Saúde Mental e Atenção Primária Deivisson Vianna Dantas Uma questão para pensar • Porque o “custo” saúde estadunidense é seis vezes maior do nos países que possuem ABS? Uma questão para pensar EEUU GBR Uma questão para pensar EEUU GBR Uma questão para pensar EEUU GBR Uma questão para pensar EEUU GBR “Acesso Universal” Acesso Universal Acesso Segurado Quais características da APS garantem o impacto sanitário que a justifique? Qual o impacto e o que caracteriza a APS na literatura internacional? Uma comparação entre 12 nações industrializadas ocidentais diferentes indica que os países com uma orientação mais forte para atenção primária, na verdade, possuem maior probabilidade de ter melhores níveis de saúde e custos mais baixos (Starfield, 2002). Caracterísiticas Pesquisadas do Sistema • Distribuição geografica aproximadamente de acordo com o grau de necessidade; • O tipo de médico designado como médico de atenção primária; • Os honorários profissionais atenção primária em relação a outros especialistas; • O número de médicos de atenção primária em relação a outros especialistas; • A extensão da cobertura. Gustavo Tenório Cunha Caracterísiticas Pesquisadas dos Serviços • Acesso: a extensão na qual as pessoas buscam o primeiro atendimento na APS • “Vínculo”: a força das relações entre as pessoas e seu médico de atenção primária • Resolutividade: a medida em que a unidade de atenção primária tratou de necessidades comuns, independente de seu tipo; • O grau de coordenação entre a atenção primária e outros serviços de saúde; • A orientação familiar e comunitária da atenção primária; Gustavo Tenório Cunha • Não temos ainda um consenso da importância e das características mais fundamentais da ABS – Na criação do SUS a referência era um modelo UBS, sem adscrição de clientela e com forte predomínio da Prevenção / Programção em Saúde em relação à Clínica, principalmente clínica médica. – A definição da ESF pelo MS não veio acompanhada de um embate cultural e técnico suficiente para enfrentar o mito do atendimento especializado (tecnologia “dura”, fetiche da tecnologia) – A definição da ESF não veio acompanhada de estratégias de transição do modelo antigo para o novo. • Não temos ainda um consenso da importância e das características mais fundamentais da ABS – Estabelecimento de territórios sanitários. – a continuidade ou longitudinalidade – integralidade (responsabilidade por todos os problemas de saúde da população adscrita) Evidências da horizontalização do cuidado • • • • • • • • • maior atenção preventiva (FLOCKE et al, 1998;) satisfação dos pacientes (HJORDAHL e LAERUM, 1992) melhores níveis de cuidado (PARCHMAN et al, 2002) maior aderência (SAFRAN et al, 1998) menor chance de futuras internações (GILL e MAINOUS, 1998) coordenação do cuidado (STARFIELD et al, 1977) importante nas doenças crônicas (BRESLAU,1982) ↓ freqüência de uso PS (BROSSEAU et al, 2004) Para o médico: mais satisfação (GORLIN, 1983) • Especialização nos problemas mais frequentes na população adscrita. • Lidar com a Incerteza (baixa prevalência, Valor preditivo positivo baixo) • Coordenação Clínica dos pacientes com múltiplas enfermidades (GERVAS, J ) • Trabalho Interdisciplinar (em equipe e em rede) Valor Preditivo Positivo: A probabilidade de um teste ser verdadeiramente positivo EXAMES E PREVALÊNCIA DE UMA DOENÇA Gustavo Tenório Cunha EXAMES E PREVALÊNCIA DE UMA DOENÇA Screening para Clamídia DST • PCR • Sensibilidade: 98% • Especificidade: 97% Clínica de DST Clínica Geral – 30% dos usuários – 3 % de usuários infectados infectados – Valor preditivo (+): – Valor preditivo (+): 93% Dr. Guilerme Arntes Mello (UFSCAR) 50% Generalista x Outras Especialidades “O imperativo tecnológico do século XX tem sido responsável por uma tendência à especialização e à inferioridade do generalista, sendo este imperativo mais forte em alguns países do que em outros.” (STARFIELD: 2002, p.32) Iatrogenia da Inversão da Atenção Básica Proporção de adscritos no DIM dos agrupamentos estudados em uso de psicofármacos existentes na rede pública de saúde de Campinas 8,2 7,0 Triciclicos 10,0 7,8 ISRS 7,3 7,5 BZD 0,8 Fenotiazinas 1,5 Butirofenonas 1,1 1,5 0,0 2,0 Agrupamento II Agrupamento I 4,0 6,0 porcentagem 8,0 10,0 12,0 Interconsulta e Consulta Conjunta com a Equipe de Saúde da Família • A Demanda em Saúde Mental Interconsulta e Consulta Conjunta com a Equipe de Saúde da Família • O atendimento tradicional O Especialista atendendo a livre demanda Interconsulta e Consulta Conjunta com a Equipe de Saúde da Família • A Consulta Conjunta Enfermeira e Psicóloga Psiquiatra Generalista Usuário Interconsulta e Consulta Conjunta com a Equipe de Saúde da Família • Operacionalização Bom Dia, Eu sou o seu médico e irei Acompanhar o seu caso. Bom Dia, Irei apoiar a sua equipe de referencia Interconsulta e Consulta Conjunta com a Equipe de Saúde da Família • Operacionalização Bom Dia, Eu sou o seu médico e irei Acompanhar o seu caso. Bom Dia, Irei apoiar a sua equipe de referencia Interconsulta e Consulta Conjunta com a Equipe de Saúde da Família • Planejamento das ações e discussão Diretrizes da Saúde Mental na Atenção Primária Retomada da coordenação do cuidado e da regulação da rede a partir da Atenção Primária (Equipe de Referencia). A atuação da equipe de saúde mental em mais de 70% do seu tempo em atividades conjuntas de apoio à equipe de saúde da família. Articulação do projeto terapêutico com outros espaços do território. Diretrizes da Saúde Mental na Atenção Primária Função das Equipes de Saúde Mental • Discussão de casos, auxiliando e supervisionando a equipe do PSF para detecção precoce e abordagem adequada de pessoas com sofrimento psíquico; • A consulta conjunta, visita domiciliar conjunta , intervenções grupais conjuntas, na qual o paciente seria visto ao mesmo tempo pela equipe do PSF e pela saúde mental; • Capacitação da equipe a partir de temas escolhidos pela mesma. A construção do Apoio Matriciamento Equipes de Referencia Assunção da integralidade (Intervenções político-pedagógicas e terapêuticas) Saber Especializado Divisão do poder: Compartilhamento do saber “Fazer junto” – tutelar intervenções Contribuir para alem do seu núcleo Aumentar a autonomia da equipe Ser membro da equipe A construção do Apoio Matriciamento (Intervenções político-pedagógicas e terapêuticas) Equipes de Referencia Saber Especializado Legitimar a função Do outro (Re)apropriação do Saber Responsabilização Co-produção de sujeitos Ampliação da clínica Diversificação das intervenções Discussão • Ciclo da desautorização. O não apoio levando à uma maior dependência. “Já cheguei a até brigar com os médicos para não associar medicamentos, mas entrei em crise e me ferrei, hoje brigo pelo contrário, mas os médicos nunca aceitaram de imediato minha opinião.” “Já parei, pois atrapalhavam minha vida de motorista. É que nem pedra no sapato: mesmo que você tire depois de um tempo aparece outra: temos que conviver com isso.” Falta de apoio no Retirada abrupta leva Retorno ao uso de manejo medicamentoso à síndromes de retiradas medicações Menor Autonomia Discussão • Separação entre a terapêutica medicamentosa e outras, onde a última não é vista como essencial. • Ausência de seguimentos clínicos. A chancela do uso social dos psicotrópicos. • “Cuidar” da prescrição é função apenas do psiquiatra, não sendo parte do processo de trabalho dos outros médicos e muito menos dos demais trabalhadores teoricamente responsáveis por esta população. Tratamento Medicação Saber Médico Tratamento Saber Médico •Vamos Discutir