DOROTHEA E.OREM COMPONENTES: DEBORA RABELLO DIANA PONTES MAIRA PAMELA DE OLIVEIRA HISTORIA DE DOROTHEA E.OREM É uma enfermeira e empresária estadounidense. Seu pai era trabalhador de construção civil e pescador; sua mãe dona de casa. Iniciou sua carreira profissional em enfermagem na Escola de Enfermagem do "Providence Hospital Washington – EUA". Concluiu o curso de enfermagem em 1930 e o mestrado em enfermagem no ano de 1939 e o mestrado em ciências da educação em enfermagem em 1945, pela Universidade Católica da América. Recebeu vários títulos e graus honoríficos, inclusive o de Doutora em Enfermagem. Iniciou os estudos a respeito da sua teoria em 1958.Em 1958 Dorothea Elizabeth Orem teve uma intuição acerca de que os indivíduos necessitavam da ajuda da enfermeira e que eles podem ser ajudados por ela. E neste período de 1958- 1959 como consultora para a secretaria de educação do departamento de saúde, educação e bem – estar, Dorothea Orem participou de um projeto para aperfeiçoar o treinamento em enfermagem pratica.Com esse trabalho a estimulou a dar atenção á indagação: “qual a condição existente numa pessoa ,quando essa pessoa ou outras determinam que aquele deve submeter – se a cuidados de enfermagem?” isso expandiu – se para o seu conceito de autocuidado. Em 1959 o conceito de enfermagem de Orem, como provimentos de autocuidado, foi publicado pela primeira vez. TEORIA GERAL O teoria de Enfermagem de Orem foi desenvolvida entre 1959 a 1985. Baseia-se na premissa que os pacientes podem cuidar de si próprios. Primariamente usada em reabilitação e cuidados primários, onde o paciente é encorajado a ser independente o máximo possível. O modelo de Orem é baseado em que todos os pacientes desejam cuidar de si próprios.E o oferecimento e controle disso,num trabalho continuo para sustentar a vida e a saúde , recuperar – se da doença ou ferimento e compatibilizar – se com seus efeitos.Orem desenvolve sua teoria geral de enfermagem em três partes relacionados,essas partes são:autocuidado,deficiência do autocuidado e sistema de enfermagem. TEORIA DO AUTO CUIDADO Auto cuidado (AC) é usado como sinônimo de cuidado de si próprio. É um comportamento que implica no papel ativo do cliente em prática de atividades que o indivíduo desempenha em seu próprio benefício, a fim de manter a vida, a saúde e o bem estar (OREM 1971-80). As funções humanas básicas são determinantes para a habilidade do auto cuidar, a avaliação destas funções nos mostrará se uma pessoa tem capacidade de ser independente para o auto cuidado ou se necessita de ajuda. 1) 2) 3) 4) As capacidades do individuo para engajar – se no autocuidado, acham – se condicionadas pela idade, estado de desenvolvimento, experiência de vida, orientação sócio - cultural saúde e recursos disponíveis, normalmente pessoas adultas cuidam voluntariamente de si mesmas, já pessoas como: bebê, criança, idoso, pessoa invalida, pessoas doente requerem uma total assistência. E Orem identifica requisitos de autocuidado como: A manutenção de ingestão suficiente de ar A manutenção de ingestão suficiente de água A manutenção de ingestão suficiente de alimento A provisão de cuidados, associada os processos de eliminação e excreção 5) 6) 7) 8) A manutenção de um equilíbrio entre atitudes e descanso A manutenção de um equilíbrio entre solidão e interação social A prevenção de riscos a vida humana, ao funcionamento humano e ao bem – estar humano. A promoção do funcionamento e desenvolvimento humanos, em grupos sociais conforme o potencial humano, limitações humanas conhecidas e o desejo humano de ser normal. Normalidade é utilizada no sentido daquilo que é essencialmente humano e aquilo que esta de acordo com as características genéticas e constitucionais, bem como os talentos das pessoas. A TEORIA DE DEFICIT DE AUTOCUIDADO Quando a enfermeira identifica a capacidade de auto cuidado inadequada para alcançar os requisitos de auto cuidado, existe déficit de auto cuidado (DAC). O déficit de auto cuidado relacionado ao banho/higiene é o estado em que o indivíduo apresenta capacidade prejudicada para realizar ou completar as atividades de banho/higiene de si mesmo. Os problemas de higiene entre as pessoas acamadas são mais elevadas em relação as outras, pois seu confinamento no leito, o estresse e o tratamento contribuem para o acúmulo maior de secreções. Na UTI a maioria dos pacientes não apresentam capacidade para locomoção e tem maior número de limitações físicas o que os impedem de manter alto nível de higiene corporal. O banho no leito se torna uma necessidade humana essencial para estas pessoas, que precisam de repouso absoluto, ou cuja, mobilidade e locomoção estejam afetadas. A enfermagem é quem presta assistência direta a estes pacientes e muitas vezes o grau de dependência desses pacientes não é determinados. Há pacientes que recebem banho com ajuda maior do que necessitam enquanto outros apresentam falta de auxílio adequado. Orem identifica cinco métodos de ajuda. São as seguintes: 1) Agir ou fazer para o outro 2) Guiar o outro 3) Apoiar o outro (física e psicologicamente) 4) Ensinar o outro O enfermeiro pode ajudar o individuo, utilizando – se de qualquer um ou de todos os métodos, de modo de oferecer assistência com autocuidado. TEORIA DE SISTEMAS DE ENFERMAGEM O sistema de enfermagem, planejado pelo profissional, baseia - se nas necessidades de autocuidado e nas capacidades do paciente para a execução de atividades de autocuidado. Que tem três classificações que são: 1 - sistema totalmente compensatório →e quando o paciente esta proibido por fazer certos movimentos e precisa de ajuda para isso. 2 – sistemas parcialmente compensatórios→e quando o paciente tem condições de fazer alguns movimentos, mas precisa de ajuda para se locomover. 3 – sistema de apoio – educação → processo de ensinamento ao paciente de aplicar o autocuidado. VISÃO DE OREM SOBRE O AUTOCUIDADO Na visão de Orem, após o enfermeiro identificar o déficit de AC, ele estabelece o plano de ação junto ao paciente, delegando a sua responsabilidade, a do paciente e a de outros profissionais, para que a demanda terapêutica do AC sejam atendidas. O grau e o tipo de intervenção de enfermagem ira variar em proporção ao poder ou as limitações na capacidade de AC do paciente. Orem diferencia três tipos de sistemas de enfermagem, que vão desenvolver a assistência sistematizada com a finalidade de trazer o cliente à situação de (re) assumir seu próprio cuidado ou cuidado dependente. Estes três tipos de sistemas são: Totalmente compensatório: O indivíduo não tem recursos necessários para alcançar a demanda terapêutica de AC, e a satisfação desta demanda é de responsabilidade do profissional de enfermagem; Parcialmente compensatório: O paciente compartilha a responsabilidade do AC com o enfermeiro, assumindo os recursos que estão dentro de sua capacidade, ficando os demais a cargo do profissional de enfermagem; Sistema educativo de apoio: O paciente tem recursos para se auto cuidar, mas necessita da enfermagem para apoio, orientação e instrução; Na prática de enfermagem, é necessário uma avaliação contínua e atualizada do paciente, a fim de adequar o plano de assistência às necessidades e habilidades individuais. Se o agente de auto cuidado não for avaliado adequadamente, as enfermeiras não tem nenhuma base racional para fazer julgamento sobre os déficits de AC, selecionar métodos de ajuda válidos e confiáveis e prescrever e designar sistemas de enfermagem. O que também é afirmado pôr Orem que diz que a não que a enfermeira estabeleça a capacidade para o AC previamente, ela não tem base racional para fazer julgamento para o déficit de AC. Portanto, o primeiro passo na operacionalização de um processo de enfermagem segundo Orem é a identificação das limitações e/ou habilidades para o AC, determinando a capacidade de AC. AVALIAÇÃO DA PRÁTICA EDUCATIVA PARA O AUTOCUIDADO O referencial adotado nos fez perceber as potencialidades das pessoas com e o poder que estas detêm sobre suas ações na transformação consciente de sua situação saúde-doença e de seu ambiente. A educação em saúde participativa apresentou-se como fundamental estratégia para reflexão e discussão das situações de saúde, levando à tomada de consciência, o que conduziu a um melhor enfrentamento das situações vivenciadas. Na construção do conhecimento em grupo de educação-apoio, fundamentado em uma educação libertadora mediante o diálogo participativo, todos contribuem para a formação do saber, aprendem e ensinam. Não é somente um momento educativo, mas de estabelecimento de laços de amizade e apoio e, até mesmo, de terapia e lazer. Nesse espaço, as pessoas podem falar serem ouvidas e compreendidas. A prática educativa, que considera o ser humano na construção do processo de cuidado, é uma contribuição à pessoa como sentido de tornar o autocuidado uma realidade e diminuir os riscos de desenvolver essa complicação, que traz repercussões para a autonomia e o bem estar. ANALISE DA APLICAÇÃO DA TEORIA DE ENFERMAGEM A forma de execução desses cuidados é fruto da observação de repetidos procedimentos semelhantes feitos por médicos e enfermeiras no hospital. Refere que existem muitas dificuldades em permanecer em casa, tais como sua locomoção, banho e até obtenção de alimentos e água, tarefas confiadas à sua esposa. Mesmo assim, prefere ficar em casa a ir para o hospital, pois lá não tem a companhia dos seus familiares. Após a observação do ambiente e das condições do paciente, e de terem sido entrevistados, tanto a pessoa cuidadora, quanto o paciente, procedeu-se a uma análise sobre os achados, adequando-os aos termos definidos na Teoria do Déficit do Autocuidado, como ambiente de autocuidado e agente de autocuidado. Analisando a adequação da Teoria do Déficit do Autocuidado, no tocante ao ambiente e pessoa cuidadora no domicílio, resultante da fase três, concordamos com a definição de que ambiente é tudo aquilo que está relacionado ao meio interno e externo do paciente, ou seja, é o espaço onde o fenômeno ocorre e as ações de enfermagem se desenvolvem. Existe uma insatisfação quanto ao autocuidado demonstrada pelo paciente, tanto atual, quanto futura, que deve ser sanada ou contornada. É ai que deve se inserir a adequação da Teoria do Autocuidado. Porém há ocasiões, principalmente no domicílio, em que o paciente não consegue identificar sua demanda de autocuidado sozinho, nem o enfermeiro pode orientá-lo, devido a situações preexistentes, sendo, para isso, necessário identificar fatores comportamentais humanos que condicionem os requisitos do autocuidado e o agente de autocuidado Por isso, o enfermeiro deve conhecer a estrutura, funcionamento e desenvolvimento do indivíduo, nos aspectos familiar, cultural e ocupacional, acrescentando-se, ainda, as fontes provedoras de recursos pelo sistema de saúde. IMPORTANCIA PARA OS DIAS ATUAIS NO PROCESSO DE ENFERMAGEM Aplicando o processo de Enfermagem baseado na Teoria do Autocuidado de Dorothea Orem. O objetivo do trabalho desenvolvido foi traçar um plano assistencial no sentido de melhorar as condições de saúde e bem-estar da jovem estudada. Para tanto, os autores detalharam o que se constitui Autocuidado, Atividade de Autocuidado e a Terapêutica do Autocuidado segundo a visão de Orem, delimitando os três requisitos básicos de autocuidado: universais, comuns a todos os seres humanos; de desenvolvimento, particularizados; e os de desvio de saúde, relacionados à doença, sendo traçada assim uma meta de ajudar as pessoas a satisfazerem suas próprias exigências terapêuticas de autocuidado. Para eles a premissa básica é a crença de que o ser humano tem habilidades próprias para promover o cuidado de si mesmo e que pode se beneficiar com o cuidado da equipe de Enfermagem quando houver incapacidade de autocuidado devido à doença. Analisaram também a Teoria do Déficit de Autocuidado, identificando cinco métodos de ajuda segundo vários autores. Além dos Sistemas de Enfermagem: totalmente compensatório, parcialmente compensatório e apoio-educação e o Processo de Enfermagem, incluindo os três passos compreendidos neste processo: diagnóstico e prescrição, planejamentos e produção e execução que inclui a evolução. O procedimento adotado foi um estudo descritivo com abordagem qualitativa do tipo estudo de caso. Os resultados levam a identificar e nomear os diagnósticos de enfermagem referentes aos padrões de resposta humana, Escolher, Mover, Relacionar, descritos em um quadro onde foram relacionados à Teoria do Autocuidado de Orem. Relatam como o uso da Teoria do Autocuidado é um instrumento válido para promover comunicação mais objetiva entre pesquisador e pesquisado, atendendo desta forma ao planejamento da assistência de enfermagem. Foram identificadas, através deste estudo de caso, como as respostas humanas se adequaram à adolescente estudada, e como os diagnósticos encontrados se relacionaram a elas. Para os autores, embora este trabalho represente diagnósticos específicos desta adolescente, demonstra que esse não pode ser uma fase isolada do todo do processo assistencial, mas deve direcionar a ação da enfermagem.