Semana Estadual de Segurança e Saúde no Trabalho Curitiba/ Paraná 27 a 30 de Abril de 2009 Amianto Elver Andrade Moronte Médico do Trabalho Abril 2009 Amianto / Asbesto • Fibra mineral natural extraída de certas rochas • Formas na natureza: 1. serpentinas(amianto branco) e 2. anfibólios(amiantos marrom, azul e outros), sendo que a primeira - serpentinascorrespondem a mais de 95% de todas as manifestações geológicas no planeta. Amianto - Asbesto Origem dos nomes (latino e grego): Relação com suas principais características físico-químicas, incorruptível e incombustível Amianto - Propriedades físico-químicas: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. alta resistência mecânica e às altas temperaturas, incombustibilidade, boa qualidade isolante, durabilidade, flexibilidade, indestrutibilidade, resistente ao ataque de ácidos, álcalis e bactérias, 8. facilidade de ser tecida etc... Amianto – uso industrial Fibra mineral natural sedosa, abundante na natureza Uso industrial Amianto e saúde “Hipótese dos Anfibólios” Anfibólios X Crisotila • Patogenicidade semelhante Amianto e CÂNCER • IARC (Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer) – OMS • Grupo 1: comprovadamente cancerígeno em humanos www.iarc.fr Saúde X Amianto • • • • • • • Fibrose pulmonar (ASBESTOSE) Fibrose pleural Placas pleurais Derrame pleural Câncer broncopulmonar Mesotelioma maligno de pleura Câncer de laringe Sistema Respiratório • Vias respiratórias superiores • Vias respiratórias inferiores • Pulmões • Pleura ASBESTOSE (1) • Fibrose intersticial difusa com corpos asbestóticos no interior do parênquima pulmonar • Latência 10 anos • Dose resposta (?) ASBESTOSE (2) • Evolução lenta e progressiva (afastamento não interrompe a doença): Insuficiência respiratória, cor pulmonale, óbito • Maior chance de câncer de pulmão Câncer de pulmão • Latência: maior que 20 anos • Relação dose-resposta • Adenocarcinoma • Células escamosas • Sinergismo com TABAGISMO Mesotelioma maligno de pleura • Latência: 30-40 anos • Fatores: tabagismo, asbestose, placas pleurais • Relação com a natureza da exposição (NÃO relacionada ao tempo de exposição/ dose) Mesotelioma maligno • Dor no tórax • Emagrecimento importante • Alto grau de malignidade • Sobrevida menor que 12 meses • Tratamento apenas paliativo Mesotelioma maligno de pleura HC-UFMG: Caso 1 - 2004 Mesotelioma maligno de pleura HC-UFMG: Caso 2 - 2005 Limites de exposição • ACGIH • NR 15 • Condição de Segurança?? (uso “seguro”) OSHA – Avaliação de risco Exposição 2 fibras/cm³ 0,2 fibras/cm³ 0,1 fibras/cm³ Mortes esperadas 64 mortes por 1000 trabalhadores 6,7 mortes por 1000 trabalhadores 3,4 mortes por 1000 trabalhadores Mesotelioma maligno • Ocorrência esperada: 1-2 casos/milhão de habitantes/ano – EUA: 10 casos/milhão hab./ano – África do Sul: 7,2 casos/milhão hab./ano – Austrália: 15,8 casos/milhão hab./ano • Brasil: (??) silêncio epidemiológico Silêncio epidemiológico Germania A. Pinheiro: “Mortality from Pleural Mesothelioma in Rio de Janeiro, Brazil, 1979/2000: estimation from Death Certificates, Hospital records and Histopathologic assessments” Int J Occup Environ health 2003;9:147-152 83 casos estimados Amianto - caminhos • Problema de saúde pública • Diagnóstico e acompanhamento dos expostos • Banimento X uso “seguro”