O PROFESSOR FILOSOFIA NECESSITA TER: • Convicção do que está fazendo; • O domínio de conteúdo; • Capacidade de estabelecer conexões; • Capacidade de contextualizar o conhecimento; • Capacidade de estabelecer diálogo com as várias áreas do conhecimento; • Capacidade de perceber que estamos “eternamente” em busca. O PROFESSOR FILOSOFIA PRECISA EVITAR: • • • • • Uma postura academicista; Subjugar os alunos; Sonegar conhecimento e informações; Improvisos desnecessários; Desmotivar os alunos com frases do tipo: “Eu sei que esta assunto é chato, mas precisamos estudá-lo assim mesmo”, ou então, “Filosofia é complicada mesmo”. PEPARANDO OS ALUNOS • • • • • A filosofia não é uma disciplina bastarda; Ela não é “embromation”; Ela não é debater teminhas; Ela não é um saber meramente livresco; Ela não é somente um farto temário para redação; • Ela é a base daquilo que conhecemos por civilização ocidental; • Ela é o elemento amalgamador do processo humano de conhecimento. LEITURA DO TEXTO “FILOSOFIA NO MUNDO” JUSTIFICATIVA FILOSÓFICA • Ao perguntar para que serve a filosofia já está embutida nesta mentalidade uma concepção de mercado; • Em razão deste mecanismo, o aluno preocupase em obter uma boa colocação no mercado de trabalho. Em função deste objetivo, faz sua classificação das disciplinas escolares; • O mundo contemporâneo trouxe grandes mudanças nesta concepção – industrialização – robótica – mecatrônica...; JUSTIFICATIVA FILOSÓFICA • A divisão entre disciplinas úteis e inúteis fragiliza-se. Neste contexto a filosofia considerada inútil na concepção mercadológica se transforma em mecanismo fundamental capaz de contribuir na formação de um profissional pensante. Desde que haja predisposição do sujeito; • A organização curricular das disciplinas nas escolas classifica-as como úteis e inúteis; • Mas perguntar “Para que Filosofia?” não é apenas querer saber sobre sua possível e eventual utilidade. Trata-se de uma questão que envolve a finalidade da filosofia, neste caso não só como disciplina escolar, mas também como uma forma de conhecimento. Buscar a finalidade do próprio ser humano; JUSTIFICATIVA FILOSÓFICA • Perguntar para que existe filosofia é perguntar para que o ser humano faz filosofia. É o ser humano que faz perguntas a si mesmo; • Não há filosofia distante do humano. Ela existe na medida em que ele quer saber determinadas coisas; • A filosofia antes de tudo é uma atitude: encanto, incomodar-se; • A filosofia é sempre um fazer humano. Seus limites e motivos são humanos. Por isso uma reflexão filosófica é sempre concreta; JUSTIFICATIVA FILOSÓFICA • As fundamentações filosóficas não são divinas, absolutas, mas humanas. Busca da sabedoria e não a sabedoria. O filósofo não é o sábio, mas alguém que busca o saber; • Nem mesmo a ciência tem pretensões absolutas: sim provisórias; • A condição humana é de contingência e não de necessidade; • O humano para suportar sua contingência, busca respostas humanas à sua pergunta e não divinas. Essa busca é um filosofar. Resultado de muito esforço. Maiêutica de Sócrates; JUSTIFICATIVA FILOSÓFICA • A humanidade existe para buscar a sua felicidade Aristóteles e a eudaimonia; • A filosofia deve responder o que perguntam. Mas é perigoso perguntar a filosofia para que ela existe, essa pergunta põe em questão o próprio ser humano; • Aquele que pergunta à filosofia para que ela serve tem de responder primeiramente para que serve ele, que pergunta. Ora, se a existência de alguém não tem finalidade nem sentido as coisas que fazem parte dessa existência também não o tem. Se a sua vida é sem sentido, logo a filosofia também será; JUSTIFICATIVA FILOSÓFICA • Morte – crise das existências, mesmo as cheias de finalidade e sentido. Construção dos valores – condição de humanidade; • É próprio da condição humana criar valores. O mundo que nos rodeia parece dispensar o homem desta tarefa, fazendo de conta que fornece valores prontos, sobre os quais não seria preciso pensar; • Um valor fabricado para o consumo ou um valor que se consome não é realmente um valor; • Os valores produzidos e comercializados pela sociedade industrial não gozam da eficácia de abafar a angústia dos indivíduos ante o vazio de suas existências; JUSTIFICATIVA FILOSÓFICA • O verdadeiro valor não é passível de converterse em objeto de produção; • A tragédia dos indivíduos contemporâneos, consiste em que, tentando preencher o vazio de suas vidas, buscam satisfação e consolo nos valores secretados por essas ideologias; • Circulo vicioso: porque suas existências são vazias, sem finalidade nem sentido, sem vontade; • Filosofia propõe o romper do vício. Os valores não estão prontos são construção dos sujeitos. A filosofia é o começo; JUSTIFICATIVA FILOSÓFICA A filosofia não está no fim do processo, nem este é o termino da filosofia. A filosofia é necessária para se (re) começar a criação de valores e a produção de sentido, assim como praticar esse processo pode ser, para cada individuo, o começo do filosofar. PLANEJANDO O ENSINO DE FILOSOFIA • Temas gerais; • História da Filosofia; • Grandes eixos filosóficos (introdução, concepções filosóficas e inserção de temas); • Contextualizar para dar o sentido, as razões suficientes (ultrapassando o senso comum) AVALIAÇÃO: AFIRMAÇÕES DO SENSO COMUM • • • • • • É impossível avaliar filosofia; Tudo isso é muito subjetivo; Depende da cabeça; Cada um tem a sua opinião; Determinado assunto não se discute; É impossível montar provas ou outros instrumentos de avaliação em filosofia. AVALIAÇÃO: UM PROBLEMA? • • • • Logicidade argumentativa; Continuidade e coerência textual; Capacidade de explicar conceitos; Capacidade de contextualizar os diversos conceitos; • Interpretação das várias formas de linguagem; • Análises intertextuais etc. FILOSOFIA COMO ESPANTO, COMO ENCANTAMENTO DO MUNDO • Atualização contínua; • Contato com outras áreas do conhecimento; • Capacidade de enamorar o aluno apresentando-lhe um real muito mais exuberante, misterioso e desafiador do que aquele que ele imaginava. DINAMIZANDO E POTENCIALIZANDO AS AULAS EXEMPLOS: • INTRODUÇÃO À POLÍTICA; • A CONSCIÊNCIA COMO ESTRATÉGIA DA VIDA . APROFUNDANDO OS GRANDES EIXOS FILOSÓFICOS • A Política; • A Ética; • O Conhecimento; • A Estética. USANDO RECURSOS NAS AULAS DE FILOSOFIA • A utilização de recursos deve respeitar a realidade efetiva em que alunos e professores encontram-se inseridos, além de ter objetivos claros quanto aos conceitos e princípios filosóficos a serem alcançados e trabalhados. • O uso de recursos não garante uma boa aula, mas pode, desde que bem feita, potencializar e dinamizar os encontros filosóficos. (Audiovisual Veloso) A FILOSOFIA COMO ELEMENTO INDISPENSÁVEL À INTERDISCIPLINARIDADE • Correspondendo a uma nova etapa do conhecimento do desenvolvimento científico e de sua organização epistemológica, e exigindo que as disciplinas científicas, em seu processo constante e desejável de interpenetração, fecundem-se cada vez mais reciprocamente, a INTERDISCIPLINARIDADE é uma postura epistemológica e de ensino suscetível de fazer com que várias disciplinas interajam entre si. Esta interação vai da simples comunicação até a integração mútua dos conceitos, da epistemologia, da terminologia, da metodologia, dos procedimentos, dos dados e da organização da pesquisa. • A interdisciplinaridade torna possível a integração das diversas áreas do conhecimento, mesmo porque no Real não há divisão alguma. ( Filme Ponto de mutação) A FILOSOFIA NA CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA SUBSTANTIVA Entre as várias definições de ideologia podemos citar: A ideologia é aquilo que faz com que pensemos que ela não exista. No entanto, ela está ali, sutil, sorrateira, turvando nossa visão e impedindo que vejamos a realidade de maneira clara A FILOSOFIA NA CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA SUBSTANTIVA Cidadania é a postura de comprometimento e co-responsabilidade em relação ao destino comum das pessoas em uma sociedade. Isso sé é possivel a partir do gozo dos direitos, do cumprimento dos deveres e das respostas sociais efetivas que damos à sociedade. RESPONSABILIDADE SOCIAL DO PROFESSOR DE FILOSOFIA • • • • Responsabilidade ética; Responsabilidade política; Responsabilidade econômica; Responsabilidade Ecológica. “Intelectualidade orgânica”