Bulimia

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Colégio Estadual de Caldas Novas
Departamento de Educação Física
Conteúdo do 4º bimestre
2º ano
Ensino médio
Bulimia
Professor Cristofer A. Masetti
CREF – 000009-G/GO
Bulimia
*O que é?
*Generalidades.
*Como é o bulímico?
*Problemas Clínicos.
*Tratamentos.
O que é a bulimia?
É o transtorno alimentar caracterizado por episódios
recorrentes de "orgias alimentares", no qual o paciente come
num curto espaço de tempo, grande quantidade de alimento
como se estivesse com muita fome.
O paciente perde o controle sobre si mesmo e depois tenta
vomitar e/ou evacuar o que comeu, através de artifícios como
medicações, com a finalidade de não ganhar peso.
Generalidades
Existe uma tendência popular em achar que a bulimia é o contrário da anorexia.
A rigor o contrário da anorexia seria o paciente achar que está muito magro e
precisa engordar, vai ganhando peso, tornando-se obeso e continua a julgar-se magro e
continua comendo. Isso seria o oposto da anorexia, mas tal quadro psiquiátrico não
existe.
Na bulimia o paciente não quer engordar, mas não consegue conter o impulso para
comer por mais do que alguns dias. O paciente com bulimia tipicamente não é obeso
porque usa recursos extremos para eliminar o excesso ingerido.
Enquanto a comunidade psiquiátrica mundial não reconhecer o binge como uma
patologia à parte seremos obrigados a admitir que há 2 tipos de pacientes com bulimia:
Os que tentam eliminar o excesso ingerido por vômitos ou laxantes e;
Os pacientes bulímicos que não fazem isso e acabam engordando, esse segundo
tipo pode vir a constituir num outro transtorno alimentar,. o Binge
Os pacientes com bulimia geralmente apresentam 2 a 3 episódios por semana, o
que não significa que no resto do tempo esteja bem. Na verdade esses episódios só
não são diários ou mesmo mais de uma vez ao dia porque o paciente está
constantemente lutando contra eles. Esses pacientes pensam em comer o tempo todo.
A média de fracassos na tentativa de conter o impulso são duas vezes por semana.
Como é o bulímico?
Basicamente é um paciente com vergonha de seu problema, com sentimento de
inferioridade e auto-estima baixa. O paciente reconhece o absurdo de seu
comportamento, mas por não conseguir controlá-lo sente-se inferiorizado, incapaz de
conter a si mesmo, por isso vê a si como uma pessoa desprezível. Procura esconder
dos outros seus problemas para não o desprezarem também.
Os pacientes bulímicos geralmente estão dentro do seu peso ou um pouco acima.
Tentativas de dieta estão sempre sendo realizadas. Tentativas de adaptar os afazeres e
compromissos rotineiros com os episódios de ingestão e auto-indução de vômito
tornam seu estilo de vida bizarro, pois os episódios devem ser feitos às escondidas,
mesmo das pessoas íntimas.
Uma alternativa para a manutenção de seu problema escondido é a opção pelo
isolamento e distanciamento social, que por sua vez gera outros problemas. A
Bulimia geralmente ocorre no adolescente, predominantemente nas mulheres. Os
assuntos preferidos são relacionados a técnicas de emagrecimento. É comum o
comportamento de esconder alimentos para futuros episódios.
É interessante notar que a bulimia não constitui uma completa perda do controle.
O paciente consegue planejar seus episódios, esperar para ficar sozinho e guardar
alimentos, por exemplo. Essa incapacidade parcial é intrigante para os leigos. Muitas
vezes os maridos das pacientes julgam que a paciente faz tudo porque quer e critica a
esposa aumentando sua culpa. Essa atitude deve ser evitada, pois além de não ajudar,
atrapalha diminuindo ainda mais a auto-estima da paciente que sucumbe aos esforços
por tratar-se. A bulimia muitas vezes sucede aos episódios de anorexia.
Problemas Clínicos
Os repetidos episódios de auto-indução do vômito geram problemas
noutros sistemas do corpo. Ao se vomitar não se perde apenas o que se
comeu, mas os sucos digestivos também. Isso pode acarretar desequilíbrio
no balanço dos eletrólitos no sangue, afetando o coração, por exemplo, que
precisa de um nível adequando dessas substâncias para ter seu sistema de
condução elétrica funcionando.
As repetidas passagens do conteúdo gástrico (que é muito ácido) pelo
esôfago, acabam por ferí-lo, podendo provocar sangramentos.
Casos extremos de rompimento do estômago, devido ao excesso
ingerido com muita rapidez, já foram descritos várias vezes.
O intestino grosso pode sofrer conseqüências pelo uso repetido de
laxantes como constipação crônica, hemorróidas, mal estar abdominal ou
dores.
Tratamento
Os antidepressivos tricíclicos já foram testados e apresentaram
respostas parciais, ou seja, os pacientes melhoram, mas não se recuperam
completamente.
Carbamazepina e o lítio também foram testados com uma resposta ainda
mais fraca. Os antidepressivos IMAO também apresentam uma melhora similar
a dos tricíclicos, porém melhor tolerado pelos pacientes por terem menos
efeitos colaterais.
Mais recentemente os antidepressivos inibidores da recaptação da
serotonina vêem sendo estudados com boas respostas, mas não muito
superiores às dos tricíclicos.
Os estimulantes por inibirem o apetite também apresentaram bons
resultados, mas há poucos estudos a respeito para se embasar uma conduta
terapêutica.
Muitos pacientes só com psicoterapias apresentam remissão completa.
Não há uma abordagem especialmente recomendada. Pode-se indicar a
psicanálise, a terapia cognitivo-comportamental, terapias de grupo, grupos de
auto-ajuda, psicoterapias individuais.
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