Instrumentação para Oftalmologia

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Instrumentação para Oftalmologia
Instrumentos de diagnóstico para oftalmologia:
Lâmpada de Fenda
Microscópio especular
Microscópio Confocal da Córnea
Queratómetro
Topógrafo da córnea
Tonómetro de aplanação
Paquímetro ultrassónico
Fluorómetro do Segmento Posterior
Autorefractómetro
Tomógrafo da Retina
Angiógrafo da Retina
Tomógrafo de Coerência Óptica (OCT)
Analisador de Espessura da Retina (RTA)
Analisador de Campos Visuais
Câmara de Fundo
Com excepção dos paquímetros e dos tonómetros, todos estes
equipamento se baseiam na interacção da luz com os tecidos oculares
295
Instrumentação para Oftalmologia
São três os fenómenos que determinam a propagação de feixe de luz no
interior do globo ocular:
reflexão
dispersão (scattering)
absorção
A reflexão óptica determina a proporção da energia do feixe laser que penetra
efectivamente no tecido.
Na interface entre dois meios transparentes, e considerando incidência
segundo a normal, a reflectância R, obtida a partir das equações de Fresnel,
é dada pela expressão
Ir  nt  ni 
R 

Ii  nt  ni 
2
Ii - irradiância do feixe laser incidente
Ir - irradiância do feixe reflectido
ni – índice de refracção do meio de incidência
nt - índice de refracção do meio de transmissão
Para incidências segundo ângulos superiores a 0º a expressão da reflectância é
296
mais complicada e implica a análise do estado de polarização da luz incidente.
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Interface
Córnea
n=1.376 (43D)
Humor Vítreo
n=1.336
Reflectância
Ar-Córnea
2.504%
Córnea-Aquoso
0.022%
Aquoso-Cristalino
0.034%
Cristlino, córtex-Cristalino, núcleo
0.005%
Cristalino, núcleo-Cristalino, córtex
0.005%
Cristalino-Vítreo
0.034%
Total:
2.604%
Ar
n=1.0
Humor aquoso
n=1.336
Cristalino
Córtex n=1.386
Núcleo n =1.406 (15D)
297
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Banda
Comprimento de onda
Designação
UVC
100 nm - 280 nm
Ultravioleta longínquo
UVB
280 nm - 315 nm
Ultravioleta médio
UVA
315 nm - 400 nm
Ultravioleta próximo
Visível
400 nm - 780 nm
IRA
780 nm – 1.4 mm
Infravermelho próximo
IRB
1.4 mm – 3.0 mm
Infravermelho médio
IRC
3.0 mm – 10 mm
Infravermelho longínquo
Regiões do espectro óptico
298
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A córnea absorve os comprimentos de onda das bandas espectrais UVC, IRB
(parcialmente) e IRC
Espectro de transmitância e de absorção da córnea humana
Thompson KP, Ren QS, Parel JM. Therapeutic and Diagnostic Application of Lasers in Ophthalmology. Proceedings of the IEEE 1992;80:838-860.
299
Lembares A, Hu XH, Kalmus GW. Absorption spectra of corneas in the far ultraviolet region. Invest Ophthalmol Vis Sci 1997;38:1283-1287.
Instrumentação para Oftalmologia
A radiação UV transmitida pela córnea (UVB e UVA) é filtrada pelo cristalino
O cristalino é uma estrutura coerente que contém cerca de 60% de água e 28%
de proteínas.
As características de transmissão do cristalino variam com a idade:
cristalinos jovens: absorção principalmente por água e do triptofano
envelhecimento: acumulação de pigmentos fluorescentes
300
Instrumentação para Oftalmologia
Dillon J. The Photophysics and Photobiology of the Eye. Journal of
Photochemistry and Photobiology B-Biology 1991;10:23-40.
Thompson et al., Therapeutic and Diagnostic Application of Lasers in
Ophthalmology. Proceedings of the IEEE 1992;80:838-860.
Cristalino jovem: absorve UVB e UVA
Espécies absorventes: água, triptofano,
tirosina
Cristalino envelhecido: aumenta a absorção na região do azul:
Foto-produtos do triptofano: quinureninas (NFK, 3HK, 3-HKG), b-carbolinas
301
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Espécies absorventes na retina
Nos olhos afáquicos, os comprimentos de onda
superiores a 300 nm atingem a retina
Melanina (RPE)
Hemoglobina (vasos da retina e da coróide)
Pigmento macular (luteína e zeaxantina – axónios dos cones e segmentos
externos dos fotoreceptores; apenas na mácula)
Lipofuscina (RPE)
Rodopsina (membrana dos bastonetes)
302
Foto-pigmentos dos cones
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Lâmpada de fenda
A lâmpada de fenda, ou
mais correctamente
biomicroscópio de lâmpada
de fenda, é um microscópio
de baixa ampliação
Ocular
Objectiva
Amostra
303
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Lâmpada de fenda
Ocular de Ramsden
raios paralelos provenientes da ocular
f1  f2
2
d  f1
3
imagem real
raios convergentes provenientes da
objectiva
304
Instrumentação para Oftalmologia
Lâmpada de fenda
É possível alterar a ampliação sem mudar a distância de trabalho
distância de
trabalho
fobj
telescópio de Galileu
para alterar a ampliação
não se forma imagem no plano imagem
305
Instrumentação para Oftalmologia
Lâmpada de fenda
adicionar uma lente para que a imagem se forme no plano objecto da
ocular
telescópio
astronómico
306
Instrumentação para Oftalmologia
Lâmpada de fenda
Prisma de Porro
2 prisma rectos
rotação da imagem em 1800
desloca a imagem na
horizontal
F
reduz o comprimento do
telescópio
F
307
Instrumentação para Oftalmologia
Lâmpada de fenda
308
Instrumentação para Oftalmologia
Lâmpada de fenda
sistema de observação binocular
309
Instrumentação para Oftalmologia
Lâmpada de fenda
Olho
Sistema
de iluminação
fenda vertical
de luz
Microscópio
binocular
baixa ampliação (4-30x)
Prismas de Porro para
encurtar o tubo e
produzir imagem direita
Os pontos focais da fonte de luz e do microscópio coincidem
distância de trabalho elevada (~3 cm)
permite a colocação de elementos ópticos adicionais entre o
microscópio e o olho
310
Instrumentação para Oftalmologia
Queratómetro
Medição da potência refractiva da córnea
A grandeza medida é o raio de curvatura da superfície anterior da córnea
Princípio
O tamanho de uma imagem reflectida numa superfície curva
depende do raio de curvatura da superfície
311
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Queratómetro
2ª eq. Newton para sistemas ópticos:
h' f

h
x
PV >> VF  x  d
córnea
h
h'
P
V
ar
F
C
Dioptros esféricos:
f
f
R
Logo,
d
x
R
R
2
h'
2d
h
Determina-se o raio de curvatura R medindo o tamanho da imagem
Calcula-se a potência refractiva da córnea
através dos índices de refracção:
P
ncornea  nar
R
312
Instrumentação para Oftalmologia
Queratómetro
Queratómetro (Oftalmómetro) de Javal-Schiötz
313
Instrumentação para Oftalmologia
Queratómetro
A
Os movimentos oculares fazem com a
imagem na córnea se mova tornando
difícil a sua medição
Usam-se uma técnica de duas imagens
O operador movimenta dois objectos,
A e B, até que as respectivas imagens
estejam em contacto.
B
Nesta situação, a distância entre os
dois objectos é uma medida do raio da
córnea
314
Instrumentação para Oftalmologia
Queratómetro
Desfocada
Focada
Sinais +
sobrepostos:
medição da potência
dióptrica para o
meridiano com
orientação paralela
aos sinais -
Sinais + e - sobrepostos: medição da potência
dióptrica para os meridianos paralelos à orientação
das miras: diferença entre as leituras de potência
315
dióptrica = astigmatismo
Instrumentação para Oftalmologia
Queratómetro
Limitações
Assume forma circular para todo o
meridiano da córnea.
Curva mais
adequada: região prolata de uma elipse
Região
oblata
Região
prolata
Mede o raio de curvatura apenas para a região central da córnea (cerca de
3 mm de diâmetro)
Não quantifica astigmatismo irregular
Assume que o centro visual e o apéx da córnea
coincidem
316
Instrumentação para Oftalmologia
Queratómetro
Erros
A determinação do raio de curvatura de um meridiano da córnea é feita a partir
de uma expressão aproximada
A potência refractiva da córnea é calculada considerando somente a superfície
anterior da córnea.
Para minimizar este erro, usa-se n=1.3375 (índice queratométrico) e não n=1.336 (filme
lacrimal) ou n=1.376 (estroma)
317
Instrumentação para Oftalmologia
Topografia da córnea
Avaliação da curvatura e topografia da superfície anterior da córnea
É possível avaliar praticamente toda a superfície da córnea bem como a sua
asfericidade
Princípio:
O tamanho de uma imagem reflectida numa superfície curva depende do
raio de curvatura da superfície
318
Instrumentação para Oftalmologia
Topografia da córnea
Padrão geométrico reflectido na superfície anterior da córnea
Sistema óptico para observar a imagem
produzida por reflexão
Padrão geométrico mais utilizado:
círculos concêntricos com cores preta e
branca alternadas - disco de Plácido
Professor António Plácido da Costa 1880
319
Instrumentação para Oftalmologia
Topografia da córnea
Astigamtismo
anéis ovais
Córnea asférica
anéis não equidistantes
Olho normal
anéis igualmente
espaçados e simétricos
320
Instrumentação para Oftalmologia
Topografia da córnea
Enquanto os queratómetros medem a curvatura da córnea apenas em 4 pontos da
sua região central, a análise computacional da imagem de um disco de plácido
permite medir a curvatura da córnea em milhares de pontos localizados sobre toda a
sua superfície
321
Instrumentação para Oftalmologia
Topografia da córnea
A imagem reflectida é adquirida por um sensor CCD e armazenada em formato
digital para análise por computador
A análise da imagem resulta em
valores de curvatura obtidos a
partir dos dados da imagem
Os raios de curvatura são
convertidos em valores dióptricos
utilizando o indíce queratométrico
O resultado final é fornecido na
forma de mapas de potência
refractiva da córnea
322
Instrumentação para Oftalmologia
Topografia da córnea
Maioria dos sistemas: córnea iluminada com um disco de Plácido
O número de anéis varia entre 15 e 32
Não é possível obter dados para a área englobada pelo anel interior
São analisados entre 5000 e 20 000
pontos
A maioria dos sistemas calcula apenas o
raio de curvatura axial. Alguns sistemas
permitem obter raios de curvatura
instantâneos (mapas tangenciais)
323
Instrumentação para Oftalmologia
Topografia da córnea
Excentricidade (e):
taxa de variação da curvatura, do apéx para a periferia.
Esta taxa não é constante ao longo da córnea. A córnea
central é aproximada por uma elipse (e ~ 0.50)
A córnea normal aplana nas regiões periféricas. A
excentricidade é menor perto do apéx e aumenta perto
do limbo
A córnea astigmática possui raios de curvatura
diferentes para diferentes meridianos
Hipérboles
Parábola
Elipses
Circulo
Elipses
Parábola
Hipérboles
324
Instrumentação para Oftalmologia
Topografia da córnea
Asfericidade
A córnea não possui curvatura esférica
Quanto mais periférico for um qualquer ponto da superfície anterior da córnea
mais afastado do eixo óptico se encontra o seu centro de curvatura
O raio de curvatura
varia ao longo da
superfície anterior da
córnea: as córneas
normais apresentam
maior curvatura no
apéx e são mais
planas na periferia
325
Instrumentação para Oftalmologia
Topografia da córnea
Medir o raio de curvatura axial equivale a afirmar que o centro de curvatura
reside sempre no eixo óptico da córnea. Tal só seria verdade se a córnea fosse
esférica
O raio de curvatura axial é uma medida da inclinação da córnea num dado ponto,
ao longo de um meridiano com origem no centro da imagem queratoscópica
A medição do raio de curvatura instantâneo fornece a interpretação
geométrica correcta da curvatura da superfície da córnea
326
Instrumentação para Oftalmologia
Topografia da córnea
Axial
Instantâneo
Medida da inclinação local
Medida da curvatura local
Estimativa útil da forma geral da córnea
Melhor detecção de variações locais
abruptas da curvatura da córnea. Menos
útil como estimador da forma geral da
córnea
Precisão depende da escolha do eixo de
referência e diminui na periferia
Resolve córneas asféricas. Maior precisão
na periferia
327
Instrumentação para Oftalmologia
Topografia da córnea
Mapas axial e tangencial de uma
córnea saudável
328
Instrumentação para Oftalmologia
Topografia da córnea
Mapas de elevação
Representam a altura medida entre a curvatura da córnea e
uma curva de referência definida pelo topógrafo
Dois feixes de luz com modulação de amplitude idêntica são
projectados sobre a córnea
Para cerca de 300 000 pontos da córnea, é determinado o
desvio de fase, utilizando técnicas no domínio das frequência
(análise de Fourier)
AB e CD têm o
mesmo raio de
curvatura mas
possuem diferentes
elevações
Grande cobertura da superfície
anterior da córnea (até 16 mm
por 22 mm)
Não é necessário interpolar
pontos na zona do apéx
329
Instrumentação para Oftalmologia
Topografia da córnea
Orbscan™
330
Instrumentação para Oftalmologia
Microscópio especular
Utilizado para ver e determinar a densidade das
células do endotélio da córnea
As diferenças de índice de refracção dão
origem a reflexões especulares
331
Instrumentação para Oftalmologia
Microscópio especular
lâmpada de
halogéneo
condensador
fenda
cone de
imersão
lente
M
objectiva
ocular de
Ramsden
detector
332
Instrumentação para Oftalmologia
Microscópio especular
endotélio
imagem
da fenda
{
reflexões especulares e luz parasita
333
Instrumentação para Oftalmologia
Princípio confocal
Célula azul em amostra
espessa, “vista” pela lente
A imagem da célula azul é
formada noutra localização
Orifício no plano imagem deixa passar
toda a luz proveniente da célula azul
Orifício bloqueia a maioria da
luz vinda da célula vermelha
334
Instrumentação para Oftalmologia
Princípio confocal
Fonte confocal com a célula
azul e o orifício ilumina
selectivamente esta célula
A fonte confocal ilumina menos
a célula vermelha e a maioria
da luz proveniente desta célula
é bloqueada pelo orifício
335
Instrumentação para Oftalmologia
Princípio confocal
O orifício só deixa passar luz
proveniente de um volume
pequeno na amostra
A fonte pontual confocal
confina a iluminação a um
pequeno volume na amostra
Rejeição de luz parasita
Permite seccionamento ao longo do eixo óptico
336
Instrumentação para Oftalmologia
Princípio confocal
microscópio especular
microscópio especular confocal
337
Instrumentação para Oftalmologia
Microscópio confocal
lâmpada
Detector
M
M
fenda
confocal
fenda
espelho
rotativo
objectiva
Microscópio confocal
de varrimento de
Koester
amostra
338
Instrumentação para Oftalmologia
Microscópio confocal
Outros métodos de varrimento
Microscópio confocal de varrimento tandem (TSCM)
Microscópio confocal de varrimento laser (SLCM)
Microscópio confocal de varrimento de fenda (SSCM)
339
Instrumentação para Oftalmologia
Microscópio confocal
r
q
Microscópio confocal de varrimento tandem
Conjunto de orifícios numa placa
Orifícios em espirais de Arquimedes
r = a + bq
340
Instrumentação para Oftalmologia
Microscópio confocal
TSCM
341
Instrumentação para Oftalmologia
Microscópio confocal
SLCM
342
Instrumentação para Oftalmologia
Microscópio confocal
SSCM
343
Instrumentação para Oftalmologia
Microscópio confocal
Imagens de diferentes camadas da córnea
344
Instrumentação para Oftalmologia
Microscópio confocal
Estudo das fibras nervosas
345
Instrumentação para Oftalmologia
Microscópio confocal
Reconstrução 3D
a partir de
imagens
confocais
346
Instrumentação para Oftalmologia
Microscópio confocal
Nidek Confoscan SSCM
Heidelberg HRT II com o
módulo córnea - SLCM
*also scans retina
Topcon SP-2000p - TSCM
347
Instrumentação para Oftalmologia
Oftalmoscópio
Para um olho emetrópico (normal quanto à acomodação e refracção) raios
paralelos provenientes do infinito focam na retina.
Como os trajectos ópticos são reversíveis é fácil concluir que luz proveniente da
retina emerge do olho como raios paralelos
A imagem da retina está focada para um observador externo não-auxiliado
348
Instrumentação para Oftalmologia
Oftalmoscópio
Se assim é porque razão não conseguimos observar a retina quando olhamos
para os olhos?
A luz só pode entrar no olho através da pupila. Normalmente o observador
bloqueia a luz.
A pupila limita o campo de visão. O observador tem que se colocar muito
próximo para ver para além de alguns milímetros.
349
Instrumentação para Oftalmologia
Oftalmoscópio
Para observar directamente a retina é necessário:
Iluminar a retina com uma fonte de luz colocada próximo dos olhos do
observador (lembrem-se que um flash fotográfico perto da lente da máquina
resulta em olhos vermelhos: olhos em que se vê a imagem da retina)
Observar os olhos de muito próximo, dilatando a pupila para aumentar o campo
de visão
350
Instrumentação para Oftalmologia
Oftalmoscópio directo
O oftalmoscópio directo alinha os
eixos de observação e de
iluminação
A retina é observada através de
um orifício no espelho
A imagem da lâmpada é produzida
imediatamente abaixo do orifício
do espelho
O olho observado é iluminado por
um feixe de luz divergente
351
Instrumentação para Oftalmologia
Oftalmoscópio directo
É possível inserir lentes à frente do orifício do
observador para corrigir a ametropia do observador e
/ou do paciente
O campo de visão é menor para pacientes míopes e
maior para hipermétropes
352
Instrumentação para Oftalmologia
Oftalmoscópio indirecto
Utiliza uma lente biconvexa para produzir uma imagem real e direita da retina, no
foco imagem da lente
O observador segura a lente à distância de um braço e observa a imagem a uma
distância de 40 a 50 cm.
A principal vantagem é obter um campo de visão mais largo que permite ver
quase toda a retina numa única observação
lente
paciente
observador
imagem da retina
353
Instrumentação para Oftalmologia
Oftalmoscópio indirecto
A iluminação pode ser fornecida por uma
lâmpada situada na cabeça do observador
A luz passa pela lente e foca à frente da
retina assegurando uma iluminação
uniforme (na retina)
O campo de iluminação é limitado pela
pupila do paciente
fonte de luz
lente
paciente
observador
imagem da retina
354
Instrumentação para Oftalmologia
Oftalmoscópio
Oftalmoscópio
directo
Oftalmoscópio indirecto
Imagem
Direita
Invertida (ambos os planos)
Campo de Visão
60
250
Ampliação
 15
4
Visão binocular
impossível
possível
Influência do erro
refractivo do paciente
grande
pequena
O oftalmoscópio indirecto permite melhor iluminação o que é importante
em pacientes com opacificações no meio ocular
355
Instrumentação para Oftalmologia
Tomografia da retina
Oftalmoscópio confocal de varrimento laser
Heidelberg Engineering HRT
356
Instrumentação para Oftalmologia
Tomografia da retina
Oftalmoscópio confocal de varrimento laser
357
Instrumentação para Oftalmologia
Tomografia da retina
Oftalmoscópio confocal de varrimento laser
358
Instrumentação para Oftalmologia
Tomografia da retina
Oftalmoscópio confocal de varrimento laser
359
Instrumentação para Oftalmologia
Angiografia da retina
Regista-se a passagem de um fluoróforo (fluoresceína, indocianina verde) na
circulação retiniana. O fluoróforo é empregue como agente de contraste
fluoresceína
indocianina verde (ICG)
360
Instrumentação para Oftalmologia
Angiografia da retina
Fluoresceína Sódica: C20H10O5Na2
Peso molecular: 376
Pico de excitação: 490 nm
Pico de emissão: 515 nm
fluoresceína
361
Instrumentação para Oftalmologia
Angiografia da retina
Indocianina Verde
Peso molecular: 774.96
Pico de excitação: 805 nm
Pico de emissão: 835 nm
na corrente sanguínea, 98 a 99% da ICG está
ligada a proteínas do plasma
intensidade
c.d.o. de
excitação
filtro
emissão útil (>60%)
795 nm
Indocianina verde
810 nm
c.d.o.
362
Instrumentação para Oftalmologia
Fluorofotometria do vítreo - Mapas de permeabilidade da retina
Utilizam-se as propriedades
cinéticas da fluoresceína - difusão
para o vítreo através da barreira
hemato-retiniana - para aferir a
funcionalidade desta barreira
Sabe-se que a permeabilidade
desta barreira aumenta na fase
inicial da retinopatia diabética,
ainda antes de serem visíveis
quaisquer alterações no fundo
ocular
363
AIBILI - CNTM
Bernardes et al. IEEE Transactions on Biomedical Engineering, Vol. 52, No. 1, Jan 2005
Instrumentação para Oftalmologia
Autofluorescência do fundo ocular
O contraste é obtido a partir da
intensidade de fluorescência
endógena do fundo ocular
(lipofuscina)
Não são utilizados traçadores
fluorescentes exógenos
364
Instrumentação para Oftalmologia
Tomografia de coerência óptica
O primeiro sistema OCT surge em 1991 (MIT, grupo Prof. Fujimoto)
Science [0036-8075] HUANG yr: 1991 vol: 254 iss: 5035 pg: 1178
365
Instrumentação para Oftalmologia
Tomografia de coerência óptica
Primeira imagem OCT (Science, 1991)
imagem OCT da retina
Resolução: 17  m no ar
Science [0036-8075] HUANG yr: 1991 vol: 254 iss: 5035 pg: 1178
366
Instrumentação para Oftalmologia
Tomografia de coerência óptica
A tomografia de coerência óptica (OCT – Optical Coherence Tomography) é
uma técnica para detectar um sinal de luz a diferentes profundidades de uma
amostra de tecido.
A luz de entrada é dividida num
divisor de feixe e a componente
transmitida é dirigida por fibra
óptica para a amostra de
tecido.
I E 2  ( A1 cos( kx1 )  A2 cos( kx2 )) 
I  I1  I 22 I1 I 2 cos( n1 x1  n2 x2 )
367
A F Fercher, W Drexler, C K Hitzenberger, T Lasser,
Optical coherence tomography -principles and applications,
Reports on progress in physics, 66 (2003) 239-303
Instrumentação para Oftalmologia
Tomografia de coerência óptica
As diferentes camadas de tecido
reflectem luz através da fibra óptica
até ao divisor de feixe
No divisor de feixe a luz reflectida pela
amostra irá interferir com a luz
reflectida no espelho colocado na
extremidade do braço ajustável
(referência) do interferómetro.
No entanto só ocorre interferência (ou
seja só são produzidas franjas de
interferência) se os dois sinais
luminosos tiverem percorrido a mesma
distância óptica.
I  I1  I 2 2  I1  I2 cos(k  x)
x  n1  x1  n2  x 2
368
Instrumentação para Oftalmologia
Tomografia de coerência óptica
Pelo simples ajuste do comprimento
do braço de referência é possível
detectar o sinal luminoso
proveniente de profundidades
específicas dentro da amostra e
assim construir uma imagem 3D
369
Instrumentação para Oftalmologia
Tomografia de coerência óptica
Só ocorre interferência se as
ondas mantiverem uma relação
de fase constante, ou seja se as
duas ondas forem coerentes.
Uma onda só é coerente numa
distância finita denominada
comprimento de coerência. Para
distâncias superiores ao
comprimento de coerência a
interferência desaparece
Para luz com um comprimento de coerência muito curto
quando o espelho está na posição xo só a onda reflectida
da profundidade xo contribui para a interferência. A
visibilidade das franjas é proporcional à reflectância para
essa profundidade
370
Instrumentação para Oftalmologia
Tomografia de coerência óptica
371
Instrumentação para Oftalmologia
Tomografia de coerência óptica
372
Instrumentação para Oftalmologia
Tomografia de coerência óptica
Resolução próxima da conseguida com histopatologia
Diferenciação da morfologia sub-celular
Técnica óptica
Não-invasiva
Facilmente acoplável a uma vasta gama de instrumentos clínicos
Imagiologia em tempo real in situ
Orientação de biopsia convencional
Investigação da resposta dinâmica a agentes terapêuticos
373
Instrumentação para Oftalmologia
Tomografia de coerência óptica
Ao contrário do que acontece em microscopia convencional, os mecanismos que
regulam a resolução axial e a resolução lateral não estão acoplados
A resolução axial depende do comprimento de coerência da fonte e
podemos obter elevada resolução axial independentemente das
condições de focagem do feixe de luz
Para uma fonte de luz com uma distribuição espectral l gaussiana a
resolução axial z é dada por:
2  ln2 l 2
z 


l
l é largura a meia altura do espectro de potências da fonte
e l é o comprimento de onda central.
O comprimento de coerência (Ic) é proporcional a 1/l
374
Instrumentação para Oftalmologia
Tomografia de coerência óptica
A resolução lateral é igual à obtida em microscopia convencional e
depende das propriedades de focagem do feixe. O tamanho mínimo do
ponto para o qual um feixe pode ser focado é inversamente proporcional
à abertura numérica do feixe. A resolução lateral é dada por:
x 
4l f

 d
Com d o diâmetro do ponto na lente objectiva e f a distância focal desta
lente
375
Instrumentação para Oftalmologia
Tomografia de coerência óptica
Resolução do OCT: limites
376
Instrumentação para Oftalmologia
Tomografia de coerência óptica
Influência da largura de banda da fonte na resolução
377
Instrumentação para Oftalmologia
Tomografia de coerência óptica
Influência da largura de banda da
fonte na resolução
378
Instrumentação para Oftalmologia
Tomografia de coerência óptica
Díodo Super-luminescente (SLD)
Largura de banda de 30 nm
Resolução axial de 10 µm
Laser Ti:Al2O3
Largura de banda de 260 nm
Resolução axial de 3 µm
Influência da largura de banda da fonte na resolução
A F Fercher, W Drexler, C K Hitzenberger, T Lasser, Optical
coherence tomography -principles and applications, Reports
on progress in physics, 66 (2003) 239-303
379
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