ASPECTOS GEOLÓGICOS DA FOLHA – MIR 000 (SC

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ASPECTOS GEOMORFOLÓGICOS DA FOLHA IRIRI NOVO –
MIR-276 (SC.22-V-C) - MEMÓRIA TÉCNICA
Parte 2: Sistematização das Informações Temáticas
NÍVEL COMPILATÓRIO
DSEE-GM-MT-007
PLANO DA OBRA
PROJETO DE DESENVOLVIMENTO AGROAMBIENTAL DO ESTADO DE MATO GROSSO - PRODEAGRO
ZONEAMENTO
SÓCIO-ECONÔMICO-ECOLÓGICO:
DIAGNÓSTICO
SÓCIOECONÔMICO-ECOLÓGICO DO ESTADO DE MATO GROSSO E ASSISTÊNCIA
TÉCNICA NA FORMULAÇÃO DA 2ª APROXIMAÇÃO
Parte 1: Consolidação de Dados Secundários
Parte 2: Sistematização das Informações Temáticas
Parte 3: Integração Temática
Parte 4: Consolidação das Unidades
Governo do Estado de Mato Grosso
Secretaria de Estado de Planejamento e Coordenação Geral (SEPLAN)
Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD)
PROJETO DE DESENVOLVIMENTO AGROAMBIENTAL DO ESTADO DE MATO GROSSO - PRODEAGRO
ZONEAMENTO
SÓCIO-ECONÔMICO-ECOLÓGICO:
DIAGNÓSTICO
SÓCIOECONÔMICO-ECOLÓGICO DO ESTADO DE MATO GROSSO E ASSISTÊNCIA
TÉCNICA NA FORMULAÇÃO DA 2ª APROXIMAÇÃO
ASPECTOS GEOMORFOLÓGICOS DA FOLHA IRIRI NOVO – MIR-276 (SC.22-V-C) MEMÓRIA TÉCNICA
Parte 2: Sistematização das Informações Temáticas
NÍVEL COMPILATÓRIO
MÁRIO VITAL DOS SANTOS
CUIABÁ
MAIO, 2000
CNEC – Engenharia S.A.
GOVERNADOR DO ESTADO DE MATO GROSSO
Dante Martins de Oliveira
VICE-GOVERNADOR
José Rogério Salles
SECRETÁRIO DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO GERAL
Guilherme Frederico de Moura Müller
SUB SECRETÁRIO
João José de Amorim
GERENTE ESTADUAL DO PRODEAGRO
Mário Ney de Oliveira Teixeira
COORDENADORA DO ZONEAMENTO SÓCIO-ECONÔMICO-ECOLÓGICO
Márcia Silva Pereira Rivera
MONITOR TÉCNICO DO ZONEAMENTO SÓCIO-ECONÔMICO-ECOLÓGICO
Wagner de Oliveira Filippetti
ADMINISTRADOR TÉCNICO DO PNUD
Arnaldo Alves Souza Neto
EQUIPE TÉCNICA DE ACOMPANHAMENTO E SUPERVISÃO DA SEPLAN
Coordenadora do Módulo
MARIA LUCIDALVA COSTA MOREIRA
(Engª Agrônoma)
Supervisor do Tema
JURACI DE OZEDA ALLA FILHO
(Geólogo)
Consultor do Tema Geomorfologia
Drº EDGARDO MANUEL LATRUBESSE
(Geólogo)
Coordenação e Supervisão Cartográfica
LIGIA CAMARGO MADRUGA
(Cartógrafa)
Supervisão do Banco de Dados
GIOVANNI LEÃO ORMOND
(Administrador de Banco de Dados)
VICENTE DIAS FILHO
(Analista de Sistema)
Supervisora do Mapeamento/Campo dos Aspectos Geomorfológicos
CREUZA COELHO DE SOUZA BEZERRA
(Geógrafa)
EQUIPE TÉCNICA DE EXECUÇÃO
CNEC – Engenharia S.A.
LUIZ MÁRIO TORTORELLO
(Gerente do Projeto)
KALIL A. A. FARRAN
(Coordenador Técnico)
MÁRIO VITAL DOS SANTOS
(Coordenador Técnico do Meio Físico – Biótico)
TÉCNICA
SILVIO CARLOS RODRIGUES
(Geógrafo)
OSVALDO HENRIQUE NOGUEIRA JÚNIOR
(Geógrafo)
SUMÁRIO
1.
INTRODUÇÃO
01
2.
PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS
03
3.
CARACTERIZAÇÃO DOS SISTEMAS GEOMORFOLÓGICOS
03
3.1.
CARACTERIZAÇÃO GERAL DOS SISTEMAS
03
3.2.
SISTEMAS GEOMORFOLÓGICOS
05
3.2.1.
Sistema de Aplanamento S3 – Ap3
3.2.1.1.
3.2.2.
3.2.2.2.
3.2.2.3.
3.2.2.4.
05
Sistema de Dissecação em Colinas e
Morros – Preservado - Cl-Mr/p
06
Sistema de Dissecação em Colinas e
Morros – Suave Dissecação - Cl-Mr/s
07
Sistema de Dissecação em Colinas e
Morros - Média Dissecação - Cl-Mr/m
07
Sistema de Dissecação em Colinas e
Morros – Forte Dissecação - Cl-Mr/f
08
Sistema de Faixas Dobradas – Sd
3.2.3.1.
3.2.3.2.
3.2.3.3.
3.2.3.4.
3.2.4.
Sistema de Aplanamento S3 – Suave
Dissecação – Ap3/S
Sistema de Dissecação em Colinas e Morros - Cl-Mr 06
3.2.2.1.
3.2.3.
05
Sistema de Faixas
Preservado – Sd/p
08
Dobradas
08
Sistema de Faixas Dobradas – Suave
Dissecação – Sd/s
09
Sistema de Faixas Dobradas – Média
Dissecação – Sd/m
09
Sistema de Faixas Dobradas – Forte
Dissecação – Sd/f
10
Sistema de Agradação Fluvial – F
3.2.4.1.
–
Sistema de Planície Fluvial – Pf
10
11
3.2.4.2.
Sistema
de
Planície
Meandriforme – Pmd
Aluvionar
11
4.
ÁREAS CRÍTICAS E DEGRADADAS; BELEZA CÊNICA
11
5.
QUADRO DE CORRELAÇÕES
12
6.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
15
7.
BIBLIOGRAFIA
16
ANEXOS
ANEXO I - MAPAS
A001
PRINCIPAIS ASPECTOS GEOMORFOLÓGICOS DA FOLHA IRIRI NOVO - MIR276 (SC.22-V-C) - 1:250.000 E PERFIS.(COM INCORPORAÇÃO DE PONTOS DE
CAMPO)
ANEXO II - RELAÇÃO DAS FICHAS COM DESCRIÇÃO DE CAMPO/ GEOMORFOLOGIA
LISTA DE QUADROS
001
002
003
RELAÇÃO DE DADOS FÍSICOS REFERENTES À QUANTIFICAÇÃO
DAS INFORMAÇÕES SECUNDÁRIAS E PRIMÁRIAS
03
COMPARTIMENTAÇÃO GEOMORFOLÓGICA DA FOLHA IRIRI
NOVO
04
SÍNTESE DO ORDENAMENTO GEOMORFOLÓGICO
12
LISTA DE FIGURAS
001
002
DISTRIBUIÇÃO ESQUEMÁTICA DOS PRINCIPAIS
GEOMORFOLÓGICOS DA FOLHA IRIRI NOVO
ESBOÇO INTERPRETATIVO DA
RELEVO NA ÁREA DE ESTUDO
SISTEMAS
COMPARTIMENTAÇÃO
05
DO
15
LISTA DE MAPAS
001
LOCALIZAÇÃO DA ÁREA MAPEADA
02
1
1.
INTRODUÇÃO
A presente Memória Técnica refere-se aos trabalhos de geomorfologia da Folha Rio
Iriri Novo (MIR-276) código SC.22-V-C (Mapa 001).
A área pertencente ao Estado de Mato Grosso inserida dentro desta carta
corresponde a porção nordeste do Estado de Mato Grosso, abrangendo uma área localizada
entre os meridianos de 54º00' e 52º30' de longitude oeste e paralelos 9º30' e 10º00' de latitude
sul, em limite a norte com o Estado do Pará.
A área é drenada pelo Rio Xingu na porção oriental e pelo Rio Iriri Novo que drena a
porção oposta até a confluência com o próprio Xingu, no setor nordeste da folha.
2
ENTRA MAPA 001 LOCALIZAÇÃO DA ÁREA MAPEADA
3
2.
PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS
A metodologia geral que norteou os trabalhos de geomorfologia na escala de
1:250.000, apresentados em 53 Memórias Técnicas que recobrem todo Estado de Mato
Grosso, encontra-se detalhadamente descrita no Relatório DSEE-GM-RT-002 - “Apresentação
Geral das Memórias Técnicas-Geomorfologia”, onde são tratadas as informações gerais do
projeto tais como: documentação geomorfológica recuperada e analisada os critérios
interpretativos utilizados na identificação de padrões de forma semelhante; os trabalhos de
campo efetuados e discussão metodológica.
Foram utilizadas para a interpretação as imagens de satélite TM 226/67 e 225/67
preto e branco na banda 4 e composição colorida bandas 3, 4 e 5 e a imagem de radar SC.22V-C, todas em escalas 1:250.000.
As referências bibliográficas a respeito desta área são escassas restringindo-se
basicamente ao trabalho de MAMEDE et. al., (1980) do Projeto RADAMBRASIL - Folha
Tocantins - SC.22.
Os resultados dos trabalhos de campo encontram-se expressos no Quadro 001 a
seguir e a descrição das fichas de campo incorporadas do Anexo II.
QUADRO 001
RELAÇÃO DE DADOS FÍSICOS REFERENTES À QUANTIFICAÇÃO DAS INFORMAÇÕES
SECUNDÁRIAS E PRIMÁRIAS
DADOS LEVANTADOS
DADOS SECUNDÁRIOS
DADOS PRIMÁRIOS
(CNEC/SEPLAN)
TOTAL
Pontos Descritos
-
6
6
Perfis Executados
-
1
1
PONTOS DE CAMPO
E PERFIS
FONTE:
CNEC, 1997
3.
CARACTERIZAÇÃO DOS SISTEMAS GEOMORFOLÓGICOS
3.1.
CARACTERIZAÇÃO GERAL DOS SISTEMAS
A área mapeada é caracterizada pela presença do Sistema de Aplanamento S3, com
suave dissecação (Ap3/s); pelo Sistema de Dissecação em Colinas e Morros com suave (ClMr/s), média (Cl-Mr/m) e forte (Cl-Mr/f) dissecação e residuais preservados (Cl-Mr/p); pelo
Sistema de Faixas Dobradas com suave (Sd/s), média (Sd/m) e forte (Sd/f) dissecação, como
também feições de topos planos, preservados (Sd/p) e pelo Sistema de Agradação Fluvial
onde foram diferenciados os sistemas Planície Fluvial (Pf) e Planícies Aluvionares
Meandriformes (Pmd).
Em linhas gerais o piso topográfico regional da área está representado pelo Sistema
Ap3 (Ap3/s), que corresponde a associação das Depressões locais da Amazônia Meridional.
As altitudes variam entre 270 a 400 m. De forma geral, esse sistema é sustentado por rochas
4
cristalinas muito antigas, de idade pré-Cambriana, predominando rochas do Complexo Xingu e
coberturas plataformais como rochas vulcânicas do Grupo Iriri e sedimentos arenosos da Fm.
Cubencranquém. O caimento regional da superfície é para leste, em direção a calha do Rio
Xingu.
O Sistema de Dissecação em Colinas e Morros apresenta-se com formas de suave
(Cl-Mr/s), média (Cl-Mr/m) e forte (Cl-Mr/f) dissecação e de residuais preservados (Cl-Mr/p),
disseminado em pequenas manchas, principalmente na porção oeste da folha, onde é
sustentada por granitos intrusivos. É constituído por relevos residuais formados por morros e
morrotes com topos convexos e aguçados que dificilmente elevam-se acima de 60m sobre o
piso topográfico do sistema Ap3.
O Sistema de Faixas Dobradas - (Sd) apresenta relevos com fraca, média, forte
dissecação, além de formas residuais aplanadas, o qual identifica relevos preservados. Esse
sistema é sustentado por arenitos da Formação Cubencranquém. Assumem caráter de
estreitas faixas descontínuas e elevam-se até 600 m, em alguns pontos serranos.
Ao longo dos rios Xingu e Iriri Novo desenvolvem-se planícies aluvionares, marcadas
como Pmd – planície aluvionar meandriforme. Algumas drenagens de menor expressão
apresentam pequenas planícies aluvionares, as quais foram identificadas como planície fluvial Pf.
O Quadro 002 e a Figura 001 apresentados a seguir, ilustram a compartimentação e
distribuição esquemática dos sistemas geomorfológicos da folha Iriri Novo, cujo detalhamento
encontra-se espacializado no Mapa A001 - Principais Aspectos Geomorfológicos da Folha Iriri
Novo.
QUADRO 002
COMPARTIMENTAÇÃO GEOMORFOLÓGICA DA FOLHA IRIRI NOVO
NÍVEL 1
NÍVEL 2
NÍVEL 3
NÍVEL 4
NÍVEL 5
Preservado - p
Estrutural - S
Suave Dissecação - s
Faixas Dobradas Sd
Média Dissecação – m
Forte Dissecação – f
Aplanamento – A
Denudacional - Dn
Superfície de
Aplanamento - S3 –
Ap3
Denudacional – Dn
(com baixo ou sem
controle estrutural)
Suave Dissecação - s
Preservado - p
Suave Dissecação - s
Dissecação - Di
Colinas e Morros Cl-Mr
Média Dissecação - m
Forte Dissecação - f
Planície Fluvial - Pf
Agradacional - Ag
FONTE:
CNEC, 1997
Fluvial - F
Planície AluvionarPa
Meandriforme - Pmd
5
FIGURA 001 DISTRIBUIÇÃO ESQUEMÁTICA DOS PRINCIPAIS SISTEMAS GEOMORFOLÓGICOS DA FOLHA
IRIRI NOVO
Estado do Pará
3
4
2
3
1
FONTE:
CNEC, 1997
Legenda
1- Sistema de Aplanamento Ap3
2- Sistema de Agradação Fluvial - F
3- Sistema de Faixas Dobradas – Sd
4- Sistema de Dissecação em Colinas e Morros – Cl-Mr
3.2.
SISTEMAS GEOMORFOLÓGICOS
3.2.1.
Sistema de Aplanamento S3 – Ap3
Na área esse sistema ocorre apenas com fraca dissecação (Ap3/s). Seu relevo
levemente ondulado foi elaborado sobre rochas do embasamento cristalino - Complexo Xingu e
seqüências pré-cambrianas, como rochas vulcânicas do Grupo Iriri, sedimentos da Formação
Cubencranquém e Granitos Intrusivos.
É constituída por uma superfície levemente ondulada, formada por colinas médias a
amplas com caimento para leste, onde as cotas topográficas descem até o nível de base do
Rio Xingu, com valor próximo à 260 m. Via de regra, esta superfície nivela-se acima dos 300 m.
3.2.1.1
Sistema de Aplanamento S3 – Suave Dissecação – Ap3/s
Esse sistema corresponde a relevos rebaixados que formam o piso topográfico
regional. Essa superfície espalha-se por toda a área entremeando-se aos remanescentes dos
sistemas mais movimentados. O principal padrão de forma desta unidade é o dissecado em
colinas médias: Ap3/s(c13) - Pontos (OH01 a OH06). O nivelamento desta superfície ocorre
entre 270 a 400 m.
O índice c13 apresenta dimensão interfluvial entre 750 a 1.750 m e entalhe da rede
de drenagem inferior a 20 m, todavia, quando considerado as drenagens de ordem superior,
esse valor é suplantado.
Esse sistema é formado por uma superfície de colinas médias, com colinas de topos
e vertentes suaves e convexas, sem ocorrência de ruptura de declives significativas. Esse
relevo desenvolve-se preferencialmente sobre litologias vulcânicas do Grupo Iriri e
subordinadamente, sobre rochas do Complexo Xingu, Formação Cubencranquém e Granitos
6
Intrusivos. Dispersos na superfície ocorrem pequenos morros residuais, as vezes alongados,
com topos convexos e estreitos e vertentes de perfil convexo.
As declividades médias são inferiores a 5% na superfície do piso e da ordem de 10%
nos pequenos residuais. Devido a ocorrência restrita e a dimensão espacial desses residuais,
em muitos casos, não foi possível cartografá-los.
A densidade de drenagem varia de média a alta e seu o padrão é dendrítico à subdendrítico, com destaque para o Rio Xingu, nível de base da área. Grande parte da área, em
especial a sua porção centro-leste, pertence a bacia hidrográfica do Rio Xingu. Ao longo do seu
curso, observa-se na imagem de satélite, várias quebras de direção e pequenas anomalias de
drenagem em nítida adaptação do canal à estrutura do embasamento. Além dessas anomalias,
percebe-se também a presença de diversas ilhas aluvionares ao longo do perfil longitudinal do
rio.
A cobertura superficial exibe manto de intemperismo de constituição argilosa a
argiloso-arenosa, dependendo do substrato. Quando este é formado por rochas do Grupo Iriri,
sua constituição é mais argilosa. Na passagem para outras litologias do substrato, como rochas
de textura gnáissica e granítica, nota-se a presença de manto de alteração argilo-arenoso em
virtude da grande resistência física dos minerais primários que compõem essas rochas,
principalmente os minerais de quartzo. A fração arenosa mostra grãos de quartzo como
grânulos foscos, de textura grossa, subangulosos a angulosos e morfoscopicamente
heterogêneos.
Os solos são Podzólicos Vermelho-Amarelo, textura argilosa em sua grande parte.
Todavia, próximo aos conjuntos serranos dos sistemas Cl-Mr e Sd, o sistema apresenta solo
pouco espesso, do tipo Litólico. Processos gravitacionais como queda de blocos ocorrem
localmente.
Os processos erosivos apresentam baixa intensidade e freqüência. Erosão
concentrada, como sulcos e ravinas, e áreas assoreadas não foram observadas. O padrão de
escoamento superficial é o difuso.
3.2.2.
Sistema de Dissecação em Colinas e Morros – Cl-Mr
Nesse sistema há relevos com suave (Cl-Mr/s), média (Cl-Mr/m) e forte (Cl-Mr/f)
dissecação e modelados preservados (Cl-Mr/p). Distribui-se por toda a folha, preferencialmente
na porção oeste onde são sustentados por granitos intrusivos.
No sistema de média dissecação, ocorrem os índices c33, c23, a23 e c24, entre
outros de menor expressão.
O sistema preservado ocorre na forma de uma única mancha na porção sul da folha.
Apresenta topo plano com vertentes curtas de perfil retilíneo.
Geralmente as formas distribuem-se niveladas entre as cotas topográficas de 400 a
550m.
3.2.2.1.
Sistema de Dissecação em Colinas e Morros – Preservado – Cl-Mr/p
Esse padrão de forma apresenta uma única mancha na porção sul da folha. É parte
de uma estrutura maior que desenvolve-se na folha subjacente, MIR-301 – São José do Xingu.
Esse sistema é caracterizado pela ausência de rede de drenagem estruturada. São marcados
7
por topos planos e vertentes curtas. Não apresentam grandes amplitudes, em média inferiores
a 30m.
Formam pequenos residuais de topo plano e excepcionalmente não apresenta os
característicos ressaltos topográficos que marcam as rupturas positivas entre topo e vertente.
O substrato rochoso é formado por rochas vulcânicas do Grupo Iriri.
As formações superficiais apresentam manto de alteração pouco desenvolvido e de
textura argilo-arenosa. Nesse contexto os solos são Litólicos.
Predominam nesses relevos processos de erosão laminar. Não foram observados
processos erosivos/deposicionais significativos.
3.2.2.2.
Sistema de Dissecação em Colinas e Morros – Suave Dissecação – Cl-Mr/s
Compreende uma pequena mancha situada na região oeste da folha, separada do
modelado de média dissecação por um ressalto topográfico. As formas de relevo que
constituem esta categoria têm topos tabulares e convexos, seccionados por drenagem de
primeira e estão posicionados entre 360 e 430 m.
Esta unidade é sustentada por litologias do Grupo Cubencranquém e os solos
desenvolvidos neste setor são os Solos Podzólicos Vermelho-Amarelo distrófico.
O intemperismo químico favorece a dinâmica superficial. Com a ação das chuvas
fortes que geralmente ocorre nesta região, o escoamento superficial difuso, remaneja o
material decomposto e deposita nas baixas vertentes e vales.
3.2.2.3.
Sistema de Dissecação em Colinas e Morros – Média Dissecação - Cl-Mr/m
Esse sistema é composto por modelado dissecado em morros e morrotes, por vezes
alongados. Esse conjunto de formas movimentadas apresentam topos convexos e vertentes
com perfil convexo a retilíneo. Situam-se em média de 30 a 60 m acima do nível da superfície
Ap3. Ocorrem preferencialmente na porção oeste da folha. Contudo, pequenas manchas
espalham-se pela folha revelando o caráter residual desse sistema.
Os padrões de forma predominantes são Cl-Mr/m (c33, c23, c24) entre outros,
embora algumas pequenas manchas representem modelados de topos aguçados com os
mesmos índices das formas convexas. A dimensão interfluvial varia entre 250 a 1.750 m e o
entalhe da rede de drenagem é inferior a 60 m. Esse padrão reúne colinas médias e pequenas.
Nas formas mais movimentadas, como a grande mancha que ocorre na porção oeste
da folha, a amplitude do relevo atinge valores entre 30 a 60m e são sustentadas por granitos
intrusivos.
Como padrão, esse sistema distribui-se em pequenos agrupamentos formando
conjunto de morros que elevam-se sobre a superfície Ap3. As declividades médias variam entre
5 a 30%. Os topos são geralmente convexos ou aguçados com rupturas positivas suaves nas
passagens para as vertentes. Essas, apresentam segmentos convexos, côncavos e retilíneos.
A drenagem apresenta padrão dendrítico a sub-dendrítico, com média a alta
densidade. Os vales são encaixados sem formação de planícies aluvionares significativas.
Algumas bacias de drenagem apresentam traçado próximo ao padrão paralelo refletindo a
tropia do embasamento. Contudo, o padrão dominante não chega a ser alterado.
8
Esses morros apresentam solos rasos, da ordem de 1 m, considerando apenas a
porção superficial do regolito. Podem apresentar concreções.
Nas formas sustentadas pelos riólitos do Grupo Iriri, o manto de alteração, via de
regra, apresenta textura média a argilosa e é mais desenvolvido.
A atuação de processos erosivos e deposicionais são de baixa intensidade
prevalecendo o escoamento laminar sobre os lineares. Embora a sistema como um todo,
apresente um relevo bastante movimentado.
3.2.2.4.
Sistema de Dissecação em Colinas e Morros – Forte Dissecação – Cl-Mr/f
Este sistema está restrito a duas pequenas manchas que ocorrem na porção oeste
da folha. Apresenta as mesmas características geomorfológicas do sistema de média
dissecação, porém suas formas encontram-se mais dissecadas, com declividades médias da
ordem de 30%. É formado por morros e morrotes de topos aguçados, com vertentes convexas
e com dissecação promovida por drenagem de primeira ordem.
A unidade é sustentada por litologias da Suíte Intrusiva Rio Dourado e do Complexo
Xingu, e apresenta solos do tipo Podzólicos Vermelho-Amarelo distrófico.
3.2.3.
Sistema de Faixas Dobradas - Sd
Esse sistema distribui-se ao longo da porção centro-leste da folha, como Preservado
- Sd/p, e com Suave – Sd/f, Média – Sd/m e Forte dissecação – Sd/f. Apresenta-se como
residuais isolados ou agrupados, como faixas alongadas e manchas dispersas. As formas
lineares ou alongadas geralmente formam cristas, muitas delas fragmentadas pela ação dos
processos morfogenéticos atuais e pretéritos. Ocupam faixa topográfica entre 300 a 500 m.
Estes relevos são sustentados por rochas arenosas do Grupo Cubencranquém, as
quais foram afetadas pela tectônica, uma vez que lineamentos estruturais caracterizam a sua
distribuição e configuração. O Grupo Cubencranquém é constituído por arenitos quartzosos,
arcoseanos, tufos vítreos e cineríticos, brechas vulcânicas e conglomerados subordinados.
O sistema consiste em uma depressão estrutural com arqueamento das camadas
nas margens da estrutura, caracterizando as faixas alongadas. Esta feição recebe a
denominação de sinclinal de São Pedro.
3.2.3.1.
Sistema de Faixas Dobradas – Preservado – Sd/p
Esse padrão de forma apresenta pequenas manchas alongadas dispersas pela folha
onde a rede de drenagem não se instalou de forma efetiva. São formas marcadas por topos
planos e vertentes curtas. Não apresentam grandes amplitudes, em média inferiores a 30 m,
niveladas entre as cotas topográficas de 400 a 500 m.
Formam pequenas mesetas marcadas com ressaltos topográficos. Nesse contexto os
solos são Litólicos ou mesmo nota-se exposições rochosas na forma de lajeiros. As
declividades geralmente variam entre 3 a 10%, nas vertentes curtas. Nos topos as declividades
são inferiores a 3%.
Predominam nesses relevos processos de erosão laminar nos topos. Nas encostas, é
presumível que ocorra escoamento concentrado em função da declividade e da
9
impermeabilidade dos materiais superficiais. Porém, não foram observados processos
erosivos/deposicionais significativos.
3.2.3.2.
Sistema de Faixas Dobradas – Suave Dissecação – Sd/s
Ocupam pequenas manchas distribuídas pela porção centro-leste da folha. São áreas
com controle estrutural, apesar de encontrarem-se bastante arrasadas pela erosão. Distribui-se
entre 300 a 450 m.
Os índices de dissecação associados a esse sistema conformam superfícies
retilinizadas, com fraca estruturação da rede de drenagem. Predominam os índices t11, t12,
c12, os quais representam relevo de colinas amplas com topos planos e vertentes longas e
retilíneas, sustentados por rochas do Grupo Cubencranquém.
No geral, os interflúvios são largos com topos tabulares/planos a levemente convexos
e de vertentes longas. A dimensão interfluvial varia entre 3.750 a 12.750 m e entalhe da rede
de drenagem inferior a 20 m, nas formas marcadas como t11 e de dimensão interfluvial entre
1.750 a 3.750 m e entalhe inferior a 20 m, nas formas marcadas como c,t12.
Em média, as declividades são baixas, inferiores a 5%. Os solos apresentam
espessuras médias em torno de 1,5 m, e são do tipo Podzólico Vermelho-Amarelo.
Predominam nesses relevos processos de erosão laminar. Não foram observados
processos erosivos/deposicionais.
3.2.3.3.
Sistema de Faixas Dobradas – Média Dissecação – Sd/m
Esse sistema ocorre como manchas acompanhando elementos estruturais como
lineamentos, fraturas e dobras de cristas nas bordas do sistema Sd, sustentado por sedimentos
da Formação Cubencranquém.
O padrão de forma mostra um relevo de média dissecação com dimensão interfluvial
entre 750 a 1.750 m e com entalhe da rede de drenagem inferior a 40 m nos padrões c23 e de
dimensão interfluvial entre 250 a 750 m e com entalhe da rede de drenagem inferior a 40 m,
nas formas marcadas como c24.
Esse conjunto de formas é composto por relevos residuais altimetricamente elevados
sobre o nível do sistema Ap3/s. Apresenta um padrão de colinas médias e morrotes com topos
convexos a aguçados e vertentes de perfil convexo.
O embasamento litológico é formado por rochas sedimentares pré-Cambrianas da
Formação Cubencranquém, composta por arenitos subarcoseanos e sublíticos, arenitos
arcoseanos vulcanoclásticos, arenitos líticos e grauvacas litícas.
Em média, as declividades são baixas, entre 3 a 10%, nos morros mais elevados. Os
solos são Litólicos e Podzólicos.
Devido a falta de acesso, não foi possível percorrer toda a área de estudo. No
entanto, pelas observações feitas na parte percorrida, é presumível que na base das vertentes,
junto a ruptura negativa, ocorra acúmulo de material detrítico, como queda de blocos e
coluvionamentos, fruto da ação de processos gravitacionais ao longo das vertentes.
10
Predominam nesses relevos processos de erosão laminar. Não foram observados
processos erosivos/deposicionais.
3.2.3.4.
Sistema de Faixas Dobradas – Forte Dissecação – Sd/f
Esse sistema distribui-se geralmente como faixas alongadas assinaladas por feições
lineares, como escarpas e cristas, às vezes assimétricas e fragmentadas pela ação erosiva.
Também ocorrem como manchas, principalmente na porção sudeste. Nesses casos, as formas
apresentam índice a34, configurando área de morros de topos aguçados com vales
encaixados. Elevam-se em média acima da cota dos 400 m. O índice de dissecação, c34,
mostra um relevo de morros e morrotes, às vezes alongados, de dimensões pequenas, com
interflúvios inferiores a 750 m e com entalhe da rede de drenagem da ordem de 60 m.
Devido as suas características residuais a drenagem desta área é composta
preferencialmente por nascentes e rios de primeira ordem, sendo também recortada por
drenagem de ordem superior. O padrão é subdendrítico com parcial controle estrutural. A
drenagem de primeira ordem desenvolve pequenos vales encaixados.
Em média, as declividades são inferiores a 25% porém, nos morros mais elevados, é
comum observar-se declividades mais acentuadas. Os solos são Litólicos quando existe
cobertura pedológica.
A cobertura superficial é formada por mantos de alteração de constituição arenosa
quando predominam os termos psamíticos no substrato. Contudo, perfis areno-argilosos
também ocorrem ao longo do sistema. Queda de blocos e movimentos gravitacionais
localizados são notados ao longo das estruturas serranas. Todavia, predominam nesses
relevos processos de erosão laminar. Não foram observados processos erosivos/deposicionais.
3.2.4.
Sistema de Agradação Fluvial - F
Este sistema é representado pelas áreas onde o relevo é composto geneticamente
por processos de acumulação fluvial.
Neste sentido, estão incluídos aí as planícies e terraços fluviais, bem como
modelados como diques marginais, meandros abandonados, lagoas de decantação e outros.
Tendo em vista suas características genéticas este sistema encontra-se vinculado ao
sistema fluvial. As principais ocorrências desse sistema ocorrem ao longo dos rios Xingu e Iriri
Novo.
A dinâmica dos sistemas de Planícies Fluviais e Planícies Aluvionares Meandriformes
está associada ao ritmo de cheia/vazante dos rios, que dita o controle da sedimentação fluvial
e da erosão ao longo das margens dos canais.
Nesta folha foram identificados dois sistemas: Planície Fluvial e Planície Aluvionar
Meandriforme.
3.2.4.1.
Sistema de Planície Fluvial - Pf
Por tratar-se de uma área plana, os desníveis são relativamente pequenos. As
planícies fluviais - Pf - elevam-se a 1 ou 2 metros acima do nível médio dos rios. As
declividades médias são sempre inferiores a 1%.
11
São terrenos baixos, mais ou menos planos, próximo as margens dos rios, sujeitos
periodicamente a inundações. Formam manchas restritas associadas a soleiras locais. Os
solos são Glei pouco úmico.
Os materiais superficiais correspondem a depósitos de granulometria variada,
predominando os termos arenosos sobre as frações argilas e siltes. Nas drenagens maiores,
depósitos de cascalhos podem ocorrer. Esses materiais são classificados como Aluviões
Quaternários. Representam unidades litoestratigráficas do Quaternário.
A planície fluvial do Rio Xingu apresenta-se de forma descontínua, isolando
pequenas ilhas e bancos arenosos. A calha do rio é o nível de base da folha, com altitudes
inferiores a 270 m, levemente encaixado na superfície Ap3.
3.2.4.2.
Sistema de Planície Aluvionar Meandriforme - Pmd
Este sistema compreende as planícies que compreende rios meandrantes, no âmbito
da folha, ocorre ao longo do perfil longitudinal do Rio Iriri Novo.
Esse sistema é composto por Aluviões Quaternários, que distribuem-se ao longo dos
principais cursos d’água e são constituídos por areias, siltes, argilas e cascalhos. Nesses
pontos os solos são do tipo Glei pouco úmico.
A planície meandriforme do Rio Iriri Novo, segue o curso do rio. Apresenta-se como
um arco, com concavidade voltada para sudoeste, onde disseca relevos arrasados do sistema
Ap3/s.
4.
ÁREAS CRÍTICAS/DEGRADADAS. BELEZA CÊNICA
Não foram observadas áreas de beleza cênica significativa na área, excluindo-se a
área abrangida pelo Parque Nacional do Xingu.
Os Sistemas Geomorfológicos identificados na área mostram uma configuração
simples, caracterizada predominantemente por relevos de baixa energia, embora formas
fortemente dissecadas estejam presentes.
Atualmente, esses sistemas estão sendo dissecados pela drenagem, mostrando uma
dinâmica superficial de baixa a média intensidade e freqüência.
Processos erosivos concentrados e assoreamentos não foram observados.
5.
QUADRO DE CORRELAÇÕES
O Quadro de Correlações apresentado a seguir indica as relações entre os
componentes do meio físico que foram utilizados para a determinação dos limites dos sistemas
e unidades geomorfológicas.
As informações referentes a aspectos morfográficos, morfológicos, e dinâmica
ambiental são derivados dos trabalhos de campo e de escritório, enquanto as informações de
geologia e pedologia são oriundas dos trabalhos de campo e da compilação dos mapas
elaborados.
12
QUADRO 003
NÍVEL 1
SÍNTESE DO ORDENAMENTO GEOMORFOLÓGICO
NÍVEL 2
NÍVEL 3
NÍVEL 4
NÍVEL 5
Preservado – p
Suave
Dissecação – s
Estrutural - S
Faixas
Dobradas – Sd
Média Dissecação
–m
Forte Dissecação
–f
Denudacional Dn
Aplanamento –
A
Superfície de
Aplanamento
- S3 –Ap3
Suave
Dissecação – s
Preservado – p
Denudacional Dn (com baixo ou
sem controle
estrutural)
Suave
Dissecação - s
Dissecação –
Di
Colinas e
Morros Cl-Mr
Média Dissecação
–m
Forte Dissecação
-f
PARÂMETROS
MORFOMÉTRICOS
Altitudes: entre 400 e 500m
Declividades entre 3 a 10m
Altitudes: entre 300 e 450m
Declividades médias 3%
dimensão interfluvial entre
1.750 a 3.750m e entalhe da
rede de drenagem inferior a
20m
índice mais comum: t/c12
Altitude: entre 350 a 400m
em média;
Declividades
baixas,
inferiores a 10%;
Amplitudes da ordem de
40m;
dimensão interfluvial entre
750 a 1.750m
Índices
mais
comuns:
c23,c24
Altitudes acima de 400m.
Declividades
médias
inferiores a 25%, exceto nos
contatos erosivos onde a
declividade é maior.
Altitudes de 260 a 360m;
Amplitudes de 10 a 30m;
Declividades de 1 a 3%.
dimensão interfluvial entre
750 a 1.750m
índice mais comum: c13
Nivelada na cota de 400 a
550 m. Em média 3 a 15%
de declividade.
Altitudes de 360 a 430 m,
amplitudes de 15 a 35m,
declividades médias < 20%.
Dimensão interfluvial de
1.750 a 3.750m.
Nivelada na cota de 350 a
450m.
Amplitudes de até 60
metros, Em média 5 a 30%
de declividade.
Dimensão interfluvial entre
750 a 1.750 m
índicie
mais
comum:
c23.c24
Altitudes acima de 400m
Declividades médias de
30%.
Dimensão interfluvial entre
750 a 1.750m
MORFOGRAFIA
GEOLOGIA
Topos planos subnivelados com
vertentes curtas e perfil retilíneo e
convexo. Sem rede de drenagem
estruturada.
Topos
convexos
a
planos
(tabulares)
Apresentam-se
subnivelados com vertentes de
perfil retilíneo a convexo. Vales
encaixados e com perfil em “V”
aberto. Drenagem com padrão
sub-dendrítico a paralelo.
Topos convexos, vertentes sem
passagens marcadas, retilíneas a
convexas.
Drenagem seciona o padrão com
vale encaixado. A mancha inserese no padrão dendrítico a subdendríitico.
Grupo
Cubencranquém
FORMAÇÕES
SUPERFICIAIS
Manto de alteração
areno-argiloso
raso,
(1m em média)
PEDOLOGIA
Litólicos
DINÂMICA
SUPERFICIAL
Processos de baixa
intensidade.
Erosão
laminar
Grupo
Cubencranquém
Manto de alteração
areno-argiloso
raso,
(1m em média)
Litólicos a Podzólicos
Processos
intensidae.
laminar
Grupo
Cubencranquém
Manto de alteração
areno-argiloso
raso,
(1m em média)
Litólicos a podzólicos
Processos de baixa
intensidade.
Erosão
laminar. Depóstios de
tálus
Topos convexos a aguçados,
subnivelados com vertentes curtas
e perfil retilíneo e convexo. Vales
encaixados e com perfil em “V”.
Drenagem com padrão subdendrítico a paralelo
Topos
subhorizontalizados
e
convexos. Vertentes com perfil
retilíneo a convexo próximo a
drenagem. Quebras suaves, tanto
topo como na base. Vales pouco
entalhados e com perfil em “V”
aberto a plano. Drenagem com
padrão sub-dendrítico.
Grupo
Cubencranquém
Manto de alteração
areno-argiloso
raso,
(1m em média)
Litólicos
Grupo
Iriri,
Complexo Xingu
,
granitos
intrusivos
e
Grupo
Cubencranquém
Podzólicos
Vermelho
Amarelo
solos concrecionários
e Podzólicos Vermelho
Amarelo, textura média
Topos planos com vertentes
curtas
preferencialmente
convexas e retilíneas. Sem rede
de drenagem instalada.
Interflúvios de topo tabulares e
convexo, vertentes longas perfil
retilíneo.
Vales em V; padrão de drenagem
dendrítico.
Topos convexos com vertentes
curtas
preferencialmente
convexas e retilíneas. Vales
pouco entalhados e com perfil em
“V” aberto. Drenagem com padrão
dendrítico a subdendritico
Grupo Iriri
Manto de Alteração
areno-argiloso
a
argiloso, resultantes da
alteração da rocha
subjacente.
Perfil
de
alteração
argiloso quando da
alteração de rochas
cristalinas.
Demais,
cobertura
arenoargilosa.
Manto de alteração
argiloso.
Processos de baixa
intensidade.
Erosão
Laminar e pequena
incisão de sulcos e
ravinas.
Queda
de
blocos
Processos
erosivos
laminares
atuando
sobre
relevo
levemente
convexo.
Baixa intensidade
Litólicos a Podzólico
Escoamento laminar e
concentrado localizado
Grupo
Cubencranquém
Origem
autóctone;
textura areno-argilosa
Solos Podzólicos
Escoamento Superficial
difuso com remoção de
material fino.
Grupo
Iriri
e
Complexo Xingu
e
granitos
intrusivos
Manto de alteração
argiloso a arenoso,
variando de acordo
com a natureza da
rocha mãe.
Podzólicos e Litólicos
Escoamento
concentrado e laminar
Morros e
aguçados,
convexas
Complexo Xingú
e Suíte Intrusiva
Rio Dourado
Material
superficial
composto por manto de
alteração
autóctone
argilo-arenoso
vermelho-amarelo
Solos Podzólicos
Erosão
Laminar
e
prevalência
da
morfogênese e sulcos
localicados
morrotes
com
de topos
vertentes
de
baixa
Erosão
(continua...)
13
14
QUADRO 003
NÍVEL 1
SÍNTESE DO ORDENAMENTO GEOMORFOLÓGICO
NÍVEL 2
NÍVEL 3
NÍVEL 4
Planície Fluvial
– Pf
Agradacional - Ag
Declividades inferiores a
1%.
Desniveis
locais
pequenos.
Fluvial - F
Planície
Aluvionar – Pa
FONTE:
CNEC, 1997
NÍVEL 5
PARÂMETROS
MORFOMÉTRICOS
Altitudes de 250 a 300
metros;
declividades
entorno de 1%.
Meandriform
e - Pmd
(...continuação)
MORFOGRAFIA
GEOLOGIA
Planície de inundação com ou
sem presença de terraços
fluviais, processo de gleyzação
dos materiais superficiais.
Aluviões
Quaternários
Planície fluvial com feições
elaboradas através do processo
de meandramento dos rios.
Ocorrem meandros abandonados
conformando lagos, depósitos
arenosos em forma de barra
(point
bar),
depósitos
em
cordões.
Aluviões
Quaternários
FORMAÇÕES
SUPERFICIAIS
Material
superficial
inconsolidado
composto
preferencialmente por
areias, siltes, argilas e
cascalho.
Matrial
superficial
composto
por
intercalações
de
sedimentos arenosos e
conglomeráticos.
PEDOLOGIA
Solos hidromorficos e
Glei Pouco Húmico
Solos hidromorficos e
Glei Pouco Húmico
DINÂMICA
SUPERFICIAL
Processos
de
inundação das planícies
associado ao período
das chuvas.
Processo de inundação
sazonal
Localmente
ocorre
erosão
das
margens dos canais.
15
6.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A dificuldade de acessos por via terrestres à área abrangida pela folha, inviabilizou
um levantamento de campo como executado em outras áreas do Estado. Desta forma,
apresenta-se um esboço interpretivo da compartimentação do relevo local.
Para tanto, fez-se uso de uma seção transversal cortando todos os sistemas
presentes na área. Esse esboço tem orientação aproximada oeste-leste. Inicia-se próximo à
drenagem do Rio Iriri Novo e termina junto a calha do Rio Xingu.
FIGURA 002 ESBOÇO INTERPRETATIVO DA COMPARTIMENTAÇÃO DO RELEVO NA ÁREA DE ESTUDO
FONTE:
CNEC, 1997
Nesse esboço pode-se notar que em grande parte, os modelados são sustentados
por rochas do Complexo Xingu, mais antigas, e coberturas plataformais, como o Grupo
Cubencranquém, o qual encontra-se dobrado e o as vulcânicas do Grupo Iriri. O piso da
superfície Ap3 é bastante arrasado reflexo do forte aplanamento que truncou indistintamente as
litologias pré-cambrianas que ocorrem na área.
Quando da inserção do sistema Sd, nota-se que o mesmo está diretamente
associado com o pacote vulcano-sedimentar do Grupo Cubencranquém (proximidades de
OH05). Esses relevos, apresentam-se como faixas alongadas, orientadas grosso modo na
direção norte-sul. Feições lineares como cristas desmanteladas e alinhamentos estruturais
estão presentes no interior desse sistema.
Em termos topográficos, a superfície Ap3 distribui-se amplamente pela folha nivelada
aproximadamente entre as cotas de 240 a 400 m. Os sistemas Cl-Mr e Sd elevam-se sobre
essa superfície, caracterizando relevos residuais. Todo o conjunto apresenta um leve caimento
para a calha do Rio Xingu, que apresenta cotas inferiores a 250 m.
Por fim, não foram observadas evidências morfológicas significativas que
comprometessem a qualidade ambiental da área. Portanto, processos erosivos significativos
não ocorrem. Os solos Podzólicos de textura média a argilosa, possivelmente aliada ao estado
de preservação ambiental que a área se encontra, coíbem a instalação de processos erosivos
significativos, embora não seja comum notar localizadamente solos bastantes erodíveis e
concrecionários.
16
17
7.
BIBLIOGRAFIA
BRASIL, A.E. e ALVARENGA, S.M. Relevo In: FUNDAÇÃO IBGE, Geografia do Brasil - Região
Centro Oeste. Rio de Janeiro, 1988.
MAMEDE, L.; ROSS, J.L.S. e SANTOS, L.M. - Geomorfologia da Folha SC.22-Tocantins. In:
BRASIL. Departamento Nacional de Produção Mineral. Projeto RADAMBRASIL. Folha
SC.22-Tocantins. Rio de Janeiro, 1980 (Levantamento de Recursos Naturais, 22)
ROSS, J.L.S. - Geomorfologia; ambiente e planejamento. Contexto, São Paulo, 1991 (Coleção
Repensando a Geografia).
___________ O Registro Cartográfico dos Fatos Geomórficos e a Questão da Taxonomia do
Relevo. Rev. do Departamento de Geografia n.6 - São Paulo, 1992.
ANEXOS
ANEXO I - MAPAS
ANEXO II - RELAÇÃO DAS FICHAS COM DESCRIÇÃO DE CAMPO/ GEOMORFOLOGIA
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