Oficina Integrada de Vigilância das Doenças

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7º Encontro de Coordenadores (as) Regionais e Municipais:
Imunização, Vigilância Epidemiológica e Atenção Básica
Diretoria de Vigilância Epidemiológica – DIVEP
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA VARICELA
Euma Fraga Marques
Colaboração: COVEDI/CEI/CEVESP/VEO
Maio/2013
BREVE DESCRIÇÃO
 A varicela é uma doença habitualmente benigna e auto-limitada na
infância, embora associada a complicações;
 Em recém nascidos, prematuros ou não, e em gestantes, adolescentes e
adultos, pode ter evolução grave;
 Em adolescentes e adultos o risco de complicações é 20 X maior.
 Em regiões
clima temperado
clima tropical
→ 90% em adolescentes
→ mais em crianças
Talvez pela labilidade do vírus ao calor ou em condições
de umidade e calor.
Foto: Google
FASES DAS LESÕES DA VARICELA
Mácula
Vesículas
no Herpes zoster
Pápula
Vesículas
Pústula
Crostas
Fotos: Google
COMPLICAÇÕES DA VARICELA
Herpes
oftálmico
Dificuldade
para
abdução
Foto: CDC/EUA
Foto: nonaenfermaria.blogspot.com
OBJETIVOS DA VIGILÂNCIA
GERAL:
•
Aprimorar o controle da varicela no Estado da Bahia.
ESPECÍFICOS:
•
Conhecer aspectos clínicos da varicela,
imunoglobulina humana varicela zoster;
indicação
para
•
Conhecer o comportamento epidemiológico da varicela;
•
Melhorar a qualidade dos dados do sistema de informação;
•
Divulgação de informações pertinentes.
vacina
e
PROPOSTA DE FUNCIONAMENTO DO SISTEMA DE
VIGILÂNCIA DA VARICELA
 A varicela é doença de notificação obrigatória desde 2002 em todo o Estado
da Bahia. A partir de setembro de 2013 será de notificação nacional.
 TODO CASO SUSPEITO DEVE SER NOTIFICADO ATRAVÉS DO
SISTEMA NACIONAL DE AGRAVO DE NOTIFICAÇÃO INDIVIDUAL
(SINAN), NO MÓDULO DE NOTIFICAÇÃO INDIVIDUAL (casos isolados
em bairros,asilos, quartéis,etc ) E SURTO (casos em hospitais).
 Comunicar situações de surto em creches, e outras instituições, mediante
PLANILHA DE ACOMPANHAMENTO DE SURTO a fim de delimitação espacial
do surto.
Enviar à DIRES e DIVEP por e-mail ([email protected]).
PROPOSTA DE FUNCIONAMENTO DO SISTEMA DE
VIGILÂNCIA DA VARICELA
Suspeito:

Febre moderada de início súbito, dura 2 a 3 dias;

Sintomas inespecíficos: mal-estar, adinamia, anorexia, cefaléia, etc;

Erupção cutânea papular-vesicular em face, couro cabeludo ou tronco.
Confirmado:
 Critério clínico-epidemiológico: todo caso suspeito de varicela até 8 dias
antes do início do exantema.
PROPOSTA DE FUNCIONAMENTO DO SISTEMA DE
VIGILÂNCIA DA VARICELA
Contatos significativos com varicela:
 Contato domiciliar contínuo;
 Permanência com o doente por mais de 1 hora em ambiente fechado;
 Contato hospitalar : pessoas internadas no mesmo quarto do doente ou
que tiverem contato direto prolongado (profissionais de enfermagem).
Contatos significativos com caso de herpes zoster:
 Quando houver contato físico (abraços) entre o doente e o suscetível:
 > 60 anos;
 Ter sido acometido pela varicela antes de 1 ano de idade;
 Ser imunodeprimido.
Varicela grave:
 Febre alta > 38°C e lesões cutâneas polimorfas;
 Rn, adolescentes, adultos, gestantes e imunodeprimidos hospitalizados e
que evoluíram com complicações ou óbito.
PROPOSTA DE FUNCIONAMENTO DO SISTEMA DE
VIGILÂNCIA DA VARICELA
Surtos de varicela:
Menos de 5% dos casos de varicela acometem indivíduos com mais de 20
anos; mais de 50% dos óbitos se concentram nessa faixa etária
Em ambiente hospitalar:
 Identificação do paciente fonte e notificar no SINAN;
 Isolamento do caso índice por até 10 dias, até o surgimento das crostas;
 Identificação dos indivíduos com exposição de risco no ambiente
hospitalar e indicação de vacinação;
 Vacinar os indivíduos suscetíveis (acompanhantes, pacientes e
profissionais de saúde);
 Adotar medidas de biossegurança, desinfecção de superfícies e
esterilização química de artigos hospitalares de acordo com normas da
ANVISA e CCIH do hospital.
O paciente não imune exposto pode ser potencialmente transmissor
do vírus por um período de 7 a 21 dias após a exposição.
Fonte: H.U.Clementino Fraga Filho/UFRJ
PROPOSTA DE FUNCIONAMENTO DO SISTEMA DE
VIGILÂNCIA DA VARICELA
•
Proteção da população :

Afastar acometidos por 10 dias, a partir da data do aparecimento do
exantema, até que todas as lesões tenham evoluído para crostas. Lembrar
que a transmissão ocorre 48 horas antes do surgimento do exantema
até 5 dias após o surgimento das vesículas;
 Vacinar indivíduos suscetíveis;

Monitorar o aparecimento de novos casos. Após 21 dias sem novos casos,
considera-se o surto controlado.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
•
Investigação:
 Casos graves;
 Preencher fichas de notificação com dados do paciente;
 Coletar dados clínicos e epidemiológicos;
 Consultar o prontuário e entrevistar o médico assistente;
 Verificar se o paciente foi vacinado previamente contra a varicela;
 Acompanhar evolução
laboratoriais;
dos
pacientes
e
os
resultados
 Verificar na residência a ocorrência de novos casos;
 Investigar deslocamento do caso, de familiares e/ou amigos.
dos
exames
DIAGRAMAS DE CONTROLE DA VARICELA
2012
2013
600
900
800
500
700
400
600
500
300
400
200
300
200
100
100
0
0
CASOS 2012
MÉDIA
LIMITE SUP.
* Dados até a 53ª. SE (atualizado em 16/01/13)
CASOS 2013
MÉDIA
LIMITE SUP.
*Dados até a 14ª.SE (09/04/13 - atualizado em
16/04/13)
Diagrama de controle é um método gráfico que permite
detectar variações sazonais da ocorrência de um agravo à
saúde. Serve como um sinalizador de alerta para situações em
que devem ser tomadas medidas de controle. Seu propósito é
distinguir padrões de variação.
Fonte: SINAN/SUVISA/SESAB
DISTRIBUIÇÃO DOS CASOS DE VARICELA
POR REGIÕES DE SAÚDE, BAHIA, 2013*.
< 1 ano
*dados até a 14ª. SE - 09/04/2013
Fonte: SINAN/SESAB
Mortalidade proporcional (%) da varicela
segundo faixa etária (Curva de Nelson de Moraes),
Bahia, 2012*
45
42.85
40
35
30
28.57
28.57
25
20
15
10
5
0
< 1 ano
0
1a4
5 a 19
20-49
0
≥ 50
%
Evolução do nível de saúde avaliado pela curva de mortalidade proporcional → TIPO I = nível de
saúde avaliado como condições muito baixas (fonte: Moraes, NLA,1959)
Maior concentração dos óbitos em pré-escolares e adolescentes = 5 a 19 anos.
* até 53ª. SE
Fonte: SIM_SINASC/SESAB
MEDIDAS DE CONTROLE E PROTEÇÃO DA POPULAÇÃO
 Tratamento sintomático em nível ambulatorial;
 Hospitalização imediata dos pacientes com varicela grave ou zoster
disseminado, em isolamento até 10 dias ou até formação das crostas;
 Vacinar indivíduos suscetíveis > de 1 ano de idade (que não tiveram
varicela e não foram vacinados);
 Identificação dos indivíduos com exposição de risco no ambiente
hospitalar e indicação de vacinação (em > 1ano imunocompetentes) ou
imunoglobulina (em < 1 ano, imunodeprimidos e gestantes);
 Adotar medidas de biossegurança, desinfecção
esterilização química de artigos hospitalares;
de
superfícies
e
MEDIDAS DE CONTROLE E PROTEÇÃO DA POPULAÇÃO
 Crianças imunizadas devem ter registro na carteira de vacinação e constar
no API (ou SI-API);
 Desenvolver atividades de educação em saúde, principalmente em escolas
e creches;
 Monitorar o aparecimento de novos casos. Após 21 dias sem novos casos,
considera-se o surto controlado;
 Notificação, dos casos confirmados de varicela, no SINAN (através do
preenchimento completo das fichas de notificação, no módulo surto ou
individual).
A partir de 2013 a varicela é doença de notificação nacional.
Fonte: SUVISA/DIVEP
DOCUMENTOS NECESSÁRIOS PARA SOLICITAÇÃO
DE IMUNOBIOLÓGICOS
•
Relatório médico com motivo (varicela – CID 01.9) para uso da vacina e/ou
imunoglobulina varicela, com identificação do caso índice ( nome, idade,
endereço, telefone, filiação , se estiver internada, data da internação e
nome do hospital ) e data do início dos sintomas ( para saber se está em
tempo hábil ). Assinatura do médico c/ carimbo, legíveis;
•
Ficha do CRIE preenchida c/ nº de doses da vacinas ou ampolas de
imunoglobulinas (após cálculo p/ cada 10 kg de peso). Preencher cabeçalho
c/ identificação do profissional de saúde;
•
Planilha de Acompanhamento de Surto, c/ dados sobre o caso índice,
observando códigos no rodapé e orientações para preenchimento;
•
Preencher impresso (hospital) com nomes, idades, função dos contatos
enfermaria, acompanhantes, funcionários, profissionais de saúde);
•
Encaminhar à DIRES → DIVEP, por fax ou e-mail : Fax: (71) 3116.0033
ou 0060 ou [email protected].
FICHA NOTIFICAÇÃO INDIVIDUAL
Fonte: SINAN
FICHA DE NOTIFICAÇÃO DE SURTOS
Fonte : SINAN
FICHA CONTROLE DO CRIE
Informações sobre o
paciente
Imunoglobulina
Vacina varicela
Fonte: CEADI/SUVISA
SOLICITAÇÃO DE IMUNOBIOLÓGICOS
•
A Coordenação de Imunização da DIRES deve ter uma reserva técnica de
05 ampolas Imunoglobulina varicela;
•
As DIRES de Feira de Santana, Itabuna, Ilhéus, Juazeiro, Vitória da
Conquista, Barreiras devem ter uma reserva técnica de 10 ampolas de
vacina varicela (atenuada);
•
O quantitativo liberado será em conformidade com a sua utilização;
•
As DIRES e/ou Municípios devem avaliar a elegibilidade antes da
liberação;
•
A liberação de Imunoglobulina varicela e da vacina varicela zoster
(atenuada) será mediante a ficha controle de imuno especial, relatório
médico e ficha de surto. NÃO SOLICITAR PELO SIES.
Fonte: SUVISA/DIVEP/CRIE
CONSIDERAÇÕES FINAIS
•
•
O Ministério da Saúde prepara-se para a introdução da vacina tetraviral
(sarampo, rubéola, caxumba e varicela) para 2013;
A vacina varicela monovalente não foi incluída no calendário vacinal de
rotina do Brasil devido a seu alto custo, R$ 43,19/dose, e por ter menor
prioridades do ponto de vista da Saúde Pública (fonte: Relatório Vacina Tetra
viral/MS).
•
Serão 2 doses: 1 dose aos 12 meses (Tríplice viral) e 1 dose aos 15 meses
de idade (Tetra viral);
• Esquema reduz o risco de convulsões febris;
 Dose 0,5 ml, após a reconstituição, por via SC.
 Conservação 2 até 8º C;
 SC após 10 dias › 1ª. dose ―› SC = 97,2% e
2ª. dose = 99,8%
(fonte: Ministério da Saúde/Fiocruz/Laboratório Glaxo Smith Kline).
● Estima-se ↓ de ± 80% das hospitalizações a partir da
Vacina Tetra viral(fonte: Ministério da Saúde/Fiocruz/Laboratório
Glaxo Smith Kline).
Foto: Google
Acesse o Portal da SUVISA !
www.vigilanciaemsaude.ba.gov.br
O B R I G A D A !!!
E-mail:
[email protected]
Telefones:
(71)3116.0042
(71) 31160034
Fax:
(71)3116.0033
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