FEBRE AFTOSA FOOT AND MOUTH DISEASE CONCEITO Doença generalizada, altamente contagiosa, própria dos fissípedes, de evolução aguda e febril, em que, na maioria dos casos, existem lesões em forma de vesículas e erosões características nas mucosas do aparelho digestivo, espaço interdigital e rodete coronário dos cascos. ETIOLOGIA FAMÍLIA: PICORNAVIRIDAE GÊNERO: APHTOVÍRUS ESPÉCIE: VÍRUS DA FEBRE AFTOSA ou FMDV Morfometria: Vírus RNA, cordão simples, capsídeo cúbico, simetria icosaédrica, 20 à 25 nm de diâmetro, sem envelope. Tipos: O Subtipos 11 Origem Oise Data 1922 A C SAT 1 SAT 2 SAT 3 ASIA 1 32 5 7 3 4 2 Alemanha Riens África África África Ásia 1922 1926 1952 1952 1952 1954 VÍRUS DA FEBRE AFTOSA PREVALÊNCIA REGIÃO VÍRUS América do Sul O, A, C Europa O, A, C África O, A, C, SAT1, SAT2, SAT3 Ásia O, A, C, Ásia 1 A . Norte e Central Área livre Caribe Área livre Oceania Área livre No geral, os tipos A e O ocorrem mais freqüentemente do que os outros. Zona infectada Zona tampão Zona livre com vacinação Zona livre sem vacinação Zona livre com reconhecimento suspenso MAPEAMENTO DOS ESTADOS BRASILEIROS E SUA SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA FRENTE Á PREVALÊNCIA DE FEBRE AFTOSA. (MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, 2008.) Cultivo: Células de lingua de bovinos e de rins de bezerros, suinos, hamsters, cobaios, ratos e embriões de galinhas. Células permanentes: BHK Produz efeito citopático por ter replicação citocida. Resistência: Éter, clorofórmio, congelamento Sensibilidade: Formol, soda, ácidos, luz solar, temperaturas altas. Sobrevive bem em material orgânico como fezes, sangue e em condições de alta umidade e de pouca incidência solar (até 1 mês). RECEPTIVIDADE: Animais fissípedes: ZOONOSE (???) Os humanos são ligeiramente suscetíveis a infecção pelo vírus, e as vesículas podem desenvolver-se na boca ou nas mãos. Poucos casos são relatados mesmo entre pessoas que trabalham com carcaças infectadas e laboratório. Contudo, os homens podem ser um veículo de transmissão para os animais. • Imunidade: • Celular – 2º dia após infecção • Humoral – Anticorpos neutralizantes aparecem após 5º dia da infecção. Dura de 7 a 11 meses. É tipo específica. Morbidade e Mortalidade: 100% 70% em jovens 5% em adultos IMPORTÂNCIA DA DOENÇA A zona livre de febre aftosa no Brasil representa 49% do território brasileiro, 81% (84%) dos criadores de bovinos, 79% da população bovina e, praticamente, 100% do rebanho comercial de suínos. Num país como o Brasil, com o maior rebanho bovino mundial (170 milhões de cabeças), com o terceiro maior mercado de produção de suínos e em sexto lugar na produção de leite, a ocorrência da doença é devastadora. • Imunidade Materna – Via colostro. • Dura no máximo 3 meses. TRANSMISSÃO BOVINO DOENTE ELIMINA VÍRUS EM ATÉ 09 HORAS APÓS CONTÁGIO ATRAVÉS DA SALIVA, VESICULAS, LEITE (ATÉ 10 DIAS APÓS INFECÇÃO), FEZES, SÊMEN E URINA, POR 5 A 11 DIAS. AEROSSÓIS (ATÉ 65 Km). ANIMAL SADIO POR VIA RESPIRATÓRIA OU DIGESTIVA DIRETAMENTE INDIRETAMENTE ESTÁBULOS, VEÍCULOS, RAÇÕES, EQUIPAMENTOS, CORDAS E ROUPAS, AR, CARNES, LEITE E EFLUENTES, ANIMAIS ERRANTES E AVES. • PATOGENIA: MUCOSAS OU PELE LESIONADA AFTAS SECUNDÁRIAS AFTAS PRIMÁRIAS CORRENTE CIRCULATÓRIA PRIMÁRIOS (viremia primária) CORRENTE CIRCULATÓRIA (VIREMIA SECUNDÁRIA) ÓRGÃOS MULTIPLICAÇÃO DO VÍRUS PERIODO DE INCUBAÇÃO 48 HORAS Á 7 DIAS SINTOMAS: Febre até 41ºC, taquisfigmia, anorexia, polidipsia. Vesículas nos lábios, línguas, gengivas, bochechas, focinhos e narinas, que se rompem e viram úlceras dolorosas. Diminuição dos movimentos rumenais, disfagia, sialorréia. Edema de língua com exteriorização da mesma. Aftas e úlceras nos cascos(rodete) e espaço interdigital com claudicação. Aftas e úlceras no úbere (diminuição na produção de leite) e base dos chifres. Anestro. Raramente ocorrem abortos ou partos distócicos de bezerros mortos (Diminuição na produtividade). Em bezerros: Degenerações de Zenker (musculo cardíaco) levam à morte em 12 a 30 horas. Dificuldade de locomoção, emagrecimento. ACHADOS DE NECRÓPSIA : Erosões e vesículas nas mucosas da boca e focinho, pele, esôfago e pré estômagos. Lesões cardíacas em bezerros. Hemorragias petequiais e edemas nos pré estômagos e instestinos, pleura, pericárdio e coração. DIAGNÓSTICO: Clínico: Aspecto epidêmico. Presença de lesões (vesículas e erosões). Não acomete equídeos. Lesões em humanos. Morte súbita em bezerros. Diferencial: 1)Estomatite vesicular: Existe receptividade do cavalo. Não é epidêmica. 2)Exantema vesicular: Acomete suínos e equinos. Não acomete bovinos. LABORATORIAL: Material: Conteúdo e membranas das vesículas Sangue Técnicas: 1)Reação de Fixação de Complemento 2)ELISA 3) RPGA 4) Soroneutralização 5) Inoculação em camundongos e cobaios TRATAMENTO: Alta morbidade e rápida difusão torna de pouco valor a terapêutica. O tratamento será sempre sintomático quando for feito. Isolar doentes. Soroterapia no início torna a evolução mais benigna. Lavar as lesões. Banhar lesões com solução de vinagre 12%. Aplicar desinfetantes spray + pastas + ataduras. PROFILAXIA: Sôro imune - para transporte de animais. Tem proteção imediata mas curta duração (10 dias). Vacinas - podem ser mono, bi ou trivalentes. Protegem após 10/14 dias da vacinação e esta proteção dura 6 a 8 meses no máximo. Bezerros: 1ª dose aos 2 meses de idade Adultos: 2 doses com intervalo de 06 meses entre elas. CALENDÁRIO PROFILÁTICO FONTE: www.agricultura.gov.br 2008. NOTIFICAÇÃO OBRIGATÓRIA!!