Sistemas de montagem para aquários recifais

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Sistemas de montagem
para aquários recifais
Métodos de projetar um
microcosmo saudável.
Sistemas: Breve histórico
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Aquários inicialmente eram montados sem
filtragem ou processo de filtragem;
Tudo se baseava em trocas de água. Altas
mortalidades;
Surgimento dos primeiros aquários públicos,
no final do século XIX, propicia o
desenvolvimento de técnicas de montagem;
Surgimento do filtro biológico de fundo;
Sistemas: Breve histórico
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Anos 60: surgimento do conceito de microcosmo e
mesocosmo nas ciências ecológicas;
Década de 70: Lee Chin Eng desenvolve um
sistema natural para manutenção de corais e
invertebrados;
1982: artigo de Adey e Loveland compilando
técnicas para a elaboração de um aquário recifal
para pesquisa, surge o sistema Adey;
1989: segundo congresso internacional de
aquariologia, primeira referência ao método
Jaubert;
Sistemas: Breve histórico
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Final da década de 80: surgimento dos
primeiros aquários recifais como hobby,
usando dry-wet;
Início da década de 90: desenvolvimento do
sistema Berlin;
1992: primeiras grandes importações de
corais para o Brasil;
2000: advento do sistema DSB, criado
totalmente pelo Hobby;
Filtro Biológico de Fundo
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Não pode ser considerado um sistema de
montagem;
A filtração bacteriana ocorre no substrato, a
medida que a água é forçada através dele;
Apresenta o inconveniente de saturar o
substrato com matéria orgânica;
Os níveis de nutrientes (amônia, nitrito,
nitrato e fosfato) geralmente são altos;
Sistema Natural Dr. Eng
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Lee Chin Eng desenvolve um sistema
natural, utilizando forte luz e emprego de
rochas provenientes do mar, mais tarde
batizadas de Rochas Vivas.
Utilizava substrato marinho e a circulação era
feita através de compressores de ar.
Inspirou a grande maioria dos sistemas
recifais modernos.
Filtro Dry-wet
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Propicia uma alta capacidade de oxigenação
e filtragem aeróbia;
Permitiu a sobrevivência de corais e
invertebrados marinhos em aquários;
Apresenta o inconveniente de aumentar
muito o nitrato no aquário;
Ainda hoje é muito importante em baterias
para aqüicultura e em lojas de aquários;
Sistema Adey
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Método de montagem que ficou somente nos
círculos científicos, e que veio para viabilizar
os microcosmos propostos por Odum, na
década de 60;
Publicado em um trabalho científico na
revista Coral Reefs.
Sistema Adey
Composição esquemática de um sistema adey típico.
Sistema Adey: conceituação
Consiste de vários módulos de aquários
interligados de grande volume de água total,
com uso de refúgios, filtro de algas e/ou
mangue. Não usa skimmer em seu desenho
original.
Refúgio
Smithsonian Institute
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Primeiro Aquário
público a usar o
sistema.
Hoje empregado em
vários aquários
públicos, como no de
Townsville, Austrália.
Também empregado
em outros aquários dos
EUA;
Sistema Berlin
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Primeiro sistema de montagem, com conceituação
bem definida, usado no hobby;
Diagrama do Livro: The Reef Aquarium,
que começa a introduzir os métodos de montagem na aquariofilia.
Sistema Berlin: conceituação
Uso de potentes skimmers com adição de
elementos químicos complementares, como
iodo, molibdênio, boro, estrôncio etc.,
complementando a remoção do skimmer.
Trocas de água.
Berlin
Composição esquemática de um sistema Berlin típico.
Sistema Jaubert
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Popular no Brasil no final da década de 90,
foi modificado quando desembarcou aqui;
Tais modificações descaracterizaram o seu
funcionamento;
O emprego de halimeda no lugar de
aragonita e o uso de reatores de cálcio não
favoreciam seu propósito maior: dissolver o
substrato;
Sistema Jaubert: Conceituação
Consiste em substrato fino, sob uma placa que
separa o substrato do fundo por um vazio de
aproximadamente 4 cm, geralmente usando
tela muito fina. Não há reposição de cálcio
nem por kalk, nem por reator, pois o cálcio
vem somente do substrato. Não usa
skimmer.
Sistema Jaubert
Composição esquemática de um sistema Berlin típico.
Aquário de Mônaco
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Alguns aquários do
aquário de Mônaco
possuem corais duros,
sem adição de cálcio;
Substrato alto propicia
denitrificação;
Sistema DSB
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DSB: Sigla para Deep Sand Bed
Desenvolvido por Biólogos relacionados ao
Hobby, como Dr. Ronald Shimek;
Se tornou popular no Brasil por volta do ano
2000, já em fóruns de internet;
Valoriza o controle biológico do aquário e a
denitrificação;
Sistema DSB
Composição esquemática de um sistema DSB típico.
DSB: conceituação
Consiste em substrato fino (geralmente em
torno de 300 µm), com camada de
aproximadamente 12 cm, adição constante
de fauna para substrato. Skimmer e trocas
de água.
DSB
Outras variantes
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Método Balling: Consiste em adicionar os
elementos químicos, principalmente cálcio e
magnésio, de forma quantificado ao aquário
Berlin Bare Botton: modismo recente de
utilizar pouco substrato, aos moldes do
primeiro Berlin;
Método Blu Coral: Criado na Itália, consiste
em alimentar os corais com uma papa de
frutos do mar e hormônio do crescimento GH
ou Somatropina;
Balling
Outras variantes
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rDSB: Consiste em montar o aquário com
substrato baixo, porém com um grande
refúgio onde fica o DSB propriamente dito.
Foi idealizado para evitar o Crash do DSB, já
que é possível remover o conteúdo do
refúgio sem interferir no aquário.
Sistemas e seus “possíveis”
aquaristas famosos
Bob Marley, com o DSB
Einstein, com o Berlin
Buda, com o Jaubert
CRASH !!!
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Aquário fica saturado de matéria orgânica
particulada;
Taxas de nutrientes altas;
Desenvolvimento massivo de algas;
Pode ocorrer em todos os sistemas de
montagem.
CRASH !!!
Como evitar
Meiofauna
Cadeia alimentar: definição
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É uma seqüência de seres vivos, na qual uns
se alimentam daqueles que os precedem na
cadeia, antes de serem por aqueles que os
seguem.
Seu entrelaçamento forma uma teia
alimentar.
Importância da conceituação
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O que separa um aquarista básico de um
avançado é sua capacidade de se interrelacionar com o conhecimento.
Conhecer os termos técnicos é ampliar o
leque de informações disponível.
Simplifica e aumenta a velocidade da
obtenção de conhecimento.
Cadeia alimentar simples
Paguro
Alga
Bactérias
(N/P)
Turbo Snail
Bodião
Fezes
Fluxo de energia
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Relação entre número
de organismos e
tamanho corpóreo em
cada nível trófico de
uma cadeia alimentar.
A energia não pode ser
criada nem destruída e
sim transformada.
(primeira lei da
termodinâmica)
Detritívoros: definição
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Em um certo número de casos, as cadeias
alimentares começam pela matéria orgânica
morta e os consumidores primários são
denominados detritívoros.
Um aquário apresenta características
similares, já que boa parte da energia
inserida no aquário é de matéria orgânica
morta.
Tipos de detritívoros
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Depositívoros
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pepinos-do-mar, ofiúros
não suspensívoros,
paguros, algumas
estrelas-do-mar,
meiofauna
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mexilhão, ostras,
tridacnas, ascídias,
esponjas dentre outros
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poliquetas, espirógrafos,
vermetídeos, corais,
ofiúros
Necrófagos
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Filtradores
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Suspensívoros
Paguros, ofiúros,
nassarius
Decompositores
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bactérias
A matéria orgânica particulada
(MOP)
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Fonte de energia
para diversos
organismos,
inclusive corais;
Sobras de alimento
e fezes, que estão
cobertas por filme
bacteriano;
Em processo
constante de
degradação.
Teia ecológica com poucos elos
Bactérias
MOP
Paguros
Ofiúros
Teia ecológica com muitos elos
Bactérias
decompositor
Meiofauna
Pepino-do-mar
vários
depositívoro
Poliqueta
Ofiúros
suspensívoro
depositívoro
MOP
Tridacna
Paguros
filtrador
depositívoro
Esponjas
Estrelas-do-mar
filtrador
necrófago
Ascídias
Nassarius
filtrador
necrófago
Caixas em tamanhos iguais
apesar de terem participações diferentes;
Filtradores e supensívoros:
importância
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Os filtradores e suspensívoros alimentam-se da
matéria orgânica antes dela atingir o fundo.
Corais e gorgônias também podem ser
considerados suspensívoros, uma vez que seus
tentáculos atuam como redes de retenção de
partículas.
Um ambiente com muitos filtradores/suspensívoros
pode reduzir em muito a decantação de matéria
orgânica.
O tempo de permanência da MOP na coluna d´água
irá definir a ação e a capacidade suporte deste
nicho trófico.
Quem são?
Filtradores
Depositívoros e necrófagos
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Alimentam-se dos depósitos de matéria orgânica.
Irão utilizar a oferta de proteínas, aminoácidos,
lipídios etc encontrados nas partículas orgânicas,
no mar ou no aquário.
Podem incorporar até 30% da matéria orgânica na
ingestão da partícula.
Necrófagos alimentam-se de pedaços maiores,
como sobra de camarão, artêmia e ração de maior
tamanho. São importantes evitando o
apodrecimento destes itens no aquário.
Herbívoros
Quem são?
Geração de pellets
fecais
Re-ingestão
Decompositores: fungos
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Fungos e bactérias são
os principais
decompositores.
Uma vez que eles
degradam a matéria
orgânica, ela irá se
transformar em matéria
orgânica dissolvida e
em fosfato e nitrato.
Decompositores: Bactérias
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O ideal é que tenhamos
reciclado a matéria
orgânica morta diversas
vezes antes destes
organismos atuarem.
Estima-se que os pelets
fecais produzidos por
copépodes perto da
superfície do oceano, são
igeridos e re-ingeridos oito
vezes em média, antes de
chegar ao fundo do oceano.
Os menos tradicionais
Amfípoda - Gammarida
Nassarius
Copépodo herpaticóide
Gastrópode Cerithiidio
Snail
Os menos tradicionais
Asterinideo Asteroide
Ofiúros Amfiurideos
Os menos tradicionais
Terebelídeo
Os menos tradicionais
Chaetopterideo
Cirratulideo
Poliqueta Amphinomideo
Os menos tradicionais
Maldanideo
Lumbrinerideo
Arenicolideo
Os menos tradicionais
Turbellario
Nematoda
Os menos tradicionais
Meiofauna
Gastrorocho
Os menos tradicionais
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Na meiofauna
encontramos quase
todos os grupos
animais.
A morfologia dos
organismos muda: são
vermiformes;
Em alguns casos,
encontrados em
densidades de até 300
ind/cm²
Meiofauna
Nova abordagem de controle biológico
Bactérias
decompositor
Meiofauna
Pepino-do-mar
vários
depositívoro
Poliqueta
Ofiúros
suspensívoro
depositívoro
MOP
Tridacna
Paguros
filtrador
depositívoro
Esponjas
Estrelas-do-mar
filtrador
necrófago
Ascídias
Nassarius
filtrador
necrófago
Caixas em tamanhos iguais
apesar de terem participações diferentes;
CO2
N2
Amônia
Pelet
Fecal
CO2
Ciclo do nitrogênio
Nitrito
Amônia
Nitrato
Papel do Refúgio
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Proporcionar abrigo para todos estes
organismos, ainda que conectado no sistema
principal;
Abrigar macroalgas, que irão também
proporcionais mais abrigo para os
organismos;
Permitir que haja maior decantação dos
detritos, formando depósitos onde os
organismos estão para a reciclagem dos
mesmos;
Refúgio
Papel do Skimmer
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Remoção da matéria orgânica dissolvida
antes que ela entre para o ciclo do
nitrogênio, reduzindo a acumulação de
nitratos;
Oxigenar a água, e conseqüentemente
aumentar o ORP do aquário;
Remove parte da MOP, reduzindo os
nutrientes;
Superskimmer !!!
Principais desafios
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Reduzir a produção de matéria orgânica
particulada (MOP);
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Até que ponto isto é possível?
Re-trabalhar ao máximo a MOP;
Re-suspender ao máximo a MOP;
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Bio-disponibilizar para os filtradores e
suspensívoros;
Somente entregar as bactérias quando
reciclada ao máximo;
Sem organismos
Com organismos
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