantes e
peregrinos e centro de
atendimento á população
pobre;
III. Intelectual: conservavam obras
- Ordem dos Franciscanos/Frades
I.
Menores/Mendicantes (séc. XIII);
- Ordem dos Dominicanos/
Pregadores (séc. XIII);
 As ordens monásticas:
- Ordem do Beneditinos (séc. VI): - Ordem de Cluny (séc. X):
Fundada por São Bento;
b. Princípios:
I.
Oração e trabalho;
II. Votos de pobreza pessoal e
obediência;
III. Renuncia á propriedade de
bens pessoais em favor da
comunidade;
a.
Fundada no ano 910, Borgonha;
b. Sofria interferência da nobreza na
escolha dos abades;
c. Princípios:
I.
Votos de pobreza pessoal e
obediência;
II. Recebiam doações de terra e
bens;
a.
 As ordens monásticas:
- Ordem dos Franciscanos/
Frades Menores/Mendicantes
(séc. XIII):
a. Criada por Francisco de Assis,
em 1210, na cidade de Assis Península Itálica;
b. Princípios:
I.
Proibia a propriedade de
qualquer bem material;
II. Dedicação ao trabalho
manual;
III. Mendigar para obter
alimentos;
IV. Restringir o uso do cavalo;
V. Andar a pé, tal como os
apóstolos;
- Ordem dos Dominicanos/
Pregadores (séc. XIII);
a. Fundada por Domingos de
Gusmão, na cidade de Toulouse
(na atual França), em 1216;
b. Princípios:
I.
Pobreza mendicante;
II. Pregação da fé;
III. Educação;
IV. Abdicação das propriedades
de bens materiais;
Obs.: A ordem dominicana
concentrou-se em cidades com
universidades como Paris,
Bolonha e Oxford;
Obs.: Os dominicanos se destacaram
como inquisidores;
- Ordem dos Franciscanos/
Frades Menores/Mendicantes
- Ordem dos Dominicanos/
Pregadores (séc. XIII);
 Reforma Gregoriana
(século XI)
- Iniciada pelo papa Leão IX, e
consolidada por Gregório VII;
- Influenciada a ordem de Cluny;
- Princípios da vida sacerdotal:
I.
Castidade;
II. Vida comunitária;
III. Serviço litúrgico;
- Ações condenadas/combatidas:
I.
Concubinato dos padres
(nicolaísmo);
II. Venda de cargos
eclesiásticos (simonia);
III. Nomeação de bispos e
abades pelos senhores
feudais, reis e imperadores;
 Cristandade questionada
 Motivações:
- Enriquecimento do clero secular;
- Riqueza e poder da Igreja (Papado de
Roma);
- Crise de algumas ordens religiosas
tradicionais;
- Aparecimento de movimentos
espirituais que contestavam a riqueza
e o poder da Igreja (esses movimentos
foram denominados de heresias);
- Para combater as heresias foi criado o
Tribunal da Inquisição, no século XII;
Tribunal da Inquisição
 Cristandade questionada
 Heresias:
- Era para a Igreja Católica
qualquer ideia ou ação que fosse
contra os seus:
I.
Dogmas (princípios e
doutrinas inquestionáveis),
sacramentos e mandamentos;
II. Poderes eclesiásticos
sobretudo a autoridade do
papa.
 Movimentos heréticos:
I. Valdenses:
- iniciado por Pedro Valdo, em
1173, um rico comerciante de
Lyon, na França;
- A doutrina se baseava na
renúncia aos bens materiais e na
penitência;
- Traduziu o Evangelho para o idioma
falado na região, o provençal;
- Afirmava que a Igreja não seguia a
cristo;
- Pedro Valdo e seus seguidores foram
excomungados pela Igreja em 1184;
II. Catarismo:
- Reuniu adeptos na Península Itálica e
-
-
em Languedoc, no sul da atual
França, no final do século XI;
A doutrina desprezava o mundo
material e acreditava estabelecer a
comunhão com Deus por meio de
uma vida moral;
Não comiam carne e reprovavam as
relações sexuais;
Crítica as ações e estruturas da Igreja;
A Igreja convocou uma cruzada
(1209-1229) para combater esse
movimento;
 Propaganda da Fé: a
arquitetura gótica
- Estilo arquitetônico adotado em
casas de mercadores, palácios,
câmaras municipais, e
especialmente, nas igrejas e
catedrais, no século XIII;
 Características:
- Grandiosidade nas construção;
- Espaços interiores amplos;
- Torres com telhados piramidais;
- Arcos com forma de ogivas;
- Pinturas e vitrais produzidas
com refinamento artístico;
 Representações:
- Igreja morada de Deus;
- Abrigo da relíquias (restos
mortais do santos), dos corpos
do reis e de seus ilustres
benfeitores;
- A catedral gótica tornou-se
símbolo da glória de Deus e da
Igreja, do avanço das técnicas de
construção e da ascensão das
monarquias feudais;
Obs.: O verticalismo Gótico do
edifícios substituiu o
horizontalismo românico;
Estilo gótico
Estilo românico
,
Igreja de São Martinho Fromista,
Espanha.
Catedral gótica de Notre Dame,
 Universidades: o saber a
serviço da fé e do Poder
 O Pensamento Medieval:
 Universidades (séc. XII e
XIII):
- Criadas devido a multiplicação
das escolas para evitar as
discordias entre os mestres na
administração das disciplinas;
- Ensino é feito em latim;
- Cursos: Trivium e Quadrivium;
- Faculdades: Teologia, Direito e
Medicina;
Obs.: Franciscanos e Dominicanos
se destacaram à frente das
universidades;
 Universidades: o saber a
serviço da fé
 O Pensamento Medieval:
 Universidades:
Universidade de Oxford,
Inglaterra
 O pensamento Medieval:
 Patrística:
 Os “pais” da Igreja Católica;
- Reunião da fé cristã com a tradição filosófica
-
grega (Platão) - essencialista;
Justificação racional para as verdades
reveladas por Deus;
“Verdade revelada” ≠ “Verdade racional”;
Principal filósofo: Santo Agostinho (354-430)
de Hipona, (na atual Argélia);
O pensamento agostiniano foi dominante
durante a Alta Idade Média;
 O pensamento Medieval:
 Escolástica: Suma Teológica
- Renascimento Carolíngio: Formação de
escolas em espaços católicos;
- Iniciada dentro das universidades
medievais: saber filosófico e teológico;
- Substituição da inspiração platônica por
uma aristotélica;
- submissão da filosofia clássica (grecoromana) aos dogmas da Religião
Católica = monopólio na tradução e
interpretação das obras;
- Principal filósofo: São Tomás de
Aquino, Rocca Secca, na Sicília (1225 –
1274);
- Filosofia tomista vigorou durante a
Baixa Idade Média;
 Crises do século XIV:
- Fome;
- Doenças: Peste Negra;
- Guerras: Guerra dos 100 anos;
- Revoltas Populares: Jacqueries.
 Grande Fome:
- Crescimento populacional;
- Técnicas atrasadas de produção;
- Problemas climáticos: entre a
primavera e outono de 1315 –
chuvas intensas;
- Destruição dos campos de
cereais;
 Peste Negra:
- Origem: Ásia Central;
- Peste bubônica – transmitidas
por pulgas e ratos;
- Morte de 1/3 dos europeus (25
milhões);
- Enfraquecimento dos nobres.
 A medicina medieval:
- Os “médicos”
Físicos;
Cirurgiões;
Cirurgiões-barbeiros;
- Lema medieval: credo quia absurdum est (Creio porque é absurdo);
- Medicina Medieval: saberes pagãos, obscurantismo, crenças religiosas e
uma pequena porção de ciência;
- As doenças eram causadas por demônios, pela lua, mau olhado, feitiços
e pragas;
 A medicina medieval:
 Muitos tratamentos
incluíam preces:
- Santo Fiacre: sofredores de
hemorroidas;
- São Roque: “Peste Negra”;
- São Humberto: raiva;
 Guerra dos 100 anos (1337-
1453):
França X Inglaterra
 Fatores:
- Disputa pelo trono francês;
- Disputa pela região de Flandres:
Comércio de tecidos;
 Guerra dos 100 anos (1337-
1453):
França X Inglaterra
 Contexto:
- Disputa pelo trono francês –
morte de Carlos IV em 1328;
- Eduardo III, rei da Inglaterra,
julgava-se o herdeiro legítimo
(era sobrinho do falecido rei);
- Filipe de Valois (primo do rei),
apoiado pela nobreza francesa,
foi coroado Filipe VI;
- Disputa entre: Eduardo III X
Filipe VI;
 Guerra dos 100 anos (1337-
1453):
França X Inglaterra
 Vitórias inglesas:
- Batalha de Sluys – na região de
Flandrês (litoral dos Países
Baíxos);
- Conquista de Normandia (norte
da França) garantiu o controle
do canal da Mancha;
- Batalha de Azincourt em 1415 –
quando e exército de Henrique V
venceu a cavalaria francesa de
Charles VI;
 Guerra dos 100 anos (1337-
1453):
França X Inglaterra
 A Revanche Francesa:
- Morte do rei inglês Henrique V
em 1422;
- Carlos VII, rei francês organizou
a reação e a reconquista dos
territórios perdidos (Orléans,
Borgonha, Normandia);
- Destaque para a figura lendária
de Joana d’Arc (uma jovem
camponesa que liderou os
franceses em diversas batalhas –
foi capturada pelos ingleses e
condenada a fogueira como
bruxa em 1431);
 Guerra dos 100 anos (1337-
1453):
França X Inglaterra
 Fim da Guerra:
- Em 1453, os franceses derrotam
os ingleses em Bordeaux pôs fim
a guerra;
 Consequências:
- Definiu as fronteiras territoriais
francesas e inglesas;
- Proporcionou a formação e a
consolidação das Monarquias
modernas francesas e inglesas;
 As Jacqueries: Revolta
camponesa século XIV
“Jacques, bom Homem;
“João Ninguém”
Ápice: França – 1358
- Conjunto genérico de revoltas
camponesas contra as estruturas
medievais que se encontravam
em crise;
 Fatores:
- Revolta contra a desigualdade
das sociedades de ordens;
- Fome generalizada;
- Cobrança de impostos;
“Filhos da puta, dizem alguns
Porque nos deixamos maltratar?
Livremo-nos da sua maldade!
Nós somos homens como eles
Temos membros como os seus
E corpo de igual tamanho
E do mesmo modo sofremos
Só nos falta a coragem
Unamo-nos por um juramento...”
(Robert Wace, Roman de Rou, 996)
 As Jacqueries (1358):
 Campo:
- Fome generalizada;
- Aumento de impostos;
↓
Manutenção da qualidade de
vida dos senhores;
- Fixação dos servos à terra;
Obs.: 20 mil camponeses rebeldes
foram massacrados pelos
exércitos senhoriais;
 Crise do Feudalismo:
 Fatores:
- Cruzadas;
- Renascimento comercial e
urbano;
- Fome;
- Peste negra;
- Guerra dos Cem anos;
- Revoltas camponesas;
- Expansão turco-otomana em
1453 (tomada de Constantinopla
pôs fim ao Império Bizântino);
 O avanço Turco-otomano
 Fatores:
- Crise do Império Bizantino a
partir do século X;
- Século XI, invasão dos turcosseljúcidas (Ásia Central)
conquistaram a Anatólia (parte
asiática da atual Turquia);
- Século XIII, os turcos-otomanos
submeteram os turcosseljúcidas, reforçando o poder
militar;
- Os turcos-otomanos liderados
pelo sultão Osman I fizeram
várias conquistas na Ásia Menor;
- Objetivo: controlar territórios e
rotas comerciais e expandir a fé
em Alá;
 Fim do Império
Bizantino/Império
Romano do Oriente (1453)
 Contexto:
- Em 1371, o imperador bizantino
João V se rendeu aos turcootomanos, passando a pagar
tributos ao sultão para preservar
a soberania de Constantinopla;
- Em 1425, o último imperador
bizantino João VIII, buscou
apoio dos cristãos da Europa
Ocidental e até da Igreja
Católica;
- João VIII a partir do Concílio de
Ferrara (reconhecendo a
autoridade do papa), mas essa
união durou apenas entre 14311445;
- Em 1453, os turcos-otomanos,
sob a liderança do sultão Maomé
II conquistou Constantinopla,
pondo fim ao Império Bizantino;
- A Catedral da Santa Sófia
(símbolo da Igreja Ortodoxa) foi
transformada em mesquita;
Ob.: O Império Turco-Otomano
tornou-se a principal potência
mediterrânea nos séculos XV e
XVI;
 O Império Turco-Otomano no século XV e XVI
 Império Mongol – séc. XIII
 Contexto:
- Mongóis ou tártaros eram povos
nômades da Ásia Central;
- Tiveram a unificação no século
XII, sob a liderança Gêngis Khan;
- Século XIII, expansão mongol:
Rússia, Coreia e China (governada
por Kublai Khan – dinastia Yuan);
- Império mongol se destacou
também pela importante rota
comercial de especiarias e sedas;
- Século XIV, fragmentação do
império mongol e diversos reinos
(Kanatos);
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