OSTEOPOROSE • Uma Doença Silenciosa, um problema de Saúde Pública OSTEOPOROSE Conceito Distúrbio osteometabólico caracterizado por diminuição da densidade mineral óssea com deterioração da microarquitetura óssea e aumento da fragilidade esquelética e do risco de fraturas. Fratura é a principal manifestação clínica Vértebras, fêmur e antebraço Consenso Brasileiro de Osteoporose. Rev Bras Reumatol Vol 42, 6. 2002; 343-54. OSTEOPOROSE • É uma doença associada à perda de massa óssea, tornando-os mais frágeis e susceptíveis a fraturas. Osteoporose Fraturas por fragilidade óssea são responsáveis por alta morbimortalidade, dor crônica, hospitalização e custos econômicos 80% das fraturas em mulheres após 50 anos Fratura de quadril ou vértebra aumentam mortalidade 20% das mulheres e 10% dos homens após fratura recebem tratamento e prevenção para osteoporose 2010 Clinical practice guidelines for the diagnosis and management of osteoporosis. CMAJ Epidemiologia 10 milhões de pessoas tem osteoporose no Brasil • 80% das pessoas acometidas são mulheres • A partir dos 50 anos, 30% das mulheres poderão sofrer algum tipo de fratura por osteoporose • As mulheres podem perder até 20% da massa óssea nos 5 a 7 anos após a menopausa Epidemiologia A partir dos 50 anos, 13% dos homens poderão sofrer algum tipo de fratura por osteoporose ao longo da vida - - Um homem branco de 60 anos tem 25 % de chance de ter uma fratura osteoporótica - Nos próximos 50 anos, espera-se que as fraturas relacionadas à osteoporose dupliquem e que a osteoporose aumente entre os homens OSTEOPOROSE OSTEOPOROSE Fatores de Risco Fatores maiores Fatores menores Sexo feminino Amenorréia Baixa massa óssea Hipogonadismo Fratura prévia Perda de peso ou baixo IMC Raça asiática/ caucásica Tabagismo Idade avançada Alcoolismo História materna fratura Sedentarismo Menopausa precoce Drogas que induzem perda óssea Tratamento com corticóide Imobilização prolongada Dieta pobre em cálcio Doenças que induzem perda óssea Consenso Brasileiro de Osteoporose. Rev Bras Reumatol Vol 42, 6. 2002; 343-54. OSTEOPOROSE Fatores de Risco Pinheiro et al. FRAX: construindo uma idéia para o Brasil. Arq Bras Endocrinol Metab. 2009; 53-6. Tipos de Osteoporose: Primária Também conhecida por tipo pós-menopausa, apresenta rápida perda óssea e ocorre em mulheres recentemente menopausadas; Secundária É relacionada a doenças crônicas, terapêuticas com determinadas drogas ou estilo de vida. OSTEOPOROSE Causas secundárias Endocrinopatias: Induzida por drogas: - Hipogonadismo, - Síndrome de Cushing - Acromegalia - Hipertireoidismo - Hiperparatireoidismo - Puberdade atrasada - Deficiência de GH - DM tipo I - Corticóide - Hormônios tireoideanos - Uso crônico de heparina - Anticonvulsivantes - Análogos do GnRH - Quimioterápicos - Hidróxido de alumínio - Lítio Doenças do colágeno: - Osteogênese Imperfeita - Homocisteinúria - Síndrome de Ehlers-Danlos - Síndrome de Marfan - Síndrome de Menkes - Intolerância protéica lisinúrica Hematológicos: - Mastocitose Sistêmica - Mieloma Múltiplo Gastrointestinais: - Gastrectomias - Síndrome de má-absorção - Icterícia obstrutiva - Cirrose biliar - Imobilização prolongada Fratura por fragilidade – Fratura que resulta de uma força equivalente a queda da própria altura ou menos; – Locais: punho, vértebra, fêmur, pelve, costela. Manifestações Clínicas É comum a queixa de dor nas costas Alterações posturais (cifose) Perda de altura Coluna Pulso Locais onde podem ocorrer fraturas Quadril Fêmur OSTEOPOROSE Diagnóstico – História clínica Investigação de fatores de risco • Mulheres pós menopausa com fator de risco • Mulheres após 65 anos • Homens com fator de risco Identificar pacientes com risco de fraturas Conscientizar sobre osteoporose Prevenção de fraturas e tratamento da osteoporose Consenso Brasileiro de Osteoporose. Rev Bras Reumatol Vol 42, 6. 2002; 343-54. OSTEOPOROSE Diagnóstico – História clínica Assintomática até perda óssea de 30-40% Dores ósseas torácicas e lombares Microfraturas vertebrais Alterações posturais importantes, como a hipercifose e a retificação lombar OSTEOPOROSE Exames complementares Dirigido à exclusão de causas secundárias Avaliação laboratorial mínima: Hemograma completo VHS Cálcio e Fósforo Fosfatase alcalina Creatinina Calciúria de 24h Urinálise OSTEOPOROSE Radiografia Sugere o diagnóstico na perda de 30-50% • Adelgaçamento do cortex • Aumento da porosidade • Reabsorção intracortical • Desaparecimento das trabéculas • Reabsorção periosteal • Erosões do periósteo OSTEOPOROSE Radiografia OSTEOPOROSE Densitometria óssea Método padrão, mais sensível e preciso 1. Valores absolutos: monitora mudanças da DMO 2. T-Score: Calcula em desvios-padrão (DP), com referência a DMO média do pico da massa óssea – até -1,0 DP -> normal – de -1,1 a -2,5 DP -> osteopenia – abaixo de -2,5 DP -> osteoporose – abaixo de -2,5 DP na presença de fratura -> osteoporose estabelecida 3. Z-Score: Calculado em DP, com referencia a DMO média esperada para idade, etnia e sexo. - Abaixo de -2,0 DP pode sugerir causas secundárias de OSTEOPOROSE Densitometria óssea Indicações para avaliação da densidade mineral óssea • Mulheres com idade ≥ 65 anos e homens ≥ 70 anos. • Mulheres acima de 40 anos, na transição menopausal . • Homens acima de 50 anos de idade, com fatores de risco. • Antecedente de fratura por fragilidade • Condição clínica ou medicamentos associados à baixa massa óssea • Indivíduos em que se considera intervenção farmacológicas para osteoporose. • Indivíduos em tratamento para osteoporose, para monitoramento. • Indivíduos sem tratamento, mas que a identificação de perda de massa óssea possa determinar a indicação do tratamento. • Mulheres interrompendo terapia hormonal. Posições oficiais 2008 da Sociedade Brasileira de Densitometria Óssea. Arq Bras Endocrinol Metab 2009 OSTEOPOROSE Prevenção Dieta balanceada com calorias adequadas e suplementação de cálcio e vitamina D Adequada exposição solar para produção de vitamina D na pele Atividade física para minimizar perdas Abstinência de álcool e fumo OSTEOPOROSE Prevenção de quedas Quedas: principal causa de morte acidental 90% das fraturas de quadril ocorrem por queda Fatores ambientais Medicamentos OSTEOPOROSE Tratamento farmacológico Drogas anti-reabsortivas (anticatabólicas): • Cálcio/vitamina D • Calcitriol • Bisfosfonatos • Estrogênios Moduladores seletivos dos receptores de estrogênio (SERM). • Tibolona • Calcitonina • Denosumabe – AMG162 • Inibidor da catepsina K (odanacatib) Drogas estimuladoras da formação óssea (anabólicos): • PTH • Ranelato de estrôncio • Hormônio do crescimento • Futuros anabólicos Bandeira, F. Falha no tratamento da osteoporose: visão do endocrinologista. ABE&M 52, 5, 2008. OSTEOPOROSE Tratamento farmacológico Cálcio e vitamina D Se dieta não atingir 1.000 a 1.500mg de cálcio ao dia e de 400 a 800 UI de vitamina D Melhorar a densidade mineral óssea e de reduzir fraturas, especialmente em idosos e institucionalizados Dose: 500-1200mg cálcio 400-800UI vitamina D ou 0,25mg calcitriol OSTEOPOROSE Osteoporose Osteoporose é sub diagnosticada e sub tratada Metade das pessoas que sofrem fratura de colo do fêmur se tornam dependentes e 20% morrem num período de 2 anos. O tratamento adequado diminui a perda óssea e o risco de fraturas e, consequentemente, reduz a mortalidade. osteop PREVENÇAO E TRATAMENTO CONSENSO BRASILEIRO DE OSTEOPOROSE (programa de diretrizes AMB / CFM) • • • • • Orientação dietética Suplementação de cálcio Exercícios e prevenção de quedas Exposição ao sol e vitamina D Tratamento farmacológico