Financiamento de Empresas de Energia Limpa no Ceará Programa Nordeste Energia Fortaleza, 21/novembro/2002 Banco do Nordeste – MARÇO/2002 Números do Banco do Nordeste Agosto/2002 • Ativo Total: R$ 20.207,3 milhões • Patrimônio Líquido: R$ 1.048,3 milhões • Aplicações Totais: R$ 14.858,7 milhões • Aplicações/Ativo Total: 73,5% Crédito Especializado Industrial Infra-estrutura Rural Comercial/Serviços Crédito de Funcionamento Geral Câmbio 14.538,8 (97,8%) 3.443,8 1.368,1 9.718,2 8,7 320,0 (2,2%) 258,9 61,1 Municípios por Estado MUNICÍPIOS: 1983 Expressiva Participação no Financiamento da Região PARTICIPAÇÃO ANUAL (%) 34,5 43,0 1994 1995 55,6 58,5 1996 1997 ESTADO ALAGOAS BAHIA CEARÁ ESPÍRITO SANTO MARANHÃO NORTE M. GERAIS PARAÍBA PERNAMBUCO PIAUÍ RIO G. DO NORTE SERGIPE TOTAIS 68,1 77,7 79,3 77,9 1998 1999 2000 2001 QDE. DE QDE. DE AGÊNCIAS AGÊNCIAS % BANCÁRIAS DO BANCO BANCO/ NA REGIÃO NA REGIÃO REGIÃO 77,3 2002 (MAI) PARTICIPAÇÃO PARTICIPAÇÃO DO BANCO NOS DO BANCO NO FINANCIAMENTOS CRÉDITO TOTAIS RURAL 111 717 335 61 247 157 159 431 104 130 147 9 34 28 0 14 9 14 19 15 13 15 8,1% 4,7% 8,4% 0,0% 5,7% 5,7% 8,8% 4,4% 14,4% 10,0% 10,2% 86,4% 74,8% 76,8% 41,2% 74,2% 87,4% 64,9% 78,2% 84,0% 77,0% 84,1% 90,8% 84,0% 91,4% 36,6% 83,1% 89,6% 96,8% 93,4% 89,0% 90,9% 91,7% 2.599 170 6,5% 77,3% 88,3% Resultados QUANTIDADE DE CLIENTES - (em mil) 1.332,6 1.404,1 1.016,9 1.162,2 720,3 399,1 200,9 46,0 94,6 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 (Set) Nordeste Energia PROGRAMA DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO DE INFRA-ESTRUTURA COMPLEMENTAR E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA PARA OS AGENTES PRODUTIVOS DA REGIÃO NORDESTE Seminário Financiamento de Empresas de Energia Limpa no Ceará Painel Financiamento para Energia Renovável A MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA A MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA Hidro Nacional: 67,5% Hidro Itaipu: 20% Térmica Convencional: 6,5% Termonuclear: 4% Importação: 2% USINAS HIDRELÉTRICAS Nesse processo a água de um rio, depois de represada para ganhar energia potencial, faz girar uma turbina, gerando energia elétrica. O preço do megawatt hora é de US$ 32. É uma energia barata, mas sujeita às condições do tempo. ENERGIA TERMELÉTRICA A energia é gerada a partir da combustão de gás natural ou de óleo diesel. No País, apenas 6,5% da energia gerada é térmica. A meta é chegar a 10%. O preço do megawatt hora é de US$ 42. ENERGIA NUCLEAR A energia é gerada a partir da fissão do urânio, material radioativo. Cerca de 4% da eletricidade do país vêm das usinas de Angra I e II, ambas instaladas no Estado do Rio de Janeiro. Preço: Elevado, motivado pelos longos períodos de interrupção no funcionamento das usinas e do altíssimo custo de manutenção ENERGIA SOLAR Células fotovoltaicas, transformam luz em eletricidade armazenada em baterias. Esses sistemas são aplicáveis apenas em áreas remotas, onde não haja linhas de transmissão Preço do megawatt hora: US$ 240. ENERGIA EÓLICA A força dos ventos movimenta uma turbina, esse giro é transformado em energia elétrica. No Ceará, há um projeto que vai gerar 60 MW, suficientes para abastecer a cidade de Fortaleza. Preço do megawatt hora: US$ 40. POTENCIAL DA ENERGIA EÓLICA NO NORDESTE • Grande parte da faixa costeira da Região Nordeste (Estados do Rio Grande do Norte a Maranhão) possui ventos com velocidade média anual de 8m/s, considerada excelente para produção de energia elétrica a partir da energia eólica; • O litoral do nordeste possui um dos maiores índices de ventos “educados” do Planeta, não há ocorrência de tufões ou vendavais, e sopram numa direção preferencial; • Potencial de geração de energia elétrica a partir da fonte eólica do Nordeste é muito superior a atual demanda de energia da região, 5.725 MW no ano 2000 do Sistema CHESF; • Intensidade dos ventos no Nordeste coincide com o ciclo das águas . Período de maior atividade eólica é quando mais se precisa bombear do Rio São Francisco; • Utilização de até 20% de energia eólica consorciada com outra fonte de energia firme. Parque Eólico instalado no Brasil Representa 20,3 MW, dos quais 16,2 MW implantados no Estado do Ceará Apoio do Banco do Nordeste Eventos • Eco Wind 96 - Encontro Nacional de Energia Eólica-setembro de 1996, em Fortaleza • 1º Congresso Brasil – Alemanha sobre Energias Renováveis e Recursos Hídricos - outubro de 1999, em Fortaleza. • Seminário de Energia Eólica - março de 2001, realizado em Fortaleza nas dependências do Banco do Nordeste, Promovido pelo Instituto de Desenvolvimento de Energias Renováveis IDER; • Palestra sobre Energia e Meio Ambiente, realizada no Banco e na Universidade do Ceará, resultado de parceria firmada entre o Banco e a Universitat Barcelona Apoio do Banco do Nordeste Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico Projetos de energia eólica apoiados pelo FUNDECI entre 1996 e 2000 ANO 1996 1999 2000 ENTIDADE PROPONENTE NOME PROJETO ESTADO Desenvolvimento de Turbinas Eólicas de Grande UFPE - Universidade Federal de Porte para Geração de PE Pernambuco Eletricidade no Nordeste do Brasil ITEVA - Instituto Desenvolvimento e Tecnológico e Aplicações de Turbinas CE Vocacional de Eólicas Aquiraz UFMA - Universidade Receptor Eólico Radial MA Federal do Maranhão Em Estudo Instalação de Centro de Excelência Nacional em Energia Eólica em parceria com a empresa Wobben Windpower Ind.Comércio, subsidiária da Enercon GMBH, empresa alemã, líder no mercado mundial de aerogeradores PROJETO DE ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA PARA COMUNIDADES DO NORDESTE – PROJETO ELDORADO OBJETIVO GERAL Avaliar o impacto da introdução da tecnologia fotovoltaica em comunidades carentes não servidas pela rede convencional de energia PROJETO DE ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA PARA COMUNIDADES DO NORDESTE – PROJETO ELDORADO OBJETIVOS ESPECÍFICOS • Bombeamento de água para consumo humano e animal, além de pequena irrigação • Eletrificação da escola (aulas noturnas, tele-ensino) • Eletrificação do posto de saúde (conservação de vacinas) • Telefonia rural • Energização de equipamentos produtivos • Iluminação pública • Eletrificação residencial PROJETO DE ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA PARA COMUNIDADES DO NORDESTE – PROJETO ELDORADO • PROGRAMA ELDORADO (1969-1998) • Acordo Brasil-Alemanha de cooperação técnicocientífica em diversas áreas, entre as quais a de energia renovável. Incluía a doação de equipamento por parte da Alemanha na proporção de 70% contra 30% de contrapartida de equipamentos de origem nacional. • INSTÂNCIAS DE ENQUADRAMENTO E APROVAÇÃO • Principal: Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) • Complementares: Ministérios das Minas e Energia e da Ciência e Tecnologia PROJETO DE ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA PARA COMUNIDADES DO NORDESTE – PROJETO ELDORADO PARCEIROS DO BANCO •FORNECIMENTO DOS EQUIPAMENTOS IMPORTADOS: • Governo alemão, por meio da empresa Angewandte Solarenergie - ASE •AQUISIÇÃO DOS EQUIPAMENTOS NACIONAIS E APOIO LOGÍSTICO: • Prefeituras e Comunidades •ASSESORIA E ACOMPANHAMENTO: • Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Energias Renováveis - IDER PROJETO DE ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA PARA COMUNIDADES DO NORDESTE – PROJETO ELDORADO CRITÉRIOS PARA ESCOLHA AS COMUNIDADES • Distância de pelo 3 km da rede de energia; • Inexistência de projeto para extensão da rede até a localidade; • Existência de poço com água potável; • Interesse inequívoco das prefeituras e das comunidades; • Agrupamento desejável de casas entre 20 e 50 unidades, não muito distantes umas das outras; • Existência ou possibilidade de formação de uma Associação local para gerir os sistemas PROJETO DE ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA PARA COMUNIDADES DO NORDESTE – PROJETO ELDORADO COMUNIDADES BENEFICIADAS ESTADO Ceará Piauí Paraíba MUNICÍPIO COMUNIDADE Icapuí Aiuaba Gravier Lagoa dos Vieira Serra Verde Sobral Serrinha Crateús* Oiticica Paulistana Pov. do Tigre Largos Currais Buritizal S. João do Tigre Serra do Paulo R.G.Norte Mossoró * Somente bombeamento de água Barrinha dos Néo TOTAL: N° FAMÍLIAS 13 31 18 25 40 82 32 20 15 10 286 PUBLICAÇÕES EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E CONSERVAÇÃO DE ENERGIA • A eficiência energética consiste na utilização da energia evitando os desperdícios • Às vezes é necessária apenas uma mudança de hábitos • Outras vezes são necessários investimentos PARA ATIVIDADES PRODUTIVAS • Usar equipamentos com selo Procel • Aderir à tarifa horosazonal • Corrigir o fator de potência • Programar as cargas ou utilizar gerador no horário de ponta • Caso use vapor, fazer co-geração PARA ATIVIDADES DO SETOR DE SERVIÇOS • Instalar controles automáticos de luzes e de água em torneiras e mictórios • Utilizar equipamentos a gás • Utilizar coletores solares para aquecer a água COM RELAÇÃO AO AR CONDICIONADO • Proteger do sol e não bloquear as grades • Eliminar as frestas • Regular o termostato • Trocar ou limpar os filtros de ar regularmente PARA AS PROPRIEDADES RURAIS • Fazer irrigação de madrugada • Aderir à tarifa horosazonal verde • Utilizando o esterco de animais é possível fazer biogás e adubo orgânico PARA AS PROPRIEDADES RURAIS • Gasogênio é um equipamento que utiliza carvão para produzir gás energético • É possível usar uma pequena queda d’água para produzir energia PARA AS PROPRIEDADES RURAIS • Fazer uso dos recursos naturais para produzir calor, força, bombear água e gerar energia elétrica CONDIÇÕES OPERACIONAIS DO PROGRAMA NORDESTE ENERGIA OBJETIVO Contribuir para o equacionamento da crise de energia elétrica, potencializando os recursos naturais disponíveis na Região Nordeste LINHAS DE AÇÃO DO NORDESTE ENERGIA 1. Apoio a projetos na área de eficiência energética 2. Apoio à infra-estrutura complementar de geração de energia no Nordeste APOIO A PROJETOS DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA Financiar projetos de eficiência energética de empresas industriais, agroindustriais, rurais, comerciais e de prestação de serviços, incluindo as demandas de financiamentos destinados à geração através de fontes alternativas de energia ITENS FINANCIÁVEIS 1.Substituição de luminárias/lâmpadas 2.Isolamento térmico 3.Utilização de aquecedores termosolares 4.Utilização de gás natural, GLP ou de outros combustíveis objetivando a substituição de equipamentos elétricos ITENS FINANCIÁVEIS 5. Co-geração de energia 6. Equipamentos para bombear água 7. Substituição de máquinas e equipamentos APOIO À INFRA-ESTRUTURA COMPLEMENTAR DE GERAÇÃO DE ENERGIA Apoiar projetos de implantação, expansão, modernização e relocalização de empreendimentos dos setores de infra-estrutura energética APOIO À INFRA-ESTRUTURA COMPLEMENTAR DE GERAÇÃO DE ENERGIA • Empreendimentos de geração e distribuição de energia elétrica, principalmente os enquadrados no âmbito da produção independente e da autoprodução • Infra-estrutura de geração de força motriz, calor ou outra forma de energia GERAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA a) equipamentos e instalações que utilizam energia alternativa b) equipamentos de co-geração c) pequenas centrais hidrelétricas e usinas termelétricas d) equipamentos de geração de eletricidade e equipamentos e dispositivos de segurança GERAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA e) construção de barragens, canais, gasodutos e linhas de transmissão e distribuição de energia f) outros itens indispensáveis ao sistema de geração, transmissão e distribuição de energia GERAÇÃO DE FORÇA MOTRIZ, CALOR OU OUTRA FORMA DE ENERGIA a) biodigestores, cata-ventos, gasogênios, sistemas fotovoltaicos e termo-solares b) equipamentos de geração de força motriz c) outros itens indispensáveis à geração de força motriz, calor ou outra forma de energia CÁLCULO DA CAPACIDADE DE PAGAMENTO • Será utilizado adicionalmente o valor correspondente à redução prevista no consumo de energia elétrica • O cálculo é feito através da diferença entre o consumo médio mensal projetado e o consumo médio mensal dos doze últimos meses LINHAS DE FINANCIAMENTO • FNE (VERDE, INDUSTRIAL, PRODETEC, PROATUR) • FAT (PROFAT E PROTRABALHO) • BNDES GARANTIAS • Hipoteca • Alienação fiduciária • Penhor dos bens pré-existentes e/ou financiáveis • Fiança ou Aval • FGPC/FUNPROGER/FAMPE • Mínimo de 125% do financiamento APLICAÇÕES FINANCEIRAS • R$50,8 milhões aplicados em projetos integrados, sendo R$17,8 mihões exclusivamente para equipamentos de racionalização no uso de energia • 1.517 financiamentos realizados • Período: a partir de junho/2001