O SAL NA TERRA – REFLEXÕES SOBRE A SALVAÇÃO. Parte 1. Novembro 2013. INTRODUÇÃO: “O homem deixou de ver Deus”. O filósofo Gilles Lipovetsky denominou nossa sociedade como “Império do Efêmero”. É a chamada “Rampa da frivolidade”. Uma sociedade onde reinam estes valores não é capaz de estabelecer sistemas de sentido e reflexões maiores para a vida. Não é à toa que Hans Magnus denomina a mediocridade como um novo analfabetismo. A auto-afirmação individualista; O contraste entre a exuberância vital e a minguada experiência; A preponderância dos impulsos sobre as ideias e as convicções; A carência de ponderação para encontrar o justo meio entre dois extremos. CHESTERTON NOS DIZIA: O maior motivo para o ressurgimento da filosofia é que ao menos que o homem tenha uma filosofia ele será pragmático, ele cultivará o progresso, ele terá fé na Ciência, ele realizará o trabalho dele da maneira mais rápida, e assim, atingido por rajadas e rajadas de estupidez cega e destino aleatório, ele caminhará trôpego para uma morte miserável, sem nenhum conforto, exceto uma série de slogans, tais quais eu cataloguei acima. “Quando não se tem um caminho, qualquer um serve”. – William Shakespare. MORTE E PECADO Sobre a existência humana. “O Sentido da vida” – O anseio humano pelo contato com o Sagrado. “Temor e Tremor” – Kierkergaard. Nietzsche – “O Anticristo”, “O cristianismo com o conceito de pecado e prestou um desserviço a humanidade”; “Além do bem e do Mal”, O Evangelho morreu na Cruz”; “Deus está morto”. Darwinismo – Charles Darwin, A Origem das Espécies. Freud – O Futuro de Uma Ilusão (1927, 1961) Idéias religiosas surgiram das mesmas necessidades de que surgiram todos as conquistas da civilização: da necessidade de defender-se da impetuosa e superior força da natureza. (p.21) Logo, crenças religiosas são: Ilusões, satisfação dos mais antigos, mais fortes, e urgentes desejos da raça humana... Como já sabemos, a pavorosa impressão de abandono na infância fez surgir o desejo de proteção – de proteção pelo amor – que foi provida pelo pai... Dessa forma a benevolente regra de Providência Divina apazigua nosso medo dos perigos da vida. (p.30) José Saramago, “O Evangelho segundo Jesus Cristo” sobre a necessidade do inferno. “Intermitências da Morte” Gnósticos sobre a natureza do Deus mal. Karl Marx – A religião é o ópio do povo. A problemática com as paixões e os desejos humanos”. Richard Dawkins, Biólogo inglês, autor de “Deus, um Delírio” e do documentário “O vírus da Fé”, já afirmou que a religião é a “raiz de todos os males”. A RESPOSTA CATÓLICA: Santa Tereza D’Avilla. “Solo basta Dios. Só Deus basta.” Não me move, meu Deus, para querer o céu que me hás um dia prometido. Não me move o inferno terrível tão temido, para deixar por isso de ofender-te. Tu me moves, Senhor, move-me o verte, cravado nessa cruz, escarnecido. Move-me ver o suor de agonia, neste rosto tão querido . Move me ao teu amor de tal maneira, que ao não haver o céu, ainda o amara, e não haver o inferno, ainda o temera. Santo Antão – Experiência do Deserto. São Cristóvão – o Gigante. Santo Tomás de Aquino. A vocação do homem é aperfeiçoar a sua natureza. Auto-conhecimento, moralidade, justiça. Sócrates: Conhece-te a ti mesmo. Platão: “Por que fazer o bem é um bem para você mesmo”. Sêneca, no livro “Sobre a Ira” – Exame de consciência. Tarde te amei, beleza tão bela. – Santo Agostinho. A ESCOLA DE ATENAS: Fiodor Dostoiévski – Irmãos Karamázov; Crime e Castigo. “Se Deus não existe, tudo nos é permitido”. “Deus não está na força, mas na verdade”. A prática das virtudes : a aproximação de Deus através da prática ascética. Vencer o pecado e alcançar a salvação através da ação humana. O INFERNO: A Divina Comédia de Dante – Exemplos. O Terceiro Monte do inferno reservado ao que pecaram na inveja. Dante relata sua viagem pelos três reinos do outro mundo: o Inferno, o vale doloroso onde termina o ser humano a partir do momento que ele se recusa a seguir a "verdadeira via", a da razão e da virtude. O Inferno começa com Dante caminhando errante por uma selva escura, metáfora do pecado e do mal dos quais ele não consegue se livrar, ameaçado por uma pantera, um leão e uma loba – a maldade, a violência e a incontinência. Aparece-lhe então a imagem do poeta Virgílio, personificação da razão humana, que o reanima, promete tirá-lo da selva e levá-lo ao paraíso “de alma pura”. Antes, porém, toma a sua mão para conduzi-lo a um passeio pela existência humana – incluindo o inferno e o purgatório. A DESORDEM DO PECADO: O ordenamento da Alma – a filosofia Escolástica. O Encerramento do livre arbítrio. Porque o inferno é eterno; Porque a morte define nosso destino; Sobre o sistema de prática das virtudes como atividade do homem em direção a Deus. AS VIRTUDES: A prática das virtudes nos aproxima de Deus: Parábola do Filho Pródigo. A superação da condenação pela Caridade; A superação do medo pela fé; A superação da morte pela vida eterna; A superação do rancor pelo perdão; A superação do medo pela coragem; Santo Agostinho: Procurai a felicidade, procurai a justiça, procurai a razão, procurai quaisquer outras coisas e vede se encontra ali, senão, a glória de Deus. PERGUNTA: Todas as teorias apresentadas estão refutadas, sim ou não