cinematica

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“A gravidade explica os movimentos dos planetas, mas não pode
explicar quem colocou os planetas em movimento. Deus governa
todas as coisas e sabe tudo que é ou que pode ser feito.”Isaac Newton
Prof. Simone
FÍSICA
AULAS 1 E 2
CONCEITOS BÁSICOS
DA CINEMÁTICA
DIVISÕES PEDAGÓGICAS DA FÍSICA:
- MECÂNICA
(movimentos)
- TERMOLOGIA
(calor)
FÍSICA
- ÓPTICA
(luz)
- ONDULATÓRIA
(ondas)
- ELETRICIDADE
(energia elétrica)
- CINEMÁTICA
(efeitos)
- DINÂMICA
(causas)
- ESTÁTICA
(equilíbrio)
CINEMÁTICA:
É a parte da Física, dentro da Mecânica, que estuda as
consequências dos movimentos dos corpos, tais como
deslocamento, velocidade, aceleração e tempo gasto.
Para compreendermos essas consequências precisamos,
antes, conhecer alguns conceitos básicos. São eles:
- Móvel
- Trajetória
- Referencial
- Ponto Material
- Movimento
- Corpo Extenso
- Repouso
- Posição e Deslocamento
GRANDEZAS FÍSICAS
Podemos dizer de modo mais usual que grandeza é tudo
aquilo que pode variar quantitativamente.Deste modo,
grandezas físicas são as que podem ser medidas.
São divididas em dois grupos: escalares e vetoriais.
GRANDEZAS ESCALARES
GRANDEZA
DEFINIDA POR UM
VALOR
NUMÉRICO(módulo)
E UNIDADE DE
MEDIDA.
MASSA
TEMPERA
TURA
TEMPO
ESCALAR
ENERGIA
TRABALHO
GRANDEZAS VETORIAIS
Grandezas vetoriais: são aquelas que não ficam totalmente
determinadas com um valor e uma unidade, para que
fiquem totalmente definidas necessitam de módulo (número
com unidade de medida), direção e sentido.
Exemplos: velocidade, força, aceleração, etc.
GRANDEZA
DEFINIDA POR
UM MÓDULO,
DIREÇÃO E
SENTIDO
FORÇA
ACELERA
ÇÃO
VELOCI
DADE
VETORIAL
CAMPO
ELÉTRICO
CAMPO
MAGNÉTICO
Direção é a linha de atuação
da força (horizontal, vertical,
diagonal).
Já Sentido é a orientação que
tem a força na direção
(esquerda, direita, cima,
baixo).
23/02/11
MÓVEL:
É qualquer corpo que pode se movimentar em
relação a um referencial adotado. Por exemplo: um
automóvel em relação à Terra
Fisicamente, qualquer coisa pode ser considerada
como móvel. Por exemplo: o prédio dessa escola está
em movimento em relação à Lua, portanto o prédio,
apesar de estar fixo no solo, pode ser considerado
um móvel.
REFERENCIAL:
O estudo do movimento de um corpo depende sempre do
referencial escolhido. Chamamos de referencial a todo ponto
que adotamos como referência para estudar o movimento
dos corpos. Podemos associar esse ponto a um corpo ou local
do espaço. Em princípio podemos adotar qualquer
referencial para descrever um movimento.
Para definirmos se um móvel está ou não em movimento
precisamos comparar sua posição com a posição de um
referencial.
Não há como saber se um corpo está ou não em movimento
se não houver um ponto de referência para a comparação.
Esse ponto de referência é chamado simplesmente de
referencial.
REFERENCIAL:
Por exemplo: a Terra está em movimento em relação ao Sol
(nesse caso, a Terra é o móvel e o Sol é o referencial
adotado).
Quando a situação não especificar o referencial a ser
utilizado, considere sempre a Terra ou o solo. Por exemplo,
se em uma situação genérica for feita uma afirmação do tipo
“um corpo se movimenta com velocidade de 80 km/h”,
considere que essa velocidade é medida em relação à Terra
ou ao solo.
MOVIMENTO
Um corpo está em movimento quando sua posição
mudar, com o decorrer do tempo, em relação ao
referencial adotado. Por exemplo: um carro com
velocidade de 80 km/h está em movimento em relação a
um poste fixo na rua, pois a posição do carro em relação
ao poste varia com o passar do tempo.
Perceber que o móvel
deslocou-se de uma
posição situada a 10m do
referencial para outra
situada a 20m do mesmo,
enquanto se passaram
10s.
REPOUSO
Um corpo está em repouso quando sua posição não
mudar, no decorrer do tempo, em relação ao referencial
adotado. Por exemplo: uma pessoa sentada no banco de
um veículo que se movimenta com velocidade de 80
km/h está em repouso em relação ao banco em que está
sentada, pois a sua posição não varia em relação ao
banco com o passar do tempo.
Notar que durante os 10 segundos, o
móvel permaneceu na mesma posição.
MOVIMENTO E REPOUSO:
Observe que os conceitos de repouso e de movimento
são relativos a um referencial adotado. Note ainda que é
possível o mesmo objeto estar em repouso e em
movimento ao mesmo tempo, basta considerarmos
referenciais diferentes.
Por exemplo: considere uma pessoa sentada na poltrona
de um avião que está em pleno vôo. Podemos dizer que
a pessoa está em repouso em relação às poltronas do
avião, por outro lado, podemos dizer também que ela
está em movimento em relação ao solo.
PORTANTO, NÃO EXISTE MOVIMENTO OU REPOUSO
ABSOLUTO.
PONTO MATERIAL:
Um corpo é considerado como um ponto material
quando as suas dimensões forem desprezíveis em
relação à sua trajetória ou ao local onde ele se encontra.
Um automóvel é um ponto
material em relação a rodovia
BR 101.
Uma formiga em relação a
uma calçada
CORPO EXTENSO:
Um corpo é considerado como um corpo extenso
quando as suas dimensões não forem desprezíveis em
relação à sua trajetória ou ao local onde ele se encontra.
um automóvel em relação a uma
garagem.
TRAJETÓRIA
A trajetória mostra o caminho pelo qual um móvel irá
passar ou o caminho no qual ele passou à partir do
momento em que entrou em movimento em relação a um
referencial.
Num mesmo movimento, adotando-se referenciais
diferentes podemos encontrar trajetórias diferentes.
Por exemplo: um avião em movimento retilíneo e com
velocidade
constante
abandona
uma
bomba.
Desprezando-se o efeito da resistência do ar, a trajetória
dessa bomba será retilínea para um observador localizado
no interior do avião e parabólica para um observador em
repouso na Terra.
À medida que a bomba cai o avião se desloca para
frente. Assim, se uma pessoa dentro do avião olhar
para baixo verá a bomba cair em linha reta, ao passo
que um observador parado no chão verá a bomba cair
em forma de um arco parabólico.
ESPAÇO percorrido OU POSIÇÃO (S):
Chamamos de posição ao local ocupado pelo corpo em
relação a um dado referencial, num dado instante.
ESPAÇO percorrido É um
número associado ao
somatório de todos os trajetos
descrito por um objeto.
Placa quilométrica no km 37 de
uma rodovia. Ela está a 37 km do
marco zero dessa rodovia.
DESLOCAMENTO ESCALAR (S):
O deslocamento escalar é a variação de posição sofrida
por um móvel sobre uma trajetória. Trata-se de uma
simples comparação entre a posição final e a posição
inicial do móvel em um trajeto qualquer.
O deslocamento escalar corresponde à diferença entre a
posição final e a posição inicial do móvel, no intervalo de
tempo (pontos) escolhido.
I- CONCEITOS BÁSICOS DE CINEMÁTICA
DESLOCAMENTO ESCALAR (S):
S = S – So
S = Deslocamento escalar
S = Posição final do móvel
S0 = Posição inicial do móvel
É importante ressaltar que deslocamento escalar e
distância percorrida são conceitos diferentes. Enquanto
o deslocamento escalar é uma simples comparação entre
a posição inicial e a posição final, a distância percorrida
é a soma de todos os espaços percorridos pelo móvel.
Exemplo: Considere a trajetória dada na figura abaixo. Em
cada item a seguir determine o deslocamento escalar e a
distância percorrida:
Essa trajetória está numerada de um em um metro. A origem da
trajetória é o marco zero. A trajetória é orientada positivamente
para a direita. As posições dos pontos são as seguintes:
SA = – 7m
SB = – 3m
SD = + 2m
SE = + 6m
SC = 0 (está na origem)
a) Trajeto ABD:
Nesse caso o móvel saiu da posição A, foi até a posição B e
em seguida dirigiu-se à posição D.
Deslocamento Escalar:
S = S – S0 = SD – SA = 2 – ( – 7) = 9 m
Distância Percorrida:
Entre A e B, o móvel andou 4m. Entre B e D, andou 5m.
Portanto: Distância percorrida = 9 m
b) Trajeto BED:
Nesse caso o móvel saiu da posição B, foi até a posição E e
em seguida dirigiu-se à posição D.
Deslocamento Escalar:
S = S – S0 = SD – SB = 2 – ( – 3) = 5 m
Distância Percorrida:
Entre B e E, o móvel andou 9m. Entre E e D, andou 4m.
Portanto: Distância percorrida = 13 m
c) Trajeto EAB:
Nesse caso o móvel saiu da posição E, foi até a posição A e em
seguida dirigiu-se à posição B.
Deslocamento Escalar:
S = S – S0 = SB – SE = – 3 – 6 = – 9 m
Distância Percorrida:
Entre E e A, o móvel andou 13m. Entre A e B, andou
4m. Portanto: Distância percorrida = 17 m
d) Trajeto ABA:
Nesse caso o móvel saiu da posição A, foi até a posição B e
em seguida dirigiu-se novamente à posição A.
Deslocamento Escalar:
S = S – S0 = SA – SA = – 7 – (– 7) = 0 m
Distância Percorrida:
Entre A e B, o móvel andou 4m. Entre B e A, andou 4m.
Portanto: Distância percorrida = 8 m
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:
- O deslocamento escalar será positivo quando o móvel se deslocar
mais no sentido positivo do que no sentido negativo da trajetória;
- O deslocamento escalar será negativo quando o móvel se deslocar
mais no sentido negativo do que no sentido positivo da trajetória;
- O deslocamento escalar será nulo em duas situações: quando o
móvel permanecer em repouso e quando ele retornar à posição
inicial;
- A distância percorrida somente será igual ao deslocamento
escalar em duas situações: quando o móvel permanecer em
repouso e quando o móvel caminhar somente no sentido positivo
da trajetória, sem voltar.
VELOCIDADE ESCALAR MÉDIA:
É a relação entre o deslocamento escalar e o tempo gasto na
sua realização. Pode ser dada em m/s, km/h, cm/s etc. A
velocidade escalar média não depende da forma da trajetória
(retilínea ou curvilínea). Só depende das condições no início e
no final do movimento considerado, e do tempo gasto na sua
realização. Matematicamente podemos calcular a velocidade
média pela seguinte expressão:
Vm = Velocidade escalar média
S = Deslocamento escalar
t = Tempo gasto
A velocidade média pode ser positiva, negativa ou mesmo
nula, pois depende do valor do deslocamento escalar. Assim:
Vm > 0 VELOCIDADE POSITIVA S > 0, então. O móvel se
desloca a favor da orientação da trajetória. Movimento
Progressivo.
X AUMENTA NO DECORRER DO TEMPO E
V>O
Vm  0 velocidade negativa S  0, então. O móvel se
desloca contra a orientação da trajetória. Movimento
Retrógrado.
x
x0
X DIMINUI NO DECORRER DO TEMPO E V < O
S = 0, então Vm = 0. O móvel permaneceu parado ou o
móvel se deslocou e retornou ao ponto inicial.
IMPORTANTE:
No Sistema Internacional de Unidades (SI) a unidade de
velocidade é m/s (metros por segundo). Entretanto,
estamos mais acostumados a utilizar o km/h
(quilômetros por hora). Então, é importante saber
transformar de uma unidade para a outra. Para fazer
esta transformação adotamos a seguinte regra:
x 3,6
Por exemplo:
Km/h
m/s
72 km/h = 20 m/s (dividir 72 por 3,6)
30 m/s = 108 km/h (multiplicar 30 por 3,6)
 3,6
Exemplo 1
A distância entre o marco zero de Recife e o marco zero de Olinda é de 7
km. Supondo que um ciclista gaste 1h e 20 min pedalando entre as duas
cidades, qual a sua velocidade escalar média neste percurso, levando em
conta que ele parou 10 min para descansar?
d=7 km
RECIFE
OLINDA
Exemplo 1
• Resolução:
Velocidade média é uma grandeza física, o tempo que o ciclista ficou
parado faz parte do evento logo deve ser incluído
d = 7 km
t = 1h e 20 min + 10 min = 1h e 30 min = 1,5h
Vm = d
t
Vm = 7 = 4,66 km/h
1,5
Segunda Atividade Proposta
De .........
para Pelotas
Distância
Canguçu
54,9 km
Piratini
94,8 km
Bagé
184 km
Herval
120 km
Jaguarão
138 km
Tempo Gasto
a 60 km/h
Tempo Gasto
a 80 km/h
Tempo Gasto
a 100 km/h
Tempo
Ganho por
violar a lei
Mecânica
Aceleração de um móvel
A velocidade de um móvel, normalmente, é
variável. Esta ideia nos permite estabelecer uma
nova grandeza física associada à variação da
velocidade e ao tempo decorrido nessa
variação. Essa grandeza é a aceleração.
Aceleração de um movimento é a razão entre a
variação da velocidade e o intervalo de tempo
decorrido.
v
a
t
Mecânica
• 1-Movimento Acelerado
Quando a aceleração atua no mesmo sentido da
velocidade, o corpo sofre um aumento no valor
absoluto de sua velocidade no decorrer do tempo,
logo o movimento é acelerado.
a>0eV>0
a<0eV<0
Ex1.: a = 2 m/s2
V = 4 m/s
Ex2.: a = - 3 m/s2
V = - 5 m/s
Aceleração e
velocidade com o
mesmo sinal
Mecânica
2-Movimento retardado
Um movimento é denominado retardado,
quando o módulo da velocidade diminui no decorrer
do tempo, ou seja, quando a aceleração e a
velocidade têm sentidos ( sinais) opostos.
a>0eV<0
a<0eV>0
Ex1.: a = 2 m/s2
V = -4 m/s
Ex2.: a = -6m/s2
V = 8 m/s
Mecânica
Física, 1º Ano
Cinemática
Atenção! Acelerado: o Módulo da
velocidade aumenta no decorrer
do tempo.
Retardado: o Módulo da
velocidade diminui no decorrer do
tempo.
Exemplo 3
Mecânica
Qual a aceleração média de um movimento variado, de acordo
com a tabela de valores abaixo:
m/s
s
24
0
20
2
16
4
12
6
v 12  24 12
a


 2 m 2
s
t
60
6
Mecânica
Exemplo 4
O maquinista de um trem aciona os freios da composição
reduzindo sua velocidade de 40 km/h para 30 km/h em 1
minuto. Qual a desaceleração do trem?
Solução
km
 10
v 30  40
km
h
a


 600 2
1
1
t
h
h
60
60
Mecânica
Mecânica
Mecânica
Um automóvel percorre a metade de uma distância
D com uma velocidade média de 24 m/s e a outra
metade com uma velocidade média de 8 m/s. Nesta
situação, a velocidade média do automóvel, ao
percorrer toda a distância D, é de:
a) 12 m/s
b) 14 m/s
c) 16 m/s
d) 18 m/s
e) 32 m/s
Mecânica
O motorista de um caminhão percorre a metade
de uma estrada retilínea com velocidade de 40
km/h, a metade do que falta com velocidade de
20 km/h e o restante com velocidade de 10 km/h.
O valor mais próximo para a velocidade média
para todo o trajeto é de
a) 30,0 km/h.
b) 20,0 km/h.
c) 33,3 km/h.
d) 23,3 km/h.
e) 26,6 km/h
• Um ônibus percorreu 20 km a 60 km/h e 60
km a 90 km/h. Determine a velocidade
escalar média do ônibus nos 80 km
percorridos. Considere que, em cada
trecho, o ônibus sempre manteve
velocidade constante.
• 68 km/h
• 70 km/h
• 74 km/h
• 80 km/h
• 82 km/h
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