File - Curso Saúde Mental São Bernardo do Campo 2012

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ENCONTRO TERAPÊUTICO
PRINCÍPIOS
• ULTRAPASSAR A IDEIA DE CURA;
• RELAÇÕES TERAPÊUTICAS COMO RELAÇÕES
DE PODER
A ORIGEM DO SER VIVO
• “São os novos conhecimentos biológicos, físicos e cósmicos
que nos indicam que o humano não é apenas o resultado de
uma evolução biológica. De um lado, ele traz consigo as irmãsmães dos primeiros seres celulares, surgidos talvez há três
bilhões de anos; do outro, suas células são constituídas de
macromoléculas, constituídas de átomos, entre eles o
carbono, ele próprio produzido pela colusão entre três
núcleos de hélio num Sol anterior ao nosso; e as partículas
constitutivas desses átomos nasceram nos primórdios do
Universo. Isso significa que, em nossa singularidade humana,
trazemos conosco toda a história do Universo, com suas
características físicas, químicas, biológicas. Somos filhos do
Universo. Mas, ao mesmo tempo, somos separados por nossa
cultura, nossa mente e nossa consciência” (MORIN, 2010, p.
207).
• FAZEMOS PARTE DE UM MESMO UNIVERSO;
• A METAMORFOSE E A TRANSFORMAÇÃO TEM
SIDO A REGRA A NÃO A EXCEÇÃO;
• SAÚDE COMO PROCESSO-METAMORFOSE
QUE TRANSFORMA CONSTANTEMENTE,
AUMENTANDO A POTÊNCIA DE AGIR
(SPINOZA);
• A INTERVENÇÃO TERAPÊUTICA IMPLICA
AMPLIAR AS POSSIBILIDADES DE EXISTÊNCIA,
ATRAVÉS DESSE PROCESSO-METAMORFOSE;
• COMO SE DÁ A PRÁTICA DO CUIDADO NOS
CAPS, UBS, AMBULATÓRIOS, HOSPITAIS?
• COMO SUPERAR AS RESPOSTAS PRÉFORMADAS BASEADAS NAS NECESSIDADES
PRODUZIDAS PELO PARADIGMA
TRADICIONAL?
• ESTRATÉGIA DE “SUSPENSÃO” DOS
CONHECIMENTOS E REPERTÓRIOS TÉCNICOS
PARA VIABILIZAR UM ENCONTRO
TRANSFORMADOR.
• CABIDE IMAGINÁRIO –UTILIZAR OS
CONHECIMENTOS, AO INVÉS DE SERMOS
UTILIZADOS POR ELES.
• NOVA ESCUTA E PRODUÇÃO DE NOVAS
REALIDADES;
• RESPOSTAS DIFERENTES PRODUZEM
DEMANDAS DIFERENTES;
• CONCEITO DE SAÚDE COMO INTENSIDADE DE
VIDA: O CONSIDERADO DOENTE PODE TER
MAIS SAÚDE QUE O CONSIDERADO NORMAL;
• PROJETO TERAPÊUTICO COMO PROJETO DE
VIDA;
• COLOCAR A DOENÇA ENTRE PARÊNTESIS;
• ENCONTRO COMO MÚTUA
TRANSFORMAÇÃO: A TRANSFORMAÇÃO DO
USUÁRIO DEPENDE DA TRANSFORMAÇÃO DO
TERAPEUTA;
• AS RELAÇÕES DE PODER SERIAM ENTÃO O
PANO DE FUNDO DAS MUDANÇAS
TERAPÊUTICAS;
• SINTONIA NECESSÁRIA, SENDO O CONFRONTO
ENTRE A POTÊNCIA DE AGIR DO USUÁRIO E A DO
PROFISSIONAL A ENERGIA QUE PRODUZ NOVAS
REALIDADES;
• PRODUÇÃO DE REALIDADES FLEXÍVEIS, QUE SE
MOVIMENTAM: TRANSFORMAÇÃO DAS
CONDIÇÕES CONCRETAS DE VIDA, NOVOS
CONHECIMENTOS, NOVAS EXPERIÊNCIAS, NOVOS
VALORES; CONSTRUÇÃO COMPARTILHADA DE
NOVAS REALIDADES;
• SE O SOFRIMENTO TEM UMA DIMENSÃO
RELACIONAL, QUE O CO-PRODUZ, É POSSÍVEL
PRODUZIR OUTROS PERCURSOS PARA AO
SOFRIMENTO;
• DESAFIO DE TER COMO LUGAR DAS
INTERVENÇÕES TERAPÊUTICAS O CONTEXTO
REAL DE VIDA DOS USUÁRIOS;
• SUPERAR ALGUNS MITOS SOBRE O TERRITÓRIO
DE EXISTÊNCIA: VAZIO DE RECURSOS, DESERTO
DE RELAÇÕES, APENAS VIOLÊNCIA, INCERTEZA E
INSEGURANÇA;
• PROGRAMAS DE ATIVIDADES PROTOCOLARES
PODEM AFASTAR O CONTATO COM AS
CONTRADIÇÕES E A REALIDADE DE VIDA DOS
USUÁRIOS;
• LIBERDADE E EXPERIMENTAÇÃO:INSTITUIÇÃO
INVENTADA – NOVO OBJETO COMPLEXO –
NOVAS RESPOSTAS QUE DIALOGUEM
• As respostas institucionais do paradigma psiquiátrico
tradicional, adequadas à noção de doença, não são
apropriadas ao novo objeto, qual seja a “existênciasofrimento em sua relação com o corpo social” (ROTELLI,
1990). São tão pouco adequadas como seria um metro para
medir um líquido, uma lente para ver toda a galáxia, ou
uma caixa para conter um rio (ROTELLI, 1994: 61). O
problema será, portanto, não a doença, mas a
emancipação; não a restituição da saúde, mas a invenção
de saúde; não a reparação, mas a reprodução social,
processos de singularização e ressingularização. O desafio é
desinstitucionalizar as cenas que geram a violência e a
exclusão, fazendo borbulhar possibilidades novas (id., ibid.:
62).
• Depois de ter descartado “a solução-cura” se descobriu que
cuidar significa ocupar-se, aqui e agora, de fazer com que se
transformem os modos de viver e sentir o sofrimento do
“paciente” e que, ao mesmo tempo, se transforme sua vida
concreta e cotidiana, que alimenta este sofrimento. (ROTELLI,
DE LEONARDIS, MAURI, 1990, p. 33).
• “Concretamente se transformam os modos nos quais as
pessoas são tratadas (ou não tratadas) para transformar o seu
sofrimento, porque a terapia não é mais entendida como a
perseguição da solução-cura, mas como um conjunto
complexo, e também cotidiano e elementar, de estratégias
indiretas e mediatas que enfrentam o problema em questão
através de um percurso crítico sobre os modos de ser do
próprio tratamento” (Ibid.: 29).
• QUESTÕES:
- COMO SE DÁ O DIÁLOGO COM OS USUÁRIOS?
(ACESSO, PTI, AÇÕES NO TERRITÓRIO)
- COMO SE DÁ O DIÁLOGO E O TRABALHO EM EQUIPE
(FLEXIBILIDADE x CRISTALIZAÇÃO;
INTERDISCIPLINARIDADE; PRODUÇÃO COLETIVA x
ISOLAMENTO)
- COMO SE DÁ A INTERLOCUÇÃO E O TRABALHO
CONJUNTO ENTRE AS UNIDADES?(TRABALHO
CONJUNTO X ENCAMINHAMENTO, MATRICIAMENTO X
TRABALHO FOCADO NA ESPECIALIDADE)
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