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OS «Descobrimentos» Portugueses
II
O Estabelecimento da Feitoria da Mina
(1482)
Viagens de Exploração do Atlântico Sul
(1482-1488)
1482 – Construção da Feitoria e Castelo de S. Jorge da Mina, ordenada por D.
João II
Objectivos:
1.º controlo e centralização do comércio;
2.º Defesa militar contra estrangeiros ou contra os particulares sem ordem e
autorização régias.
Consolidação do Monopólio Régio
Castelo de S. Jorge da Mina, no actual Gana
Detalhe de um mapa do séc. XVI
"S. Georgii Oppidum" (Braun e Hogenberg. "Civitates Orbis Terrarum", 1572).
Política de Sigilo – D. João II, cada vez mais ciente dos interesses das outras
potências europeias no comércio da Guiné e Mina, optou por ocultar os resultados
nas novas viagens exploratórias.
«Mare Clausum» - “mar fechado” - um termo legal usado no direito internacional.
Refere-se a qualquer mar navegável que esteja sob a jurisdição de um país, sendo
vedado a outras nações.
Uma série de novos produtos são introduzidos no circuito comercial. Todavia o
que mais caracteriza este ciclo económico é o considerável aumento das
quantidades, que pela mãos dos portugueses chegam aos mercado
português e europeu.
Escravos
Ouro
Peles
Plantas têxteis
Marfim
Pimenta de rabo
Malagueta
Pedras Preciosas
Plantas tintureiras
1482 – Início da viagem de Diogo Cão que chegou até à boa
do rio Zaire (Norte de Angola). Nesta região deixou os
primeiros emissários ao coração da África Negra.
1487-1488 – Viagem de Bartolomeu Dias. Dobrou o Cabo das
Tormentas, o ponto mais a sul do continente africano,
descobrindo a passagem do oceano Atlântico para o oceano
Índico. Quando regressou a Portugal, sabendo da nova
«descoberta», o rei D. João II rebaptizou o Cabo das
Tormentas como Cabo da Boa Esperança, uma vez que a sua
dobragem significava o acesso à Índia.
Em apenas 54 anos explorou-se toda a costa ocidental africana,
do Cabo Bojador até ao Cabo da Boa Esperança.
"... e vieram a dar com o maior cabo que no
mundo se descobriu (...)
Ora foram tão cruas as tempestades que os
nossos padeceram, que a cada passo perdiam
esperanças de salvamento: donde veio
porem-lhe o nome de Cabo das Tormentas.
Assim que o dobraram e o assinalaram,
voltaram para trás. Logo que ao senhor rei D.
João foi explicado o feito, ficou tão
alvoroçado que dava já por aberta a estrada
para a Índia; e, comovido do feliz
acontecimento, lhe impôs o nome de Cabo
da Boa Esperança.
D. Jerónimo Osório, Vida e Feitos de El-rei D.
Manuel
A dificuldade em passar este cabo, que marca a transição do Atlântico para o Índico,
alimentou a lenda do gigante Adamastor, cantada por Luís de Camões e Fernando
Pessoa.
Não acabava, quando uma figura
se nos mostra no ar, robusta e válida,
de disforme e grandíssima estatura;
o rosto carregado, a barba esquálida,
os olhos encovados, e a postura
medonha e má e a cor terrena e pálida;
cheios de terra e crespos os cabelos,
a boca negra, os dentes amarelos.
Luís de Camões, Os Lusíadas, canto V, estrofe 39
O mostrengo que está no fim do mar
Na noite de breu ergueu-se a voar;
À roda da nau voou três vezes,
Voou três vezes a chiar,
E disse: «Quem é que ousou entrar
Nas minhas cavernas que não desvendo,
Meus tectos negros do fim do mundo?»
E o homem do leme disse, tremendo:
«El-rei D. João Segundo!»
Fernando Pessoa, Mensagem
Adamastor
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