Homem e subjetividade guiadas pela concepção materialista

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Psicologia Sócio Historica - Homem e subjetividade guiadas pela
concepção materialista dialética.
Karl Marx (1818-1883) - comprometimento em relação a classe
trabalhadora. Desenvolvimento do capitalismo mundial, contradições:
exclusão social (liberdade e vontade). Análises sociais, históricas,
econômicas e políticas: proposta dialética e materialista. Base da
sociedade e principal característica humana: trabalho
Homem: atua sobre a natureza, produz os próprios meios de existência,
relaciona-se com outros homens. Determinado pela realidade objetiva.
Estrutura se altera ao longo do tempo, gera contradições e se altera.
Parte sempre das relações concretas. Ideologia: idéias desvinculadas
das condições materiais, a serviço da classe dominante. Abstratas,
universais e alienantes.
Aparência e essência: por trás da aparência o fenômeno multideterminado. Conhecimento: busca das determinações (totalidade).
Verdade: relativa ao momento histórico
Primórdios da psicologia sócio histórica: Início do século XX na
União Soviética: Vygotsky (1896-1934), Luria (1902-1977) e Leontiev
(1903-1979)
Vygotsky : crise na psicologia mundial, modelos elementaristas, negando
consciência. Modelos subjetivistas considerando consciência e
processos interiores desvinculados das condições materiais. Dualidade:
objetividade e subjetividade, interno e externo.
Proposta: psicologia guiada pelos princípios do materialismo dialético.
Descrição e explicação da construção e desenvolvimento do psiquismo e
comportamento humano a partir das funções psicológicas superiores
(pensamento, linguagem e consciencia). Homem constroi a si mesmo
nas relações com a realidade
Críticas: tentativa de compreensão de funções superiores pela psicologia
animal e desenvolvimento como maturação natural (cultura é parte do
desenvolvimento) Não há natureza humana, Funções psicológicas como
produto da atividade cerebral
Crise da Psicologia Social, a proposta de construção de uma
psicologia social crítica e a concretização da psicologia Sóciohistórica Trabalhos centrados nos estudos das atitudes, sua
mensuração, e suas transformações; aspectos e processos ligados ao
funcionamento grupal. caráter ideológico e reprodutor dos interesses da
classe dominante. embasamento positivista que reduzia o ser humano
em nome da objetividade.
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Quatro enfoques diferentes na América Latina e Brasil:
Psicologia Social Psicológica: processos psicológicos individuais,
social a partir da somatória individual. Psicologia Social Sociológica:
interação social, Caráter mecanicista. Dicotomia indivíduo e sociedade
Psicologia Social Marxista Latino-americana e Psicologia Social
Crítica: (1960, 70 e 80). recuperar o indivíduo na intersecção de sua
história com a história de sua sociedade. Homem construtor da história
60 e 70 (ditadura militar): caráter político à psicologia social: vincular a
com a problemática social e a redefinição da questão da subjetividade.
80 com a abertura da “guerra fria”: acesso em inglês às obras russas de
Vygotsky , Luria e Leontiev. O desafio era a indissociabilidade entre
teoria e prática, prática em comunidades proporcionou uma
sistematização teórica , bem como pesquisas sobre comportamento
político buscaram encontrar formas de atuação para que houvesse
transformações significativas para as populações desfavorecidas. A
abordagem mostra um comprometimento constante de caráter ético e
político com a realidade e o homem.
Psicologia Sócio Histórica: proposições teóricas Fundamentação
básica: Homem como um ser histórico-social. se constrói a partir das
relações que estabelece com o meio e com os outros, num movimento
dialético em que faz parte de uma totalidade e vai transformando-se em
sua essência por um processo de complexificação e multideterminação.
Não é a consciência que determina a vida, mas a vida que determina a
consciência.
Homem é ser ativo, histórico e social. Homem e sociedade não existem
separadamente (um sem o outro), mas são diferentes. Homem se
constrói socialmente a partir de relações com a realidade, apropria-se de
forma subjetiva e particular do social, transforma-o ao interiorizá-lo e
assim, se transforma e se singulariza. Processo constante de
subjetivação da realidade que o torna único. Mundo objetivo é convertido
para o subjetivo.
História da Humanidade: apropriada pelo homem na relação com a
realidade. Ao relacionar-se com objetos produzidos, o homem apropriase da atividade histórica acumulada e cristalizada. Instrumentos:
utilizados pelo homem na atuação sobre a realidade. Linguagem:
produzida social e historicamente e permite a representação da
realidade. Mediadora do psiquismo e relações materiais. Origem na
atividade concreta dos homens. Consciência: origem na atividade
concreta, tem como matéria prima a linguagem. Compreensão do
inconsciente: experiências que não são completamente significadas em
sua totalidade e não fazem parte da consciência. Emoções não
significadas constituem planos inconscientes do psiquismo humano
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Subjetividade , Intersubjetividade e emoções: Transformação do social
em subjetivo se dá em um universo interpessoal. Intersubjetividade como
um espaço que permite a produção de sentidos. Nas relações
intersubjetivas o indivíduo constrói sua subjetividade.
Sentido Pessoal: história única e individual do homem possibilita a ele
no seu plano subjetivo dar um sentido particular ao fenômeno e depende
de uma configuração subjetiva do social
Psiquismo Humano: construído na relação dialética que o homem
estabelece com o meio em sua dimensão social e histórica. Ele é
determinado pelas relações materiais a que está sujeito, nas quais está
inserido e das quais faz parte, ao mesmo tempo que as determina. O
psiquismo é único e singular, apesar de determinado.
Psicologia Sócio Histórica: Fundamentos da Metodologia de
Pesquisa Método de conhecimento: vincula a teoria à metodologia.
Conhecer implica em conhecer transformações, processo e contradições
Não apenas descrever fenômenos, mas compreender e desvendar as
determinações sociais e históricas que constituem os vários momentos
de sua essência. Empírico, observável é o ponto de partida, mas é
necessário atingir a essência (totalidade). A partir da palavra se chega a
história individual e ao mesmo tempo as mediações sociais. Conhecer o
homem esta além de situá-lo em um momento histórico e social, significa
também conhecer o movimento, o processo e as contradições de sua
essência. (mutável).
Metodologia Qualitativa em detrimento dos procedimentos
quantitativos. Analise quantitativa é um passo do processo que permite
a análise qualitativa. qualidade esta na profundidade e não na magnitude
numérica, dados que surgem na relação são tão ou mais importantes
que os fornecidos por instrumentos. Construção teórica é essencial no
processo. Existe o compromisso ético e político com a realidade e os
seres humanos que estão sendo estudados. A ação do pesquisador
deve ser aceita e considerada bem como analisada na compreensão e
síntese dos dados. Pesquisador interage na realidade, no momento de
produzir os dados e deve, por conta disso iniciar a análise durante o
próprio processo de ação/pesquisa/intervenção. A partir das práticas
realizadas nas comunidades, aponta-se a proposta da pesquisa-ação
Modalidade articulada com a proposição marxista da inter-relação entre
teoria e prática na construção do conhecimento científico.
Propostas de intervenção: preocupadas com a reflexão crítica,
psicólogo como promotor de saúde. Permitir emergência de conflitos e
re-significar.
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