O Estabelecimento da Guerra Fria; China e Coreia Coexistência Pacífica Descolonização afro-asiática Oriente Médio Final da Segunda Guerra Mundial: duas potências surgem como grandes vencedoras do conflito – EUA e UNIÃO SOVIÉTICA; Norte-Americano: libertaram os países da Europa Ocidental do domínio nazista e derrotaram o Japão na Ásia; EUA: poder militar superior a qualquer outro país – eram os únicos possuidores de armas nucleares e apresentavam a economia mais forte do planeta; União soviética: libertou a Europa Oriental do domínio nazista , sendo a principal responsável pela derrota do exército alemão; Apesar da União Soviética ter sido devastada, suas forças armadas eram poderosas e, já em 1949, o país passava a dominar a tecnologia bélica nuclear, contrapondo-se aos EUA; Sistemas econômicos antagônicos: capitalismo e socialismo – disputas só cresciam; Duas superpotências: confronto se chamou “Guerra Fria”; Confronto entre as superpotências: nunca resultou num conflito armado total e direto entre Estados Unidos e União Soviética; Início Oficial: Março de 1947 – o presidente norteamericano Harry Truman afirmou que os EUA defenderiam qualquer nação “livre” que tentasse resistir às tentativas de “dominação”; Doutrina Truman: um movimento em defesa das nações capitalistas que se sentissem ameaçadas pelo comunismo; 1947 – comprometimento dos EUA com a “defesa” das nações capitalistas foi reforçado pelo PLANO MARSHALL; PLANO MARSHALL: visava recuperar e reconstruir a Europa Ocidental (capitalista), devastada pela guerra, por meio da ajuda dos investimentos norte-americanos; União Soviética: em represália procurou articular os Partidos Comunistas , por meio do KOMINFORM, e, em 1949, lançou o COMECON, que procurou integrar as economias da Europa Oriental (socialista); Consolidava-se assim a separação entre Leste/Oeste na Europa, com o surgimento desses dois blocos; Essa expressão foi criada pelo primeiro-ministro inglês Winston Churchill, ao referir-se às fronteiras definidas pela divisão da Europa pós-Guerra em duas áreas adversas; Pontos de atrito iniciais: (A) Questão da Grécia; (B) Questão de Berlim; GRÉCIA: 1947-1949 – violenta guerra civil envolvendo o governo pró-Ocidente e a guerrilha comunista – o apoio militar e econômico dos EUA foi decisivo para a derrota comunista; BERLIM: 1948 – transformou-se num grande foco de tensão entre as superpotências, pois o TRATADO DE POTSDAM (1945) havia criado uma situação delicada, na qual tropas de ocupação norteamericanas, inglesas e francesas ocupariam parte da cidade, dentro da Alemanha Oriental, socialista; Deste modo, criava-se Berlim Ocidental, uma “ilha” capitalista em meio a um país socialista; Soviéticos: situação insustentável – metade capitalista passou a receber recursos do Plano Marshall, enquanto o lado oriental permanecia estagnado; 1948: Bloqueio de Berlim: fecharam-se todas as rotas terrestres até a cidade; Abastecimento aéreo realizado pelas nações capitalistas manteve Berlim Ocidental sob o seu controle; 1961: por decisão soviética foi construído o Muro de Berlim separou fisicamente as duas partes da cidade, transformando-se no principal símbolo da Guerra Fria e da separação da Alemanha em dois países; 1949: Criação da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) – uma aliança militar entre Estados Unidos, Canadá e as principais nações capitalistas da Europa Ocidental (Inglaterra, Itália e Alemanha Ocidental); 1957: criada a Comunidade Econômica Europeia (CEE), ou Mercado Comum Europeu – passou a promover a união econômica entre os países capitalistas da região; 1955: em resposta à OTAN surge o PACTO DE VARSÓVIA – aliança militar entre a União Soviética e os países do Leste Europeu; Disseminação da ideia de que qualquer ideia oposicionista ao governo seria um sinal de apoio aos comunistas – seria considerado um gesto antiamericana, de traição nacional; Processos, delações, muitas vezes forjados, instalando o pânico na sociedade norte-americana em relação ao comunismo; Era a “caça às bruxas”, sob a liderança do senador Joseph MacCarthy; Esse quadro de prisões, acusações e perseguições foi conhecido como Macarthismo e ganhou força em quase todo o país refluindo no final dos anos 1950. 1949: triunfou a Revolução Socialista na China; Origem: organização do Partido Comunista Chinês, na década de 1920, lutas contra o Imperialismo e ao Partido do KUOMITANG, Partido Nacionalista Chinês; 1930: consolidação da liderança de Mao Tsé-tung; 1934-1935: Mao liderou a Grande Marcha – deslocamento dos comunistas para bases no interior do país, em meio às perseguições do presidente Chiang Kaishek, do Kuomintang; Japão invadiu a China em 1931 – dominando vastas áreas até o final da Segunda Guerra Mundial; 1945: tropas do Partido Comunista Chinês, vitoriosas, entraram em Pequim, proclamando a República Popular da China; Chiang KaiShek e os nacionalistas retiraram-se para a Ilha de Formosa (Taiwan - China Nacionalista), onde, graças à proteção Militar norte-americana, mantiveram um regime capitalista; CORÉIA: País foi palco do primeiro grande confronto armado multinacional da Guerra Fria; Colonizada pelo Japão, a Coreia foi dividida em duas partes ao final da Segunda Guerra Mundial: Sul (capitalista) e Norte (comunista); A vitória da Revolução Comunista na China e o apoio de parte da população do Sul levaram ao governo do Norte a buscar a unificação do país à força; 1950: Norte invadiu o Sul, desencadeando a Guerra da Coréia – EUA intervieram com o envio de tropas sob o comando do general MacArthur; O conflito se intensificou a partir da intervenção chinesa – logo tropas norte-americanas e chinesas se enfrentavam na península coreana; Guerra da Coréia estendeu-se até 1953 quando foi assinado o cessar-fogo (PAZ DE PAN MUNJON) – restabelecendo praticamente as fronteiras originais entre as duas Coréias, ao longo do paralelo 38; 1970: Coréia do Sul passou a receber maciços investimentos estrangeiros, direcionando esses recursos para a educação e indústria, notadamente o setor exportador; Potência Industrial: na década de 1990 foi considerada um dos “Tigres Asiáticos” – siderurgia, construção naval, automobilística, produtos eletrônicos; Stalin morre em 1953 e Nikita Kruschev assume o poder na União Soviética; 1956: durante o XX Congresso dos PCUS (Partidos Comunistas da União Soviética), Kruschev denunciou os crimes cometidos durante a época de Stalin, repudiou o culto à personalidade stalinista e propôs a “desestalinização” do país, por meio da descentralização administrativa e do aumento da produção de bens de consumo; Os objetivos passavam a ser o bem-estar da população e a rejeição da à tese da guerra inevitável contra o capitalismo, propondo em seu lugar a COEXISTÊNCIA PACÍFICA; Objetivo: diminuir a tensão entre as duas superpotências – mas a coexistência implicava em certos riscos políticos para a União Soviética; Os países do Leste Europeu poderiam interpretar tal política como liberalizantes e, a partir daí, tentar tomar um rumo próprio; Isso era inaceitável para a União Soviética: surgiram conflitos; 1956: Agitações na Polônia e principalmente na Hungria; Líder húngaro Imre Nagy quis afastar o país do Pacto de Varsóvia, o que acabou provocando uma violenta invasão soviética no país; 1962: EUA e União Soviética chegaram às portas de um conflito nuclear generalizado, ameaçando a Coexistência Pacífica, por causa da CRISE DOS MÍSSEIS EM CUBA; As origens da CRISE remontava à Revolução Cubana de 1959; Se por um lado a Guerra Fria significava que não haviam um conflito direto entre EUA X URSS – a disputa entre as superpotências por áreas de influência por todo o mundo era bastante intensa; Colônias Africanas e Asiáticas – sua transformação em países independentes acabou criando um grande palco para novas disputas; 1950-1960: mais de 40 países afro-asiáticos conseguiram sua independência, reflexo do declínio europeu, do apoio das Nações Unidas à descolonização e dos interesses dos Estados Unidos e da União Soviética; Surgiram as NAÇÕES DO TERCEIRO MUNDO: socialistas ou capitalista, todas com passado colonial e vítimas de exploração econômica externa – a esse grupo de nações podia-se acrescentar a América Latina. 1955: CONFERÊNCIA DE BANDUNG (na Indonésia): foram discutidos os problemas do terceiro mundo, reunindo 29 nações afro-asiáticas; Nesta conferência essas nações declararam apoio às lutas anticoloniais e o combate ao racismo, bem como buscou posição alternativa à bipolarização – ESSA POLÍTICA FICOU CONHECIDA COMO NÃO ALINHAMENTO; O processo de independência da Índia tem suas origens no Partido do Congresso (ou o Congresso Nacional da Indiano), formado pelos hindus em 1885, e na Liga Muçulmana, organizado pela população islâmica em 1906; 1920: Mahatma Gandhi ganhou destaque na luta contra os ingleses, com seu projeto de NÃO VIOLÊNCIA e o BOICOTE AOS PRODUTOS INGLESES; Os ingleses reprimiram o movimento nacionalista na Índia e tentaram evitar o confronto aberto; No final da Segunda Guerra Mundial: os ingleses iniciaram o processo amistoso de abandonar a Índia, concedendo a independência ao país em 1947, mas mantendo, na medida do possível, seus interesses econômicos; As divisões internas entre hindus e muçulmanos, acabaram levando ao surgimento de duas nações: UNIÃO INDIANA (ÍNDIA): governada pelo primeiro ministro Nehru; PAQUISTÃO: muçulmano; A divisão do país acabou gerando uma violenta migração de hindus e muçulmanos em direção aos dois lados da fronteiras, resultando em sérios conflitos; A Independência não eliminou a miséria, e a Índia, ainda hoje, é uma das nações mais pobres do planeta; Possui pesquisa nuclear (possui armas nucleares desde 1974), informática e tecnologia espacial e de foguetes. A Indochina foi colonizada pela França, mas a região foi ocupada pelo Japão na Segunda Guerra Mundial; A resistência popular armada contra a ocupação japonesa transformou-se em uma luta de libertação nacional após o fim da Guerra, na região do Vietnã; Ho Chi Minh: líder nacionalista, fundou o Vietminh – movimento pela libertação do país, que iniciou uma prolongada luta de guerrilhas contra a França; 1954: os franceses foram derrotados na batalha de Dien Bien Phu, forçando a negociação da saída francesa do país; CINFERÊNCIA DE GENEBRA: decidiu por eleições livres e, até que fossem realizadas, o Vietnã ficaria dividido em duas partes: VIETNÃ DO NORTE (comunista – Ho Chi Minh) e Vietnã do Sul (capitalista – Bao Dai); Um forte movimento popular (Viet Cong) pela unificação do país, sob o comando de Ho Chi Minh, iniciou violenta guerra de guerrilhas no sul; Os EUA não permitiram a realização das eleições - diante da ofensiva de Ho Chi Minh, os americanos passaram a apoiar o Vietnã do Sul, promovendo a queda de Bao Dai e a substituição por ditadores submissos a Washington, que abriram o país à intervenção militar norte-americana; Iniciava-se a GUERRA DO VIETNÃ – intervenção norteamericana (500 mil homens – 1968 no auge da guerra) e emprego de armas sofisticadas contra a guerrilha sulvietnamita; Simultaneamente ocorreram bombardeios no Vietnã do Norte; Impopularidade da Guerra nos EUA, impossibilidade de vitória: retirada gradual das tropas norte-americanas do país; 1975: Saigon (Vietnã do Sul) foi tomada pelos comunistas, encerrando formalmente a guerra); Colonizada pela França; Obteve sua independência de forma violenta entre 1952 1956; Frente de Libertação Nacional Argelina(FLNA) intensificou suas ações, motivada pela derrota dos franceses no Vietnã e pelo apoio da opinião pública internacional; França: praticou tortura e assassinatos e deslocou populações; Boa parte da opinião pública francesa manifestava sua oposição à política colonial; Argel: general francês Salan, Estabeleceu um Comitê de Segurança Pública, destinado a manter a Argélia sob domínio francês, desobedecendo Paris; Salan passou a pressionar o governo francês, enviando paraquedistas para a Córsega (preparando um eventual Golpe); O General De Gaulle, líder da resistência francesa contra o nazismo durante a Segunda Guerra Mundial - afastou os militares golpistas e consultou a população para um plebiscito; De Gaulle iniciou negociações com a Frente Argelina, levando o país à independência em 1962; Formava-se a República Democrática Argelina, sob a liderança de Ahmed Bem Bella 1947: a ONU dividiu o território da Palestina, então sob administração inglesa, em duas áreas; (1) judaica; (2) palestina; Os dois povos reivindicavam o território, baseados em disputas milenares que remontam aos tempos bíblicos; A colonização inglesa atenuou os conflitos, pois submeteu os dois lados; Em 1948: os ingleses se retiraram da região, e a ONU criou o Estado de Israel; Os países árabes vizinhos (Egito, Iraque, Jordânia, Líbano e Síria): saíram em defesa dos Palestinos, que se consideraram prejudicados; Iniciou-se a Primeira Guerra Árabe-Israelense (1948-1949) – que resultou na vitória de Israel; O conflito Árabe-Israelense , com o apoio dos EUA a Israel, forçou os países árabes a uma aproximação com a União Soviética; 1956: o Egito, governado por Gamal Abdel Násser, decidiuse pela nacionalização do Canal de Suez, levando a França e Inglaterra a Uma intervenção armada no país, com o apoio de Israel, cujas tropas tomaram a península do Sinai: FOI A SEGUNDA GUERRA ÁRABE-ISRAELENSE; 1967: a tensão voltou a crescer/ OLP (Organização para a Libertação da Palestina), instituiu guerrilhas contra Israel, enquanto a ONU, deixava frente a frente tropas de Israel contra o Egito; O bloqueio dos Portos Israelenses pelo Egito acabou desencadeando a GUERRA DOS SEIS DIAS ou A TERCEIRA GUERRA ÁRABE-ISRAELENSE; Israelenses tomaram o Sinai, a faixa de Gaza e as colinas de Golã, na fronteira com a Síria; O domínio israelense se prolongou nesses territórios e gerou uma insatisfação muito grande nos países árabes e resultou numa nova guerra que explodiu em 1973 – GUERRA DO YOM KIPPUR ou QUARTA GUERRA ÁRABE-ISRAELENSE; Dessa vez os árabes reconquistaram alguns territórios; 1979: o egípcio Anuar el Sadat e o israelense Menahem Begin assinaram os ACORDOS DE CAMP DAVID, nos Estados Unidos, sob a influência do presidente norteamericano Jimmy Carter, encerrando as disputas entre Egito e Israel; A questão da Palestina continuou existindo, com a OLP lutando pela criação de um estado independente na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Intifada; OLP; Hamas; Hezbollah; EUA; União Europeia;