Ensino Superior Lógica Matemática e Computacional 4 – Siligismo Categórico Amintas Paiva Afonso Lógica Ciência dos argumentos; tem por objeto de estudo os argumentos, procurando elaborar procedimentos que permitam distinguir os argumentos válidos daqueles que não são. Vantagens e utilidade da lógica Clarificar e analisar o pensamento e a linguagem; Assegurar a eficácia demonstrativa do pensamento; Garantir a correção formal do raciocínio e a coerência do discurso, Definir conceitos, ordenar as noções, obter conclusões formalmente rigorosas Verdade/Validade Matéria de um raciocínio é o conteúdo das afirmações, aquilo que elas significam e é a seu respeito que falamos de verdade ou falsidade. Forma é o modo como as afirmações são encadeadas, independentemente da matéria que possamos exprimir, e é a este respeito que falamos de validade. Raciocínio Três tipos: a) Dedutivo b) Indutivo c) Analógico Tipos de raciocínio ou argumentação Dedutivo Toda mulher gosta de chocolate Regina é mulher Logo, Regina gosta de chocolate. Indutivo O cobre é condutor de calor O cobre é um metal Todo metal é condutor de calor Falacioso (falácia, sofisma, paralogismo) Sofisma- intenção de enganar o interlocutor, paralogismo-erro, equívoco.) Premissas Conclusão Validade Verdadeiras Verdadeira Válido Verdadeiras Falsa Inválido Falsas Verdadeira Válido Origem Aristóteles fez um estudo minucioso de certos tipos básicos de argumentos, estabelecendo regras para distinguir os que são válidos daqueles que não o são. Estes últimos são chamados de “falácias” ou “sofismas”. Exemplos: Parar de fumar é uma bobagem, meu avô fumou a vida inteira e morreu com 87 anos. Todas as pessoas que morreram de câncer nos últimos 50 anos bebiam água, logo… Aristóteles procurou eliminar as frases ambíguas, trabalhando apenas com as que não deixassem dúvida quanto ao seu significado. Exemplos: “Pássaros comem insetos”, por “Todos os pássaros comem insetos” ou “Alguns pássaros comem insetos”. “Índios não são carecas”, por “Nenhum índio é careca” ou “Alguns índios não são carecas” Origem Para julgar a validade ou não de um argumento, é necessário que a sentença que os constituem não tenham mais de um sentido. Segundo Aristóteles, isso é possível se enunciarmos as sentenças na forma categórica. Exemplos: Todos os brasileiros são técnicos de futebol. Nenhum gato sabe latir. Algumas pessoas gostam de comer fígado. Existem caubóis que não sabem andar a cavalo. As sentenças assim formuladas foram chamadas de proposições categóricas e, segundo Aristóteles, podem ser de 4 tipos: Afirmação Universal Negação Universal Todos os atletas são saudáveis Nenhum atleta é saudável Afirmação Particular Negação Particular Alguns atletas são saudáveis ou Existem atletas saudáveis Alguns atletas não são saudáveis ou Existem atletas não-saudáveis Tipos de Proposição Universal Afirmativa (A) Todos os homens são mortais Universal Negativa (E) Nenhum aluno é inteligente Particular Afirmativa (I) Algumas alunas são extravagantes Particular Negativa (O) Alguns alunos não gostam de estudar Tipos de proposições e exemplos: A: afirmação universal (todo homem é mortal); E: negação universal (nenhum homem é mortal); I: afirmação particular (algum homem é mortal); O: negação particular (algum homem não é mortal). Relacionamento entre proposições: A e E são ditos contrários; se a proposição A é verdadeira então E é falsa; A e O e também E e I são contraditórios: não podem ser nem verdadeiros nem falsos conjuntamente; I e O são sub-contrários: não podem ser ambos falsos; I é subalterno de A, e O é subalterno de E; se A é verdadeira, I também o é, e se E é verdadeira então O também o é. Relacionamento entre proposições A existência de quatro tipos de proposições não é coincidência: representam as quatro relações possíveis entre as extensões dos termos gerais; O matemático Euler representou as quatro relações lógicas na forma de diagramas de conjuntos (diagramas de Venn-Euler). Se S é o termo sujeito e se P é um predicado então as proposições correspondem aos diagramas a seguir... 4 relações lógicas de Euler P Proposição A: inclusão total (todo S é P) Proposição E: exclusão total (nenhum S é P) S P Proposição I: inclusão parcial de S em P (algum S é P) Proposição O: exclusão parcial de S em P (algum S não é P) S S P S P 4 relações lógicas de Euler 1. Proposição A: inclusão total (todo S é P) “Todos os atletas são saudáveis” 2. Proposição E: exclusão total (nenhum S é P) “Nenhum atleta é saudável” P S P S 4 relações lógicas de Euler 3. Proposição I: inclusão parcial de S em P (algum S é P) S P “Alguns atletas são saudáveis” 4. Proposição O: exclusão parcial de S em P (algum S não é P) P S “Alguns atletas não são saudáveis” Exercício 1 Chamando R o conjunto dos países ricos e de E o conjunto dos países exportadores de petróleo e admitindo válido o diagrama abaixo, procure identificar: R E a) o conjunto dos países que não são ricos; b) o conjunto dos países que não são exportadores de petróleo; c) o conjunto dos países ricos que são exportadores de petróleo; d) o conjunto dos países que são ricos e que não são exportadores de petróleo; e) o conjunto dos países que são exportadores de petróleo, mas não são ricos. Respostas a) d) R E b) R E R E e) R E R E c) Exercício 2 Construa diagramas de Euler que representam as seguintes proposições: a) Todos os poetas são pobres. b) Todos os franceses são europeus. c) Nenhum europeu é asiático. d) Existem árvores que são verdes. e) Há livros que não são caros. Exercício 3 Sendo N o conjunto de todos os seres que nadam, Construa diagramas de Euler que representam as seguintes proposições: a) Todos os patos nadam. b) Alguns gorilas nadam. c) Nenhum gato nada. d) Alguns homens não nadam. Exercício 4 Sendo A o conjunto das pessoas que moram no Brasil e B o conjunto dos brasileiros, temos a seguinte representação para a relação existente entre A e B: A B Descreva com suas palavras o que caracteriza cada um dos conjuntos assinalados a seguir: a) b) A B c) R E A B Exercício 5 Sabe-se que “nenhum amigo meu é amigo seu” e que “alguns amigos dele são seus amigos”, assim, pode-se afirmar, corretamente: a) Alguns de meus amigos são amigos dele. b) Alguns amigos dele são meus amigos. c) Nenhum amigo meu é amigo dele. d) Alguns amigos dele não são meus amigos. e) Nenhum amigo dele é meu amigo. Exercício 6 Considerando “todo livro é instrutivo” como uma proposição verdadeira, é correto inferir que: a) “Nenhum livro é instrutivo” é uma proposição necessariamente verdadeira. b) “Algum livro é instrutivo” é uma proposição necessariamente verdadeira. c) “Algum livro é instrutivo” é uma proposição verdadeira ou falsa. d) “Algum livro não é instrutivo” é uma proposição proposição necessariamente verdadeira. Exercício 7 Considerando “todo livro é instrutivo” como uma proposição verdadeira, é correto inferir que: a) “Nenhum livro é instrutivo” é uma proposição necessariamente verdadeira. b) “Algum livro é instrutivo” é uma proposição necessariamente verdadeira. c) “Algum livro é instrutivo” é uma proposição verdadeira ou falsa. d) “Algum livro não é instrutivo” é uma proposição proposição necessariamente verdadeira. Negação (~) Chama-se negação de uma proposição p a proposição representada por não p cujo valor lógico é a verdade (v) se p é falsa e a falsidade (f) se p é verdadeira. Simbolicamente: ~p. Dada uma proposição p, sua negação será denotada por ~p (não p). Se p é verdadeira então ~ p será falsa e vice versa. Ex: p = Bia está usando tênis preto. ~p = Bia não está usando tênis preto. p = Esta frase possui cinco palavras. ~p = Esta frase não possui cinco palavras. Algumas observações sobre a negação A negação de “sempre” é Algumas observações sobre a negação A negação de “sempre” é “existe uma vez que não” Algumas observações sobre a negação A negação de “sempre” é “existe uma vez que não” A negação de “nunca” é Algumas observações sobre a negação A negação de “sempre” é “existe uma vez que não” A negação de “nunca” é “existe uma vez que” Algumas observações sobre a negação A negação de “sempre” é “existe uma vez que não” A negação de “nunca” é “existe uma vez que” A negação de “p e q” é Algumas observações sobre a negação A negação de “sempre” é “existe uma vez que não” A negação de “nunca” é “existe uma vez que” A negação de “p e q” é “~p ou ~q” Algumas observações sobre a negação A negação de “sempre” é “existe uma vez que não” A negação de “nunca” é “existe uma vez que” A negação de “p e q” é “~p ou ~q” A negação de “p ou q” é Algumas observações sobre a negação A negação de “sempre” é “existe uma vez que não” A negação de “nunca” é “existe uma vez que” A negação de “p e q” é “~p ou ~q” A negação de “p ou q” é “~p e ~q” Quais negações das proposições estão corretas? 1. A resposta 2 é 2 ou 3. a) A resposta é nem 2 nem 3. b) A resposta não é 2 ou não é 3. c) A resposta não é 2 e não é 3. 2. Pepinos são verdes e têm sementes. a) Pepinos não são verdes e não têm sementes. b) Pepinos não são verdes ou não têm sementes. c) Pepinos são verdes e não têm sementes. Quais negações das proposições estão corretas? 3. 2 < 7 e 3 é ímpar. a) 2 > 7 e 3 é par. b) 2 7 e 3 é par. c) 2 7 ou 3 é ímpar. d) 2 7 ou 3 é par. Escreva a negação das afirmações a seguir: 4. Se a comida é boa, então o serviço é excelente. A comida é boa, mas o serviço é ruim. 5. Ou a comida é boa, ou o serviço é excelente. A comida é ruim e o serviço também. 6. Se correr o bicho pega. Assim sendo: a) Correr é condição necessária para o bicho pegar. b) O bicho pegar é condição suficiente para correr. c) Correr é condição necessária para o bicho pegar. d) Correr é condição suficiente para o bicho pegar. e) O bicho pegar é condição necessária e suficiente para correr. 7. “André vai à missa se, e somente se, Ricardo vai ao cinema. Sabe-se qua André não vai à missa, logo: I – Ricardo vai ao cinema. II – Nada se pode afirmar sobre Ricardo. III – Ricardo não vai ao cinema. a) Apenas I é verdadeira. b) Apenas II é verdadeira. c) Apenas III é verdadeira. d) I e II são verdadeiras. e) I e III são verdadeiras. 8. João é atleta ou Maria é estudande, então: a) Se Maria não é estudante, então João não é atleta. b) Se João não é atleta, então Maria não é estudante. c) João é atleta e Maria é estudante. d) Correr é condição suficiente para o bicho pegar. e) Se Maria não é estudante, então João é atleta. 9. Todos os aprovados foram alunos do PITÁGORAS, todos os alunos do PITÁGORAS são inteligentes, pessoas intelgentes não ficam desempregadas, logo: a) Pelo menos uma pessoa que fez o PITÁGORAS está desempregada. b) Alguns desempregados estudaram no PITÁGORAS. c) As pessoas empregadas foram aprovadas. d) Pessoas aprovadas não estão desempregadas. e) Nem todos inteligentes estão empregados. 10. Considerando que todos os Gringles são Jirnes e que nenhum Jirnes é Trumps, a afirmação de que nenhum Trumps pode ser Gringles é: a) Necessariamente verdadeira. b) Verdadeira, mas não necessariamente. c) Necessariamente falsa. d) Falsa, mas não necessariamente. e) Indeterminada. Lista de exercícios sobre Operações com Conjuntos. O silogismo categórico É uma forma particular de raciocínio dedutivo, constituída por três proposições categóricas (que afirmam ou negam algo de forma absoluta e incondicional): 2 premissas e 1 conclusão. A conclusão deriva das proposições (premissas) que apresentam um nexo lógico explícito. No silogismo A conclusão deriva necessariamente das premissas, pelo que seria contraditório negar a conclusão, aceitando a verdade das premissas de que aquela é consequência necessária. Três termos: - Maior (predicado na conclusão) - Menor (sujeito na conclusão) - Médio (estabelece o nexo lógico entre as premissas e aparece em ambas as premissas, mas não na conclusão SILOGISMO Duas premissas CATEGÓRICO Uma conclusão Regras Dos termos: Das proposições: - Três termos - - O termo médio está presente nas premissas e não parece na conclusão Não ter duas premissas negativas - Não pode derivar uma conclusão negativa de duas premissas afirmativas - A conclusão segue sempre a parte mais fraca - Não ter duas premissas particulares - - O termo médio está distribuído pelo menos uma vez Nenhum termo pode ter maior extensão na conclusão que nas premissas Silogismo Aristóteles tentou sistematizar as regras lógicas e dedicou atenção especial a um tipo de argumento, com duas proposições iniciais e uma conclusão. Exemplos: Premissas: Alguns alemães são loiros. Todos os alemães são europeus. Conclusão: Alguns europeus são loiros. Premissas: Alguns médicos são poliglotas. Alguns professores são poliglotas. Conclusão: Alguns médicos são professores. Silogismo Premissas: Alguns atleticanos não são chatos. Todos os atleticanos são fanáticos. Conclusão: Alguns fanáticos não são chatos. • Aristóteles classificou os silogismos entre os que são válidos e os que não são válidos. Exemplo de silogismo que não é válido, portanto, é um sofisma: • Premissas: • Todos os alemães são europeus. • Alguns alemães são loiros. • Conclusão: • Nenhum europeu é loiro. Raciocínios Inválidos Todos cães são vegetarianos. Dálmatas são cães. Logo, dálmatas são vegetarianos. Todos cães comem carne. Nenhum cão é peixe. Logo, nenhum peixe come carne. Silogismos e Sofismas Silogismo: raciocínio formado de três proposições: premissa maior – premissa menor – conclusão Pedro é homem. O homem é mortal.: Pedro é mortal Sofisma: argumento falso, intencionalmente feito para induzir outrem ao erro. O cão late. Cão é uma constelação.: A constelação late Sofisma 1 Deus ajuda quem cedo madruga Quem cedo madruga, dorme à tarde... Quem dorme à tarde, não dorme à noite... Quem não dorme à noite, sai na balada!!!!!!! Conclusão: Deus ajuda quem sai na balada!!!!!! Sofisma 2 Deus é amor. O amor é cego. Steve Wonder é cego. Logo, Steve Wonder é Deus. Sofisma 3 Disseram-me que eu sou ninguém. Ninguém é perfeito. Logo, eu sou perfeito. Mas só Deus é perfeito. Portanto, eu sou Deus. Se Steve Wonder é Deus, eu sou Steve Wonder!!!! Meu Deus, eu sou cego!!! Sofisma 4 Imagine um pedaço de queijo suíço, daqueles bem cheios de buracos. Quanto mais queijo, mais buracos. Cada buraco ocupa o lugar em que haveria queijo. Assim, quanto mais buracos, menos queijo. Quanto mais queijos mais buracos, e quanto mais buracos, menos queijo. Logo, quanto mais queijo, menos queijo. Sofisma 5 Toda regra tem exceção. Isto é uma regra. Logo, deveria ter exceção. Portanto, nem toda regra tem exceção. Sofisma 6 Existem biscoitos feitos de água e sal. O mar é feito de água e sal. Logo, o mar é um biscoitão. Sofisma 7 Quando bebemos, ficamos bêbados. Quando estamos bêbados, dormimos. Quando dormimos, não cometemos pecados. Quando não cometemos pecados, vamos para o Céu. Então, vamos beber para ir pro Céu! Sofisma 8 Penso, logo existo. Loiras burras não pensam, logo, loiras burras não existem. Meu amigo diz que não é boiola porque namora uma loira inteligente. Se uma loira inteligente namorasse meu amigo ela seria burra. Como loiras burras não existem, meu amigo não namora ninguém. Logo, meu amigo é boiola mesmo. Sofisma 9 Hoje em dia, os trabalhadores não têm tempo pra nada. Já os vagabundos... têm todo o tempo do mundo. Tempo é dinheiro. Logo, os vagabundos têm mais dinheiro do que os trabalhadores. Silogismo Silogismo Categórico é uma forma de raciocínio lógico na qual há duas premissas e uma conclusão distinta destas premissas, sendo todas proposições categóricas ou singulares. Termo Médio é o termo que se repete nas duas premissas mas não aparece na conclusão. Qual o termo médio da expressão? Todo cachorro é um mamífero Todo mamífero é vertebrado Logo, todo cachorro é vertebrado Qual é o termo médio? Resposta: Mamífero Silogismo 1) Todo silogismo contém somente três termos: maior, médio e menor; 2) Os termos da conclusão não podem ter extensão maior que os termos das premissas; 3) O termo médio não pode entrar na conclusão; 4) O termo médio deve ser universal ao menos uma vez; 5) De duas premissas negativas, nada se conclui; 6) De duas premissas afirmativas não pode haver conclusão negativa; 7) A conclusão segue sempre a premissa mais fraca; 8) De duas premissas particulares, nada se conclui. Silogismo Os raciocínios lógicos ocorrem na forma de seqüências de proposições geradas por inferências imediatas obtidas da tábua de oposições. Um silogismo é um discurso no qual, estando dadas certas proposições premissas, uma nova proposição conclusão é obtida necessariamente e unicamente a partir das premissas. Usualmente os silogismos são apresentados da seguinte forma: Premissa maior Premissa menor Conclusão O termo menor (S) é o sujeito da conclusão, o termo maior (P) é o predicado da conclusão, e o termo comum às premissas é o termo médio (M). Silogismo Exemplos: Todos os mamíferos são vertebrados (premissa maior) Todos os homens são mamíferos (premissa menor) portanto Todos os homens são vertebrados (conclusão). Neste caso o termo menor S é “todos os homens”, o termo maior P é “vertebrados”, e o termo médio M é “mamíferos”. MP Este silogismo tem portanto a forma: SM SP Todas as proposições são do tipo A. Silogismo Considerando que há 4 tipos de proposições (A,E,I e O) então há 43 = 64 silogismos por figura (ver abaixo) , ou seja 256 silogismos no total; As figuras do silogismo são: 1ª figura 2ª figura 3ª figura 4ª figura Premissa maior MP PM MP PM Premissa menor SM SM MS MS Conclusão SP SP SP SP Silogismo Nem todos os silogismos são válidos; o estudo da Lógica por Aristóteles, e posteriormente na idade média, buscou separar os silogismos válidos, ou seja, aqueles em que a conclusão segue necessariamente das premissas; Pode-se deduzir a validade ou não de um silogismo a partir dos diagramas de Venn-Euler correspondentes; Exemplo: M Nenhum peixe (M) é mamífero (P) <tipo E>; Todos os robalos (S) são peixes (M) <tipo A>; portanto Nenhum robalo (S) é mamífero (P) <tipo E>. Ou, esquematicamente: MP<E> SM<A> SP<E> S P Silogismo Exemplo: Todos os animais venenosos (M) são perigosos (P) <tipo A>; Algumas serpentes (S) são animais venenosos (M) <tipo I>; portanto Algumas serpentes (S) são perigosas (P) <tipo I>. Esquematicamente: MP<A> SM<I> SP<I> P M S Silogismo Em alguns casos os diagramas de Venn-Euler apresentam o inconveniente de admitir, para um mesmo silogismo, várias representações geométricas; Exemplo: MP<E> M S P SM<I> SP<O> M S M S P P Silogismo Verdade e validade (ou correção): Um silogismo é válido (correto) se e somente se (sse) a verdade da conclusão segue necessariamente da verdade das premissas; Os silogismos portanto “transmitem” a verdade das premissas à conclusão; Esta definição exclui a possibilidade de que um silogismo válido possa ter premissas verdadeiras e conclusão falsa; Isto não exclui a possibilidade de que a conclusão de um silogismo válido seja falsa; neste caso alguma das premissas é falsa. Exemplo: Todos os animais marinhos são peixes; Todas as baleias são animais marinhos; portanto Todas as baleias são peixes. Exercícios sobre lógica aristotélica 1) Indique a forma do silogismo (termos, figura, diagrama), e indique se mesmo é válido ou não: a) Todos os gregos são homens; Todos os atenienses são gregos; Todos os atenienses são homens. b) Todos os socialistas são marxistas; Alguns governantes são marxistas; Alguns governantes são socialistas. c) Todas as ações penais são atos cruéis; Todos os processos por homicídio são ações penais; Todos os processos por homicídio são atos cruéis. Exercícios sobre lógica aristotélica d) Alguns papagaios não são animais nocivos; Todos os papagaios são animais de estimação; Nenhum animal de estimação é nocivo. e) Nenhum ator dramático é um homem feliz; Alguns comediantes não são homens felizes; Alguns comediantes não são atores dramáticos. f) Todos os coelhos são corredores muito velozes; Alguns cavalos são corredores muito velozes; Alguns cavalos são coelhos. Exercícios sobre lógica aristotélica 2) Escreva na forma típica, indique termos, figura, diagrama, e verifique a validade: a) Nenhum submarino de propulsão nuclear é um navio mercante, assim nenhum vaso de guerra é navio mercante, visto que todos os submarinos de propulsão nuclear são vasos de guerra; b) Alguns conservadores não são defensores de tarifas elevadas, porque todos os defensores de tarifas elevadas são republicanos, e alguns republicanos não são conservadores; c) Nenhum indivíduo obstinado que jamais admite um erro é bom professor; portanto, como algumas pessoas bem informadas são indivíduos obstinados que nunca admitem um erro, alguns bons professores não são pessoas bem informadas.