ELEMENTOS E TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO COM O MERCADO CONCEITOS DE COMUNICAÇÃO A COMUNICAÇÃO A comunicação é uma das formas pelas quais os homens se relacionam entre si. É uma forma de interação humana realizada através do uso de signos. A comunicação humana é apenas uma parte de um processo mais amplo: o processo da informação que, por sua vez, é só um aspecto de um processo ainda mais básico, o processo da organização. Organização é todo conjunto de partes ou elementos que de alguma maneira se relacionam e se influenciam reciprocamente. Comunicação é, pois, o processo de transmitir idéias entre indivíduos. Armando Sant´Anna O SER HUMANO E A COMUNICAÇÃO É capaz de organizar a informação em grandes e complexas estruturas de conhecimento; Localiza-se em um processo temporal e tem uma imagem de passado , presente e futuro; Tem consciência das relações tais como causa e efeito. ‘Nós não somente sabemos, mas sabemos que sabemos; Pode reagir não somente a estímulos imediatos mas também a uma imagem do futuro, filtrada através de um sistema de valores; Graças a linguagem e a sua capacidade de guardar informação codificada é capaz de organizar sua experiência para estender ainda mais seu conhecimento; Sua capacidade de aprender não tem limite e pode crescer internamente mesmo sem receber mensagem de fora, por meio de sua imaginação; Devido a sua capacidade de comunicar-se pode construir organizações muito maiores e mais complexas. O PROCESSO DA COMUNICAÇÃO Quando mantemos uma conversa, está aí em marcha uma contínua troca. Idéias, fatos e opiniões transformamse em palavras compartilhadas através da fala. Por isso, quando falamos em comunicação, estamos lidando com algo vivo, que se desenvolve, que é dinâmico. “Para uma comunicação eficaz é necessário o total conhecimento do processo de comunicação” O processo de Comunicação humana não se diferencia do processo do Comportamento. A Comunicação humana é resposta a um estímulo interno ou externo. Prof. Écio Fernando Estímulo Associação Idéia ou imagem Experiência anterior Expressão de um sentimento através de um nome racional ELEMENTOS DO PROCESSO DA COMUNICAÇÃO Pergunta do dia: Quais são os elementos básicos da comunicação humana ? QUEM DIZ O QUE A QUEM Aristóteles QUEM DIZ O QUE COM QUE EFEITOS EM QUE CANAL A QUEM Lasswell – 1948 AS INTENÇÕES EM COMUNICAÇÃO Há sempre uma intenção básica em comunicação: O emissor espera que o receptor selecione sua mensagem, a compreenda, a aceite e finalmente a aplique. ATENÇÃO SELETIVA RETENÇÃO SELETIVA DISTORÇÃO SELETIVA OS EFEITOS DA COMUNICAÇÃO Resposta externa que a pessoa pode expressar na mudança de comportamento; Mudança de crença e valores; Provocar empatia pelo emissor; OS EFEITOS DA COMUNICAÇÃO Provocar prestígio e credibilidade; Relação entre o esforço necessário para aceitar e aplicar a mensagem e a recompensa ou gratificação esperada. Esta lista de fatores nos dá uma idéia de como é difícil prever os efeitos da comunicação. Por isso todos os esforços em conhecer hábitos dos consumidores, comportamento dos consumidores potenciais. “É que a comunicação não é um processo linear e mecânico de codificação, transmissão e decodificação. O enorme potencial dos signos, as sutis variações possíveis na estrutura da mensagem, e, sobretudo, o intenso dinamismo da vida mental das pessoas, fazem que a comunicação seja um processo de muitas facetas, com um amplo leque de efeitos possíveis, as vezes totalmente inesperados.” SIGNOS E SIGNIFICADOS Signo é tudo aquilo que significa alguma coisa para alguém. Segundo Charles Peirce: “Signo é algo que está no lugar de outra coisa”. As mensagens se apresentam nas diferentes formas: nas palavras, nos gestos, nos olhares, Nos movimentos do corpo. As formas que representam as idéias e as emoções chamam-se signos. Signo é todo objetivo perceptível que de alguma maneira remete a outro objeto, toma o lugar de outra coisa. Em geral, os signos formam conjuntos organizados chamados códigos. A língua portuguesa, o código Morse, os sinais de trânsito, o sistema Braile para cegos, são conjuntos organizados de signos. SIGNIFICANTE Significante é a parte material do signo: o contorno das letras, o som ou os traços/riscos/esboços de um desenho por exemplo. Outro exemplo: Significante é a parte material do signo: o contorno das letras, o som ou os traços/riscos/esboços de um desenho por exemplo. SIGNIFICADO Significado é o conceito veiculado pela parte material. Não há signo sem significante e significado. CÓDIGOS E COMPORTAMENTOS NÃO VERBAIS O ser humano também utiliza de códigos não verbais para comunicar-se. O corpo fala!! REPERTÓRIO Profissão Religião Viagens REPERTÓRIO REPERTÓRIO Escola/Cultura Clubes / Amigos O PODER DA COMUNICAÇÃO É próprio da comunicação contribuir para a modificação dos significados que as pessoas atribuem às coisas. E, através da modificação de significados, a comunicação colabora na transformação das crenças, dos valores e dos comportamentos. Daí o imenso poder da comunicação. Daí o uso que o poder faz da comunicação. A COMUNICAÇÃO EM AMBIENTES COMPETITIVOS No mundo atual, não basta às empresas oferecerem um excelente produto a um preço convidativo em locais de grande acessabilidade. Cada vez mais, é preciso comunicar-se não só com seus clientes atuais e potenciais, mas também com fornecedores, colaboradores, entidades de classe, investidores,ambientalistas, instituições de crédito, governo e público em geral. Toda e qualquer empresa assume o papel de comunicadora na sociedade, mesmo que não tenha consciência disso. Referências Bibliográficas: Coelho Netto, J. Teixeira. Semiótica, Informação e Comunicação. Editora Perspectiva. 2001; Penteado, J.R.Whitaker. A Técnica da Comunicação Humana. Editora Pioneira. Sant’Anna, Armando. Propaganda. Teoria, Técnica e Prática. 7º Edição. Editora Pioneira. 1998. Bairon, Sérgio. Perez, Clotilde. Comunicação & Marketing. Editora Futura. 2002 Kotler, Philip. Administração de Marketing. 5º Edição, Ed.Atlas. COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL • • • • • • • Estrutura orgânica da área, no contexto da empresa O cargo de confiança; A subordinação Lealdade profissional e os princípios éticos Fontes da informação empresarial; A comunicação como uma rua de mão dupla; Os segmentos da comunicação empresarial quanto as ações voltadas ao jornalismo, relações públicas e propaganda. • A imagem da empresa (cenários, oportunidades e ameaças ao negócio) • Treinamento de porta-vozes (midia trainning) 47 O trabalho do comunicador na empresa • Kit imprensa (release, perfil da empresa, números, bloco e caneta, brinde (jabá) • O atendimento da imprensa; • Técnica e ferramental utilizados na proteção da fonte; • A geração de notícia quanto a programação de pauta e colunas fixas; • A ação do assessoria na cobertura de campo; • A programação das entrevistas coletivas; • A marcação de entrevistas isoladas, proteção da fonte e acompanhamento editorial quanto a fidelidade do assunto tratado; • O direito de resposta; • A Internet/Intranet - serviço de informação em tempo real 48 Ferramentas da comunicação empresarial • Matéria paga: publicidade de apoio (comunicados, publicidade legal, anúncio institucional)) ao jornalismo empresarial; • O clipping da mídia impressa e eletrônica (intranet) • Programação de encontros dos técnicos da empresa com a imprensa especializada; • A pesquisa como mensuração de resultados; • O relacionamento com o público interno; • Jornal Interno, intranet (lotus notes) • Relatório anual; • A constante revisão do planejamento da assessoria. (planejamento de divulgação, de eventos, etc) 49 Suporte para a comunicação empresarial • As empresas de assessoria de imprensa; • Avaliação da imagem da empresa na imprensa através de análise do clipping eletrônico (rádio, tv e internet) impresso (jornais); • Comunicação é investimento – argumentação para convencer o empresário. 50 Imagem da Empresa A imagem institucional de uma empresa é um ser vivo, dinâmico. Hoje, pode estar saudável, bem vista, aceita, festejada. Amanhã? Vai depender da história de hoje (O que é Comunicação Empresarial, página 21). 51 Comunicação é o caminho para boa imagem • Uma boa Comunicação Empresarial é condição primária para uma boa imagem institucional da empresa (O que é Comunicação Empresarial, página 24). • Se o trabalhador não conhece a empresa na qual trabalha e não sabe qual é a filosofia que a anima, torna-se difícil estabelecer metas e passar para os consumidores e a sociedade a imagem que se deseja (O que é Comunicação Empresarial, página 42). 52 Informações da Empresa • A imagem de uma empresa é formulada a partir das informações que a comunidade recebe a esse respeito. Sem uma comunicação eficiente, a imagem será difusa ou ruim, pois será formada com base em informações incompletas ou incorretas, em presunções e boatos (Portas Abertas, página 65). • A comunicação deve ser permanente, independentemente do comportamento do mercado ou do fato de a empresa ter ou não ações negociadas em bolsa (Portas Abertas, página 66). 53 Agilidade, release, público interno • A comunicação requer agilidade e rapidez para se evitar, na imprensa, a tão prejudicial expressão: "A empresa se recusou a falar sobre o assunto" (Portas Abertas, página 76). • Comunicação não se limita ao release, peça jornalística que ganhou força com o autoritarismo e começou a morrer com ele. O release está cada vez mais desacreditado e deve, sempre que possível, ser substituído por entrevistas (Portas Abertas, página 78). • O primeiro e principal público de uma empresa é o seu efetivo, sem o qual todo esforço de comunicação redundará nulo (Portas Abertas, página 86). 54 Visão histórica da Comunicação Empresarial • Os profissionais de comunicação numa empresa fazem o meio de campo entre seus clientes ou patrões (representados por empresas, empresários, órgãos públicos e seus dirigentes/políticos) e a imprensa (jornais, revistas, rádios, tevês etc.) Tiveram que enfrentar os mais variados tipos de preconceito e discriminação ao longo de muitos anos. • No início, a culpa era dos profissionais de redação. Eles não conheciam as peculiaridades e não entendiam as sutilezas do trabalho dos jornalistas e dos profissionais de relações públicas que iam aos veículos levar notícias. Foi preciso muita paciência e dedicação para abrir espaço nas páginas de nossas principais publicações dos anos 60. 55 Visão Histórica Da Comunicação Empresarial • Depois, com o advento da ditadura militar e o conseqüente crescimento da corrupção, a partir de 31 de março de 1964, muitos empresários, políticos e até mesmo assessores de imprensa, todos inescrupulosos, não resistiram à tentação de dar bons presentes aos jornalistas. Presentes e às vezes até empregos fantasmas. E com os chamados jabaculês (jabá) eles compraram alguns repórteres, redatores e editores que abriram a eles espaços indevidos. • Essa prática acabou gerando má vontade cada vez maior por parte dos jornalistas honestos em relação a toda a categoria dos assessores de imprensa. 56 Atribuições da comunicação empresarial Estruturam e administram serviços de atendimento ao consumidor; Planejam e editam publicações as mais variadas, em forma de revistas, boletins e jornais; Idem em relação a programas internos de rádio e televisão; Idealizam e produzem clippings impressos e eletrônicos; alguns com mais de uma edição por dia e não raro ao longo dos sete dias da semana, incluindo feriados e dias santos, Natal e Ano-Novo atuam como lobistas e ombudsman; Escrevem discursos e artigos; Criam e atualizam páginas na Internet. Administram os canais oficias de comunicação interna e externa. 57 Atribuições da comunicação empresarial Criam e organizam eventos os mais diferentes; Geram fatos; Elaboram notícias; fazem com que essas notícias sejam veiculadas por jornais, revistas, agências noticiosas, emissoras de rádio e televisão, na Internet e até em painéis eletrônicos Criam e veiculam campanhas institucionais; Formulam e executam políticas, planos e estratégias de comunicação para governos, empresas e entidades do terceiro setor (ONGs, sindicatos patronais e de trabalhadores, partidos políticos etc.); Apresentação institucional / Produção de vídeo institucional. 58 Quando surgiu? 1. A Comunicação Empresarial surgiu nos Estados Unidos, no início do século. Mais precisamente em 1906. Naquele ano, em Nova Iorque, Ivy Lee decidiu deixar o jornalismo de lado para montar o primeiro escritório de Relações Públicas do mundo. 2. Lee mudou de atividade com o objetivo de recuperar a credibilidade perdida pelo poderoso empresário John D. Rockfeller. 59 3. O trabalho de Ivy Lee para seu cliente fez tanto sucesso junto à imprensa e à opinião pública, que Rockfeller passou de "patrão sanguinário" a "benfeitor da humanidade". 4. Lee morreu "por volta de 1935, quando dirigia o Departamento de Relações Públicas da Chrysler". E deve ter morrido feliz, porque a atividade que ele inventara havia sido adotada em inúmeras empresas e órgãos públicos. Passara a ser estudada, inclusive, em universidades do porte e do prestígio de Yale, Harvard e Colúmbia, que criaram cadeiras específicas e começaram a formar especialistas em Relações Públicas. 60 No Brasil, a partir de JK 1. As Relações Públicas e, por conseqüência, as atividades de Comunicação Empresarial, vieram para o Brasil nos anos 50, com as indústrias e as agências de propaganda dos Estados Unidos. 2. Chegaram atraídas pelas vantagens oferecidas pelo governo do presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira. 3. JK havia assumido a Presidência da Republica em meados dos anos 50 com a disposição de fazer "50 anos em 5". Conseqüentemente, ele criou condições para que viessem para o Brasil as primeiras montadoras de veículos automotores. 61 A partir de 1964 1. "As Relações Públicas tiveram no Brasil um vertiginoso desenvolvimento a partir de 1964", lembra Manuel Carlos Chaparro em sua dissertação de Mestrado na USP. "Com elas, generalizou-se também, na iniciativa privada e no serviço público, a prática de Assessoria de Imprensa. E, tal como aconteceu nos Estados Unidos, as duas atividades atraíram muitos jornalistas." 2. A regulamentação da profissão de Relações Públicas foi decretada em 1968. Foi tão ampla que acabou gerando conflito com a de jornalista, assinada em 1969. 62 A partir de 1964 / RP x jornalistas 1. Durante mais de 20 anos os profissionais de Relações Públicas e os jornalistas lutaram para provar que a elaboração de press-releases, por exemplo, era uma prerrogativa de apenas uma profissão. 2. Os RPs nunca se conformaram também com a eventual ascensão de um jornalista ao posto de assessoria mais qualificado dentro da empresa ou do órgão público onde trabalhavam profissionais das duas categorias. 3. Para eles, cabia ao RP ser o comandante, o formulador da política de Comunicação Empresarial. 63