Como planejar por competências? Ermelinda Maura Chezzi Dallan – [email protected] [email protected] Ao se pensar num planejamento por competências faz-se necessário: 1. Esclarecer e estabelecer um conceito claro e consensuado de competências com os professores; 2. Refletir como e de que forma os alunos desenvolvem competências; 3. Decidir coletivamente os fins educativos da escola e qual o perfil de cidadão se quer formar. Definir portanto: o que significa preparar para a cidadania e o trabalho aqueles alunos naquela comunidade; quais as competências que traduzem essa preparação para a cidadania e o trabalho; quais os conteúdos curriculares que deverão contribuir para a constituição dessas competências. 4. Partir sempre das competências para selecionar o conteúdo curricular. Uma mesma competência pode estar ancorada em vários conteúdos, é o caso de “ler e interpretar tabelas e gráficos” que poderá ser desenvolvida em geografia, matemática, ciências. 5. Definir o tipo de organização curricular, podendo se optar: Por um bloco de competências comuns (as chamadas competências transversais), as quais teriam a função de integrar as disciplinas ou as diferentes áreas. Por tema ou por projetos integrando disciplinas ou áreas do conhecimento. 6. Ter em mente que não importa o tipo de organização curricular que se opte, o tratamento metodológico empregado, contextualizando e interligando o conhecimento é que propiciará o desenvolvimento de competências 7. Lembrar que para desenvolver competências é preciso trabalhar por problemas e por projetos, propor tarefas que desafiem e motivem os alunos a mobilizar os conhecimentos que já possuem e a ir em busca de novos conhecimentos. Competências se desenvolvem sempre em “situação”, em um contexto. Trata-se segundo Philippe Meirieu (1996) “aprender, fazendo, o que não se sabe fazer”. Pressupõe uma pedagogia dinâmica que transforme a sala de aula num espaço privilegiado de aprendizagens vivas e enriquecedoras na qual o aluno participa ativamente na construção do seu conhecimento. O conteúdo é um meio e não mais um fim em si mesmo. Pressupõe um currículo integrado e não mais fragmentado, norteado pelos princípios pedagógicos da transposição didática, interdisciplinaridade e contextualização.