Curativo: Atualização na cicatrização de Úlceras por Pressão

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Hospital Universitário da USP
7º Congresso Nacional Unimed de Auditoria em Saúde
Curativo: Atualização na cicatrização de
Úlceras por Pressão
CLEIDE MARIA CAETANO BAPTISTA
Enfermeira TiSobest. Chefe de Seção de Clínica Cirúrgica do Departamento
de Enfermagem do Hospital Universitário da USP. Doutoranda e da Mestre
em Enfermagem pela Escola de Enfermagem da USP.
NOEMI MARISA BRUNET ROGENSKI
Enfermeira TiSobest. Diretora de Enfermagem Cirurgica do Departamento de
Enfermagem do Hospital Universitário da USP. Doutora em Enfermagem
pela Escola de Enfermagem da USP
Hospital Universitário da USP
Século XX
Avanço extraordinário no conhecimento e desenvolvimento de novas
tecnologias para o tratamento de feridas e nos esquecemos do ser
humano enfermo.
Tratamos
feridas
Tratar de
pessoas que
circunstancial
mente estão
com feridas
Fonte:Hospital Universitário - USP
Hospital Universitário da USP
Último século:
Aumento na expectativa de vida
 mais de 30 anos
Avanços científicos e tecnológicos
relacionados com a saúde
Hospital Universitário da USP
UP - COMPLICAÇÃO COMUM EM HOSPITAIS
PACIENTE
PROFISSIONAIS
DE
SAÚDE
GRAVE PROBLEMA
ESTADO
(cofres públicos)
INSTITUIÇÃO
ATUALMENTE:
Pacientes gravemente enfermos
Grande número de idosos - Biancarelli (1999) no ano 2050 mais de 22% população - 60 anos ou mais.
Indivíduos mais suscetíveis à UP
Hospital Universitário da USP
 Base sólida de conhecimentos;
 Capacidade para perceber a
variedade de questões que se
relacionam com o idoso e com o
paciente crítico;
 Conhecimento sobre ações para
atender com dignidade as
necessidades específicas desses
pacientes.
Hospital Universitário da USP
National Pressure Ulcer Advisory Panel (NPUAP)
Órgão norte-americano: 15 profissionais especialistas
(medicina, enfermagem, nutrição, fisioterapia, psicologia)
Estabelece diretrizes para a prevenção e tratamento das
UP (uso universal)
Macblebust e Sieggen (1996)
Hospital Universitário da USP
CLASSIFICAÇÃO (NPUAP 1989)
Baseada no comprometimento tecidual
ESTÁGIO I e II
hiperemia e
úlceras rasas
ESTÁGIO III e IV
úlceras profundas
2007
Mais dois
estágios
Úlceras que não podem ser
classificadas
Suspeita de lesão tissular
profunda
Hospital Universitário da USP
CONCEITO
“Úlceras por Pressão são áreas localizadas de morte
celular, que se desenvolvem quando o tecido mole é
comprimido entre uma proeminência óssea e uma
superfície dura, por período de tempo prolongado.”
(NPUAP 1989).
Hospital Universitário da USP
Classificação
Estágio I – Eritema de pele intacta, que não
embranquece, após a remoção da pressão. Em
indivíduos com a pele mais escura, a
descoloração da pele, o calor, o edema e o
endurecimento também podem ser indicadores de
lesão, neste estágio;
Fonte : Krasner, Margolis, Ordoña, Rodeheaver. Prevention and management of pressure ulcer. Treatment of Chronic Wounds, number 6 in a Series. 1998.
Hospital Universitário da USP
Classificação
Estágio II – Perda parcial da espessura dérmica.
Apresenta-se como úlcera superficial com o leito de
coloração vermelho pálida, sem esfacelo. Pode
apresentar-se ainda como uma bolha (preenchida com
exsudato seroso), intacta ou aberta/ rompida
Fonte : Krasner, Margolis, Ordoña, Rodeheaver. Prevention and management of pressure ulcer. Treatment of Chronic Wounds, number 6 in a Series. 1998.
Hospital Universitário da USP
Descolamento/undermining
Classificação
Fonte:Hospital Universitário - USP
Estágio III – É a perda da pele na sua espessura total, envolvendo
danos ou uma necrose do tecido subcutâneo, que pode se aprofundar,
não chegando até a fáscia. A úlcera se apresenta, clinicamente, como
uma cratera profunda com ou sem “undermining” nos tecidos
adjacentes;
Fonte: Krasner, Margolis, Ordoña, Rodeheaver. Prevention and management of pressure ulcer. Treatment of Chronic Wounds, number 6 in a Series. 1998.
Hospital Universitário da USP
Classificação
Estágio IV – Perda da pele na sua total espessura, com uma extensa
destruição, necrose dos tecidos ou danos aos músculos, ossos ou estruturas de
suporte, como tendões e cápsulas das juntas. Undermining e sinus também
podem ser associados com este estágio das UP. A profundidade da úlcera varia
conforme a localização anatômica. A asa do nariz, orelha, as regiões occipital e
maleolar não possuem tecido subcutâneo e, portanto, as úlceras podem ser
rasas neste estágio. Podem estender-se aos músculos e/ou estruturas de
suporte (como fáscia, tendão ou cápsula articular), possibilitando a ocorrência
de osteomielite. A exposição de osso/ tendão é visível ou diretamente palpável.
UP em estágio IV
Fonte : Krasner, Margolis, Ordoña, Rodeheaver. Prevention and management of pressure ulcer. Treatment of Chronic Wounds, number 6 in a Series. 1998.
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Classificação
Úlceras que não podem ser classificadas - Lesão com perda total de tecido, na
qual a base da úlcera está coberta por esfacelo (amarelo, marrom, cinza, esverdeado
ou castanho) e/ou há escara (marrom, castanha ou negra) no leito da lesão. A
verdadeira profundidade e, portanto, o estágio da úlcera não pode ser determinado
até que suficiente esfacelo e/ou escara sejam removidos para expor a base da úlcera.
Escara estável (seca, aderente, intacta, sem eritema ou flutuação) nos calcâneos
serve como “cobertura natural (biológica) corporal” e não deve ser removida.
UP que não podem ser classificadas
Fonte:Hospital Universitário - USP
NPUAP, 2007
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Classificação
Suspeita de lesão tissular profunda - Área localizada de pele intacta de
coloração púrpura ou castanha ou bolha sanguinolenta devidas a dano no
tecido mole, decorrente de pressão e/ou cisalhamento. A área pode ser
precedida por um tecido que se apresenta dolorido, endurecido, amolecido,
esponjoso e mais quente ou frio comparativamente ao tecido adjacente.
UP Suspeita de lesão tissular profunda
Fonte:Hospital Universitário - USP
Hospital Universitário da USP
Elaboração de um Protocolo de
Prevenção de UP
Baseado nas diretrizes do
Hospital Universitário da USP
Reconhecimento de pacientes de
risco

Instrumentos de medida ou Escalas de
avaliação
Braden, Norton, Gosnel, Waterloow
Hospital Universitário da USP
ESCALA DE BRADEN ADAPTADA PARA LÍNGUA PORTUGUESA
Paranhos, Santos 1999
Percepção sensorial
Umidade
Atividade
Mobilidade
Nutrição
Fricção e cisalhamento
Escores variam de 6 a 23:
 escore  risco
 escore  risco
Escore 1-4
Escore 1-3
Escore total ≤ 16
Risco para o desenvolvimento
de UP
Hospital Universitário da USP
Protocolo para prevenção de Úlcera por
Pressão
1. A Escala de Braden deverá ser aplicada pela enfermeira na
admissão do paciente e reaplicada diariamente no momento da
evolução de enfermagem.
Fonte:Hospital Universitário - USP
Hospital Universitário da USP
Intervenções preventivas para pacientes
com escore de Braden menor ou igual a 16
a. Avaliar diariamente a pele do paciente. Em presença de hiperemia,
mudar o decúbito e reavaliar após 30 minutos. Não desaparecendo a
hiperemia, constatar UP em estágio I, preencher impresso específico e
instituir conduta;
b. Promover mudança de decúbito de 2/2 horas ou mais freqüentemente
se necessário;
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Intervenções preventivas para pacientes
com escore de Braden menor ou igual a 16
c. Manter colchão piramidal nos
pacientes com escore de Braden 16;
densidade 23 – até 50k
densidade 28 e 33 até 90k
densidade 45 – 91 a 100k
d. Manter colchão pneumático no
leito dos pacientes de médio e alto
risco – escore de Braden 11 a 14;
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Intervenções preventivas para pacientes
com escore de Braden menor ou igual a 16
e. Evitar posicionar o paciente diretamente sobre os trocanteres.
f. Mantê-lo a 30º (posição lateral) com auxílio de travesseiros e coxins.
Posição do
Trocanter
Fonte: Bryant, R. – Acute & Chronic Wounds, 2000
Fonte:Hospital Universitário - USP
Hospital Universitário da USP
Intervenções preventivas para pacientes
com escore de Braden menor ou igual a 16
g. Solicitar suporte nutricional para os
pacientes identificados como “alto
risco”;
h. Proteger as áreas de proeminências
ósseas com travesseiros ou coxins (ex.
joelhos e tornozelos).
i. O calcâneo deve ser protegido e mantido
elevado, com auxílio de travesseiros,
não encostando no colchão;
Fonte:Hospital Universitário - USP
Hospital Universitário da USP
Intervenções preventivas para pacientes
com escore de Braden menor ou igual a 16
g. Minimizar a exposição da pele à umidade causada por
incontinência, perspiração ou drenagem de fluidos.
h. A limpeza da pele deve ocorrer sempre que necessário e em
intervalos de rotina;
i.
Evitar água quente e utilizar um agente suave para a limpeza
(sabonete ácido ou neutro) que minimize a irritação e não
resseque a pele;
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Intervenções preventivas para pacientes
com escore de Braden menor ou igual a 16
j. Utilizar emoliente suave imediatamente após o banho para a proteção da
pele (AGE), nos pacientes idosos e com pele ressecada;
k. Evitar o uso de fita adesiva sobre pele frágil, usar protetor de pele antes
de colocar a fita adesiva;
l. Não massagear áreas com hiperemia ;
m.Não fazer uso de almofadas tipo “donuts” ou anel, que poderão
aumentar a área de isquemia;
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Intervenções preventivas para pacientes
com escore de Braden menor ou igual a 16
n. Reposicionar o paciente a cada hora
quando estiver sentado;
o. Orientar alivio da pressão a cada 15
minutos quando em cadeira de
rodas
p. Proteger o assento da cadeira com
almofada redutora de pressão.
q. Orientar o paciente e familiares sobre
as medidas preventivas de cuidado.
Avaliação de Feridas
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Baseada no comprometimento tecidual
T - Tecido no leito da ferida
I - Infecção
M - Controle da umidade/Coberturas
E - Extensão/Margens
Seleção do curativo:
Focalizada na eficácia terapêutica baseada na avaliação da ferida.
Fonte:Hospital Universitário - USP
Hospital Universitário da USP
PROTOCOLO PARA O TRATAMENTO DE
ÚLCERA POR PRESSÃO
ESTÁGIO I
• Manter protocolo de prevenção;
• Proteger a região hiperemiada com hidrocolóide extra
fino;
• Evitar posicionar o paciente sobre a região
hiperemiada;
• Promover mudança de decúbito rigorosa.
Fonte : Krasner, Margolis, Ordoña, Rodeheaver. Prevention and management of pressure ulcer. Treatment of Chronic Wounds, number 6
in a Series. 1998.
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PROTOCOLO PARA O TRATAMENTO DE
ÚLCERA POR PRESSÃO
ESTÁGIO II
•
•
•
•
Manter protocolo de prevenção;
Lavar a lesão com SF 0,9%;
Secar a pele, somente ao redor da lesão;
Cobrir com placa de hidrocolóide (manter por até 7 dias ou
saturação da placa) ou com gaze embebida em AGE, proteger com
gaze e fixar com fita adesiva (trocar três vezes ao dia);
• Evitar posicionar o paciente sobre a área lesada;
• Promover mudança de decúbito rigorosa.
Fonte : Krasner, Margolis, Ordoña, Rodeheaver. Prevention and management of pressure ulcer.
Treatment of Chronic Wounds, number 6 in a Series. 1998.
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PROTOCOLO PARA O TRATAMENTO DE
ÚLCERA POR PRESSÃO
ESTÁGIO III E IV
• Manter protocolo de prevenção;
• Evitar posicionar o paciente sobre a área lesada;
• Promover mudança de decúbito rigorosamente de duas em duas
horas ou em menor tempo, se necessário;
• Estimular ingestão hídrica se possível;
Fonte : Krasner, Margolis, Ordoña, Rodeheaver. Prevention and management of pressure ulcer.
Treatment of Chronic Wounds, number 6 in a Series. 1998.
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Tecido necrótico

Solução de papaína a 2%
Feridas infectadas

Hidrofibra com prata
Lesões com sangramento

Alginato de cálcio
Em presença de undermining ou
sinus
 Terapia com pressão negativa tópica
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Conceito
Curativo oclusivo, estéril, impermeável à água, fluidos orgânicos e
microorganismos.
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Composição e Mecanismo de Ação
É formado por duas camadas:
CAMADA EXTERNA: ESPUMA DE POLIURETANO
Barreira térmica, aos
gases, a líquidos,
microbiana e mecânica
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CAMADA INTERNA: COMPOSTA POR TRÊS HIDROCOLÓIDES
 Gelatina: proteína purificada hidrossolúvel, com odor
característico.
 Pectina: carboidrato que protege a pele, membranas e
mucosa, absorvendo os agentes irritantes
 CMC sódica: polissacarídeo de ação emoliente, protetor
Formação de gel
em presença do
exsudato
impedindo
aderência no
leito da ferida
da pele com ação anti-irritante e grande capacidade de
absorção de líquidos

Absorção de exsudato - gel
Auxilia desbridamento autolítico - meio úmido

Meio úmido - ideal para granulação
Mantém a temperatura da lesão

Estimula angiogênese - curativo
oclusivo
Alivio da dor - proteção das terminações nervosas
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Modo de aplicação





Lavar o leito da ferida com SF 0,9%
Secar somente a pele ao redor da ferida
Escolher o hidrocolóide que ultrapasse
o diâmetro da ferida em pelo menos
3cm
Aplicar o hidrocolóide segurando pelas
bordas
Massagear a placa para perfeita
aderência
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Periodicidade das trocas
 Trocar a placa de hidrocolóide
quando a bolha do gel estiver
próximo as extremidades ou no
máximo a cada 7 dias
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Orientações ao Paciente

Odor característico

Sinal indicativo da necessidade de troca

Presença de reação alérgica ao produto (pruridos, bolhas)
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Composição
Derivados do ácido linolêico:
(Dersani®, Ativoderm®, AGE Derm®)
Derivados do ácido Linoléico com lanolina
(Sommacare®, Saniskin®)
Derivados do ácido ricinoléico: da mamona
(Hig Med®)
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Indicação
Podem ser usados em todos os tipos de lesão, nos diversos estágios do
processo cicatricial e como preventivo de lesões.
Ação

Atuam na membrana celular – aumento da permeabilidade

Promove mitose e proliferação celular

Estimulam a neoangiogênese

Quimiotáxicos para leucócitos

Auxiliam desbridamento autolítico

Bactericida para S. aureus
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Conceito
A papaína (Carica Papaya) é uma mistura
complexa de enzimas proteolíticas e peroxidases,
provenientes do látex do mamoeiro,
conhecido popularmente como leite de mamão.
Lassoudiere, A. (1969)
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 Varia do branco ao bege amarelado
 Odor forte e característico
 Atua em meios ácidos, neutros ou de média alcalinidade
 Solúvel em água e glicerol
 Foto sensível - recipiente opaco
Composta de 17 aminoácidos diferentes
 É inativada ao reagir com agentes oxidantes como: ferro, oxigênio,
derivados de iodo, água oxigenada e nitrato de prata
 Segundo FLINDT, 1978 atua apenas nos tecidos desvitalizados (devido
a ausência de uma anti-protease plasmática a Alfa-um-anti-tripsina).
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 Debridante
não traumático
 Anti-inflamatório
local
 Bactericida
 Favorece
o processo de cicatrização
Starkov, 1978
Udod, 1981
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 EM PRESENÇA DE DRENOS
 Irrigar a lesão com a solução de papaína 2% com auxílio de seringa,
conectando-a ao dreno. Lavar quantas vezes for necessário.
 Proteger com gaze seca, fixando-a com fita adesiva ou faixa crepe
Fonte:Hospital Universitário - USP
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 EM PRESENÇA DE INFEÇÃO DE VÍSCERAS
(pulmão, pericárdio, cavidade intra peritoneal)
 Utilização de irrigação contínua ou intermitente
PULMÃO
CAVIDADE
PERITONEAL
Fonte:Hospital Universitário - USP
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 EM PRESENÇA DE TECIDO DE GRANULAÇÃO
 Instilar a solução de papaína a 2% sobre a lesão com
auxílio de agulha 40 x 12 e seringa
 Cobrir a lesão com gaze embebida na solução de papaína
 Proteger com gaze seca, fixando-a com fita adesiva ou faixa crepe
Fonte:Hospital Universitário - USP
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 EM PRESENÇA DE NECROSE
 Fazer a limpeza mecânica utilizando gaze embebida na solução de papaína
 Polvilhar papaína pó sobre as áreas de necrose ou excesso de fibrina
 Cobrir a lesão com gaze embebida na solução de papaína
 Proteger com gaze seca, fixando-a com fita adesiva ou faixa crepe
Fonte:Hospital Universitário - USP
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 Lesões isquêmicas de MMII
 Alergia ao produto
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Composição
Hidrofibras impregnadas com prata e carboximetilcelulose
sódica agrupadas e alinhadas verticalmente-proporcionam
adsorção e absorção vertical, transformando a placa em gel
coeso protegendo os bordos da lesão.
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Mecanismo de ação
• Forma barreira antimicrobiana sobre a superfície da ferida, ajudando
a prevenir a colonização dentro do curativo;
• Forma uma película de gel translúcido e refrescante ao entrar em
contato com o fluido da ferida, retendo o exsudato dentro do
curativo;
• Drenagem vertical reduz o risco de maceração na pele;
• Ação imediata da prata iônica ao contato com a ferida elimina os
micro organismos retidos no curativo;
• A atividade antimicrobiana dura até 14 dias.
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• Poderosa atividade antimicrobiana incluindo Staphylococcus aureus e Entererococcus.
• Em presença de infecção (não aderência após as
primeiras 72 horas ) - remover e trocar com maior
freqüência;
• A medida que ocorre reepitelização da ferida o
curativo começa a desprender-se, deve-se aparar as
bordas;
• As áreas sobre articulações poderão ser
umedecidas com S.F para manter a flexibilidade;
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Alginatos são sais de um polímero natural, encontrados
na parede celular e espaços intercelulares de algas
marinhas, denominadas “Laminaria hyperbore”
também chamadas de “Algas marrom”.
ácido algínico
Cálcio
sódio
ácido gulurônico
 ácido manurônico
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CARACTERÍSTICA

Grande capacidade de retenção de
exsudato

Facilidade de aplicação e remoção

Proporciona diminuição do odor

Promove alívio da dor
MECANISMO DE AÇÃO
Troca dos íons de cálcio (Ca++)
com os íons de sódio (Na++), formando um
gel suave, hidrófilo, viscoso, não aderente,
criando um meio úmido e quente favorável à
cicatrização, auxilia no desbridamento
autolitico e induz a hemostasia.
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CARACTERÍSTICA
 Promover a hemostasia:
coagulação ocorre em média três
minutos, após aplicação
 Altamente absorvente
Absorção por unidade de área
25
21,3
20
15
10
6,5
5
0
1g gaze
1g alginato
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Indicação
•
Feridas com exsudato moderado a abundante
•
Escoriações e lacerações
•
Áreas doadoras de enxerto
•
Queimaduras de 2º grau
Contra indicação
•
Feridas com pouco ou nenhum exsudato.
Periodicidade de trocas
FERIDAS SANGRANTES
a cada 48 horas ou quando saturado;
FERIDAS ALTAMENTE
EXSUDATIVAS
quando saturado
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• Favorece a hemostasia
• Promove ambiente úmido
• Baixo risco de toxicidade e reação alérgica
Fonte:Hospital Universitário - USP
Hospital Universitário da USP
Aplicação
•
Limpar a ferida com SF 0,9%
•
Secar a pele ao redor da ferida
•
Selecionar o curativo no tamanho adequado para preencher a
ferida
•
Cobrir com curativo secundário estéril
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Histórico

Em 1966, o russo Mirazimov publicou trabalho sobre enxertia de
pele em ferida preparada com PNT.

No início dos anos 90 o cirurgião alemão Fleischmann relatou o
uso da PNT em curativos com bons resultados.

Argenta e Morykwas trabalharam durante a década de 90 numa
versão comercializável deste tipo de curativo.

Publicações de 1997.
Hospital Universitário da USP
Acelera a cicatrização

Aumento do Fluxo Sanguíneo (diminui o edema);

Remove fluídos da ferida;

Estimula crescimento de tecido de granulação;

Atrai as bordas da ferida ao centro.
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Contra Indicações

Fístulas (?);

Tecido necrótico;

Osteomielite não Tratada;

Malignidade da ferida;

Sangramento ativo;

Deficiências de coagulação.
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Pressão Ideal

Argenta (1997) demonstrou, em estudo experimental, que
pressões sub-atmosféricas em torno de 125 mmHg elevariam o
fluxo sangüíneo em até 4 vezes.

Timmers (2005) demonstrou que pressões negativas de até 400
mmHg poderiam ser utilizadas, levando a um aumento de cerca
de 5,6 vezes no fluxo sangüíneo.

Wada (2006) publicou que uma pressão negativa maior que
400mmHg, após sete minutos de aspiração contínua, leva à
diminuição do fluxo sanguíneo local.
Hospital Universitário da USP
Sistema VAC HU -USP
Fonte:Hospital Universitário - USP
Hospital Universitário da USP
O Curativo

Espuma hidrofóbica de poliuretano, com 400 a 600 nanômetros,
o que permite o livre crescimento de tecido de granulação;

Colocada no leito da ferida até cobrir toda sua extensão, e
posteriormente coberta por uma película adesiva para criar um
selo hermeticamente fechado;

Uma borda de 2 centímetros do filme transparente é essencial
para a eficácia do tratamento;

A espuma deve estar conectada através de um tubo plástico de
drenagem a um reservatório para coleta de fluidos em uma
bomba de vácuo.
Hospital Universitário da USP
O Curativo

As espumas devem cobrir toda e somente a lesão, deixando as
margens livres.

O tempo para troca do curativo pode variar conforme a
exsudação da ferida.

Se não houver resposta ou melhora após 2 semanas do início da
terapia aconselha-se a rever o plano de tratamento.
Hospital Universitário da USP
O Curativo

Aconselha-se contar e registrar o número de espumas utilizadas
em curativos em cavidades para poder checar a retirada de todas
na troca do curativo.

Não manter a aspiração desligada por mais que 2 horas num
período de 24 horas.

Quando o tempo de troca do curativo é prolongado pode ocorrer
excesso de tecido de granulação entre as fibras da espuma.

Maceração da pele circundante também tem sido reportada.
Kaufman & Pahl, 2003
Hospital Universitário da USP
Fonte:Hospital Universitário - USP
Hospital Universitário da USP
Fonte:Hospital Universitário - USP
Hospital Universitário da USP
“ Quando se compara esta terapia com outras formas
convencionais de tratamento de feridas nota-se uma
diminuição no tempo de internação “.
Kaufman & Pahl, 2003
“A grande vantagem relatada no estudo foi o conforto para os
pacientes, pois há menos vazamentos, menos cheiro, e menor
número de trocas. Verificou-se menor tempo gasto em assistência
direta de enfermagem, na média, um ganho de 3 horas por
tratamento” .
Braakenburg et al., 2006
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Custo VAC HU X VAC KCI
Escova de assepsia
seca
R$ 0,80
Esponja Média
R$ 900,00
Sonda Gástrica n.18
R$ 0,85
Esponja Grande
R$ 1.200,00
Ioban 60x36cm
R$ 52,26
Conector ( Y)
R$ 400,00
Ioban 90x45cm
R$ 84,00
Coletor
R$ 300,00
Frasco aspiração
500ml
R$ 9,80
Reservatório 500ml
R$ 1000,00
Hospital Universitário da USP
1.
2.
3.
4.
5.
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