O CULTIVO DO CAFÉ CONILON NO ESPÍRITO SANTO Alda Teixeira de Souza¹ Marcos Marcelo Camata² Mayara Chagas Roldi³ Raquel Leandro4 Yan Motta5 1- Aluna do 5° período de Geografia da Faculdade [email protected] 2- Aluno do 5° período de Geografai da Faculdade [email protected] 3- Aluna do 5° período de Geografia da Faculdade [email protected]. 4- Aluna do 5° período de Geografia da Faculdade Castelo [email protected] 5- Aluno do 5° período de Geografia da Faculdade [email protected]. Castelo Branco. Castelo Branco. Castelo Branco. Branco. RaquelCastelo Branco. RESUMO: O café conilon teve origem na África, e teve sua implantação comercial no Estado do Espírito Santo em 1971, em São Gabriel da Palha. E atualmente o Espírito Santo é o Estado que mais produz o café conilon no Brasil, sendo que seu território ocupa apenas 0,5% do território brasileiro. PALAVRAS-CHAVE: café conilon, técnicas de cultivo, importância econômica. INTRODUÇÃO: O café conilon no Estado do Espírito Santo teve sua implantação comercial, em 1971, em São Gabriel da Palha, e até hoje não parou de crescer sua área de produção e produtividade. A variedade 'kouillou' foi batizada com este nome, por ter sido encontrada pelos franceses, em estado selvagem às margens do rio "Kouillou", no Congo (África). No Brasil, com sua introdução no Espírito Santo, a variedade 'kouillou' passou a ser chamada de conilon, substituindo-se as letras "k" e "u" por "c" e "n", respectivamente (Ferrão et al., 2007). A produção de conilon no Estado do Espírito Santo, hoje, é fator econômico e social relevante, o que nos impele a promover ações que visem maior agregação de valor ao produto gerando maior renda ao cafeicultor. Em pouco mais de 30 anos de sua introdução no cenário da cafeicultura capixaba e nacional, o conilon conquistou espaços significativos e posições hoje irremovíveis. O Estado do Espírito Santo responde por 65,26% da produção nacional, equivalente a 7.355 milhões de sacas de café Conilon (CONAB, 2010), devido à adoção de novas tecnologias, tais como as variedades clonais, o uso da irrigação, a poda, o adensamento e os avanços em nutrição mineral (RUGANI & SILVEIRA, 2006). De início, quanto a sua introdução, o conilon enfrentou resistências poderosas, ao seu plantio, e posteriormente, ao seu consumo como bebida de qualidade. Tornouse comum, e, ainda hoje, embora em menor escala, há um conceito de que o conilon possui uma bebida neutra e, portanto, só poderia ser consumido no processo industrial do solúvel. Posteriormente, a indústria nacional de torrado e moído resolveu experimentá-lo nas misturas com o arábica, em proporções não superiores a 5%. Os resultados advindos dessa mistura foram extraordinários, não só porque o café resultante apresentava mais "corpo" como, também, melhorava a bebida do arábica tradicional. Motivada por esta constatação, a indústria de café foi paulatinamente ampliando o espaço do conilon a ponto de estar hoje utilizando, em média a nível de Brasil, 40% de conilon. Este trabalho tem como objetivo trazer as pessoas informações úteis sobre um dos produtos mais importantes para a economia do Espírito Santo, como também técnicas de plantio, irrigação, poda, colheita e consequentemente uma melhor qualidade e produtividade do café conilon em nosso estado. E também conscientizar as pessoas e os produtores rurais que podemos trabalhar no campo com alta produtividade e técnicas avançadas sem agredir o meio ambiente e vislumbrar num futuro próximo a extinção de praticamente todos agrotóxicos existentes em nossas lavouras não só de café. Essas técnicas foram experimentadas pelo Incaper, na Fazenda Experimental de Marilândia, a fazenda é a primeira base experimental de café Conilon no Estado e, há 20 anos, desenvolve conhecimentos, produtos e tecnologias voltadas ao aumento da produtividade e melhoria da qualidade da produção, e estão sendo implantadas na maioria das lavouras cafeeiras do município. MATERIAL E MÉTODOS: O trabalho foi realizado em algumas lavouras de café em Marilândia, onde o café é a principal atividade econômica, para percebemos a diferença dos métodos de cultivo entre os diferentes tipos de café e as técnicas de cultivo de cada espécie. Através de informações que foram dadas ao grupo pelo engenheiro agrônomo Saul de Andrade Junior, que se dispôs em fazer uma palestra, a fim de explicar as melhores técnicas de cultivo do café conilon, para um melhor aproveitamento da produção em quantidade e qualidade. E também através de pesquisas bibliográficas, para conhecermos melhor a história do café conilon, de onde ele originou, de como recebeu esse nome e aonde começou a sua produção no Estado do Espírito Santo. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Entre as tecnologias recomendadas, o plantio de um clone por linha é de fundamental importância para o cultivo do conilon. A produtividade agrícola em áreas irrigadas depende de vários fatores, dentre os quais, destacam-se o dimensionamento e a manutenção dos sistemas. A irrigação em excesso ou deficitária prejudica o desenvolvimento das plantas e, consequentemente, a produtividade e a rentabilidade do agricultor. Por isso, é fundamental avaliar os sistemas de irrigação periodicamente, a fim de melhorar a uniformidade de distribuição de água minimizando as perdas de água, de energia elétrica e de fertilizantes. Sendo o sistema mais indicado para irrigação o por micro spray. A poda é necessária, pois traz as seguintes vantagens para o cafeeiro: aumento da vida útil da planta; melhora no arejamento das plantas em lavouras fechadas, permitindo, também, a entrada de luz no interior da copa; além de facilitar os tratos culturais e fitossanitários. Outros benefícios são o aumento da área foliar em lavouras depauperadas, o que instiga a tolerância à seca e reduz o índice de chochamento dos grãos; a recuperação das plantas que não atendem aos aspectos técnicos e econômicos desejáveis para a cultura; e a minimização do efeito da alternância de produção. A poda também reduz a altura da planta, facilitando a colheita; aumenta o rendimento dessa, em média, 25%; e melhora o solo pela incorporação da matéria orgânica proveniente do material podado. Para Ferrão, “entre os benefícios da tecnologia estão o aumento da produtividade e da qualidade final do produto, maior facilidade para realização da desbrota e dos tratos culturais, maior uniformidade das floradas e da maturação dos frutos e melhoria no manejo de pragas e doenças”. CONCLUSÕES: Apesar de o Conilon ser um café com um limite de tolerância muito amplo aos fatores limitantes, assim mesmo é preciso conhecer as técnicas mais adequadas para o cultivo, para obter assim um melhor aproveitamento da produção. Com as técnicas de plantio, irrigação e poda corretas, é possível aumentar a lucratividade do produtor e garantir a permanência do Estado do Espirito Santo como o maior produtor de café Conilon do Brasil. E no Estado, a Incaper faz constantemente estudos relacionados ao cultivo desse café para estar sempre melhorando sua produção. REFERÊNCIAS Acompanhamento da Safra Brasileira: Café Safra 2010 quarta estimativa, dezembro/2010/ Companhia Nacional de Abastecimento. - Brasília: Conab, 2010. FERRÃO, M. A. G.; FERRÃO, R. G.; FONSECA, A. F. A.; VERDIM FILHO, A. C.; VOLPI, P. S. Origem, dispersão geográfica, taxonomia e diversidade genética de Coffea canephora. In: Ferrão, R. G. et al. (ed.). Café conilon. Vitória, ES: Incaper, 2007. p. 66-91. FORNAZIER, M.J.; BENASSI, V.L.M.; MARTINS, D.S. Pragas. In: COSTA, E.B.; SILVA, A.E.S; ANDRADE NETO, A.P.M.; DAHER, F.A.(Ed.). Manual técnico para a cultura do café no estado do Espírito Santo. Vitória: SEAG, 1995. p. 68-81. MATIELLO, J. B. Café Conilon: como plantar, tratar, colher, preparar e vender. Rio de Janeiro: MM Produções Gráficas, 1998. 162 p. PLANTIO em linha do café conilon. Disponível em< http://incaper.web407.uni5.net/revista.php?idcap=964>. Acessado em 16 de abr.2013. PODA programada de ciclo do café conilon. Disponível em < http://incaper.web407.uni5.net/revista.php?idcap=962>. Acessado em 16 abr.2013. RUGANI, F. do L.; SILVEIRA, S. de F. R. Análise de Risco para o café em Minas Gerais. Revista de Economia e Agronegócio, Viçosa, v. 4, n. 3, p 343-364. 2006.