Procura e comportamento do consumidor

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Instituto Superior de Engenharia de Lisboa
Procura e comportamento
do consumidor
Economia: Aula P10
Prof. Jorge Mendes de Sousa
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ECONOMIA – Procura e comportamento do consumidor
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Procura e comportamento do consumidor
Conteúdo
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1.
Introdução
2.
Elasticidade preço da procura
3.
Escolha e teoria da utilidade
4.
Excedente do consumidor
5.
Tópicos para discussão
ECONOMIA – Procura e comportamento do consumidor
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Elasticidade preço
Elasticidade preço da procura, procura elástica e inelástica
1.
Elasticidade preço da procura
A elasticidade preço da procura (por vezes designada por
elasticidade preço) mede a variação da quantidade procurada
de um bem quando o seu preço varia. A definição exacta de
elasticidade é a variação percentual da quantidade
procurada dividida pela variação percentual do preço.
2.
Procura elástica
Quando a elasticidade preço de um bem tem um valor elevado,
diz-se que o bem tem uma procura elástica, o que significa que
a quantidade procurada reage fortemente a variações do preço.
3.
Procura inelástica ou rígida
Quando a a elasticidade de um bem é fraca, diz-se que a
procura desse bem é inelástica (ou rígida) pois responde pouco
a variações do preço.
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Elasticidade preço
Exemplo
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Elasticidade preço
Considerações relativas ao cálculo da elasticidade
1.
Retirar sinais negativos
Retiram-se os sinais negativos tratando todas as variações
percentuais como positivas. Isto faz com que as elasticidades
sejam sempre positivas ainda que os preços e as quantidades
evoluam em sentido contrário devido à inclinação negativa da
procura.
2.
Insensível às unidades
A definição de elasticidade usa a variação percentual do preço e
quantidade pelo que alterações nas unidades de medida não
alteram o valor da elasticidade.
3.
Valores médios como referência
O valor usado como denominador na da variação percentual é o
valor médio do intervalo de variação.
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Elasticidade preço
Procura elástica, de elasticidade unitária e rígida
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Elasticidade preço
Elasticidade e receita – Figura 4-2
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1.
Quando a procura é rígida em relação ao preço,
uma redução do preço reduz a receita total
2.
Quando a procura é elástica em relação ao preço,
uma redução do preço aumenta a receita total
3.
No caso fronteira de procura com elasticidade
unitária, uma redução do preço não tem qualquer
efeito na receita total
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Elasticidade preço
Paradoxo da receita extraordinária - Problema
Imagine um ano favorável para a agricultura. Um Inverno
frio matou os infestantes; a Primavera chegou cedo para a
plantação; não houve geadas devastadoras; a chuva veio na
altura certa; e um Outono soalheiro permitiu que uma
colheita recorde chegasse ao mercado. No fim do ano a
família Silva reúne-se alegremente para calcular o seu
rendimento anual.
Mas a surpresa foi enorme para os Silva:
O bom tempo e a colheita recorde tinham reduzido o
seu rendimento e o dos outros agricultores !!!
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Elasticidade preço
Paradoxo da receita extraordinária - Solução
A procura de produtos alimentares básicos como o trigo
e o milho tende a ser rígida.
Deste modo, o consumo varia muito pouco com o preço,
pelo que os agricultores, no seu todo, têm uma receita
total menor quando a colheita é boa do que quando a
colheita é má.
O aumento da oferta resultante da colheita abundante
tende a diminuir (muito) o preço, mas o menor preço
não faz aumentar muito a quantidade procurada (devido
à rigidez da procura).
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Escolha e teoria da utilidade
Utilidade do consumidor
Utilidade do consumidor
A utilidade refere-se à forma como os consumidores fazem a
hierarquia dos diferentes bens e serviços (em função da
satisfação que proporcionam).
A utilidade é uma construção económica que permite
compreender como os consumidores racionais repartem os
seus recursos limitados entre os bens que lhes
proporcionam satisfação.
A teoria da procura considera que os consumidores
maximizam a sua utilidade, o que significa que escolhem o
conjunto de bens que mais lhes agrada.
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Escolha e teoria da utilidade
Utilidade marginal
Utilidade marginal
Utilidade marginal corresponde à utilidade
adicional que se consegue com o consumo de
uma quantidade adicional de um bem.
Lei da utilidade decrescente
Segundo a lei da utilidade decrescente, à
medida que a quantidade consumida de um
bem aumenta a utilidade marginal desse bem
tende a diminuir
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Escolha e teoria da utilidade
Utilidade e utilidade marginal decrescente
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Escolha e teoria da utilidade
Utilidade e utilidade marginal decrescente
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Escolha e teoria da utilidade
Princípio da igualdade da utilidade marginal
Igualdade da utilidade marginal
A condição fundamental para a maximização da utilidade
é a igualdade das utilidades marginais por unidade
monetária.
Um consumidor com um rendimento fixo e perante os
preços de mercado atingirá a utilidade máxima quando a
utilidade marginal da última unidade monetária
despendida em cada bem for exactamente igual à
utilidade marginal da última unidade monetária
despendida em qualquer outro bem.
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Escolha e teoria da utilidade
Substitutos e complementos
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1.
Dois bens dizem-se substitutos se o aumento do
preço de um leva ao aumento da procura do outro
(exemplo: vaca e frango)
2.
Dois bens dizem-se complementares se o
aumento do preço de um leva à diminuição da
procura do outro (exemplo: automóveis e gasolina)
3.
Dois bens dizem-se independentes se a variação
do preço de um não afectar a procura do outro
(exemplo: petróleo e arroz)
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Excedente do consumidor
A satisfação do consumidor é superior à quantia paga
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Tópicos para discussão
1.
Explique o que sucede à receita total quando quantidade procurada
aumenta no caso da procura ter uma elasticidade unitária
2.
Classifique a relação entre cada
complementares, independentes):
a.
3.
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par
de
bens
(substitutos,
Peru e molho; Petróleo e carvão; Electricidade e gás (difícil);
Universidade e livros; Sapatos e atacadores; Sal e café
Admita que a procura para a travessia de uma ponte toma a forma Q =
1 000 000 - 50 000 P, em que Q é o número de travessias da ponte e P
é o valor monetário da portagem.
a.
Calcule o excedente do consumidor no caso da portagem ser € 1 e
para o caso de ser € 20.
b.
Calcule o valor da portagem que permite ao dono da ponte atingir o
ponto crítico sabendo que a ponte custa € 1 800 000. Qual o
excedente do consumidor neste caso?
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