FILOSOFIA MORAL: Estabelece uma reflexão acerca dos valores.: * CERTO e ERRADO VALOR = SENTIMENTO * JUSTO e INJUSTO * MORAL e IMORAL Quem define o VALOR MORAL dos nossos ATOS? NATURAL IGREJA SENSO COMUM FAMÍLIA Natural: O termo natural ou por natureza designa que algo é determinado, e que não se altera por fruto do hábito Senso Comum: É um saber que nasce da experiência cotidiana, da vida que os homens levam em sociedade. A opinião da coletividade Religião: os preceitos éticos e morais não são determinados pela religiosidade, mas ela influência da construção dos valores sociais CULTURA: é uma rede de significados que dão sentido ao mundo que cerca um indivíduo, ou seja, a sociedade. Essa rede engloba um conjunto de diversos aspectos, como crenças, valores, costumes, leis, moral, línguas, etc. Nesse sentido, podemos chegar à conclusão de que é impossível que um indivíduo não tenha cultura, afinal, ninguém nasce e permanece fora de um contexto social, seja ele qual for. ALGUNS CUIDADOS: Moral: é sistema regulador da vida coletiva por meio de mores, isto é, dos costumes e dos valores de uma sociedade, numa época determinada. A moralidade é uma totalidade formada pelas instituições (família, religião, artes, técnicas, ciências, relações de trabalho, organização política, etc.), que obedecem, todas, aos mesmos valores e aos mesmos costumes, educando os indivíduos para interiorizarem a vontade objetiva de sua sociedade e de sua cultura. Ex.: Por que mentir é imoral? Porque o mentiroso transgride as máximas morais. Ao mentir, não respeita em sua pessoa e na do outro a humanidade (consciência, racionalidade e liberdade), pratica uma violência escondendo de um outro ser humano uma informação verdadeira e, por meio do engano, usa a boa-fé do outro. Ética: Ética vem do grego ethos, que tem o mesmo significado de "costume". A ética ou filosofia moral é a parte da filosofia que se ocupa com a reflexão a respeito das noções e princípios que fundamentam a vida moral. Essa reflexão pode seguir as mais diversas direções, dependendo da concepção de homem que se toma como ponto de partida. JUÍZO de FATO: “Está chovendo”, estaremos enunciando um acontecimento constatado por nós e o juízo proferido é um juízo de fato.Juízos de fato são aqueles que dizem o que as coisas são, como são e por que são. Em nossa vida cotidiana, mas também na metafísica e nas ciências, os juízos de fato estão presentes. Diferentemente deles, os juízos de valor - avaliações sobre coisas, pessoas e situações - são proferidos na moral, nas artes, na política, na religião. JUÍZO de VALOR: avalia as coisas, pessoas, ações, experiências, acontecimentos, sentimentos, estados de espírito, intenções e decisões como bons ou maus, desejáveis ou indesejáveis. Os juízos éticos de valor são também normativos, isto é, enunciam normas que determinam o dever ser de nossos sentimentos, nossos atos, nossos comportamentos. São juízos que enunciam obrigações e avaliam intenções e ações segundo o critério do correto e do incorreto. (UFSM/07) Mediante pesquisas e exames, pretende-se detectar casos de pessoas que teriam genes que as predispõem à agressividade ou a certas doenças que as debilitariam para o trabalho. No estado atual da discussão, isso envolve problemas não só de ordem científica mas também de natureza moral. Identifique a(s) afirmativa(s) que manifesta(m) implicação(ões) ética(s) e não somente científica(s). I- Certas doenças genéticas podem ter definições provisórias. II- O melhoramento genético de seres humanos pode levar à exclusão social. III- Doenças como a hemofilia são determinadas geneticamente e podem ser detectadas antecipadamente por testes. Está(ão) correta(s) a) apenas I. b) apenas II. c) apenas III. d) apenas I e II. e) apenas II e III. (UFSM 07) No trecho citado, há uma clara distinção entre entendimento e vontade: as “vontades endurecidas” são piores que os “entendimentos agudos”. Sabe-se, também, que o erro pode ter origem tanto no entendimento quanto na vontade. O erro radicado na vontade, a qual pode ser boa ou má, é chamado I. lógico. II. semântico. III. gramatical. IV. moral. V. cosmológico. Está(ão) correta(s) a) apenas I. b) apenas II. c) apenas III. d) apenas IV. e) I, II, III, IV e V. IMORAL: imoral tem conotação de tudo aquilo que é contra a moral, por exemplo: a atuação dos políticos no nosso pais, e contra qualquer moral que aprendemos em casa e na escola. Outras imoralidades que outros gostam de falar : sexo, moda, atitudes. Ato consciente de não cumprir com a moral estabelecida pelo contexto social vigente. CONCEITOS FUNDAMENTAIS AMORAL: designa propriamente o que é indiferente às valorizações morais: nesse sentido um homem Amoral é um homem sobre cuja conduta os juízos sobre o bem e o mal não tem nenhuma influência e que, por isso, se comporta independentemente deles. O termo amoralismo designa, porém uma profissão de amoralidade e, daí, a pretensão de prescindir dos valores por outros; nesse sentido, foi empregado frequentemente para designar a atitude de Nietzsche. (Transmutação dos Valores) LEGALIDADE: -Alicerçada na LEI – CF/88 -Lei Objetiva -Visa a Ordem Social -Coercitiva (força) MORALIDADE: - Alicerçada nos Valores - Lei Subjetiva - Visa o Comportamento social - Não Coercitiva - Ato de Escolha Fund. Histórica P. Clássico Local: Grécia – 600 a 322 a.C Contexto: Atenas berço da DEMOCRACIA - Pólis: Ser CIDADÃO + VIRTUOSO - Virtuoso = Mediania (Aristóteles) - Honra e honestidade - Ética Normativa – Teleológica Virtude Vício por excesso Vício por deficiência Coragem Temeridade Covardia Respeito próprio Vaidade Modéstia Prudência Ambição Moleza Amizade Condescendência Enfado Temperança Libertinagem Insensibilidade (UFSM/08) Considerando a excelência intelectual e a moral, a primeira deve-se à natureza e a segunda, ao hábito. “É evidente, portanto, que nenhuma das várias formas de excelência moral se constitui em nós _____________, pois nada que existe ____________ pode ser alterado ___________”. (Aristóteles) Escolha a seqüência correta dos termos que se ajustam à citação. a) por natureza – por natureza – pelo hábito b) por natureza – pelo hábito – por natureza c) pelo hábito – por natureza – por natureza d) pelo hábito – pelo hábito – por natureza e) pelo hábito – por natureza – pelo habito (EAD-UFSM) “Em regiões populosas, como as grandes capitais, a escassez é resultado do consumo além dos limites suportáveis e do desperdício, que faz correr pelo ralo cerca de 40 % de toda a água distribuída para a população” Nesse trecho, Sérgio Adeodato alerta o desperdício ou esbanjamento de água. Na ética aristotélica, o esbanjamento é um vício por excesso. O antônimo de esbanjamento é a) avareza b) indiferença c) insensibilidade d) modéstia e) rusticidade Período Medieval -HOMEM: Naturalmente PECADOR (Imoral) -Confissão -Pagamento de Indulgências -Conduta Ascética (Mortificação do Corpo) - Virtudes teologais: fé, esperança, caridade; - Virtudes cardeais: coragem, justiça, temperança, prudência; - Pecados capitais: gula, avareza, preguiça, luxúria, cólera, inveja e orgulho. -Teocêntrismo: Ética Teológica -Deus: Supremo BEM (MAL afastarse de Deus) TEORIA DOS ANJOS CAÍDOS TEORIA DO PECADO ORIGINAL A arquitetura de uma época aponta não só para um determinado estilo artístico, mas também pode indicar traços da vida moral e política de um grupo humano. As torres das igrejas góticas, por exemplo (figura da questão anterior – Catedral Gótica), mostram a verticalidade na relação entre Deus e o homem, o céu e a terra, o superior e o inferior, característica básica da cultura medieval. A respeito da concepção de moralidade no período medieval, pode-se afirmar que I. II. a conduta humana deve se pautar pelas regras derivadas da natureza. a imoralidade está relacionada com a desobediência às leis divinas reveladas. III. a razão humana ocupa o lugar central na vida ética. IV. a ética se preocupa, principalmente, com a autonomia moral do indivíduo. Está(ão) correta(s) a) apenas I. b) apenas II. c) apenas III. d) apenas II e IV. e) apenas III e IV. A figura da questão anterior (pai ensinando o filho a arar a terra) mostra o trabalho como uma das virtudes morais praticadas na sociedade cristã feudal. A respeito dessas virtudes é correto afirmar: I – A glória, considerada virtude no mundo greco-romano, é substituída pela humildade desconsiderando o valor moral das atitudes do homem. II – O ócio, apreciado pela sociedade escravista greco-romana, assume, no cristianismo feudal, a condição de um pecado capital, a preguiça. III – A preguiça e a luxuria são virtudes teológicas indispensáveis ao cristianismo feudal. Está(ao) correta(s) a) apenas I b) apenas II c) apenas III d) apenas I e II e) apenas I e III O quadro de Leonardo Da Vinci, A Virgem dos Rochedos, foi sugerido como revelador de um enigma no recente Best seller de Dan Brown, O Código da Vinci. Esse livro sustenta a tese polêmica de que o bem entra no mundo e se transmite como resultado da relação entre humano (a virgem Maria) e o divino (anjo). A continuidade do bem estaria assegurada pelos descendentes do casal formado por Jesus (divino) e Maria Madalena(humana), daí se originando uma linhagem, estirpe ou família do bem. Tal construção narrativa, ao inverter o Mito dos Anjos Caídos, que explica a origem do mal no mundo, traz a implicação ética de que o bem I- Resulta da pratica do dever. II- Esta radicado na vontade humana. III- Decorre do conhecimento das virtudes. IV- É transmitido por hereditariedade. V- Independe das livres decisões humanas individuais. Estão Corretas a) I e II apenas b) II e III apenas c) III e IV apenas d) IV e V apenas e) I, II, III, IV e V P. Moderno Contexto: Renascimento / Iluminismo - Advento da RAZÃO - Antropocêntrico MOTIVO + ATO = CONSEQUÊNCIA DEONTOLÓGICA KANT CONSEQUENCIALISMO UTILITARISTA – PRAGMATISMO – HEDONISMO Pragmatismo: doutrina segundo a qual as idéias são instrumentos de ação, que só valem se produzem efeitos práticos. Utilitarismo: Corrente filosófica surgida no século XVIII, na Inglaterra, que afirma a utilidade como o valor máximo no qual a elaboração de uma ética deve fundamentar-se. O utilitarismo baseia-se na compreensão empírica de que os homens regulam suas ações de acordo com o prazer e a dor, perpetuamente tentando alcançar o primeiro e escapar à segunda. Hedonismo: É a tendência a buscar o prazer imediato, individual, como única e possível forma de vida moral, evitando tudo o que possa ser desagradável. O contrário do Hedonismo é a Anedonia, que é a perda da capacidade de sentir prazer, próprio dos estados gravemente depressivos. Hedonismo vem do grego hedoné, que significa prazer. Doutrina que considera que o prazer individual e imediato é o único bem possível, princípio e fim da vida moral. HUME: Definindo moralidade como aquelas qualidades que são aprovadas, em quem quer elas acontecem estar e por virtualmente todo mundo, Hume se dispõe a descobrir o fundo ou base mais ampla das aprovações. Essa base ele a encontra, - como ele encontra as bases da crença -, nos "sentimentos" e não nos "conhecimentos". As decisões morais são baseadas em sentimento moral. Sua ênfase é em altruísmo: os sentimentos morais que ele reivindica encontrar no homem, ele os traça, na maior parte, a um sentimento ou uma simpatia por alguém. É da natureza humana, ele sustenta, rir com o riso, e entristecer com os entristecidos e procurar o bem do outro tanto quanto o seu próprio. Não existe um bem supremo ao qual deva se conformar o comportamento humano, nem idéias morais inatas. A moralidade é um conjunto de qualidades aprovadas pela generalidade das pessoas. Essas qualidades seriam aprovadas conforme sua utilidade, ou o prazer que proporcionam (utilitarismo). A justiça deve todo o seu mérito à utilidade pública. Immanuel Kant Teórico Alemão de fundamental importância – Sec. XVIII “Se somos racionais e livres, por que valores, fins e leis morais não são espontâneos em nós, mas precisam assumir a forma do dever?” Responde Kant: porque não somos seres morais apenas. Também somos seres naturais, submetidos à causalidade necessária da Natureza. Nosso corpo e nossa psique são feitos de apetites, impulsos, desejos e paixões. Nossos sentimentos, nossas emoções e nossos comportamentos são a parte da Natureza em nós, exercendo domínio sobre nós, submetendo-se à causalidade natural inexorável. Conceitos Fundamentais: - DEVER: afirma Kant, o dever não se apresenta através de um conjunto de conteúdos fixos, que definiriam a essência de cada virtude e diriam que atos deveriam ser praticados e evitados em cada circunstância de nossas vidas. O dever não é um catálogo de virtudes nem uma lista de “faça isto” e “não faça aquilo”. O dever é uma forma que deve valer para toda e qualquer ação moral. Por isso, o dever é um imperativo categórico. Ordena incondicionalmente. Não é uma motivação psicológica, mas a lei moral interior. Imperativo Categórico: Age em conformidade apenas com a máxima que possas querer que se torne uma lei universal . Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais. A máxima afirma a universalidade da conduta ética, isto é, aquilo que todo e qualquer ser humano racional deve fazer como se fosse uma lei inquestionável, válida para todos e em todo tempo e lugar. A ação por DEVER é uma lei moral para o agente. Ética Deontológica A respeito do conceito de ideal, pode-se afirmar que I- um ideal não é uma unidade de medida. II- o ideal da teoria ética hedonista é o bem supremo. III- o ideal da teoria ética de Kant é o máximo prazer. a) apenas I b) apenas II c) apenas III d) apenas I e II e) apenas II e III A ética normativa de Kant propõe, como fundamento ultimo, o imperativo categórico que afirma, numa das suas formulações: “procede apenas segundo aquela máxima, em virtude da qual podes querer ao mesmo tempo que ela se torne em lei universal” O imperativo pretende garantir: I- a moralidade do agir II- a autonomia do agir III- a heteronomia do agir Esta(ao) correta(s) a(s) alternativa(s) a) apenas I b) apenas II c) apenas III d) apenas I e II e) apenas I e III Uma ação praticada por dever deve ter o seu valor moral, não no propósito que com ela se quer atingir, mas na máxima que a determina; não depende portanto da realidade do objeto da ação, mas somente do princípio do querer segundo o qual a ação, abstraindo de todos os objetos da faculdade de desejar, foi praticada. (Kant. Fundamentação da metafísica dos costumes.Coleção Os Pensadores.) De acordo com essa passagem, pode-se concluir que o valor da ação moral em Kant é determinado A)pelos objetos que orientam a faculdade de desejar. B)por sua subordinação ao princípio do querer em geral. C)pela validade objetiva dos objetos. D)por sua subordinação à vontade subjetivamente determinada. E)por sua conformidade ao dever. Período Contemporâneo -Ética Existencial -Bioética: CIÊNCIA x ÉTICA A Ética é instrumento REGULADOR do avanço científico. Necessidade é o termo empregado para referir-se ao todo da realidade, existente em si e por si, que age sem nós e nos insere em sua rede de causas e efeitos, condições e conseqüências. Determinismo é o termo empregado, a partir do século XIX, para referir-se à realidade conhecida e controlada pela ciência e, no caso da ética, particularmente ao ser humano como objeto das ciências naturais (química e biologia) e das ciências humanas (sociologia e psicologia), portanto, como completamente determinado pelas leis e causas que condicionam seus pensamentos, sentimentos e ações, tornando a liberdade ilusória. SARTRE: acredita na capacidade de todo indivíduo de escolher as suas atitudes, objetivos, valores e formas de vida. É uma ilusão a crença de que os valores existem objetivamente no mundo, em vez de serem criados apenas pela escolha humana. Recomenda honestidade, ou seja, que façamos nossas escolhas individuais com plena consciência de que são autenticamente nossas e nada as determina por nós. Parece assim que Sartre, a partir das próprias premissas, teria que elogiar o homem que escolhe devotar a vida à exterminação dos judeus, contanto que ele escolha isso com plena consciência do que está fazendo. Porém, paradoxalmente, a "sinceridade" que iria contraporse à má fé, não é inteiramente possível. O ideal de sinceridade completa parece condenado ao fracasso por dois motivos. Primeiro, uma vez que não podemos ser simplesmente objetos observados e corretamente descritos, não podemos ser considerados, nem por nós mesmos, como honestos. Segundo, por que se é sincero no mal. Assim sendo, o único valor fundamental e universal para o existencialismo é a liberdade. Diz Sartre "Não pode haver uma justificativa objetiva para qualquer outro valor". A única recomendação positiva que Sartre pode fazer é que deveríamos evitar a má fé e procurar fazer escolhas autênticas. Habermas: Um dos mais importantes filósofos alemães do século XX, nasceu em Gummersbach, a 18 de Junho de 1929. Fez cursos de filosofia, história e literatura, interessou-se pela psicologia e economia (Universidades de de Gotingen- com Nicolai Harttman-, de Zurique e de Bona). Em 1954 doutorou-se em filosofia na universidade de Bona. Estudou com Adorno e foi assistente no Instituto de Investigação Social de Frankfurt am Main (1956-1959). Em 1961 obtém licença para ensinar (Universidade de Marburg) e, em seguida, é nomeado professor extraordinário de filosofia da Universidade de Heidelberg (1961-1964), onde ensinava Hans Geor Gadamer. Foi nomeado depois professor titular de filosofia e sociologia da Universidade de Frankfurt am Main (1964-1971). Desde 1971 é co-director do Instituto Max Plank para a Investigação das Condições de Vida do Mundo Técnico-Científico, em Starnberg. Habermas foi durante os anos 60 um dos principais teóricos e depois crítico do movimento estudantil. É considerado um dos últimos representantes da escola de Frankfurt. É necessário ter claro o que significa razão prática para o autor. Habermas toma este conceito de Kant. A razão prática é a razão humana, a capacidade de pensar e raciocinar enquanto está voltada para o agir. O termo prática tem precisamente este sentido, de mostrar qual o princípio que a orienta. Ao contrário, nossa capacidade de pensar e raciocinar voltada apenas para a atividade intelectual é denominada por Kant de razão teórica. A Ética da Razão Comunicativa é uma teoria moral que procura fornecer um novo princípio moral que oriente nossas ações em contextos sociais estruturados. É uma teoria moral cognitivista, que dá continuidade ao princípio moral enunciado por Immanuel Kant no seu imperativo categórico. A Ética da Razão Comunicativa foi proposta por Karl Otto Apel seguindo um referencial kantiano, e posteriormente continuada por Jurgen Habermas. Esta teoria moral parte do pressuposto de que a linguagem é o meio de interação entre a Filosofia, a Sociologia e a Psicologia. Ética da Razão Comunicativa se baseia em três regras básicas: Regra da Inclusão "Todo e qualquer sujeito capaz de agir e falar pode participar de discursos." Regra da Participação "Todo e qualquer participante de um discurso pode problematizar qualquer afirmação, introduzir novas afirmações, exprimir suas necessidades, desejos e convicções." Regra da Comunicação Livre de Violência e Coação "Nenhum interlocutor pode ser impedido, por forças internas ou externas ao discurso, de fazer uso pleno de seus direitos, assegurados nas duas regras anteriores." Razão Comunicativa = Razão Reflexiva Ética Comunicativa Pensadores e a Ética Descartes: reconhece o corpo humano como a mais perfeita das máquinas; trabalha por impulsos naturais, - o que é hoje chamado reflexos condicionados -, mas os efeitos destes instintos automáticos e desejos podem ser controlados ou modificados pela mente, pelo poder da vontade racional. A higiene do corpo é importante, mas há igualmente a necessidade de uma higiene mental, a qual é baseada no conhecimento verdadeiro dos fatores psicológicos que condicionam o comportamento. A mente necessita do treinamento do "bom senso" e a aquisição de sabedoria, o que por sua vez depende do conhecimento das verdades da metafísica a qual, a metafísica, por seu turno, inclui o conhecimento de Deus. Descartes assim conclui que a atividade moral está baseada no conhecimento verdadeiro dos valores, ou seja, em idéias claras e distintas garantidas por Deus, do valor relativo das coisas. HOBBES: A vontade obedece à razão, segundo o racionalismo clássico. Porém, para Hobbes, A ÉTICA é apenas apetite. Um determinismo mecanicista regeria não só os movimentos do universo como também a atividade psicológica do homem. O livre arbítrio não passaria de ilusão: seria apenas uma ex pressão destinada a ocultar a ignorância das verdadeiras causas das decisões humanas. Porém, qualquer que seja seu fundamento, a contenção interna implica uma ética. No nível das relações morais, é preciso que cada um segundo Hobbes - "não faça aos outros o que não gostaria que fizessem a si"; é preciso evitar a in gratidão, os insultos, o orgulho, enfim, tudo o que prejudique a concórdia . Numa das suas primeiras obras, Origem da Tragédia (1871), Nietzsche distingue na cultura Grega dois princípios fundamentais, e que irão servir de matriz para analisar a cultura Européia: o Apolíneo e Dionisíaco. F. Nietzsche (1844-1900) O princípio Apolíneo (do deus Apolo), simboliza a serenidade, claridade, medida, racionalidade. Corresponde à imagem tradicional da Grécia Clássica e que aparece frequentemente associada às figuras de Sócrates e Platão. O Dionisíaco (do deus Dioniso), simboliza as forças impulsivas, o excesso transbordante, o erotismo, a orgia, a afirmação da vida e dos seus impulsos (força, vontade). Estes dois princípios estavam presentes na tragédia e na cultura grega, antes da influência de Sócrates se fazer sentir. Ele submete os impulsos vitais e a sua energia excessiva aos constrangimentos da razão. Esta viragem na filosofia coincide com aquilo que Nietzsche considera a decadência da tragédia, preconizada por Euripedes, mas também ligada ao aparecimento da comédia. A partir de Sócrates-Platão a cultura ocidental seria marcada pela repressão dos instintos vitais e a negação do prazer. Super-homem: Nietzsche, como dissemos, opõem-se a todas as idéias igualitaristas, humanitaristas e democráticas. De acordo com o seu pensamento as mesmas apresionam o Homem, não o libertam. O seu modelo de Homem está nos príncipes do Renascimento: valente, hábil, sem moral (acima do Bem e do Mal), apenas se guiando pela sua vontade de poder, a sua energia vital. O super-homem é aquele que aceita a vida como ela é: incerta, conflituosa e sem ilusões. Ele aceita as forças cósmicas incertas e contraditórias que os outros negam e temem Moral de Senhores e Moral de Escravos A libertação do homem exige um combate sem tréguas contra a moral dos escravos. Em primeiro lugar critica a moral socrática, que subordina tudo à razão. A seguir condena a religião e a moral cristã que enaltece os fracos, apela à compaixão e à resignação dos homens, promete recompensas num mundo no além que não existe, estimulando a inveja pelos poderosos. Condena igualmente a moral do dever de Kant, e a ética utilitarista.Nesta crítica Nietzsche realiza uma minuciosa análise linguística, histórica e psicológica dos conceitos e das práticas que suportam estas concepções morais. A moral dos senhores, a do Super-homem, valoriza a força, a irrupção dos impulsos vitais, a vontade de poder. Nietzsche chega inclusive a valorizar a guerra, pois durante esta criam-se especiais oportunidades para a manifestação de virtudes nobres, como a valentia ou a generosidade dos guerreiros. DEPOIS DE TUDO ISSO: RESTA UMA CERTEZA... OS MELHORES.