Diversificação curricular vs Diferenciação pedagógica Respostas educativas para questões/problemas/demandas ≠ (DP:) Uma educação comum à procura de democratização cultural e integração e justiça sociais (DC): uma educação que garanta a socialização moral e a ordem social Diversificação curricular vs Diferenciação pedagógica I. Respostas educativas para questões/problemas/demandas ≠ (DP:) Uma educação comum à procura de democratização cultural, integração e justiça sociais e eficácia da ação institucional (DC): uma educação que garanta a socialização moral e a ordem social • (DP): um problema institucional (funcionamento, organização, práticas e relações com sociedade)/uma resposta universal; • (DC): um problema particular de certas categorias de públicos/ uma resposta a públicos-alvo DPvsDC • (DP): (demanda) pedagogos, ativistas educacionais, professores, académicos; • (DC): (demanda) escolas, professores, decisores políticos e técnicos II. O que sabemos sobre DC e DP? Diversificação curricular: Apoio de professores e escolas porque: (i) simplifica e racionaliza o trabalho pedagógico; (ii) individualiza os conflitos e problemas sócioinstitucionais (iii) desloca o problema para o ‘quintal do vizinho’; (iv) continuidade com recursos institucionais, organizacionais e profissionais, com repertório de ação pedagógica; (prof’s que trabalham CEF/CP: identificam-se, sentemse gratificados, não vêem alternativa ou corresponde sua visão do mundo baseada na desigualdade como fatalidade) II. O que sabemos sobre DC e DP? Diversificação curricular: Apoio dos alunos quando : (i) encontram ‘uma outra educação’ com que se identificam, (ii) se revêem numa cultura de valorização do trabalho que é a sua; (iii) realizam atividades em que são competentes; (iv) progridem e aprendem; (v) se sentem reconhecidos, apoiados e se remobilizam para escola Diversificação curricular: Recusa de professores que falam de: (i) ‘gueto’ e de ‘facilitismo’ (ii) ‘concentrado de problemas’; (iii) alunos-sem-qualidades, que não sabem ser alunos (iv) professores que saem a chorar das aulas (v) professores em dificuldades Diversificação curricular: Recusa de alunos que falam de: (i) ‘alunos inferiorizados’; de se sentirem ‘menores’, olhados como ‘gente rebelde que não fez nada no ensino normal’ e ‘pessoal reles que não tem aproveitamento’; (ii) O ensino-problema- as falhas na comunicação, o ritmo acelerado de progressão; as falhas no atendimento às dificuldades; II. O que sabemos sobre DC e DP? 2. Diferenciação pedagógica: práticas que ensaiam caminhos - “Novos desafios da formação de jovens na sociedade do conhecimento” - Portugal, Espanha, Roménia, Áustria, Inglaterra Dez situações Quatro pilares: *Envolvimento e cooperação *Capacitação *Mediação *Qualidade democrática Envolvimento cooperativo Há situações que ilustram a centralidade do trabalho cooperativo: (i) entre equipas de professores e educadores ou outros técnicos (projecto Fazer a Ponte, Centro de Auto-aprendizagem Assistida, Portugal; projecto de cooperação entre escolas, Áustria); (ii) entre grupos de jovens (cf. Comunidades de Aprendizagem, Espanha; projecto Fazer a Ponte, Centro de Auto-aprendizagem Assistida, Portugal); (iii) entre membros de uma comunidade; (iv) entre instituições, de educação ou outras (cf. projecto Atlântida, Spain Viena, projecto de cooperação entre escolas, “uma escola comercial ao encontro de uma escola secundária”). Capacitação A capacitação em que se procura sustentar percursos, opções e situações em condições de fragilidade e vulnerabilidade. Como? (i) redes de escolas que apoiam a transição entre ciclos, criando-se continuidades curriculares, tempos de exploração apoiada dos espaços, das relações, das regras e de aspectos do funcionamento da instituição ainda desconhecida. (ii) dispositivos de aprendizagem flexíveis e polivalentes, integrando centros de recursos que servem de âncora à autonomia dos alunos; (iii) Por exemplo, um centro de auto-aprendizagem assistida numa escola portuguesa proporciona apoios diversos para responder a dificuldades dos alunos, organiza a monitorização e acompanhamento desde a sala de aula aos tempos de apoio, oferece horários alargados e contínuos, professores, jovens colegas-tutores, materiais de estudo autónomo diversos em suportes variados.