Aula REUNI : Ciclo do Ácido Cítrico Universidade Federal de Santa Catarina Programa de Pós-graduação em Bioquímica REUNI: Ciclo de Krebs ou Ciclo do Ácido Cítrico Tira-dúvidas com alunos da graduação Aula REUNI : Ciclo do Ácido Cítrico Carboidratos •Mais abundante biomolécula da Terra: •Fotossíntese converte + 100 bilhões toneladas de CO2 e H2O em carboidratos (celulose e outros açúcares). Aula REUNI : Ciclo do Ácido Cítrico Glicose como combustível • Rica em energia potencial. • Oxidação completa gera energia livre padrão -2.840 KJ/mol. • Seu armazenamento como polímero, a osmolaridade citosólica relativamente baixa. célula mantém uma • A glicose armazenada pode ser empregada para produzir ATP de maneira aeróbica e anaeróbica. • Glicose também pode ser utilizada como precursor biossintético de aminoácidos, nucleotídeos, coenzimas, ácidos graxos e outros. Aula REUNI : Ciclo do Ácido Cítrico Glicose como combustível Em plantas vasculares e animais, a glicose possui três destinos: • Armazenamento (polissacarídeo e sacarose). • Oxidação até piruvato para fornecer ATP e intermediários metabólicos. • Oxidação das pentoses pela via as pentoses fosfato produzindo ribose 5fosfato para a síntese de ácidos nucléicos e NADPH que participará na redução química biossintética. Aula REUNI : Ciclo do Ácido Cítrico Origem da glicose • Organismos fotossintéticos: fazem a síntese de glicose reduzindo o CO2 atmosférico em triose e depois em glicose. ENERGIA energia Ex.: Fotossíntese produto 6CO2 + 12H2O + LUZ C6H12O6 +6O2 + H2O reagentes t ENDOTÉRMICA ENERGIA • Organismos não fotossintéticos; obtém a glicose a partir da alimentação ou gliconeogênese. Ex.: Respiração celular reagente C6H12O6 + CO2 +6CO2 + 6H2O + Energia energia produtos t EXOTÉRMICA Aula REUNI : Ciclo do Ácido Cítrico Respiração • Estágio 1 – Produção de Acetil-CoA: as moléculas de glicose, aminoácidos e ácidos graxos são oxidados para liberar fragmentos com 2 átomos de carbonos, acetil (Acetil-CoA). • Estágio 2 – Oxidação de Acetil- CoA: esses grupos acetil são introduzidos no ciclo e oxidados até CO2. A energia é conservada nos transportadores NADH e FADH2. • Estágio 3 – Transferência de elétrons e fosforização oxidativa: os elétrons são conduzidos na cadeia transportadora de elétrons ate O2. Durante este processo uma grande quantidade de energia é liberada na forma de ATP. Aula REUNI : Ciclo do Ácido Cítrico Aula REUNI : Ciclo do Ácido Cítrico Estágio 1: Produção de Acetil- CoA 1. A produção de acetil –CoA é catalisada pela piruvato desidrogenase, onde o grupo carboxila é removido do piruvato na forma de CO2 e os 2 carbonos remanescentes formam o acetil. 2. A reação completa é chamada de descarboxilação oxidativa. Aula REUNI : Ciclo do Ácido Cítrico Estágio 1: Produção de Acetil- CoA Os três componentes do complexo da piruvato desidrogenase: E1- Piruvato desidrogenase E2- Dihidrolipoil transacetilase E3- Dihidrolipoil desidrogenase Aula REUNI : Ciclo do Ácido Cítrico Estágio 1: Produção de Acetil- CoA As reações seqüenciais de desidrogenação e descarboxilação ocorrem com 3 enzimas e 5 coenzimas ou grupos prostéticos: A deficiência da tiamina (Vitamina B1) causa a doença de Beriberi caracterizada por distúrbios neurológicos, paralisia atrofia cardíaca e morte. Aula REUNI : Ciclo do Ácido Cítrico Estágio 2: Oxidação do Acetil-CoA Aula REUNI : Ciclo do Ácido Cítrico Reações do Ciclo de Krebs 1. Formação de citrato pela citrato sitetase. 2. O grupo acetil é transferido para o oxalacetato para formar o citrato, um composto com 4C. Aula REUNI : Ciclo do Ácido Cítrico Reações do Ciclo de Krebs 2. Aconitase: Esta enzima catalisa a isomerização da reação removendo e adicionando água ao cis-aconitate em diferentes posições. O isocitrato é consumido rapidamente no próximo passo. Aula REUNI : Ciclo do Ácido Cítrico Reações do Ciclo de Krebs 3. Isocitrate desidrogenase: Oxidação do isocitrato em α-cetoglutarato e CO2. É uma carboxilação oxidativa liberando o NAD ou NADPH. Aula REUNI : Ciclo do Ácido Cítrico Reações do Ciclo de Krebs 4. a-cetoglutarato desidrogenase: Oxidação do α -cetoglutarato em Succinil Co-A e CO2. Descarboxilação oxidativa pela α-cetoglutarato desidrogenase liberando NADH. Esta enzima forma um complexo, onde o aceptor de elétrons é o NADH. Aula REUNI : Ciclo do Ácido Cítrico Reações do Ciclo de Krebs 5. Succinil-CoA sintetase: o succinil-CoA tem uma energia livre padrão na ligação tioéster. O rompimento desta ligação libera energia suficiente para a formação de ATP ou GTP. Aula REUNI : Ciclo do Ácido Cítrico Reações do Ciclo de Krebs 6. Succinato desidrogenase: faz a oxidação do succinato em fumarato, liberando FADH2. Esta enzima é crítica no ciclo. O malonato é um análogo do succinato, sendo um potente inibidor competitivo da succinato desidrogenase, bloqueando o ciclo do ácido cítrico. Aula REUNI : Ciclo do Ácido Cítrico Reações do Ciclo de Krebs 7. Fumarase: faz a hidratação do fumarato em malato. Aula REUNI : Ciclo do Ácido Cítrico Reações do Ciclo de Krebs 8. L-Malato desidrogenase: faz oxidação do malato em oxalacetato. É uma enzima NAD-dependente. Esta reação é rapidamente consumida para o próximo passo na formação do citrato. Assim, as concentrações de oxalacetato é reduzido no ciclo. Aula REUNI : Ciclo do Ácido Cítrico A conservação de energia da oxidação Efficiency of Biochemical engine in Living Systems: Oxidation of one glucose yields 2840 kJ/mole energy Energy obtained by biological engine: 32ATP X 30.5 kJ/Mol = 976 kJ/mol Thus 34% efficiency is obtained if calculations are done using standard conditions. Aula REUNI : Ciclo do Ácido Cítrico O papel do ciclo do ácido cítrico no anabolismo Aula REUNI : Ciclo do Ácido Cítrico Reações anapleróticas À medida que os intermediários do CAC são removidos para servirem de precursores biossintéticos, estes são repostos por reações anapleróticas. Aula REUNI : Ciclo do Ácido Cítrico Regulação do ciclo O fluxo de átomos de C do piruvato através do ciclo é estreitamente regulado em 2 níveis: •Conversão de piruvato em acetilcoA •Entrada de Acetil-CoA no ciclo Com relação a velocidade, 3 fatores governam: •Disponibilidade de substrato •Inibição por acúmulo de produtos •Inibição alostérica retroativa pelas enzimas Aula REUNI : Ciclo do Ácido Cítrico Ciclo do glioxalato Uma variação do ciclo de Krebs encontrado em plantas e bactérias • Ciclo do glioxalato oferece um meio para plantas e bactérias crescerem em meios contendo unicamente acetato como fonte de carbonos. • Os passos de descarboxilação são evitados e um equivalente acetato extra é utilizado • Isocitrato liase e malato sintase são as enzimas chaves do ciclo. • O ciclo do glioxalato ajuda as plantas a crescerem no escuro. • Glioxissomos se valem de três reações que ocorrem na mitocôndria: de succinato a oxaloacetato. Aula REUNI : Ciclo do Ácido Cítrico Ciclo do Glioxalato Aula REUNI : Ciclo do Ácido Cítrico Aula REUNI : Ciclo do Ácido Cítrico Cadeia respiratória Complexo Enzimático I Elétrons altamente energéticos H+ NADH Cit c Q NAD H+ Cadeia transportadora De elétrons Complexo Enzimático II Complexo Enzimático III ½ O2 O2 + 4H+ + 4e- 2H2O H2O Aula REUNI : Ciclo do Ácido Cítrico Estágio 3 - Transferência de elétrons Elétrons altamente energéticos H+ O2 + 4H+ + 4e- 2H2O Cadeia transportadora De elétrons Aula REUNI : Ciclo do Ácido Cítrico + Aula REUNI : Ciclo do Ácido Cítrico BALANÇO ENERGÉTICO CITOPLASMA GLICÓLISE Ác. pirúvico Acetil-CoA 2 NADH 2 NADH 2 ATP MITOCÔNDRIA CICLO DE KREBS 2 ATP 6 NADH 2 FADH CADEIA RESPIRATÓRIA 2 ATP 2 ATP 6 ATP 6 ATP 18 ATP 4 ATP