Embriologia - aula 5 Arquivo

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‘It has been provocatively stated in discussions with politicians
that the head is formed around the mouth and that the brain and
nose are later acqusitions’
(J.E. Jirásek, An Atlas of the Human Embryo and Fetus)
células da crista neural constituem componente principal dos
arcos faríngeos e da saliência frontonasal
somente a crista neural cefálica
mas não a torácica tem
capacidade condrogênica
migração em rotas definidas
a face se desenvolve a partir de 5 primórdios
-uma saliência frontonasal, derivado de mesoderma pré-cordal e crista neural
-um par de saliências maxilares
-um par de saliências mandibulares
derivadas do 1o arco faríngeo (com ampla
contribuição de células da crista neural)
ao final da 4a semana
surgem os placóides
nasais
mesênquima se divida em
saliências nasais laterais e
medianas
placóide nasal –
diferenciação celular
em neurónios
sensoriais, conexão
axonal com bulbo
olfatório
saliências nasais recebem forte
contribuição da crista neural,
e se dividem em regiões laterais e
medianas
avanço das saliências maxilares
sobre a saliência frontonasal
contribui à elevação da região nasal
sulco
lacrimonasal
separa processo
maxilar do
frontonasal,
após fechamento
formará ducto
lacrimonasal
elevações auriculares
da 4a a 10a semana
embrionária
proliferação das saliências faciais
formação dos placóides nasais
(e do cristalino)
crescimento progressivo das
saliências maxilares e
mandibulares (1o arco) até linha
média, restringindo a base da
saliência frontonasal
entre saliências maxilares o
segmento intermaxilar da
saliência frontonasal origina-se
os filtro do lábio, parte prémaxilar (intermaxilar) e pálato
primário
fechamento do sulco
lacrimonasal
desenvolvimento da face
embrião 44 d
embrião 48 d
desenvolvimento da cavidade nasal e do palato
os placóides nasais invaginam em direção ao telencéfalo
a expansão da cavidade nasal leva a ruptura da membrana oronasal, gerando
as coanas primárias (primitivas)
as saliências nasais lateral e mediana se aproximam formando a abertura das
narinas
palatogênese entre a 5a e 12a semana
epitélio do teto da cavidade nasal se transforma em epitélio olfatório:
células epitelias passam por uma diferenciação em neurônios, os seus axônios
formam os nervos olfatórios e estabelecem contato com os bulbos olfatórios
lámina cribiforme
do osso etimóide
diferente de outros neurônios sensoriais, os do epitélio
olfativo apresentam altas taxas de turnover
ct2a
ct1a
2 tipos de células tronco garantem renovação constante do epitélio olfatório:
células tronco primárias (baixa taxa proliferativa) geram células tronco
secundárias (taxa proliferativa maior), que geram neurônios
importância da sinalização por óxido nitrico, induzida por fator inibitório de leucemia (LIF)
axônios das células
sensoriais do epitélio
olfativo atravessam a
lámina cribiforme e, nos
glomérulos do bulbo
olfatório, formam sinapses
com ávores dendríticas das
células mitrais
desenvolvimento neural do
bulbo olfatório independe
do desenvolvimento do
epitélio olfativo, mas
estruturação dos
glomérulos depende das
conexões
axonais/dendríticas
o epitélio olfativo é dividido em dois componentes, o epitélio olfativo
principal e o epitélio do órgão vomeronasal
oriundo do placóide olfatório, o órgão vomeronasal surge durante o
desenvolvimento do septo nasal
na maioria dos vertebrados o orgão vomeronasal é importante para percepção
de feromônios, porém em humanos o órgão regride, na sua maior parte, durante
a fase fetal; funcionalidade na fase adulta é duvidosa.
Síndrome de Kallmann:
anósmia associada com hipogonadismo de origem hipotalámico
afeta 1 em 10.000 homens e 1 em 50.000 mulheres
inicialmente descrito em 1856 pelo Maestre de San Juan, um patologista espanhol;
em 1944 o psiquiatra e geneticista Franz Josef Kallmann descreve o síndrome em 3
familias e hipotetiza sobre o seu origem genético
Em 1954, de Morsier relata vários patientes com hipogonadismo, anósmia e defeitos
anatômicos da linha média; atribui uma origem hipotalámica ao síndrome
Origem embrionário do síndrome:
migração errada de axônios de neurônios do epitélio olfatório
(placóide nasal) para o bulbo olfatório, e problemas na migração
de células precursoras de produção de GnRH do epitélio olfatório
embrionário para o hipotálamo
genética do síndrome de Kallmann
1) fatores ligados ao cromossomo X: deleção e/ou mutações em genes do
loco Xp22.3
gene principal: KAL1 (anosmina 1)
envolvido em 15-20% do síndrome
Anosmina 1 é evolutivamente conservada, mas função molecular não é
conhecida, possivelmente quimio-atrativo para migração de axônios do trato
olfatório lateral
2) Fatores autossómicos: gene principal é KAL2 (FGFR1 – receptor FGF)
envolvido em 10% do síndrome
FGFs, especialmente FGF8 têm papel importante na migração de axônios
olfatórios
mutações em FGFR1 também estão associadas às fendas palatina e lábial
Formação do palato
palato primário (processo palatino mediano) é formado pela fusão das saliências
maxilares e extensão posterior do processo intermaxilar
palato secundário inicia a sua formação a partir de extensões medianas das
paredes internas dos processos maxilares (os processos palatinos laterais)
lábios se tornam separados das gengivas pela formação do sulco labiogengival
pálato primário (processo intermaxilar )
processos medianos das saliências
maxilares, formando o pálato secundário
orifícios nasais internos, após
degeneração da membrana
oronasal – cóanas primárias
papel da língua na formação do
pálato secundário
septo nasal
cavidade nasal
extensão posterior do
processo intermaxilar
extensão mediana dos
processos palatinos
laterais
fusão central das saliências,
iniciando na futura fossa
incisiva
fusão com septo nasal
fusão central dos processos palatinos centrais com o septo nasal
formando as cóanas definitivas (secundárias)
ossificação da parte anterior do palato secundário, parte posterior
formado por mesênquima miogênica (palato mole)
desenvolvimento do palato
secundário e da musculatura facial
evolutivamente correlacionado com
o processo de amamentação
sucção e respiração
fendas labiais e palatinas
fendas que envolvem o lábio superior e porção
anterior da maxila (pelo não pre-enchinmento dos
sulcos nasais por mesênquima
com ou sem fenda palatina (1:1000, 60-80%
masculino)
fendas que envolvem regiões do palato duro e
mole (por falta de fusão das massas
mesenquimais das saliências palatinas)
geralmente unilaterais
maioria por causas múltiplas (herança multifatorial)
e associado à trisomia do cromossoma 13
(síndrome de Patau)
sinoftalmia/holoprosencefalia:
malformações congênitas da
linha média da face
herança genética recessiva, afetando
sinalização Sonic hedgehog (Shh)
camundongo controle
diferentes alelos de shh
via de sinalização Sonic hedgehog
atividade do receptor Patched depende de colesterol
Shh interage com Fgf8 na determinação
da crista neural e mesênquima cefálica
expressão de Shh na região ventral do
protocérebro e do ectoderma ocorre sob
influência do entoderma do teto do
estomodeo
causa a organização bilateral da face e
das estruturas cefálicas (olhos)
holoprosencefalia/sinoftalmia são
consequências da interferência na
cascata de sinalização Shh
Síndrome CHARGE: (Coloboma of the eye, Heart
defects, Atresia of the choanae, Retarded growth and
development, Genital and urinary anomalies, Ear
anomalies and hearing loss)
Causa: falhas na migração e sobrevivência de
células da crista neural
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