globalização - Colégio Santos Anjos – Juiz de Fora

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GLOBALIZAÇÃO
Embora tenha suas origens mais
imediatas na expansão econômica
ocorrida após a Segunda Guerra e na
Revolução Técnico-científica ou
Informacional, a globalização é a
continuidade do longo processo
histórico de mundialização capitalista,
que vem desde a expansão marítima
europeia – Grandes Navegações.
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Ela é consequencia do avanço tecnológico,
especialmente da modernização dos sitemas de
transportes e telecomunicações, que promoveu
a aceleração de diversos fluxos: informação,
capitais, mercadorias e pessoas.
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A globalização é um fenômeno
multidimensional. Apresenta uma faceta
econômica, a mais evidente e perceptível, mas
também possui outras dimensões: social,
cultural, política etc.
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Entretanto, todas essas dimensões se materializam no
espaço geográfico em suas diversas escalas: mundial,
nacional, regional e local.
Os lugares que formam o espaço geográfico mundial
estão conectados a uma rede de fluxos, controlada a
partir de poucos centros de poder econômico e
político. Mas não são todos os lugares que estão
integrados ao sistema-mundo.
Os fluxos da globalização se dão em rede, mas seus
nós mais importantes são os lugares que dispõem dos
maiores mercados consumidores e das melhores
infraestruturas ( hoteis, bancos, bolsas de valores,
aeroportos, sistemas de telecomunicações, terminais
portuários etc.)
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Na atual fase da globalização, ao contrário do que
ocorreu com as demais, a expansão do capitalismo
pode prescindir da invasão e da ocupação territorial.
Nas fases colonialista e imperialista, o controle do
território onde seriam explorados os recursos naturais
eram fundamental.
Na era da globalização a expansão capitalista é
silenciosa, sutil e mais eficaz. Trata-se de uma
“invasão” de mercadorias, capitais, serviços,
informações e pessoas.
As novas “armas” são a agilidade e a eficiência das
telecomunicações, dos transportes e do
processamento de informações, graças aos satélites de
comunicação, à informática, à internet etc.
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A “guerra” acontece nas bolsas de valores, de mercadorias e de
futuros em todos os mercados do mundo e em todos os setores
econômicos. As estratégias e táticas são traçadas nas sedes das
grandes corporações multinacionais, dos grandes bancos, das
corretoras de valores e de outras instituições e influenciam
quase todos os países.
A “invasão” mais típica da globalização é a dos capitais
especulativos - hot money- que, em busca de alta lucratividade
no curtíssimo prazo, movimentam-se com grande rapidez pelo
sistema financeiro mundial.
Os capitais especulativos são prejudiciais às economias porque
quando algum mercado se torna instável ou menos atraente os
investidores transferem seus recursos rapidamente, e os países
onde o dinheiro estava aplicado entram em crise financeira
A expansão das multinacionais
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As multinacionais, também chamadas de
transnacionais, são empresas que se caracterizam por
desenvolver uma estratégia de atuação internacional a
partir de uma base nacional.
Os governos dos Estados nos quais têm suas sedes em
geral lhes dão suporte econômico e político na
competição internacional. Isso porque, embora grande
parte das operações dessas empresas se deem fora
dele, as decisões estratégicas, o controle acionário e
mesmo a maior parte da pesquisa e desenvolvimento
permanecem no território do país onde está sua base.
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Algumas multinacionais cresceram tanto que
possuem um faturamento maior que o PIB da
maioria dos países do mundo, o que lhes assegura
muito poder econômico e político.
Poder econômico para controlar e manipular
mercados visando ao aumento de seus lucros; poder
político para interferir no governo em benefício de
seus interesses.
Embora as multinacionais gerem empregos, renda e
impostos nos lugares em que se instalam, muita
vezes algumas delas desrespeitam as leis que lhe são
desfavoráveis e não demonstram preocupação com a
saúde pública, a preservação do meio ambiente e as
condições de trabalho de seus empregados.
AS MAIORES TRANSNACIONAIS DO
MUNDO
1ª General Eletric
2ª Vodafone
3ª Royal Dutch / Shell
4ª British Petroleum
5ª Exxon Mobil
6ª Toyota Motor
EUA
Reino Unido
Países Baixos /Reino Unido
Reino Unido
EUA
Japão
United Nations Conference -2007
As multinacionais têm várias possibilidades de
ação para se expandir mundialmente. Podem:
- construir novas unidades no exterior: a Toyota
têm construído novas fábricas nos EUA, Brasil
ou ampliar as já existentes;
- adquirir empresas estatais em processos de
privatização: a Petrobras adquiriu as
petrolíferas privadas argentinas;
- adquirir empresas privadas no exterior: a Fiat
comprou a norte-americana Chrysler, que
estava à beira da falência.
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O país emergente que mais está se expandindo
pelo mundo, seja comprando empresas
nacionais, seja montando novos negócios é a
China. A expansão chinesa deixa os neoliberais
desconcertados porque a maior parte de suas
multinacionais são estatais. Ou seja,
companhias controladas pelo governo chinês
estão comprando empresas privadas pelo
mundo todo. As corporações chinesas não se
orientam apenas pelo interesse econômico
imediato mas também por interesses
estratégicos de longo prazo.
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Paralelamente à globalização da produção, do
turismo e do consumo, ocorre uma “invasão”
cultural, constituída, pelo menos em sua forma
hegemônica, de uma cultura de massa que se
origina sobretudo nos Estados Unidos, a nação
mais poderosa e influente do planeta, e se
difunde pelos meios de comunicação de massa
mundializados. O American way of life (estilo
de vida americano) é difundido, por exemplo,
pelos hábitos de consumo, fast food, filmes de
Hollywood, jogos, seriados etc.
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FRAGMENTAÇÃO DO PROCESSO
PRODUTIVOS
A busca de maior produtividade e menores
custos levou as multinacionais a fragmentarem
o processo produtivo.
A fragmentação do processo produtivo e a
redução de tarifas alfandegárias aumentou o
lucro das multinacionais e o crescimento do
comércio mundial.
Isso foi possível devido aos avanços nos
transportes e telecomunicações.
Vantagens para as multinacionais se instalarem
nos países subdesenvolvidos:
 Mão de obra barata;
 Recursos minerais em abundância;
 Baixos custos;
 Legislações trabalhistas e ambientais pouco
rígidas;
 Amplo mercado consumidor;
 Isenção fiscal.
OBRIGADA!!!
Fonte:Geografia Geral e do Brasil – Espaço Geográfico e Globalização
SENE, Eustáquio de & MOREIRA, João Carlos
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