Descritivos
estudos ecológicos ou de correlação
relatos de casos ou de série de casos
estudos seccionais ou de corte transversal
Analíticos
Estudo das coortes
Caso controle
Transversais ou seccionais ou de prevalência
quando se faz o levantamento simultâneo da
exposição e do efeito
Longitudinais
quando exposição e efeito se levantam em
tempos diferentes, de forma retrospectiva,
prospectiva ou ambispectiva.
Coorte
Caso controle
Observacionais
Longitudinais
Coorte
Caso-controle
Transversal
Experimentais
Delineamento de
estudos
epidemiológicos
Alternativas do método
epidemiológico para testar
hipóteses elaboradas
geralmente durante estudos
descritivos.
Sinonímia:
estudos observacionais – o
pesquisador não intervém – apenas analisa
com fundamento no método
são
sempre antecedidos por estudos
descritivos os quais não testam hipóteses
Quantificação das associações de exposição e efeito
Verificar se o risco de desenvolver um evento adverso
à saúde é maior entre os expostos do que entre os
não-expostos ao fator supostamente associado ao
desenvolvimento do agravo em estudo.
Estabelecer inferências a respeito de associações
entre duas ou mais variáveis, especialmente
associações de exposição e efeito, portanto
associações causais.
Utilizados
para identificar os fatores de risco
e para estimar os efeitos quantitativos de
várias causas componentes que contribuem
para a ocorrência da doença
Os
estudos de coortes - analisam as
associações de exposição e efeito por meio
da comparação da ocorrência de doenças
entre expostos e não- expostos ao fator de
risco.
Estudos
tipo caso-controle - as exposições
passadas são comparadas entre animais
atingidos e não atingidos pela doença objeto
do estudo.
Parte
da causa para o efeito
exigindo
para tal a partição da população em
estudo em dois grupos: o de expostos ao
suposto fator de risco e o dos não expostos a
esse fator.
Parte do efeito para a causa
exigindo para isso a formação de um grupo de
indivíduos com determinada doença (efeito) e de
um grupo controle constituído por indivíduos
semelhantes, mas sem a doença.
As características (possíveis causas da doença) dos
indivíduos de cada grupo são levantadas e
verificadas as freqüências delas nos dois grupos.
Este desenho é retrospectivo, pois doença e
exposição já aconteceram no momento do
delineamento do estudo.
Exposição - provável fator de risco
leva em conta a dose ou duração
de risco ou diferentes maneiras
duas variáveis. Pode também
características do hospedeiro
sanguíneo...)
da exposição ao fator
de associação dessas
ser entendida por
(sexo, idade, tipo
Efeito – doença - definição de caso
inclui critérios clínicos, laboratoriais e epidemiológicos
Fator Causal
Fator de Risco
Doença
Desfecho
Clínico
Caso
controle: Alguns autores o classificam
como retrospectivo: “olha para traz ou olha
o efeito para causa”
Coorte – Prospectivo - “olha da causa para o
efeito” (THRUSFIELD, 2004)
COORTES
Prospectivo: Estudos delineados para coleta de
dados futuros
Retrospectivos: Qualquer estudo de dados
registrados do passado
Do latim, cohors
Batalhão de 300-600
soldados romanos, todos
de um determinado tipo,
por exemplo da cavalaria
10 coortes formavam uma
legião
“Um grupo de indivíduos com uma
característica em comum que avançam em
conjunto.”
Edward Panacek, http://www.saem.org/download/panacek2.pdf
FATOR DE RISCO: CASTRAÇÃO
Expostas
Não Expostas
Castradas
Inteiras
Monitorar cada uma delas para desenvolvimento de PUI
Animais doentes
Animais não
doentes
Total
Fatores hipotéticos de
risco presente
a
b
a+b
Fatores hipotéticos de
risco ausente
c
d
c+d
Total
a+c
b+d
a+b+c+d=n
Desfecho
Exposto
Não-desfecho
População
Alvo
Desfecho
Não -exposto
Não-desfecho
RELAÇÃO TEMPORAL
A causa precede o efeito ? (essencial)
PLAUSIBILIDADE
A associação é consistente com outros conhecimentos?
(mecanismo de ação, evidência de experimentos em
animais)
CONSISTÊNCIA
Resultados similares foram demonstrados em outros
estudos ?
FORÇA
Qual a força da associação entre a causa e o efeito ?
RELAÇÃO DOSE-RESPOSTA
O aumento da exposição para uma possível causa está
associado com aumento do efeito ?
REVERSIBILIDADE
A remoção de uma possível causa leva a redução no risco
de doença ?
DELINEAMENTO DO ESTUDO
A evidência está baseada em um delineamento de estudo
forte ?
JULGANDO A EVIDÊNCIA
Como muitas linhas de evidência levam a conclusão ?
Relação Causal
Ingestão de samambaia e cancinoma espinocelular de base de
língua
Deficiência
vitâminica durante a prenhês e anomalia
congênita
Anticoncepcional oral e cancer de útero
Dieta com hipervitaminose D e displasia óssea
Atividade agrícola e doença de Chagas
Derrubada de mata e leichmaniose
Dieta rica em sal e edema cerebral nos suínos
Relação não-causal
Mancha
nos dedos do fumante e bronquite crônica
Consumo de carne e infertilidade
Hábito de barbear-se e infarto do miocárdio
Cabelos grisalhos e mortalidade
Masturbação e acne
1. Aspecto mais importante na escolha de
uma metodologia de pesquisa:
A PERGUNTA da investigação (origem das
hipóteses).
2. Estudos de coorte objetivam:
estabelecer um nexo causal entre fatores
de exposição e eventos (desfechos) do
processo saúde-doença;
Onde ?
Quem?
O que?
Identificar fatores de risco
e/ou fatores de proteção
que estão associados a um
desfecho.
População-alvo
(Probabilidade)
População
em estudo
amostragem
Observações
são realizadas
na amostra
representativa
da população alvo
amostra
Qual a freqüência de determinado evento
( D) na população alvo?
Epidemiologia descritiva
A
exposição ao fator E afeta a possibilidade de
haver modificação no estado D ?
Epidemiologia analítica
Coorte
concorrente (ou prospectivo) possibilita
mais controle, porque as medidas são realizadas
no mesmo momento que aloca e faz o
seguimento
Coorte
não concorrente (ou retrospectivo)
realiza as mensurações no passado
Coorte
mistos obtêm algumas mensurações
feitas no passado e o resto ao longo do
seguimento
Principal limitação para a
Validade de um Estudo de Coorte
• Sujeitos perdidos ao longo do seguimento
• Definição do desfecho:
– Definição deve ser sem viés em relação
ao fator de risco
Corte
definida por
caracteristicas
comuns
que
identificam os
“ membros”
da
coorte
+ de
1 exposição
+ de
1 desfecho
Consistem em:
definir grupos de indivíduos
por
alguma
variável
(residência,
profissão,
comportamento ou exposição
ambiental),
e acompanhá-los no tempo
para avaliar se as taxas de
incidência ou de mortalidade
variam de acordo com essa
variável.
PERMITEM VERIFICAR A ASSOCIAÇÃO
ENTRE O FATOR DE EXPOSIÇÃO E O
DESFECHO, SEGUINDO UMA SEQUÊNCIA
LÓGICA TEMPORAL.
Delineamento do estudo apresenta tempo
que o estudo
é realizado como a chave para definição
Passado
Presente
Futuro
Transversal:
Classifica exposição
e doença ao mesmo tempo
Coorte:
Classifica pela
exposição
Classifica pela
exposição
Caso-controle:
Classifica pela
doença
Classific
a pela
doença
Teste X2:
Risco
Não mede o grau de associação
Risco relativo
Risco atribuído
Razão de ODDS
Doentes
Não doentes
a
b
Não expostos c
d
Expostos
RR= IE/INE =
a/(a+b)/ c/c+d
MEDIDAS DE ASSOCIAÇÃO E IMPACTO
Em estudos de coorte os dados são coletados individualmente,
possibilitando a construção de uma tabela 2 x 2.
Estudos de coorte
Incidência acumulada = nº casos novos__ (proporção)
nº indivíduos em risco
Taxa de incidência animal tempo =
(taxa)
nº casos novos____
(nº indivíduos-tempo em risco)
Populações
fixas e deonças de seguimento
curto: Usa-se a Incidência Acumulada
Populações
dinâmicas ou com prolongado
período de seguimento da doença: Usa-se a
taxa de incidência
Permitem que a perda de participantes desde que
aleatória não enviesem o cálculo
Faixa etária
1-8
meses
8-24
meses
Permanência em pastos
mistos contendo
samambaia
24-48
meses
01mês/a
no
1-3
meses
/ano
>3
meses
/ano
Bovino 1 (8 meses
no início do estudo)
Bovino 2 (6 meses
no início do estudo)
Bov 1 que no início do estudo tinha 8 meses contribuiu com 40 meses
para o total de bovino macho com consumo de samambaia de 1- 3
meses
Medida que estima a magnitude de uma
associação, indica a probabilidade que um
evento ocorra em um grupo de indivíduos
expostos com relação ao grupo não-exposto.
Incidência expostos (Ie)
RR= ----------------------------------------------------Incidência não-expostos (Io)
RR=1 nulo, sem associação;
RR>1 associação, indicando fator de risco;
RR<1 associação, indicando fator protetor.
Indica
a porção de incidência deste evento
que se deve exclusivamente ao fator de
exposição. É uma medida de impacto
potencial.
RAE
=
(Incidência expostos)
(Incidência não-expostos)
–
Pela estimativa do intervalo de confiança mas
com o cuidado que o RR normalmente não é
distruibuído de forma normal
Então, normalmente o cálculo é baseado na
transformação dos limites para o logarítimo
natural do RR (Thrusfield, 2004, pag 278)
Voltando ao exemplo das cadelas com PUI
Cadelas
com PUI
Ausência de Total
PUI
Cadelas castradas
34
757
791
Cadelas inteiras
7
2427
2434
Total
41
3184
RR = {(a/a+b)/(c/c+d)
RR=(34/791)/(7/2434)
RR=14,95
Assim, numa análise simples: Cadelas castradas possuem incidência de
PUI 14,95 maior que cadelas inteiras
Para análise da significância:
Calcula-se a variância de log RR = {(b/a)/(a+b)} + {(d/c)/(c+d)
RR=0,170
Intervalo de confiança de 95%:
RR exp(-1,96*raiz quadrada da var); RR exp(+1,96*raiz quadrada da var)
Intervalo=6,73; 33,39
Como 14,95 situa-se no intervalo o resultado é significativo.
Tanto
a razão de produto cruzado (odds
ratio) e o risco relativo comparam a
probabilidade de um evento entre dois
grupos.
Considere
os seguintes dados sobre
sobrevida dos passageiros do Titanic.
Havia 462 mulheres: 308 sobreviveram e
154 morreram. Havia 851 homens: 142
sobreviveram e 709 morreram.
morreu sobreviveu total
Homem 709 (a) 142 (b)
851
Mulher 154(c ) 308 (d)
462
O risco relativo (algumas vezes
chamado de razão de risco)
compara a probabilidade de
morte em cada grupo em vez do
valor da chance.
Para os homens, a probabilidade
de
morte
é
83%
(709/851=0,8331).
Para mulheres, a probabilidade
de
morte
é
33%
(154/462=0,3333).
O risco relativo de morte é 2,5
(0,8331/0,3333).
Interpretação:
Existe
uma
probabilidade 2,5 vezes maior de
morrer entre os homens em
comparação com as mulheres.
O resultado do odds ratio superestima o resultado do Risco
relativo
OR =9,98
morreu
sobreviveu
total
Homem
709 (a)
142 (b)
851
Mulheres
154(c )
308 (d)
462